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domingo, 31 de maio de 2009

OS CRISTÃOS, OS MOUROS E OS ÍMPIOS


Juris et de jure e re-béu-béu-béu pardais ao ninho, até prova em contrário, à política compete organizar e administrar o Estado, um digno e honrado exercício a bem da causa comum, aspiração suprema de espíritos maiores e que alguns amanuenses facilmente confundem com presepada, um espectáculo vulgar e deprimente de fadunchos e guitarradas, à desgarrada, mugido por marialvas e arruadores farsolas de garganta laça, soltando fífias a cada tentativa de acorde.
Mas como uma tragédia nunca vem só, à confusão do conceito, e da praxis, para ajudar à festa junta-se uma invetiva dos fazedores de ciência política, cabotinos zarolhos, seus derivados e sucedâneos, à qual deram o bonito e sugestivo nome de “Agenda Política”, um eufemismo para designar uma vulpina moleskine mad in loja do chinês, cujo calendário Juliano foi substituído, inocentemente, pelo calendário das urnas, e onde os dias não são marcados pelas prioridades políticas mais genuínas mas sim pela discricionariedade do “Hoje não se fala disto porque não, mas amanhã já é importante falar disto porque sim! Hoje não se faz isto porque não, mas amanhã já se faz isto porque sim!”.
Vem toda esta prosápia a propósito de um problema de semântica, em resultado da eloquência com que um homónimo do Conquistador, no calor da entronização a pretendente ao trono do Reino da Conquilha, se referiu à moirama. Vai de retro satanás! E Zás e zás! Logo saltou a terreiro à espadeirada, qual Brites d’Almeida ofendida, um dos mais altos, senão o mais alto dignatário da cúria, insurgindo-se contra o blasfemo – pois que não senhor, pois que esta abençoada paróquia é uma terra santa, livre de almorávides, armas nucleares, toiradas e anões galhofeiros - desafiando a vir à praça do pelourinho os restantes bergamos da corte, para desdizer o desdito e para separar as águas, que estas coisas dos tiques xenófobos provincianos, não matam mas apoquetam.
Pois eu, um sujeito ímpio e inocentemente ingénuo, que prefere cidadãos instruídos a políticos versutos, confesso que muito mais me agradaria ver reptos e apelos a outras sabatinas. Em vésperas de ir à urnas preferia saber, se vossas excelências assim o permitissem, quais as genuínas predesposições pós-eleitorais, no fundo, e desculpem-me a candura, saber com o que contar -se com o ovo no cú da galinha, se com a galinha no cú do ovo. É que, curiosamente, estou farto de meias verdades, de meios mandatos, de meias doutrinas, estou farto de ser ludibriado, estou maçado, quero votar em consciência, se é que me é permitido o luxo. É por isso que me estou nas tintas para o que dita a moleskine da loja do chinês, e para as costumeiras pirraças, e para a conversa de encher chouriços e pasquins, e para os comícios, e para as arrudas, e para as feiras, e bandeiras, e pendões, e pregões… o que eu quero verdadeiramente, o que eu exijo, se vossas excelências assim o permitirem, é a nata, a substância, o azimute! É que esta merda de assumir compromissos é tramada, não é? E afinal o que eu quero é tão simples - quero um compromisso sério, de gente honrada, que nos resgate da prostração, que nos tire do cú do distrito, do cú do país, do cú da Europa! É pedir muito, senhores candidatos a qualquer coisa?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

ah, compreendi-te, afinal a escola dos Irmãos Stephens serve para formar vidreiros para a hotelaria, turismo, electrónica e afins...

Electorale Câmpeine – Beste Ófe (em ingalês)


Muita atenção: o vídeo que se segue só deve ser visto por pessoas que tenham perfeito domínio de inglês técnico e que não sejam demasiado sensíveis uma vez que que na parte final há a habitual distribuição de brindes, com a inevitável peixeirada para agarrar qualquer coisa que seja à borla, incluindo uma impressionante tentativa de sodomização de um idoso, seguida de roubo por esticão. Uma barbaridade...
Pela perigosidade das imagens avisamos: NÃO TENTEM FAZER ISTO EM CASA!
E depois não digam que não avisámos!



quinta-feira, 28 de maio de 2009

sim senhor, com que então “escola de formação vidreira Irmãos Stephens”... e é “aonde”?

Porque será?



Esta semana vi a entrevista de Jerónimo de Sousa a Mário Crespo e, a propósito daquilo que o líder do PCP reclama para o seu partido até à exaustão, um partido diferente dos outros, surgiu-me uma interrogação que gostaria de partilhar.
Segundo informações disponíveis no sítio do Instituto de Emprego e Formação Profissional, em Abril de 2005 haviam no concelho da Marinha Grande 1.373 desempregados. Já em Abril de 2009 o número de desempregados era de 1.809, ou seja, mais 436 pessoas desempregadas do que em igual período de 2005, o que corresponde a um aumento de “apenas” 32%.
Em conclusão podemos dizer que, nunca a situação da Marinha Grande foi tão grave em termos de desemprego e, paradoxalmente, nunca se viveu nesta terra, dita de esquerda, um tão longo período de “paz social”. Porque será?
Longe vão os tempos das grandes lutas sindicais no concelho, do corte de estradas, das vigilias em frente às fábricas e à câmara, etc, etc, etc. Talvez Jerónimo de Sousa tenha uma explicação razoável para este "fenómeno", senão sou obrigado a admitir a velha máxima “todos diferentes, todos iguais”.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Reportagem das Grandes



“O Estranho Caso da Camisa Azul de Vital”

(uma reportagem da Mulher Bidón)


As suspeitas começaram quando um camarada nosso, alto quadro de um determinado partido de esquerda que começa por um “P” (não se pode dizer o nome porque é publicidade), nos perguntou: “já repararam que o candidato dos xuxas, o Mestre Gepeto, anda sempre com a mesma camisa?”


A pista estava lançada e a nossa reportagem pôs-se em campo para investigar “O Estranho Caso da Camisa Azul de Vital”.
As hipóteses mais evidentes eram três:
hipótese 1 - Vital anda sempre com a sua camisa da sorte
hipótese 2 – Vital só tem camisas azuis
hipótese 3 – Vital é pouco dado a mudar de camisa

A nossa reportagem foi para o terreno e procurou confirmar cada uma das hipóteses levantadas, tendo-se facilmente concluído que as mesmas não correspondiam à realidade:
Hipótese 1: se a camisa azul fosse a camisa da sorte de Vital, ele não teria tido o seu “momento Marinha Grande” (que é como que diz, não teria levado umas biqueiradas) ou mesmo que as tivesse levado o acontecimento teria revertido a seu favor (como aconteceu com o Marocas), o que não se verificou.
Hipótese 2: Vital já foi visto na praia com uma camisa havaina o que deita por terra esta hipótese.
Hipótese 3: Vital já mudou de camisa pelo menos duas vezes, o que facilmente se comprova pela forma doce e delicada com que é tratado pelos seus ex-camaradas.

Postas de lado as hipóteses mais evidentes estávamos de novo na estaca zero, apesar da última hipótese nos ter levantado uma suspeita.

Após profundas investigações o Largo das Calhandreiras está em condições de afirmar que está desvendado o estranho caso da camisa azul o qual responde, não a um, mas a dois mistérios:
- porque anda Vital sempre com a mesma camisa azul?
- porque teve Vital o seu “momento Marinha Grande”?
Depois das imagens que se seguem tudo fica mais claro!



Afinal a camisa que Vital enverga é a camisa da farda oficial dum partido de esquerda que começa por um “P” e o que aconteceu é que, quando Vital abandonou esse partido e fez o espólio, por vingança não terá entregue a camisa, situação que motivou o descontentamento de muitos dos seus ex-camaradas que levaram ao seu “momento Marinha Grande”.

Em serviço especial para o Largo das Calhandreiras,

Mulher Bidón

Revista de Imprensa

"Presidente do Tocandár apresenta projecto para Centro de Interpretação"

O "défice de empatia dos marinhenses para com a sua mata" levou Paulo Tojeira, do grupo Tocándar, a idealizar um projecto que promova a educação ambiental e crie um corpo de jovens vigilantes da floresta.
O Centro de Animação e Interpretação Ambiental seria construído em Pedras Negras, no concelho da Marinha Grande, "com pouco investimento e alguma imaginação".
"A ideia era voltar a população para a floresta, sobretudo os mais novos, desenvolvendo um programa durante o ano lectivo junto das escolas e associações. Depois, no Verão, eram realizados acampamentos, através dos quais seria possível criar um corpo vigilante da floresta", explicou ao nosso jornal Paulo Tojeira, considerando estar na altura de "educar as gerações mais novas sobre a floresta".
Na opinião daquele responsável e dado o "défice de empatia" entre a população e a Mata Nacional, "cabe à família e às autarquias o papel de inverter esta constatação".
O Centro de Animação e Interpretação Ambiental iria, assim, colmatar esta falha, disse Paulo Tojeira. O espaço seria criado em Pedras Negras, adiantou, ficando a responsabilidade a cargo da Câmara Municipal da Marinha Grande.
"Durante o ano lectivo, caberia à Protecção Civil e aos Bombeiros a responsabilidade de dinamizarem, nas escolas e nas colectividades, um trabalho de sensibilização e formação, que teria como corolário um 'estágio' prático em acampamento, onde seriam desenvolvidas actividades de usufruto e preservação da mata", salienta Paulo Tojeira.
Por outro lado, considera que "seria também uma oportunidade excelente para captação de novos elementos para integrarem as fileiras dos soldados da paz, isto para além das enormes potencialidades existentes no currículo oculto de uma actividade deste género". "Neste tempo em que todos tendemos a ser mais ecológicos, por necessidade imperiosa de sobrevivência, bom seria que quem tem o poder e os meios, assumisse a sua responsabilidade", afirma.

Núcleo de Educação vai nascer em S. Pedro de Moel
Contactada pelo nosso jornal, a câmara fez saber que já existe um projecto para a implementação de um Núcleo de Educação, que será implementado em S. Pedro de Moel.
O projecto foi aprovado em 2008, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional e prevê a construção de um núcleo na Praia Velha, "que sirva de suporte à divulgação e sensibilização dos ecossistemas litorais existentes", pode ler-se no projecto.
O núcleo servirá ainda de pólo dinamizador e âncora para a realização das acções de reabilitação e monitorização dos ecossistemas costeiros.
O núcleo será a estrutura de apoio para a divulgação e gestão de todos os percursos que permitam conhecer o Vale do Ribeiro, a linha de costa e estrutura dunar, arribas, Pinhal do Rei e linhas de água.
O espaço irá consistir em quatro módulos, que contemplam uma instalação sanitária e um espaço de arrumação de produtos didácticos e de trabalho.


(surripiado do Diário de Leiria)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

SEGUNDA VAGA


Porque as suas ideias também contam!...

Revista de Imprensa

"Estudo sobre abertura da BA5 à aviação civil concluído em Março de 2010"

O grupo de estudo que vai analisar a necessidade e a viabilidade da utilização da Base Aérea (n.05) de Monte Real para a aviação civil espera apresentar o relatório final em Março do próximo ano. O anúncio do prazo para a conclusão do estudo, a cargo do Fórum Centro Portugal, foi revelado quinta- -feira, na sede da Associação Empresarial da Região de Leiria (Nerlei), na cidade do Lis, por António Pais Antunes, coordenador do estudo.
Com a presença do secretário de Estado das Obras Públicas e Telecomunicações, Paulo Campos, o coordenador do trabalho apresentou os 10 capítulos que compõem o estudo, que irá concluir se é, ou não viável, a abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil. Um dos itens do estudo, que terá o apoio do MIT-Portugal, contempla uma análise da importância dos aeroportos no desenvolvimento regional, tendo por base de referência algumas infra-estruturas regionais existentes em Espanha, Suíça, Itália e EUA.
Outro dos capítulos passa pela avaliação dos custos para a adaptação da BA5 à aviação civil e as vantagens e desvantagens de uma infra-estrutura com aquelas características na região Centro do País.
“A vertente, se não se fizer nada [não abertura à aviação civil] também vai ser analisada”, afirmou Pais Antunes, o rosto do estudo, cujo relatório preliminar será apresentado no próximo mês de Outubro, de acordo com a grelha de calendarização apresentada ontem.

Primeira ideia de abertura à aviação civil surgiu em 1982
António Pais Antunes lembrou que a primeira ideia de abertura da BA5 à aviação civil foi avançada em 1982 por Manuel Porto, então presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC), cujo director de serviços daquela instituição era o coordenador do estudo.
“Confesso que, na altura, não via com bons olhos essa possibilidade, mas em 1986, quando entrámos para a CEE, e actualmente, sinto que estaríamos muito melhor se a infra-estrutura já existisse”, sustenta.
O docente universitário salientou que a Região Centro é a que está “menos bem servida” de infra-estruturas aeroportuárias. “Se formos de Lisboa para o Algarve temos um aeroporto a 150 quilómetros, se fomos do Porto a Vigo temos outra infra-estrutura à mesma distância, e entre Porto de Lisboa não temos nada”, referiu Pais Antunes.
Manuel Queiró, do Fórum Centro Portugal, considerou que o estudo só foi possível com a “convergência de esforços” do Governo e de todas as forças políticas, que aprovaram, por unanimidade, na Assembleia da República, o avanço do estudo suportado por fundos comunitários (ler caixa).
O grupo de trabalho é constituído por professores universitários de Aveiro, Coimbra e do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), entre outros investigadores, além de representantes da ANA - Aeroportos de Portugal, da NAV Portugal, do Instituto Nacional da Aviação Civil e da Força Aérea Portuguesa.



(surripiado do Diário de Leiria)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Receita para o Dia da Espiga


COELHO GUIZADO COM ERVILHAS
(receita tradicional da ti Prazeres)
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Na véspera do Dia da Espiga vá à coelheira e escolha o coelho mais gabarolas, geralmente são os mais tenrinhos. Tem de ser é coelho, as coelhas são mais rijas e menos suculentas. Pegue no animal pelas patas traseiras, de cabeça para baixo e pense em alguém de quem gosta muito. Respire fundo e dê-lhe três a quatro calduços na pescoceira até o bicho desfalecer. Importante: enquanto se arrocha no animal não vale chamar por outros nem dizer mal da cambra. Certifique-se de que está mesmo morto e esfole-o com cuidado para não estragar as unhas. De seguida tire-lhe as tripas e as miudezas e benza o animal com vinho, louro, alho e sal. Deixe-o a meditar de um dia para o outro, como se fosse a véspera das eleições. No dia seguinte levante-se cedo, faça o seu xixi e lave as mãos com sabão azul. De seguida ponha-se a mexer que já é tarde e trate de cortar as cebolas para dentro dum tacho grande, mas não chore que não vale a pena, se aguentou quatro anos, por o andar da carruagem também aguenta mais quatro. Junte azeite do bom (aquele que se põe nas candeias do cemitério não presta), chegue lume ao tacho e deixe alourar a cebola até ficar da cor do cabelo daquele rapaz ex-sindicalista que não m’alembro do nome agora. Verifique se o coelho está húmido e junte-o à cebolada. Rectifique de sal e benza-o novamente com vinho e três borrifos de água. Abafe. Deixe levantar fervura e acrescente as ervilhas. Não use ervilhas congeladas, vá ao mercado abarracado e compre das frescas. Ao cabo de coisa e picos o tacho está pronto. Embrulhe-o em papel de jornal (tem de ser mesmo de jornal, não pode ser de pasquim senão o coelho azeda), não se esqueça do vinho e vá almoçar ao pinhal com a família e com os amigos. Evite o Parque das Merendas e as Árvores, nesta altura do ano são locais mal frequent… são locais muito congestionados, dizia eu. De preferência vá de bicicleta e leve uma manta para dormir a sesta. Divirta-se e cumpra a tradição. Nós vamos cumprir, a partida é às 9:30 em Pedreanes, mas antes vamos beber um Martini ao Necas. Se estiver aberto. Boa continuação...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Revista de Imprensa

"Tráfico faz crescer roubo de metadona"

Centros da Marinha Grande e de Coimbra foram assaltados várias vezes desde Abril. Técnicos do IDT dizem que negligência no acompanhamento dos utentes continua e tráfico também.


Os assaltos aos centros de atendimento de toxicodependentes (CAT), para roubo de metadona e dinheiro sucedem-se, fomentando o tráfico daquela substância nas ruas. Só nos últimos dois meses, o CAT da Marinha Grande foi assaltado várias vezes, segundo o DN apurou. Mas também o centro de Coimbra voltou a ser alvo de um assalto esta semana, com os assaltantes a só conseguiram levar dali dinheiro, num total de 200 euros.

Aqueles casos somam-se a outros já reportados pelo DN, como o verificado há cerca de um ano, no centro de atendimento de Leiria, que sofreu um assalto à mão armada por um indivíduo encapuzado, que roubou um frasco de três litros de metadona, o suficiente para fornecer os doentes de um centro durante um mês. Ou os casos de tráfico de comprimidos Subutex nas ruas de várias zonas do País.

A manutenção destas situações leva técnicos de vários CAT ouvidos pelo DN a afirmar que "apesar das denúncias feitas no ano passado - quer dos roubos quer da falta de rigor na prescrição da Buprenorfina (substância que substitui a heroína) - nada mudou no funcionamento dos centros" sob a alçada do Instituto da Droga e da Toxicodependência". Ou seja, "continua a fornecer-se metadona ou a passar-se receitas de Buprenorfina aos doentes sem que lhes sejam feitos os testes de despistagem de consumo de drogas, que são obrigatórios no nosso protocolo", disse ao DN um médico, que trabalha CAT.

Na maioria das vezes, o roubo da metadona (utilizada como medicamento de substituição da heroína) visa o seu tráfico para a obtenção de dinheiro. Mas esta não é a única via utilizada. Às vezes são os próprios médicos dos centros que, indirectamente, fomentam o tráfico, através da prescrição irregular da Buprenorfina, segundo disseram ao DN fontes de alguns centros de atendimento. E é assim que um comprimido de Subutex (o nome comercial da substância) acaba por ser vendido nas ruas por 15 euros, valor de uma caixa inteira de comprimidos.

Questionado pelo DN, o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência, João Goulão admitiu ter tomado conhecimento de "alguns incidentes com toxicodepen- dentes na Marinha Grande", mas desvalorizou a relevância dos episódios, que diz não conhecer em detalhe. Aquando da denúncia feita pelo DN, em Outubro de 2008, da existência de casos de médicos que passavam receitas a doentes sem os verem - violando o protoco- lo que prevê consultas e exames semanais aos doentes - João Goulão disse ter dado orientações aos serviços para reforçarem o rigor. Contactado ontem, o responsável pelo plano de combate à droga e toxicodependência em Portugal reafirma aquelas orientações. "Recentemente não tenho tomado conhecimento de um agravamento dos assaltos aos CAT", disse. "É preciso não esquecer que estamos a lidar com um universo de utentes problemático e, hoje em dia, a segurança até é muito maior do que a que existia nos anos 90, pois os centros têm protecção e seguranças, o que na altura nem existia."

Embora arredado da agenda mediática, o problema do consumo e do tráfico de droga não só está por detrás de uma parte significativa da pequena criminalidade, como preocupa mais os portugueses do se possa pensar. Segundo um estudo elaborado pela Universidade Católica, de 2007, quase 84% dos portugueses consideravam que a toxicodependência tinha aumentado nos últimos quatro anos, com 67% a apontarem uma relação crescente entre a droga e a criminalidade.



(surripiado do DN)

POESIA POPULAR DA BOA!

O VITAL E O VITALINO

Depois de bem almoçados,
e pagos pela U.G.T,
com estratégia, bem se vê,
se dizem ser provocados.

E a TV logo lá estava,
p’ra registar as imagens,
e ver aquela coragem,
e o grupo que a rodeava.

O Vitalino e o Vital,
p’ra ver se o plano não falha,
um no campo de batalha,
outro no quartel general.

Para que trabalhadores convença,
lá está Vitalino Canas,
exigem desculpas, sacanas!
Ele e o João Proença.

E assim eles que assinam,
os códigos malfeitores,
e que saíram da I.N.T.E.R.,
dividindo os trabalhadores,
a acusam de dividir,
e não se quererem unir.
Mas que grandes estupores!


Ilídio Fortunato


(gamado daqui)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Revista de Imprensa

"Dadores de medula aderiram em grande número"

Cerca de 300 pessoas aderiram à campanha de colheita de sangue para dadores de medula, que decorreu na Escola Secundária Engenheiro Acácio Calazans Duarte, no dia 25 de Abril. Organização e colaboradores foram surpreendidos pela quantidade de pessoas que se deslocou à escola para dar sangue, para que possam vir a ser dadores de medula óssea.


(surripiado do jornal “Expressões”)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Como é que é, malta?

Então e em defesa dos anões, não vai nada, nada, nada? Nem uma manif, nem um mail p’rá cambra a protestar, nem uma notícia no pasquim, nem nada de nada? Quer se dizer, quando foi da outra tourada era porque toma e porque deixa e os direitos dos animais p’ráqui e os pobres dos bichos p’rácola e coisa e tal e tal e coisa. Agora que a malta vai lá para se rir dos anões, já não há crise? Sim, porque a malta vai lá é para se rir dos anões, para ver os meia-leca a fugir à frente dos bois, a malta vai lá gozar o prato, não é? Eu sei que os anões não são uma grande “causa” (como a malta gosta de dizer) e que espectáculos com anões são uma coisa corriqueira na Marinha, mas há limites para tudo. Eu também não vou p’ró antigo Turismo rir-me do espectáculo que dezena e meia de anões (mais coisa menos coisa) por lá dão de vez em quando, pois não?
Vá lá pessoal, ao menos um mailezito para o professor Cassete Cascalho a protestar e a perguntar se ele também gostava que nos andasse-mos a divertir à custa dos anõesinhos que inundam o edifício de escritórios onde ele trabalha!?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A opinião de um nabo

Poucos dias depois de ter cantado a “Grândola Vila Morena” da varanda da Câmara, ao lado dos camaradas de coligação, o vereador Oliveira, na sua qualidade de cidadão, “presidiu” a uma conferência de imprensa onde apresentou o Movimento Cívico Independente (MCI).
O que sabemos das suas declarações, através dos órgãos de comunicação social, é que o MCI pretende ir a votos, e que este movimento surge em resultado da análise feita pelos seus promotores, em que se reconhece a degradação da vida económica e social do concelho, o desagrado pela forma de actuação de alguns políticos e o desacordo com as políticas que têm sido seguidas. Passo a citar:

O responsável destacou que a Marinha Grande "já foi um baluarte da indústria, do progresso e da inovação", mas ultimamente "tem sofrido revezes", que contribuem para "o seu atraso social e económico".
Segundo Artur Oliveira, esta situação deve-se "à falta de políticas adequadas", que contribui, também, para a "degradação social e económica".
"Muitos munícipes sentem-se desiludidos com alguns políticos e partidos", reconheceu, sublinhando que "é nesta altura, com estes problemas, que surge este movimento".

Apenas três comentários:

(1) Não posso estar mais de acordo com o Vereador Oliveira! O desastre que se vive na Marinha Grande é, sem sombra de dúvidas, obra de políticos sem qualquer qualificação para os lugares que ocupam e consequência da falta de rumo e de visão expressos na gestão de mercearia que tem sido seguida.
Mas o Vereador Oliveira tem um mérito. Apesar de fazer parte deste executivo, consegui, num raro exercício de auto-crítica política, assumir-se como parte do problema, embora endossando para outros a responsabilidade da situação.
(2) Assim sendo a pergunta que se segue parece óbvia: será então que os camaradas de coligação não leram o que o Vereador Oliveira afirmou? A minha perplexidade em relação ao silêncio do Sr. Presidente e dos dois vereadores comunistas face às criticas expressas e à falta de solidariedade do camarada de vereação (e pilar da estabilidade governativa), é total e absoluta. Será que a maioria comunista “comeu e calou”? Será que aceitou as criticas e a responsabilidade imputadas pelo cidadão Artur? Ou será que por ser véspera de eleições não têm coragem de assumir uma posição? Cá para mim, que sou um nabo nesta coisas da política, acho mesmo é que eles não leram. Mas uma coisa vos posso garantir, se eu fosse presidente e um vereador da minha confiança política tivesse manifestado tamanha falta de solidariedade, não ficaria nem mais um segundo responsável por qualquer pelouro que fosse!
(3) Para finalizar gostaria apenas de um último comentário em jeito de apelo às massas: façamos todos os esforços para ajudar o cidadão Artur e o “seu” MCI a ir a votos. Colaboremos com a nossa assinatura para que possam apresentar listas e incentivemos o seu principal promotor para que prossiga. Será bom e desejável que o faça, para que de uma vez por todas o cidadão Artur / vereador Oliveira perceba a sua insignificância política, para que o povo, democraticamente, se encarregue de lhe dar a tareia eleitoral que merece, pelos quatro anos em que foi um dos piores (se não o pior) vereador de que este concelho tem memória.

Disse!