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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A Fuga Para a Frente

Assessoria de Imprensa da CMMG

Mercado Municipal funciona junto aos Campos de Ténis

A actividade comercial do Mercado Municipal da Marinha Grande está a decorrer temporariamente na Zona Desportiva, junto aos Campos de Ténis, desde o passado sábado, 22 de Setembro. A medida foi tomada pela Câmara Municipal, na sequência do encerramento do Mercado (Edifício da Resinagem), no passado dia 19, decretado pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Para que a actividade do Mercado não ficasse comprometida, já que há mais de 300 pessoas cuja ocupação profissional dali depende directamente e que não poderia ser posto em causa o abastecimento alimentar da população que acorre ao Mercado, a Câmara, dado estar em causa o interesse público, tomou medidas de emergência que permitiram que, em menos de 48 horas, os comerciantes pudessem voltar a vender, embora com algumas restrições.

Na passada sexta-feira, alimentos como frutas e legumes, que não exigem cuidados de refrigeração nem equipamentos de conservação e preparação dos alimentos como a carne, o peixe ou lacticínios, foram vendidos em bancas improvisadas pelos vendedores, na Praça Guilherme Stephens.

Num local onde já haviam sido construídos sanitários públicos, procedeu-se: à pavimentação do espaço, à colocação de três tendas em lona de 375 metros quadrados cada, ao reforço da iluminação pública e à instalação de tomadas eléctricas.

Estas medidas permitem que grande parte dos comerciantes continue a laborar e que a população seja abastecida. Falta agora assegurar que, com a instalação de bancas apropriadas, se criem condições para que o peixe seja vendido.

Esta é, obviamente, uma situação provisória a que a Câmara Municipal foi obrigada a recorrer, perante o encerramento do edifício do Mercado, determinado pela ASAE e o consequente impacto social que acarretaria a sua falta de operacionalidade, para vendedores e população.

No passado sábado, 22 de Setembro, o Mercado foi já realizado na Zona Desportiva, onde a Câmara Municipal tentou proporcionar condições mínimas de higiene alimentar e funcionalidade a vendedores e clientes, o que foi acompanhado no local pelos inspectores da ASAE que comprovaram a existência de condições para o funcionamento do Mercado, com excepção da venda do peixe.

Novo Mercado chumbado

A proposta apresentada pelos Vereadores do Partido Socialista, na última reunião da Câmara, consistia em transferir os vendedores para o edifício do Centro Comercial Atrium, construído pelo anterior Executivo. A pretensão dos Vereadores foi contrariada pelos quatro votos do Executivo permanente.

Estando concluído desde 2003, o espaço nunca foi inaugurado apesar de o Executivo do Partido Socialista ter continuado a gerir os destinos do Concelho até Novembro de 2005.

Com a entrada em funções do novo Executivo, o referido espaço continuou encerrado. Foram mandados efectuar vistorias e estudos que avaliassem as condições funcionais e técnicas daquele imóvel, no sentido de confirmar a sua operacionalidade, de acordo com as disposições legais.

No dia 16 de Janeiro de 2006, no âmbito da vistoria requerida pelo Presidente da Câmara da Marinha Grande, “deslocou-se ao edifício denominado como “Cristal Atrium” a Comissão de Vistorias convocada para o efeito, composta pelos seguintes técnicos:
Pela ARSC: Dr. Artur Felisberto, Delegado de Saúde e Anabela Cruz, Técnica de Saúde Ambiental;
Pelo Serviço Nacional de Bombeiros: Victor Graça, Comandante dos Bombeiros Voluntários da Marinha Grande e Mário Silva, Adjunto de Comando;
Dr. Rui Vinagre, Veterinário Municipal;
Pela Câmara Municipal: Alexandre Fava, Arquitecto, Maria João Oliveira, Engenheira Civil, Carlos Duarte, Fiscal Municipal;
Esteve igualmente presente, como observador, em representação da Protecção Civil, o Sr. Artur Granja.
No local encontrava-se o Sr. Eng.º Massano, que facultou o acesso às várias áreas do edifício”.

O relatório daquela vistoria dá conta que, “dado o parecer desfavorável da ARS e do Veterinário Municipal, o espaço não reúne condições para ser utilizado como Mercado Municipal”. Recorde-se que estes pareceres têm carácter vinculativo.

Por sua vez, o relatório da referida vistoria sanitária redigido por aquelas duas entidades, constata deficiências técnicas e funcionais: a zona de recepção dos produtos na cave é comum ao horto, frutas, carne); o número de monta cargas é insuficiente; o único transporte de mercadorias da cave para o 1º andar é feito por um só elevador; não existem zonas de frio; não é possível efectuar a entrada e saída de viaturas de abastecimento em simultâneo; bancas de venda de peixe com inclinação reduzida; os talhos não apresentam características estruturais que permitam o exercício da actividade para os fins que foram destinados; escadas de acesso aos diferentes andares de dimensão reduzida; entre muitos outros aspectos.

Um relatório de avaliação proposto pela Assembleia Municipal e encomendado pela Autarquia a uma entidade externa, datado de Março de 2007, denota estarmos “perante um lay-out funcional, que não cumpre a legislação em vigor, nem serve os interesses dos vendedores e não serve bem o público”.

Nesse documento, são apontadas soluções de reengenharia externa e interna do edifício, cujas obras se estimam em mais de 2,3 milhões de euros. É também referido que essas obras não permitiriam solucionar deficiências estruturais e funcionais como o abastecimento do mercado e estacionamento para vendedores e utentes, condições sem as quais não é possível o funcionamento como mercado.

Comerciantes do centro tradicional preocupados

Na última segunda-feira, 24 de Setembro, o Vereador das Obras Municipais, Artur Pereira de Oliveira, reuniu com representantes da Associação Comercial e Industrial da Marinha Grande e alguns lojistas do centro tradicional, que vieram mostrar a sua preocupação pelo encerramento do Mercado Municipal, que afasta o público desta zona do centro da cidade.

Foram apresentadas propostas que, segundo aquela entidade e comerciantes, poderão evitar a desertificação imediata e o encerramento dos estabelecimentos que se encontram ainda em actividade.

Esta é, também uma preocupação partilhada pela Câmara Municipal que, atendendo aos interesses de todas as partes, tentará encontrar soluções que minimizem o impacto do fecho temporário do Edifício da Resinagem.
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E perguntamos nós: ó Senhor Presidente, só se esqueceu de dizer é quanto é que custou esta brincadeira toda para que não fosse "posto em causa o abastecimento alimentar da população que acorre ao Mercado". É que a malta tem direito a ser informada e assim a coisa era mais transparente, não é?

4 comentários:

Anónimo disse...

"O relatório dá conta que face à posição da Autoridade de Saúde e do veterinário", o mercado não tem condições para funcionar.
Esta frase diz tudo. O delegado de saúde, pelas posições que tem tomado, revela uma atitude persecutória contra a anterior Câmara, (vá-se lá saber que problemas pessoais terá este anjo com o ex-presidente)pelo que a sua opinião já está mais que descridibilizada.
O veterinário que por acaso se chama Vinagre, produto que se produz a partir de vinho azedo, devia estar com uma crise de fígado provocada pelo dito e na sua qualidade de militante encartado, terá feito o jeito ao chefe.
E pronto, foram estas almas, porque com bombeiros e engenheiros presentes, alguns responsáveis por acompanhar a obra, ficamos sem saber o que escreveram.
Esperemos pelos próximos capítulos, mas até lá, vamos tirar fotografias ao novo mercado,imprimi-las e pô-las a circular na Net ou em papel.
Quem não viu, tem de saber do que se fala.
Por fax, por e-mail, por carta, requeira-se a abertura de portas do novo mercado.
Está na hora de começar a exigir que esta gente se comporte com decência.

Anónimo disse...

o vosso estimado lino de rãs anda a mandar mails a convocar os comunas para estarem todos amanhã na assembleia municipal deve ir para lá fazer malabarismos com um osso... óhóhóhóhóhó!!!!!!

Anónimo disse...

Querem fazer dos Marinhenses parvos à força!
Dizer que as obras de adaptação do Mercado Novo custam 2.319.212 euros e ao mesmo tempo dizer que o edifício como está vale para ser vendido entre 1.743.885 e 2.041.988 é chamar a todos nós BURROS.
Mas será que ninguém pára para pensar e vê que OBVIAMENTE o pretenso estudo não passa de uma fantochada para legitimar a não execução das adaptações necessárias (que basicamente são um monta cargas entre a cave e o r/c e 1.º andar).
Para que conste posto aqui os links das imagens tiradas do referido "estudo" com os valores das "adptações" e os valores de mercado para venda do espaço.

http://img187.imagevenue.com/view.php?image=47974_valor_do_mercado_122_514lo.JPG

Ainda para verem a má fé e a total falta de escrúpulos de quem fez o estudo e de quem o encomendou, deixo aqui também duas imagens da maneira como os cálculos foram feitos.

http://img167.imagevenue.com/img.php?image=47968_custos1_122_625lo.JPG

http://img25.imagevenue.com/img.php?image=47969_custos2_122_819lo.JPG

Para que não quer ir ver adianto só que os custos das adaptações segundo estes senhores custam entre 500euros/m2 e 550euros/m2, temos assim que uma adaptação do edifício custa mais que o próprio edifício e tudo o que lá esta dentro.
É a velha história da mentira tantas vezes repetida torna-se verdade….
Está num bitaite anterior 3 fotos do Mercado Novo acho que os moderadores do FLC deviam puxar essas fotos para que toda a gente que fala do Novo Mercado soubesse do que esta a falar porque a maior parte das pessoas não faz ideia do que lá está construído e como se diz na minha terra “emprenham pelos ouvidos”.

Anónimo disse...

"... o País está todo doido!..."