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domingo, 30 de setembro de 2007

STOP!


Depois da primeira metade da magnífica Assembleia Municipal a que pudemos (quem quis!) assistir pela Rádio do Tózé, a qual saudamos pelo serviço público prestado, é óbvia e preocupante a forma como são conduzidos os destinos do Concelho e a falta de rigor e de qualidade dos nossos eleitos.
A referida Assembleia que compreendia na sua ordem de trabalhos algumas questões da máxima importância para o futuro do Concelho, reuniu com a ausência do Sr. Presidente do "Executivo Permanente" (uma nova figura de gestão autárquica criada pela coligação PCP/AA), o que parece tornar-se um hábito quando as questões postas à discussão são controversas, mostrando assim que JBD não parece querer assumir publicamente as suas opções nem ficar associado a elas. Por outro lado registe-se a forma superior e magistral como foram conduzidos os trabalhos pelo Dr. Presidente Guerrilha, dócil para com o "público anónimo" que das bancadas desafiava a sua autoridade e desrespeitava aquele órgão municipal com arrufos e algazarra, travestindo e incorporando diversas personagens durante a função - saltando de presidente da assembleia para presidente da comissão de utentes do SAP sem qualquer interlúdio - e não se coibindo sequer de por vezes fazer comentários e graçolas em relação ao que era dito pelos deputados, preferencialmente da oposição.
Depois deste insulto à inteligência de todos os marinhenses que assistem estupefactos e desiludidos à falta de rigor da argumentação, à falta de senso na condução da coisa pública e à falta de noção das prioridades, é tempo de parar para pensar. Para pensar sobretudo o futuro. Era bom que todos o fizessem, sem excepção, e procurassem de forma consciente identificar o essencial do assessório, o razoável do inconsequente, o racional do emotivo.
É nestas alturas que se impõe o silêncio até como forma de expressarmos a impotência e a desilusão sentidas face à insensatez demonstrada. O silêncio será a nossa forma de protesto e o nosso contributo. Daremos por isso o exemplo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Proposta à Assembleia (on line)

Depois de ouvir em directo e pela primeira vez um bocado da Assembleia Municipal que decorre neste preciso momento (obrigado TóZé Berlusconi pelo audio), imbuído do espírito parlamentar que se vive naquela assembleia e tendo em conta o elevado nível que a discussão está a atingir, sou tentado a brincar com o Dr. Guerrilha (se ele permitir, obviamente) e vou apresentar uma proposta. Se a Amieira tem direito a uma rua dedicada aos seus animais e porque não a "RUA DOS BURROS DA MARINHA"?


Vá lá Dr. Guerrilha, ponha aí à discussão, faz favor!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Andor abanou, mas não caiu!

Nem tudo são más notícias. De forma a sossegar os romeiros mais preocupados, o FLC está em condições de assegurar que as festas da Padroeira vão poder contar com o andor da Coligação Maravilha, o qual abanou mas não caiu! Graças a Artur Autocolante, um homem a quem a Marinha muito fica a dever, a coligação garante que irá participar na procissão com o mesmo fervor de sempre. Para não deixar cair o andor e para amealhar mais uns anitos p’ra reforma, Artur Autocolante “O Predestinado”, é capaz de fazer qualquer coisa e é por isso que com grande sacrifício pessoal não se demite.
Quem também vai estar presente na procissão para agradecer à Padroeira este momento de inspiração divina é Pedro Font Seca, o qual garante ainda que o empurrão ao andor não foi promessa e que devia ter sido com um bocadinho de mais força, só um bocadinho que o menino está bem agarrado ao colo do santo. O demissionário presidente laranja que com o seu gesto procurou alcançar um lugar no Céu, irá carregar um andor surpresa, juntamente com os companheiros Pedro Malandré, Pedro Acabado Silva Inginheiro Imbiental e D. Teles Rei das Massagens. Font Seca não revela como irá ser o andor mas sempre vai levantando a ponta do véu: “é um andor mais moderno e arejado, sem bolores nem cheiro a bafio, trata-se duma coisa mais dinâmica e criativa”, garante. Que assim seja, pois a malta está farta de andores com anjinhos e santos de pau carunchoso. Vai de retro Satanás!

Bitaite da Semana

Já ganhou! Caros calhandreiros amantes do bitaite, nem vale a pena esperar pelo final da semana, já temos o "Bitaite do Século".

Anónimo disse...

COMUNICADO

A Comissão Política de Secção do Partido Social Democrata da Marinha Grande, reunida a 24 de Setembro de 2007, decidiu por maioria, apresentar aoPresidente da Mesa do Plenário a sua demissão.
Por se considerar esgotado o esforço e empenhamento desta Estrutura e dos Seus Autarcas eleitos, no sentido de que as Propostas apresentadas ao Eleitorado em 2005 fossem tidas em conta por parte do actual executivoMarinhense, liderado por João Barros Duarte.
Entendemos que o PSD da Marinha Grande não pode continuar a sustentar políticas desastrosas como as que recentemente têm vindo a público, sem que se tenha em linha de conta os reais interesses dapopulação.
Esta estrutura sempre afirmou e demonstrou abertura ao diálogo, mas que seria exigente, na estrita medida em que não confundimos apoio com omissão, nem solidariedade activa com subordinação, nem lealdade com ausência de sentido crítico.
De acordo com estes princípios, esta Comissão Política entendeu que, ano e meio após a sua eleição interna, fazer uma avaliação e assumir publicamente que tem pontos de vista totalmente opostos em relação ao rumo traçado pelo actual executivo. Ponto de situação de algumas das propostas que defendemos e a analise feita:
Mercado Municipal ? defendemos a sua requalificação em 2005
Situação actual: obras paradas e decisões avulso
Consequência: encerrado pela ASAE
Mercado Novo ? procura de soluções para reutilização para outros fins
Situação actual: encerrado ? sem destino definido
TUMG ? defendemos a reestruturação
Situação actual: proposta de extinção
Consequência: recurso ao sector privado
SIMLIS ? defendemos a total adesão
Situação actual: discordância por parte do actual presidente da CMMG
Consequências: arrastar no tempo a conclusão da cobertura total do saneamento
Variantes/Transito ? defendemos o inicio dos processos/projectos
Situação actual: primeiro projecto em elaboração
Consequências: arrastar por tempo indeterminado a solução dos problemas do transito no centro da cidade.
Parque da Cerca ? defendemos o empenhamento do Município no sentido de se avaliar o grau da contaminação efectiva
Situação actual: nada foi feito desde o inicio do mandato
Consequências: preocupação/desconfiança junto da população
Obras no centro Histórico ? defendemos a reavaliação do impacto que aintervenção em curso podia trazer ao Comércio tradicional
Situação actual: concluídas as obras
Consequências: queixas dos comerciantes e da população em geral
Face ao exposto, entendemos que os Marinhenses merecem mais e melhor, achamos por bem, deixar que os militantes decidam, sem que seja posto em causa o espaço de liberdade/critica, que sempre existiu no PSD, o rumo aseguir no Futuro.
Como tal, vamos solicitar ao Presidente da Mesa do Plenário, aconvocação de um Plenário de Militantes e a respectiva marcação de eleições para os órgãos internos do Partido no Concelho.

Marinha Grande, 24 de Setembro de 2007
A Comissão Política de Secção do Partido Social Democrata

9/26/2007 5:18 PM

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Cambra convida a AZIA para inaugurar o novo Mercado da Feira dos Porcos

Apesar das obras continuarem em bom ritmo, a verdade é que decorreu no passado sábado a inauguração do novíssimo Mercado da Feira dos Porcos, com a presença das mais altas individualidades civis e militares, as quais se fizeram deslocar nos seus luxuosos camiões e pás carregadoras, conforme a foto documenta.
O ponto alto da inaguração decorreu quando a AZIA, a convite da Cambra, entidade com quem mantém as melhores relações de cooperação, procedeu ao corte simbólico da fita e descerrou uma lápide onde se pode ler:
"Aqui Jazem uns Milhares de Euros sacrificados a bem do abastecimento alimentar da população marinhense e em defesa da boa fruta da região, dos legumes livres de estufas e dos pequenos comerciantes do concelho e arredores".
De seguida tomou a palavra o Vereador Engenhocas, mentor do projecto, o qual agradeceu todo o apoio prestado por milhares e milhares de voluntários "que superiormente comandados pelo Engº Alta Tensão, conseguiram num esforço notável, erigir este magnífico complexo abarracado em torno dos contentores-wc topo de gama anteriormente erigidos, em apenas 48 horas, heiiiii!". O Engº Alta Tensão agradeceu comovido e pediu despercebidamente um lenço ao Presidente, para limpar uma lagrimita marota que não conseguiu evitar.

Em nome da AZIA falou o inspector X (devidamente identificado) que agradeceu o amável convite e confirmou "vocês têm aqui umas excelentes instalações para casamentos e baptizados, só é pena o cheiro a peixe... espera lá, eu trato já disso: ó senhoras peixeiras, ó senhoras peixeiras, vão ter de abandonar a barraca que a seguir vamos dar um casamento para 600 pessoas e não cabemos todos, desculpem lá mas é assim. Prontos, já está".

O moderno e arejado complexo é composto por três barracas em pvc antifúngico à prova de rataria e mosquedo, lavável à mão ou à máquina e têm incorporando um moderno sistema de aspiração central com separação de lixos, detector de poeiras e pequenas particulas e sensores de cócó. Os acessos são rápidos e seguros, podendo inclusivamente os furgons e as camionetas atracar directamente dentro das tendas, junta às respectivas bancas, mas aí já é um pouco mais caro.

Bem localizado e sinalizado, o novo Mercado da Feira dos Porcos é a "menina dos olhos" deste executivo que o trata com todo o amor e carinho não regateando esforços para o divulgar.

Mas o bom gosto e o conforto não se ficam pelo exterior. Obedecendo às mais modernas regras de higiéne e salubridade, os interiores foram desenhados com gosto pelo famoso decorador marinhense Dani Metias, tendo sido utilizados exclusivamente materiais virgens especialmente concebidos para este monumento do século XXI. O luxo foi ao extremo de equipar o abarracado complexo com, águas correntes, desgotos, luzes diversas, três contentores verdes com rodas, etc, etc, etc.
As bancas são em aço-inoxidável de Armamar, a capital do aço-inoxidável, e o chão, em pneu reciclado anti derrapante, foi especialmente desenvolvido por uma equipa de ID (Inginheiros e Doutores) da Recauchutagens Seita.
A zona relativa à venda de peixe ainda está em fase de acabamento porque há um peixeira que mede um metro e vinte e três e não consegue chegar à banca, estando por isso a ser instalado um pequeno guincho para a içar. Por outro lado a máquina de fazer gelo está na cantina dos estaleiros por causa das minis, para não aquecerem, e não pode ser dispensada.

Apesar de não revelar o custo final da obra nem de esclarecer se houve derrapansos em relação ao orçamento, a Cambra prevê que esta autêntica maravilha da Ingenharia Moderna (a chamada Nouvelle Inginharie) se venha a pagar a si própria em poucos meses, uma vez que se esperam milhares de visitantes. O Vereador Engenhocas, sempre atento ao futuro, já deu instruções para serem preparadas excursões e visitas de estudo, estando igualmente apalavradas, pelo sim pelo não, duas rolotes de bifanas, um carrinho de pipocas e três contentores para gabinetes de apoio aos visitantes.

A Fuga Para a Frente

Assessoria de Imprensa da CMMG

Mercado Municipal funciona junto aos Campos de Ténis

A actividade comercial do Mercado Municipal da Marinha Grande está a decorrer temporariamente na Zona Desportiva, junto aos Campos de Ténis, desde o passado sábado, 22 de Setembro. A medida foi tomada pela Câmara Municipal, na sequência do encerramento do Mercado (Edifício da Resinagem), no passado dia 19, decretado pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Para que a actividade do Mercado não ficasse comprometida, já que há mais de 300 pessoas cuja ocupação profissional dali depende directamente e que não poderia ser posto em causa o abastecimento alimentar da população que acorre ao Mercado, a Câmara, dado estar em causa o interesse público, tomou medidas de emergência que permitiram que, em menos de 48 horas, os comerciantes pudessem voltar a vender, embora com algumas restrições.

Na passada sexta-feira, alimentos como frutas e legumes, que não exigem cuidados de refrigeração nem equipamentos de conservação e preparação dos alimentos como a carne, o peixe ou lacticínios, foram vendidos em bancas improvisadas pelos vendedores, na Praça Guilherme Stephens.

Num local onde já haviam sido construídos sanitários públicos, procedeu-se: à pavimentação do espaço, à colocação de três tendas em lona de 375 metros quadrados cada, ao reforço da iluminação pública e à instalação de tomadas eléctricas.

Estas medidas permitem que grande parte dos comerciantes continue a laborar e que a população seja abastecida. Falta agora assegurar que, com a instalação de bancas apropriadas, se criem condições para que o peixe seja vendido.

Esta é, obviamente, uma situação provisória a que a Câmara Municipal foi obrigada a recorrer, perante o encerramento do edifício do Mercado, determinado pela ASAE e o consequente impacto social que acarretaria a sua falta de operacionalidade, para vendedores e população.

No passado sábado, 22 de Setembro, o Mercado foi já realizado na Zona Desportiva, onde a Câmara Municipal tentou proporcionar condições mínimas de higiene alimentar e funcionalidade a vendedores e clientes, o que foi acompanhado no local pelos inspectores da ASAE que comprovaram a existência de condições para o funcionamento do Mercado, com excepção da venda do peixe.

Novo Mercado chumbado

A proposta apresentada pelos Vereadores do Partido Socialista, na última reunião da Câmara, consistia em transferir os vendedores para o edifício do Centro Comercial Atrium, construído pelo anterior Executivo. A pretensão dos Vereadores foi contrariada pelos quatro votos do Executivo permanente.

Estando concluído desde 2003, o espaço nunca foi inaugurado apesar de o Executivo do Partido Socialista ter continuado a gerir os destinos do Concelho até Novembro de 2005.

Com a entrada em funções do novo Executivo, o referido espaço continuou encerrado. Foram mandados efectuar vistorias e estudos que avaliassem as condições funcionais e técnicas daquele imóvel, no sentido de confirmar a sua operacionalidade, de acordo com as disposições legais.

No dia 16 de Janeiro de 2006, no âmbito da vistoria requerida pelo Presidente da Câmara da Marinha Grande, “deslocou-se ao edifício denominado como “Cristal Atrium” a Comissão de Vistorias convocada para o efeito, composta pelos seguintes técnicos:
Pela ARSC: Dr. Artur Felisberto, Delegado de Saúde e Anabela Cruz, Técnica de Saúde Ambiental;
Pelo Serviço Nacional de Bombeiros: Victor Graça, Comandante dos Bombeiros Voluntários da Marinha Grande e Mário Silva, Adjunto de Comando;
Dr. Rui Vinagre, Veterinário Municipal;
Pela Câmara Municipal: Alexandre Fava, Arquitecto, Maria João Oliveira, Engenheira Civil, Carlos Duarte, Fiscal Municipal;
Esteve igualmente presente, como observador, em representação da Protecção Civil, o Sr. Artur Granja.
No local encontrava-se o Sr. Eng.º Massano, que facultou o acesso às várias áreas do edifício”.

O relatório daquela vistoria dá conta que, “dado o parecer desfavorável da ARS e do Veterinário Municipal, o espaço não reúne condições para ser utilizado como Mercado Municipal”. Recorde-se que estes pareceres têm carácter vinculativo.

Por sua vez, o relatório da referida vistoria sanitária redigido por aquelas duas entidades, constata deficiências técnicas e funcionais: a zona de recepção dos produtos na cave é comum ao horto, frutas, carne); o número de monta cargas é insuficiente; o único transporte de mercadorias da cave para o 1º andar é feito por um só elevador; não existem zonas de frio; não é possível efectuar a entrada e saída de viaturas de abastecimento em simultâneo; bancas de venda de peixe com inclinação reduzida; os talhos não apresentam características estruturais que permitam o exercício da actividade para os fins que foram destinados; escadas de acesso aos diferentes andares de dimensão reduzida; entre muitos outros aspectos.

Um relatório de avaliação proposto pela Assembleia Municipal e encomendado pela Autarquia a uma entidade externa, datado de Março de 2007, denota estarmos “perante um lay-out funcional, que não cumpre a legislação em vigor, nem serve os interesses dos vendedores e não serve bem o público”.

Nesse documento, são apontadas soluções de reengenharia externa e interna do edifício, cujas obras se estimam em mais de 2,3 milhões de euros. É também referido que essas obras não permitiriam solucionar deficiências estruturais e funcionais como o abastecimento do mercado e estacionamento para vendedores e utentes, condições sem as quais não é possível o funcionamento como mercado.

Comerciantes do centro tradicional preocupados

Na última segunda-feira, 24 de Setembro, o Vereador das Obras Municipais, Artur Pereira de Oliveira, reuniu com representantes da Associação Comercial e Industrial da Marinha Grande e alguns lojistas do centro tradicional, que vieram mostrar a sua preocupação pelo encerramento do Mercado Municipal, que afasta o público desta zona do centro da cidade.

Foram apresentadas propostas que, segundo aquela entidade e comerciantes, poderão evitar a desertificação imediata e o encerramento dos estabelecimentos que se encontram ainda em actividade.

Esta é, também uma preocupação partilhada pela Câmara Municipal que, atendendo aos interesses de todas as partes, tentará encontrar soluções que minimizem o impacto do fecho temporário do Edifício da Resinagem.
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E perguntamos nós: ó Senhor Presidente, só se esqueceu de dizer é quanto é que custou esta brincadeira toda para que não fosse "posto em causa o abastecimento alimentar da população que acorre ao Mercado". É que a malta tem direito a ser informada e assim a coisa era mais transparente, não é?

Quem Bufou?

Encerramento do Mercado Municipal da Marinha Grande envolto em polémica

Governo Civil de Leiria critica Delegado de Saúde da Marinha Grande

O Governo Civil de Leiria divulgou o Relatório de Vistoria ao Mercado Velho da Marinha Grande, datado de Agosto de 2006, da responsabilidade do Adjunto do Delegado de Saúde da Marinha Grande, que, à data, desempenhava funções de Autoridade Distrital de Saúde, concluindo que, já nessa altura, o mercado não apresentava condições higio-sanitárias e colocava em causa a saúde pública. O Governo Civil critica recentes afirmações do Delegado de Saúde da Marinha Grande por colocar a possibilidade de reabrir o mercado, considerando “um comportamento estranho da parte de quem tem a responsabilidade de proteger a saúde pública.”

A vistoria foi solicitada pelo Governo Civil de Leiria, na sequência de várias denúncias, algumas das quais publicadas nos órgãos de comunicação social, relativas às deficiências do mercado municipal. Já nessa altura, a Autoridade de Saúde diagnosticou graves problemas no funcionamento do mercado, concluindo que o mesmo não apresentava condições higio-sanitárias e colocava em causa a saúde pública. Em Agosto de 2006, o relatório foi enviado pelo Governo Civil de Leiria às seguintes entidades:

a) Gabinete do Ministro da Saúde;
b) Director-Geral de Saúde;
c) Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande;
d) Directora Regional do Centro da asae;
e) Adjunto do Delegado Regional de Saúde Pública do Centro.

No comunicado assinado pelo adjunto do Governador Civil, Adelino Mendes, Governo Civil de Leiria comprova, através de documentos oficiais, que também do ponto de vista da saúde pública o mercado não reúne ou, pelo menos, não reunia em Agosto de 2006, condições de funcionamento. Mais de um ano depois, a inspecção da asae determinou a suspensão imediata do funcionamento e utilização do mercado municipal, por estar em causa a segurança alimentar.

O Governo Civil de Leiria constata que o presidente da Câmara Municipal reconhece a situação de degradação do edifício e a necessidade de realização de obras de ajustamento às novas exigências de salubridade e critica “as recentes afirmações do Delegado de Saúde da Marinha Grande, que chega a colocar a possibilidade de reabrir o mercado, contrariando a decisão da asae e as conclusões do relatório da própria Autoridade de Saúde, evidenciando um comportamento estranho da parte de quem tem a responsabilidade de proteger a saúde pública.”

"Marinha Grande tem o maior poder de compra do distrito"

" O concelho da Marinha Grande é o que regista o maior poder de compra 'per capita' no distrito de Leiria, revela um estudo publicado pelo Instituto Nacional de Estatístico (INE).
Segundo o relatório, no distrito apenas há dois concelhos que registam um índice superior à média nacional. Além da capital vidreira, que apresenta um índice de 104,76 (a média nacional é 100), Caldas da Rainha aparece em segundo lugar, com 103.55 pontos. Todos os restantes concelhos do distrito aparecem abaixo da média do país."
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(Diário de Leiria)


Esta notícia, que passou quase despercebida, vem comprovar o que há muito se sabe, o problema do comércio tradicional na Marinha não é um problema de falta de poder de compra da população, é antes o resultado da falta de dinâmica e de cultura do sector, potenciada pelos erros acumulados dos seus dirigentes associativos e dos governos municipais que não conseguiram inverter a tendência de morte lenta.
Para além de massa cinzenta, auto-crítica precisa-se, em grandes doses.

"Comissão Política Concelhia do PSD demite-se em bloco"

O PSD da Marinha Grande está sem liderança desde o início da semana, depois da demissão da estrutura concelhia, dizendo-se insatisfeita com a gestão autárquica da coligação PSD/CDU.
Adirecção da Comissão Política Concelhia (CPC) do PSD da Marinha Grande, liderada por Pedro Fonseca, demitiu-se em bloco na segunda-feira à noite, em sinal de protesto contra a gestão autárquica de coligação PSD/CDU.
“Entendemos que o PSD da Marinha Grande não pode continuar a sustentar políticas desastrosas com as que recentemente têm vindo a público, sem que se tenha em linha de conta os reais interesses da população”, refere em comunicado Pedro Fonseca, presidente demissionário da CPC.
O social-democrata elenca algumas propostas feitas pelo PSD, nas Eleições Autárquicas de 2005, que estiveram na base da coligação pós-eleitoral com a CDU para a gestão autárquica, e que ainda não foram cumpridas.
Entre as promessas não concretizadas, constam o atraso nas obras de requalificação do Mercado Municipal, encerrado na semana passada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a procura de soluções para o novo Mercado Municipal, a reestruturação da empresa de Transportes Urbanos da Marinha Grande (TUMG), o atraso na resolução dos problemas de trânsito dentro da cidade e a reavaliação do impacto das obras no Centro Histórico. “Face ao exposto, entendemos que os marinhenses merecem mais e melhor, achamos por bem deixar que os militantes do PSD (...) decidam o rumo a seguir no futuro”, sustenta Pedro Fonseca.
Apesar de discordar com a gestão autárquica PSD/CDU, o presidente demissionário esclarece que o cenário de demissão já estava a ser equacionado antes de surgir o encerramento do Mercado Municipal. “Só não apresentámos a demissão na reunião do dia 13 de Setembro, porque faltaram dois elementos da Comissão Política”, alega o responsável.
As eleições para a escolha da nova direcção da CPC só deverão ser marcadas para o próximo mês e Pedro Fonseca admite recandidatar-se ao cargo. “Se os militantes entenderem que sim, estou disponível”, esclarece.

Vereador do PSD não se demite

O vereador das Obras na Câmara da Marinha Grande, Artur Pereira, eleito nas listas do PSD, e que participou na reunião de segunda-feira da estrutura concelhia, adianta que não se demite do cargo, apesar da estrutura concelhia o ter aconselhado a abandonar as funções. “As questões internas do partido nada têm a ver com a gestão autárquica, e, por esse motivo, não me demito. Além disso, não lido com pessoas irresponsáveis”, conclui o vereador.



Mário Pinto

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

É Anopsia. Está confirmado!

Afinal confirma-se o pior dos diagnósticos, não se trata de estrabismo mas antes de anopsia, congénito portanto. Quem mo garantiu, pessoalmente, foi o próprio Dr. House após minuciosa análise ao comunicado bolsado pela assessoria de imprensa da nossa novel Câmara. E mais esculcou: “não tenham ilusões quanto ao futuro, situações destas normalmente degeneram na falência completa do sentido de orientação”. E a cura doutor? “Lamento, apenas paliativos, misericórdia e pauzinhos de incenso, a ciência ainda não consegue o impossível, dar dois dedos de iluminura a testas tão curtas é tarefa por ora impossível.”
A sensação que tive ao ler o funesto documento foi de receio, temi que de forma descuidada tivessem ingerido quantidades consideráveis de cogumelos alucinogénios e de seguida ainda tentassem saltar do varandim dos Paços do Concelho, convencidos que haviam incorporado o espírito de Ícaro, tal foi a vibração de delírio que o escrito me transmitiu.
Mas factos são factos e a verdade é que, embora me sinta inclinado a amercear a desbocada tese expendida em defesa do regedor e seus asseclas, pela falta de tacto e de sensibilidade que demonstram quando perdem a face, não me deixa a consciência que fique afático.
Num momento como este em que o desvario e a insensatez podem provocar perdas graves e irreparáveis ao erário e à credibilidade e bom nome da civitate, é bom lembrar ao Sr. Presidente que a seriedade que tantos lhe concedem pode ter sido irremediavelmente posta em causa pela forma bisonha como a coisa tem sido gerida. É bom lembrar ao Sr. Presidente que não deve tratar como azémolas os seus concidadãos sugerindo que “a Câmara Municipal, na pessoa do seu Presidente”, foi apanhada com as calças na mão, num momento de... distracção. É bom lembrar ao Sr. Presidente que a apetência e avidez que proclama pela legalidade deve ser geral e abstracta, tal como o é a lei, não lhe podendo dar o fastio e a ceguidade quando as normas não lhe aprazem. É bom lembrar ao Sr. Presidente que a saúde e o bem estar dos seus munícipes está muito acima dos interesses dos “pequenos comerciantes” que recebe condoído e com mesuras no Salão Nobre, bufarinheiros despreocupados com as condições de asseio e catástase com que mercam os produtos da sua lavra, ou não, desde que no fim da campanha as caixas de fruta oriundas do país vizinho e os cabazes de peixe engordado a farinha estejam vazios e a aljava cheia. É bom lembrar ao Sr. Presidente que a sua preocupação com as boas contas não se deve evaporar subitamente em decisões sem parcimónia, sobretudo quando as alternativas são óbvias, racionais, evidentes, de alcance pueril, mesmo que a memória não lhe faculte o destinatário final da factura contraída com o desmando - o cliente habitual, o de sempre! É bom lembrar ao Sr. Presidente que a fé cega que pôs nos peritos que lhe fizeram o relatório do mercado novo, corroborando as teses expendidas pelo seu versado vereador, deverá ser aplicada, na mesma proporção, aos peritos que agora fecharam o barreleiro mafuá e que tão somente lhe recordaram o que diz estar consciente – “que o Mercado não reúne as melhores condições de salubridade” - o velho, claro está. E sobretudo é bom lembrar ao Sr. Presidente que como figura primeira da administração municipal tem o injuntivo dever e o compromisso de respeitar pessoas, instituições e suas decisões, reconhecido e consagrado que lhe está o direito à indignação e ao recurso a instância arbitrais. É que quando se teima em coleccionar atitudes arrogantes e persecutórias em vez de amealhar crédito de consideração e coerência, mais cedo ou mais tarde o respeito e a autoridade são desafiadas. É dos livros, é da vida.
Mas este episódio que habilmente se tenta reverter a favor do actual executivo, pela reputada e oleada máquina de propaganda do partido da esquerda - sim porque o da direita ainda está para perceber como é que há-de chamar à razão o seu indócil e caracterial representante - teve o condão de mostrar preto no branco que o governo liderado pelo Presidente João e pelo Vereador Artur, é talhado para os grandes momentos, para as crises agudas. Repare-se como um executivo que não consegue exigir a um fornecedor de serviços, contratualmente vinculado, que mantenha operacionais os semáforos da cidade em tempo de veraneio, consegue a epopeia bíblica de, em apenas três dias, erigir um chandeu de barraquins a que deu o nome de “situação transitória”.
Mas teve mais, teve o condão de evidenciar a falta de vocação de um delegado incapaz de perceber que a sua autoridade pouco importa, se critérios de competência e de cordura não enformarem a actuação que é seu dever exercer de modo competente em nome do Estado e em defesa da saúde pública. Teve o condão de mostrar que o desnorte não se fica pela díade dos mais grisalhos, outras barbas supostamente mais arejadas também ajudaram à festa, transmitindo sem grande entusiasmo nem convicção, argumentos soprados por quem manda. Teve o condão de mostrar que a maior qualidade de um político é antecipar o futuro e não reagir aos acontecimentos que os submergem. Por isso Sr. Presidente, nunca mais volte a repetir que foi apanhado de surpresa, é um erro político grave e um desleixo irremissível, porque pior do que gente incompetente são políticos distraídos, quando se tem da causa pública um ideal de espírito de missão.




Pela mão da Lurdes Rata, a minha mulher a dias que na sexta de manhã cruzou a Praça Stephens transformada em Feira da Ladra, chegou ao meu conhecimento um panfleto do partido da esquerda. Dei de imediato instruções à Lurdes para limpar sem demora aquele vómito que deixara inadvertidamente em cima da mesa da cozinha e para deixar abertas as janelas afim de repor o ar fresco e puro na divisão contaminada. Sim, porque no Casal da Formiga ainda se respira ar fresco e puro.

sábado, 22 de setembro de 2007

E Hoje? Mais uma Vergonha...

Marinha Grande: ASAE volta a fechar mercado
2007/09/22 19:30
Espaço era provisório e tinha sido cedido pela autarquia


Elementos da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) estiveram este sábado no mercado provisório da Marinha Grande onde proibiram a venda de peixe por falta de condições de higiene, avança a Lusa.

Segundo fonte da ASAE, os fiscais estiveram no mercado instalado provisoriamente junto ao estádio municipal e proibiram a venda de peixe em bancas localizadas numa tenda, um ordem que foi acatada pela dezena de vendedores que aí se encontrava.

Os vendedores foram identificados pelas autoridades, mas o pescado não chegou a ser apreendido.

O mercado está a funcionar desde hoje em terrenos junto ao estádio depois de a ASAE ter suspendido a sua laboração que tinha lugar no edifício da Resinagem, na passada quarta-feira.

A Câmara já contestou essa decisão com uma providência cautelar, mas até que haja uma ordem judicial o mercado irá decorrer nas instalações provisórias junto ao estádio.

Entretanto, a autarquia ordenou também o início dos trabalhos de adaptação do edifício da Resinagem às necessidades de higiene e salubridade adequadas para um mercado de produtos perecíveis.

"VENCEREMOS!" - Quem?

Ao seu melhor estílo panfletário, tal como aqui já tinhamos dado conta o PCP fez distribuir um comunicado na manhã de ontem (sexta-feira) no "Mercado de Rua da Praça Stephens" e que a serguir se transcreve.


Cumprindo ordens do Governo PS/Sócrates e dos seus serventuários locais, a ASAE invoca a falta de condições higiénico-sanitárias para encerrar aquele espaço.

É verdade que há ainda muito a fazer para que o Edifício da Resinagem garanta um Mercado condigno, apesar das pequenas obras de beneficiação recentemente efectuadas.

Aconte que os Marinheses não têm memória curta. E não esquecem que, durante 12 anos à frente dos destinos da Câmara Municipal o PS local nada fez para dar ao Mercado a dignidade que ele merecia.

Bem pelo contrário. Atolaram-se em negociações com interesses privados, trocaram terrenos em condições altamente desvantajosas para a Autarquia e construiram um novo edifício que serve para tudo, menos para um Mercado. Por isso, o Delegado de Saúde e os Bombeiros proibiram a sua utilização para aquele fim.

Entretanto, como se nenhuma responsabilidade tivessem, multiplicam-se em “queixas” e em críticas e servem-se do seu Governo para, mais uma vez, destruirem as aspirações da Marinha Grande e do seu povo.

E o Governo PS/Sócrates não se fez rogado. Encerra o Mercado, dá corpo a linhas fundamentais da sua criminosa política:

- Destruir a pequena produção familiar e o comércio tradicional, deixando a economia nacional cada vez mais dependente do mercado externo e da ganância dos intermediários.
Sim, porque com o mercado encerrado, os Marinhenses deixam de ter acesso aos produtos da sua terra e a alternativa é a fruta estrangeira e sem gosto, os legumes de estufa...

É possível derrotar esta política. O povo da Marinha Grande, com a sua combatividade de muitos anos, com o seu apurado sentido de justiça, dará a resposta que o Governo e o PS local merecem.

Unido, firme e vigilante o povo da Marinha Grande exigirá a reabertura do Mercado, tal como não deixará fechar o SAP. E contará, hoje como sempre, com a acção determinada, activa e solidária do Partido Comunista Português.

Era importante saber se o parceiro de coligação se revê nesta posição comunista.

não sejam esquisitos que a fruta brasileira também não é má...

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Origem: Planfeto do PCP (DOC - Denominação de Origem Controlada)
Autor: Desconhecido
Fonte: INE ("Marinha Grande é um dos maiores produtores de fruta do país e o maior na produção de bananas")

Sai uma providência cautelar!

Encerrado pela ASAE na quarta-feira

Câmara da Marinha Grande interpõe providência cautelar para exigir reabertura do mercado
21.09.2007 - 21h42 Lusa


A Câmara da Marinha Grande interpôs hoje no Tribunal Administrativo de Leiria uma providência cautelar para exigir a reabertura do mercado municipal, encerrado quarta-feira pela Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Na acção judicial, a autarquia juntou “um parecer da autoridade de saúde que não aponta problemas de saúde pública”, como referiu a ASAE, contou João Barros Duarte, presidente da Câmara (CDU).

Além disso, a câmara não vê na ASAE competência para ordenar o encerramento do mercado, que passou a funcionar numa praça junto ao edifício da câmara.

O autarca garante que os problemas existentes “em caso algum” configuram um “problema de saúde pública”.

A ASAE encerrou o edifício da Resinagem onde se realizava o mercado alegando falta de condições de salubridade e de saúde pública, o que motivou a contestação da autarquia e dos vendedores.

O mercado tem sido alvo de polémica no concelho, já que o PS tem defendido o encerramento do local actual e a sua transferência para novas instalações no centro comercial Atrium, como esteve previsto no anterior mandato. A CDU tem recusado a proposta, preferindo alienar aquele espaço novo para custear as obras de remodelação do actual mercado.

Bitaite da Semana

Esta semana, como não poderia deixar de ser, o bitaite eleito é sobre a o mercado, questão que acabou por dominar todas as dicussões deixando assim para trás uma proposta deste Fórum sobre o uso da bicicleta e a respeito da Semana da iMobilidade. Certamente que voltaremos ao tema.

Cidadão Atento disse...

Deixem-me tomar algum do vosso tempo e paciência e aceitem ler este bitaite, com espírito aberto, porque ele não pretende introduzir ainda mais ruido na questão do Mercado, na medida em que se trata de um assunto demasiado sério, que mexe com os marinhenses e as suas tradições, mas também com a vida de muitos comerciantes, que ali terão a sua principal fonte de rendimento.
Como ponto prévio, na qualidade de marinhense que quer ter opinião e ser respeitado, muito grato ficaria se a Câmara abrisse ao público o Novo Edifício, para que as pessoas o pudessem visitar, para saberem do que se fala e formarem a sua opinião com fundamento.
Não resisto ainda a fazer um segundo desafio aos responsáveis políticos, que transformaram o Mercado numa arma de arremesso político, para que proponham aos mercadores a sua instalação provisória no novo mercado, com a dupla vantagem de não irem para barracas na Feira dos Porcos e de poderem testar, de facto, a possibilidade de se fazerem as adaptações necessáris neste edifício, ou o abandono da ideia, definitivamente, porque não funciona nem é recuperável.
Não existe melhor oportunidade para tomar esta decisão, porque não seria possível acusar a Câmara de ceder e deixar cair uma das suas promessas eleitorais, na medida em que estamos perante um cenário que exige medidas rápidas , que acautelem todos os interesses em jogo.
Porque o(s) conheço e não tenho grande esperança de que possam tomar estas medidas corajosas, permitam que transcreva alguns excertos do relatório feito por uma comissão de três pessoas em que pelo menos duas são militantes do PSD, que não resistiram à tentação de introduzir comentários pessoais, deixando claro que se tratou de uma encomenda do vereador do Pelouro (pelo menos).
Na pág. 5, cap. 2.2 dizem:"SURGEM AFECTADAS A CARGAS E DESCARGAS ALGUNS LUGARES DE ESTACIONAMENTO NÃO EXISTINDO NA VIZINHANÇA PRÓXIMA OUTRA ÁREAS DE ESTACIONAMENTO SUFICIENTEMENTE DESCONGESTIONADAS QUE POSSAM VIR A MITIGAR O IMPACTO DA ACTIVIDADE DO MERCADO". Fim de citação.
Comentário:
Brilhante observação. No Velho Mercado o que há mais são lugares disponíves para cargas e descargas, a começar pela Praça Stephens.
"OS ACESSOS FUNCIONAIS AO NÍVEL TÉRREO DO EDIFÍCIO ´APENAS`SE FARÃO PELOS ARRUAMENTOS A NASCENTE E SUL" (rua das Portas Verdes e Rua do Sol).
Comentário:
Reparem na subtileza do "apenas". É que nisso ganha o Velho mercado, porque tem ruas e acessos por todos os pontos cardeais, o que por acaso só complica.
Pág. 6 - "O ESTACIONAMENTO DO PÚBLICO EM ESPAÇO EXTERIOR ESTÁ MAIS COMPROMETIDO NA NOVA SITUAÇÃO DO QUE NO VELHO MERCADO".
Comentário:
Aqui, aposto que este parágrafo, não foi escrito pelos técnicos, mas imposto por quem paga para lhe darem o que quer.
Contem os lugares disponíveis à volta do Velho (agora muito menos do que há um ano)e comparem-nos com os disponíveis no Parque da Mobil, na Rua do Campo da Portela, na Rua Infante D. Henrique, no próprio Parque subterrâneo do Cristal Átrium, todos a menos de 300 metros do Novo mercado e depois avaliem a seriedade com que este relatório foi feito.
Pág. 6-Cap. 2.3.1.1.
"PARA O PESCADO E CARNE VERDE O INGRESSO TEM QUE SER FEITO POR FOLE DE ACOSTAGEM HERMÉTICO EM ESPAÇO CLIMATIZADO (9 a 12 GRAUS)CONTÍGUO AO ESPAÇO DE ARMAZENAGEM REFRIGERADO (0 a , 2 GRAUS), OU , EM ALTERNATIVA, COLOCAÇÃO IMEDIATA EM CONTENTORES ISOTÉRMICOS DE MOVIMENTAÇÃO".
Pág. 7- "O ESPAÇO DE RECEPÇÃO PARA PRODUTOS CONGELADOS DEVERÁ SER REFRIGERADO (0 a 2 GRAUS) DE MODO A QUE NÃO SURJA ORVALHADA SOBRE PRODUTOS E EMBALAGENS, DEVIDO A VARIAÇÕES TÉRMICAS. A SUA CONSERVAÇÃO DEVERÁ SER GARANTIDA ENTRE -24 graus E -18.
"TODOS OS ESPAÇOS DE CONSERVAÇÃO EM FRIO POSSUIRÃO, OBRIGATÓRIAMENTE, REGISTOS IMPRESSOS DA EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA E HUMIDADE".
Comentário:
A actual Câmara, depois de encomendar este relatório, ESTÁ OBRIGADA a construir o único mercado municipal sazonal no Mundo, que cumpre estas exigências.
Quem fez este relatório, pegou em legislação que verte normas comunitárias a respeitar, mas que não se aplicam neste tipo de infraestrura. São obrigatórias em unidades de produção e armazenamento de produtos alimentares, em grandes superfícies comerciais, em locais de abate, mas não em Mercados.
Se fosse assim, todos, MAS MESMO TODOS, os mercados do Mundo estariam fechados.
Pág. 9-Cap. 2.3.1.2.
"OS FUNCIONÁRIOS DO MERCADO SÓ PODERÃO INGRESSAR NA ÁREA DO MERCADO APÓS PASSAGEM EM INSTALAÇÕES DE VESTIÁRIO/BALNEÁRI/SANITÁRIO, PARA HOMENS E MULHERES (separadas claro).
"OS MERCADORES DE HORTO-FRUTÍCOLAS, CHARCUTARIA, PADARIA, FLORES, AVES VIVAS, ARTESANATO, DEVEM DISPOR DE VESTIÁRIOS COM CACIFO COM SISTEMA DE FECHO SEMELHANTE AOS UTILIZADOS EM RECINTO DESPORTIVO COM BLOQUEIO DE CHAVE; SANITÁRIOS EM NÚMERO SUFICIENTE PARA OS DOIS SEXOS.
" PARA OS COMERCIANTES DE PESCADO, CARNES E AVES VIVAS(OUTRA VEZ) DEVERÃO EXISTIR INSTALAÇÕES PARA OS DOIS SEXOS E DIFERENCIADAS PARA CADA PRODUTO.
DADO EXISTIREM DIVERSAS ENTIDADES EMPREGADORAS, CONCORRENTES COMERCIAIS ENTRE SI, DEVER-SE-IA OPTAR PELA EXISTÊNCIA DE VÁRIOS CONJUNTOS DE SANITÁRIOS, BALNEÁRIOS, VESTIÁRIOS, QUE PUDESSEM SER AFECTADOS CADA UM A UM NÚMERO DE OPERADORES, RESPONSABILIZADOS PELO SEU USO"
Comentário:
Se alguém pensa que eu inventei isto, desenga-se. Isto e muito mais está escrito e serviu npara dizer que o Mercado não tem condições para funcionar.
Pág. 12-Cap.2.3.2
"NO MERCADO ACTUAL (fechado pela ASAE), APESAR DE INCUMPRIDOR AO NÍVEL DAS CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E DO CONTROLO DE TEMPERATURA E QUALIDADE ATMOSFÉRICA, EXISTE DEDICAÇÃO E CONFINAMENTO DE ÁREAS DESTINADAS A CADA SECTOR DE ACTIVIDADE, POSSIBILITANDO UM MÍNIMO CONTROLO SANITÁRIO DOS MICRORGANISMOS CRUZADOS ENTRE ÁREAS DE VENDAS DISTINTAS".
Comentário:
Quem conhece o mercado e tem pelo menos o coeficiente de inteligência do Cabeças e sabe usá-lo, não percebe logo qual foi o objectivo da encomenda deste pretenso relatório?
Controlo dos microrganismos cruzados? O que é isso comparado com mijo de rato?
Pág.16-Cap. 2.3.3.2
"AS BANCAS SÃO EQUIPADAS, NO TARDOZ DA ÁREA DE VENDA, COM BANCADAS E PRATELEIRAS EM AÇO INOX E TAMBÉM COM CUBAS DE LAVATÓRIO COM COMANDO POR PEDAL. A CONFIGURAÇÃO DAS BICAS NÃO PERMITE A COLOCAÇÃO DE UM BALDE PARA RECOLHA DE ÁGUA.
"O COMANDO DE PEDAL ESTÁ ALOJADO NUMA CAIXA DE INOX QUE, POR TER FRINCHAS NA SUA CONSTRUÇÃO E NA JUSTAPOSIÇÃO AO SOLO E PAREDES, ACUMULARÁ DETRITOS E ÁGUAS E ABRIGARÁ INFESTANTES".
Comentário:
Ao ler isto, qualquer pessoa fica estupefacta. As cubas são de lavatório para higiene pessoal. São em aço inox, com comando de pedal em inox e mesmo assim foram-lhe encontrar defeitos, porque têm frinchas e podem acumular bactérias.
Mas que terra é esta?
Quem é capaz de usar esta argumentação para dizer que o edifício não reúne condições?
São 32 páginas de pretenso relatório que todos os marinhense deveriam ler.
Estamos perante um acto de gestão danosa dos dinheiros públicos, porque se desperdiçam dois milhões de euros de investimento e porque se estão a gastar mais 250 mil, supostamente por ajuste directo, sem concurso e à pressa, para pôr de pé barracas de lona, onde supostamente serão instaladas as tais portas herméticas climatizadas, os sanitários, as cubas de inox sem frinchas, etc.
Porque a informação não faz mal a ninguém, informem-se onde podem ter acesso a este documento e contribuam para que este debate contribua para que seja feita uma inversão no rumo que a nossa terra está a levar.


9/21/2007 11:26 PM


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Ùltimas do SAP

Marinha Grande: Manifestação contra encerramento do SAP reúne duas centenas de utentes
21 de Setembro de 2007, 19:54

Marinha Grande, Leiria, 21 Set (Lusa) - Duas centenas de munícipes da Marinha Grande concentraram-se hoje na Praça Stephens, no centro da cidade, para contestar o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), que já foi anunciado pela Administração Regional de Saúde.

Na manifestação, os populares reclamaram a manutenção do SAP aberto 24 horas, criticando a decisão da tutela de encerrar os serviços de atendimento entre as 20:00 e as 08:00, remetendo os utentes para as Urgências do Hospital de Leiria.

"Não podemos aceitar isso", até porque o concelho "tem ainda problemas por resolver na área da saúde", afirmou à Agência Lusa Sérgio Moiteiro, do movimento de utentes.

Hoje, os munícipes aprovaram uma moção em que defendem a manutenção do SAP aberto, o reforço de condições do centro de saúde (com mais médicos e enfermeiros) bem como um "serviço de análises clínicas com meios de diagnóstico".

O fim do serviço de 24 horas do SAP estava previsto para o final do mês mas a ARS já "recuou nessa ideia" devido "à força da contestação da população" do concelho, afirmou Sério Moiteiro, que aguarda agora contactos da tutela.

"Não quero acreditar que venham a encerrar o SAP sem falar com a comissão ou com a Câmara mas se o fizerem terão a reacção imediata da população", prometeu Sérgio Moiteiro.

Gritando palavras de ordem como "o SAP não vai encerrar, continuaremos a lutar" ou "a luta continua", os utentes manifestaram-se pelas ruas da cidade de modo a sensibilizar a população para esta causa.

Num ofício enviado anteriormente à Câmara pela Administração Regional de Saúde que a autarquia divulgou, a tutela justificou a suspensão do serviço nocturno devido à "evolução do sistema de saúde" que tende para a "redução progressiva dos tempos de atendimento em SAP", privilegiando os horários de consulta diurna de modo a "recentrar o atendimento em ambiente da medicina familiar".

Esta reconversão do serviço de saúde no concelho virá aumentar "as consultas em 600 vagas mensais e melhorará o desempenho e eficiência do Centro de Saúde" da Marinha Grande, acrescenta ainda o documento.

Hoje, o presidente da Câmara, João Barros Duarte, mostrou-se "totalmente solidário" com a população e prometeu a "mais viva oposição" a essa alteração de funcionamento do SAP.

PJA.

Lusa/Fim

O Drama de Belmiro Grilo e Maria da Natividade

Marinha Grande

Mercado transferido para passeio junto à Câmara depois de ASAE ter encerrado edifício

Dezenas de vendedores do mercado da Marinha Grande montaram hoje as suas bancas na Praça Stephens, junto à Câmara Municipal, depois da Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ter encerrado o edifício onde vendiam.

«Isto não é uma solução boa», mas «pelo menos estamos perto de quem compra», afirmou Belmiro Grilo, um dos vendedores que fez hoje de manhã o seu negócio no passeio, em espaço autorizado pela Câmara.
Na quarta-feira, a ASAE encerrou o edifício da Resinagem, onde tinha lugar o mercado, alegando falta de condições de salubridade e de saúde pública, motivando a contestação da autarquia e dos vendedores.
«Se aquilo não tinha condições então é porque aqui, no meio da rua, estamos melhor», ironizou Maria da Natividade, outra vendedora de produtos hortícolas, que criticou a actuação dos elementos da ASAE.
Também o presidente da Câmara da Marinha Grande, João Barros Duarte (CDU), criticou a actuação das autoridades, já que os «problemas (do edifício da Resinagem) eram conhecidos e estavam identificados», pelo que «era preferível ordenar obras» do que avançar com o «encerramento puro e simples».
Perante a situação, a autarquia autorizou a realização do mercado na Praça Stephens até que sejam feitas obras de adaptação de terrenos contíguos ao estádio municipal, que deverão acolher, de forma provisória, as bancas dos vendedores.
Depois, a autarquia tenciona proceder às obras de remodelação do edifício da Resinagem, cumprindo as imposições da ASAE.
«Estamos ainda a estudar alternativas, mas vamos encontrar uma solução definitiva» que «cumpra a lei», prometeu Barros Duarte, que lamentou os incómodos que a situação está a causar junto dos vendedores e clientes do mercado municipal.
A localização provisória que está definida, porém, não agrada aos vendedores que se queixam da distância em relação ao centro da cidade.
«A maior parte dos meus clientes são pessoas que vivem aqui e chegam a pé», pelo que «não poderão ir ao outro lado da cidade para fazer compras», lamentou Maria da Natividade.
O mercado tem sido palco de polémica no concelho, já que o PS tem defendido o encerramento do actual local e a transferência do espaço comercial para novas instalações no centro comercial Atrium, como esteve previsto no anterior mandato.
No entanto, a CDU tem recusado essa proposta, preferindo alienar aquele espaço novo, de modo a custear as obras de remodelação do actual mercado
Lusa/SOL

Mercado Medieval na Praça do Stephens

Está a decorrer esta manhã na Praça do Stephens (que deve estar a dar voltas no caixão), um mercado medieval patrocinado pelos insecticidas "BANZÉ - Contra a ASAE bate o pé!" e pela Agência Barbas & Autocolante – Tudo em Ordem Tudo Legal”, numa organização relâmpago do Piquete de Emergência da CUGVT - Comissão de Utentes Generalistas Vamos a Todas.
Sob o olhar atento e ternurento de João Barbas, vestido à Robin dos Bosques, a venda, cumprindo todos os requisitos de falta de higiene de insalubridade, segue em bom ritmo a par da distribuição deste magnífico panfleto do séc. XV que procura recriar os métodos utilizados pela Santa Inquisição na Caça às Bruxas. Os planfetos são distribuidos por duendes e anjinhos vermelhos de t-shirt com a seguinte frase “Quer ser um agitador profissional? Pergunte-me como!”.
Artur Autocolante ainda não foi visto mas segundo parece estará perto do Estádio, junto de Soledad Cardinal, a treinar um número de contorcionismo e umas piroetas para apresentar no decorrer da feira medieval.


Entretanto as obras da Feira dos Porcos seguem a todo o vapor enquanto notícias não confirmadas dão ainda conta de que Artur Autocolante, aproveitando o tirocínio junto do Circo Soledad Cardinal, estará a tentar comprar-lhes a tenda para aí instalar o novo mercado o que, a avaliar pelas performances dos últimos dias, vai ter animação assegurada por competentes profissionais do riso que tão boas provas têm dado.


A Comissão de Utentes Tem Dono


E eu que assinei o papel porque me disseram que a comissão de utentes era independente, ou será que a luta é do povo e as vitórias são do PCP?...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Serviço Público FLC

Continuando a sua vocação de serviço público, o FLC fornece a previsão meteorológica aos comerciantes e utentes do novo mercado municipal.
Depois não digam que nós não avisámos.

Previsão meteorológica para os próximos dois dias (dias de mercado):

. 6ª Feira (21 Set.): Tempestades Eléctricas (guardar a mercadoria, e ficar em casa)
. Sábado (22 Set.): Geralmente ensolarado (não esquecer de levar os oleados)


Fontes:
Metereologia do Sapo

Consultores:
Antímio de Azevedo
Joelho do Ti Alfredo do Camarnal

Ração de Combate


Calma que a solução já vem a caminho!


El presidente não quis adiantar a "resolução adoptada pela Autarquia", o que se compreende uma vez que foi apanhado de surpresa, mas o FLC está em condições de assegurar que a solução já vem a caminho. A bordo do MSC (ironicamente as iniciais de Mercado Sem Condições), já vêm a caminho da Marinha em Grande pelo Ribeiro de S. Pedro acima, um carregamento de contentores novinhos em folha para substituir o mercado que afinal não tinha condições "higio-sanitárias e técnico-funcionais", só que ninguém sabia.
Após a boa experiência verificada em S. Pedro de Moelas onde a fórmula dos contentores-mercado foi testada com sucesso pelo vereador engenhocas, a cambra resolve assim o problema aos "vendedores do Mercado" os quais nunca se importaram em fazer negócio num local sem condições.
Quem parece também ter sido apanhado de surpresa foi o Dr. Delgado da Saúde e da Salubridade que ainda não se tinha debruçado sobre o tema mas que, descofiamos, não reconhece competência à AZIA para mandar fechar o mercado. (ó Tozé, reserva lá meio pasquim da próxima semana para um artigo de fundo do senhor delgado)
O FLC pode ainda adiantar que algumas destacadas figuras marinhenses capitaneadas pela dupla Guerrilha/Traineira estão a preparar uma Comissão de Utentes do Mercado estando a ser planeadas algumas acções de luta contra o seu encerramento a primeira das quais deverá ser uma manifestação a realizar em frente à cambra no próximo dia 21 pelas 19 horas, logo a seguir às das 18 horas.
É claro que isto é tudo mentira, isto é a gente a brincar com coisas sérias. (Tá a correr bem a Semana da iMobilidade...)

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

CMMG Confirma o Encerramento do Mercado pela ASAE


2007-09-19
Assessoria de Imprensa da CMMG
Mercado Municipal encerrado pela ASAE

O Mercado Municipal da Marinha Grande, situado na Praça Guilherme Stephens, está encerrado desde esta quarta-feira, 19 de Setembro, por decisão da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, na sequência de uma “inspecção das condições higio-sanitárias e técnico-funcionais” do denominado Edifício da Resinagem.
A Câmara Municipal tomou conhecimento da decisão às 15 horas desta quarta-feira, quando os quatro elementos que compunham a equipa da ASAE reuniram com o Vereador do Pelouro das Obras Públicas, Artur Pereira de Oliveira.
Tendo sido verificadas algumas situações que não observam as exigências legais, foi determinada a “suspensão imediata do funcionamento e utilização do referido Mercado Municipal”.
Apanhada de surpresa, a Câmara Municipal, na pessoa do seu Presidente, João Barros Duarte, refere que o encerramento do Mercado é o resultado de “uma situação de degradação do edifício cujo estado presente é o acumular de cerca de duas décadas em que os Executivos anteriores não realizaram obras de manutenção, beneficiação nem de ajustamento às novas exigências de salubridade que a nova legislação entretanto saída foi impondo”.
Face à ordem de encerramento, “a Câmara tomou diligências para pôr a funcionar os vendedores do mercado da Marinha Grande num outro espaço que, obviamente não oferecendo as condições ideais, servirá de solução transitória, até ser encontrada a solução definitiva deste problema de necessidade de um novo mercado que se arrasta há mais de 15 anos”, salienta o Presidente.
Não podendo adiantar ainda qual a resolução adoptada pela Autarquia, até porque esta vai ser alvo de discussão entre o Executivo e naturalmente na reunião ordinária da Câmara, que decorrerá amanhã, 20 de Setembro, João Barros Duarte garante que “tudo se irá fazer para que no mais breve espaço de tempo se tenha a solução desejada e que a Marinha Grande merece”.
Neste momento, são várias as possibilidades que estão a ser analisadas mas, sobre as quais ainda não há qualquer decisão, bem como a data em que a actividade comercial do mercado será retomada, que se pretende que aconteça muito em breve.
Depois de tomar conhecimento da decisão, o Presidente da Câmara, João Barros Duarte, e o Vereador Artur Oliveira, reuniram de imediato com os vendedores do Mercado, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Foi-lhes comunicada a determinação da ASAE e estudadas soluções alternativas, de modo a manter em funcionamento a actividade comercial do Mercado.
Consciente dos transtornos causados para vendedores e população, o Presidente apela à compreensão e colaboração de todos, na procura de uma solução que satisfaça todas as partes.
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Remodelação do Edifício da Resinagem em vista
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A Câmara tinha já procedido ao levantamento das necessidades do imóvel e respectivo orçamento, com vista à execução de trabalhos de beneficiação, que vinha executando.
O Presidente João Barros Duarte esclarece que, “consciente que o Mercado não reúne as melhores condições de salubridade, a Câmara tem vindo há uns meses a esta parte a diligenciar e negociar com o gabinete de arquitectura autor do projecto de requalificação do Edifício da Resinagem, a reconversão do imóvel e seu espaço adjacente, para o ajustar à continuidade funcional de mercado que tem vindo a assumir, face aos estudos e orçamento mandados fazer”.
Quanto à possibilidade de utilização do novo edifício mandado construir pelo anterior Executivo para instalar o Mercado, sito na Rua das Portas verdes, o Presidente assume não haver essa possibilidade dados os indeferimentos que aquele espaço teve das autoridades sanitárias concelhias e dos Bombeiros, que proíbe a sua utilização para aquele fim. Além disso, não existirem condições de viabilidade económica para o adaptar às exigências legais que não foram cumpridas aquando da sua construção, concluída em 2003.
Com este objectivo, o Presidente da Câmara reuniu esta terça-feira, 18 de Setembro, com o Director Regional da EDP, no sentido da Autarquia readquirir a parte do edifício onde estava instalada a antiga central eléctrica, junto ao Mercado Municipal, para ali instalar as bancas do peixe e poder aproveitar-se o actual espaço para actividade mais ajustada ao espaço do edifício principal.

Última Hora - ASAE Encerra Mercado da Marinha?


Notícias não confirmadas dão conta que a ASAE terá hoje encerrado o Mercado Municipal. A ser verdade...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

"USE E ABUSE... DA BICICLETA"

Este poderá ser o bater de asas da borboleta que está na origem de muitas mudanças. E porque não o retorno à bicicleta? O FLC sugere uma campanha que incentive o uso da bicicleta numa terra onde este meio de transporte já foi rei e onde as condições naturais são propícias à sua utilização. Sob o lema "USE E ABUSE DA BICICLETA" o FLC lança a ideia e desde já desafia os responsáveis políticos locais a darem o exemplo. Vá lá Sr. Bereador Autocolante, e que tal o Sr. a chegar ao estaleiro de bicicleta? E o Sr. Presidente Barbas por aí fora até S. Pedro? E que tal o percurso Rivieira-Marinha a pedalar, Dr. João Barbas Pedrosa?


Mas o FLC quer mais e como estas coisas não vão lá sem um empurrão, embora a gente saiba que não lêem blogues, aqui fica mais uma sugestão à Cambra:




Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta” - 20 de Setembro


A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) decidiu criar, em 2006, o Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta” de forma a reconhecer publicamente o contributo de determinadas entidades que tenham promovido a utilização da bicicleta nas suas múltiplas vertentes, através da criação ou melhoria de condições e facilidades em Portugal e/ou da divulgação de iniciativas fomentadoras do uso deste veículo não motorizado.

No âmbito da atribuição do Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta” são anualmente consideradas as categorias: Autarquias, Comunicação Social, Empresas de Transportes Colectivos e Pessoas Individuais. O Prémio é simbólico e constituído por peças em vidro artesanal português.*
(...)
A cerimónia pública de entrega da 2ª Edição do Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta”, integrada no programa de eventos da FPCUB para a Semana Europeia da Mobilidade que este ano decorre de 16 a 22 de Setembro sob o lema “Reclamar as ruas das cidades para as pessoas", terá lugar no auditório do metropolitano de Lisboa no próximo dia 20 de Setembro, pelas 15:00 horas (...)
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* a chamada de atenção é nossa: pelos vistos ainda há "vidro artesanal português"

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Semana Europeia da Mobilidade

Calma, não se assustem que mais uma vez não é cá! Nós já não vamos em cantigas dessas, continuamos a ser mais espertos do que os outros. A Europa fica longe e a malta dos países do norte é que anda de bicicleta e de transportes públicos, os palermas.


A Câmara Municipal de Torres Vedras vai participar na 4.ª edição da Semana Europeia da Mobilidade, que decorrerá entre os próximos dias 16 e 22 de Setembro.

“Ir e vir, de outro modo” é o tema transversal da iniciativa, o qual se centra nas viagens pendulares (casa-trabalho-casa), com o objectivo de as tornar mais sustentáveis. Nessa perspectiva, a utilização de modos de transportes alternativos, tais como os transportes colectivos, andar de bicicleta e a pé, ou recorrer as esquemas de partilhas de carros (car pooling) ou de utilização colectiva de carro (car sharing), será encorajada.

Com este tema, a Semana Europeia da Mobilidade pretende contribuir para a redução do congestionamento do tráfego, dos gases com efeito de estufa provenientes dos transportes e para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos cidadãos.

De realçar que as emissões globais de gases com efeito de estufa do sector dos transportes estão a aumentar mais do que as de qualquer outro sector, sendo a sua maioria originada pelo tráfego automóvel. A escolha do modo de transporte nas viagens pendulares está ligada às questões mais importantes dos transportes urbanos, como sejam qualidade e preço dos transportes públicos, infra-estruturas para bicicletas ou planeamento urbano.

Estas viagens diárias estão também directamente relacionadas com a saúde e a segurança já que, por um lado, os impactes negativos da poluição na saúde estão sobejamente comprovados e, por outro, a maioria dos acidentes relacionados com o trabalho ocorrem no caminho para o serviço.

Não obstante este facto, inquéritos à população demonstram que continua a haver pouca sensibilização e falta de informação relativamente a potenciais modos de transporte sustentáveis. Espera-se, no futuro, que estas lacunas sejam colmatadas, e se consiga que os cidadãos mudem as opções do seu modo de transporte e passem a conduzir ou a andar de automóvel menos frequentemente.

Ao aderirem à Semana Europeia da Mobilidade, os municípios demonstram a sua preocupação em promover a melhoria do ambiente e da qualidade de vida nos centros urbanos e, através de uma mudança para meios de transporte eficientes e “limpos”, contribuírem para reduzir o congestionamento do trânsito, a poluição do ar, os níveis de ruído e as doenças causadas pelo tráfego rodoviário.



(Jornal Oeste)

Bitaite da Semana

Pela primeira vez no "Bitaite da Semana" temos um bitaite do bitaite. Venha de lá então:

Brecht à beira do mar disse...


Eu diria que o argumento do mercado cai para burro:O mercado não faz mal a ninguém onde está, pelo contrário.

Na verdade tem vindo a definhar por falta de investimento para a melhoria das condições. Na prática quer dizer que há muitos muitos anos que não é contemplado com obras de recuperação, até mesmo de manutenção. Depois de ter caído em desgraça é mais fácil deixa-lo de parte para outra solução extremamente atractiva em alguns aspectos que nada tem de ver com a questão de mercado em si. Houve foi que gastar dinheiro num negócio milionário (que ainda se está para ver quem é que lucrou, na verdade, com tudo isto) que resultou num projecto e obra com erros técnicos graves.

O comércio não está pela hora da morte por causa do mercado mas sim por uma questão de conjuntura e tendência: ir buscar ao hipermercado ou a Leiria o que poderia ser comprado no comércio tradicional da zona do centro (e esta tendência tem dezenas de anos). Tudo junto levou ao estado actual das coisas. Penso que o que actualmente a Câmara propõem é uma solução 2 em 1: mercado mais essa componente que menciona: cafés, restaurantes, serviços e por aí fora. Para inverter a tendência e a conjuntura julgo a estratégia acertada: recuperar o mercado no centro da cidade e transforma-lo num espaço com condições para servir a população, assim como um pólo de atractividade diurna e nocturna e também num ex-libris da cidade (com produtos frescos, genuínos, de qualidade e baratos, num ambiente que pouco a pouco tem tendência a desaparecer - julgo também tratar-se de património local que devemos tentar manter) Há poucos mercados com o tipo de características que o nosso poderá continuar a manter. Ou isso ou a banca do hipermercado que é igual à de todos os hipermercados espalhados no país. Isto, com outra mais valia: uma maior garantia de virmos a ter produtos alimentares da região, nomeadamente os legumes, vegetais e frutas, o que também é essencial para a economia de subsistência que muitos produtores/agricultores praticam. Isto tudo também para dizer que se espera que os preços cobrados pelas bancas não atinjam os valores exorbitantes que a Câmara anterior pedia e que obrigavam muitos dos comerciantes a desistir desta venda.

A TUMG por outro lado anda há dois anos a fazer esses circuitos e tanto quanto sei os autocarros andam vazios. Talvez não andem a fazer os melhores percursos.Mas uma coisa lhe digo: a fazerem-se não é a ACIMG que os tem que definir. Afinal o que se pretendia era uma rede de serviços de transportes urbanos, não uma sub-rede de transportes para o comércio tradicional. O que nos leva de novo à questão da TUMG: quando foi fundada alguém se lembrou dos percursos urbanos que deviam se implantados? Alguém se preocupou em fazer estes estudos primeiro para depois saber o que criar, com que meios e para fazer o quê? Se sim porque é que não os colocaram em funcionamento?

Sobre os funcionários bancários e os da Câmara que ocupam os lugares de estacionamento, acho que está na hora de instalar os malditos parquímetros (que neste caso parecem-me ser um mal menor) e limitar o tempo de estacionamento a meia hora ou 45 minutos. Para os funcionários haveria os parques de estacionamento da cerca, gratuitos, que até acabariam por ser uma mais valia: para contrariar o sedentarismo que leva à obesidade, uma caminhada do carro ao local de trabalho e vice-versa é uma bênção. Na há duvida que ainda se estaria a implementar uma medida em prol da saúde da comunidade de funcionários bancários e da câmara.

Quanto àquilo que o PCP defende e aquilo que o Sr. presidente faz, todos sabem que vai um paço de gigante. Já todos percebemos que o Sr. presidente gosta mesmo é que façam o que ele pensa e não aquilo que o próprio partido e ideologia politica defendem (típico mais uma vez dos regimes totalitários). Os transportes públicos no concelho são apenas a ponta do iceberg.
10 de Setembro de 2007 18:55:00 WEST


Brecht à beira do mar disse...
nota: os circuitos da TUMG a que me refiro são de verão, pelas praias e museus que duram há 2 anos.
10 de Setembro de 2007 18:58:00 WEST


quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Não usei nem abusei!

“Mas que grande porra!”
Foi desta forma contida que reagi ao camarço. Não havia lugar para dúvidas, o meu velho e fiel Ford Capri bordeaux, 1.300 cc de volume de deslocamento de motor e 82 nervosíssimos puro-sangue que nunca me deixaram encalacrado, cincava pela primeira vez - coisas da idade! Por descargo de consciência ainda abri o capot e dei três pancadinhas no motor e duas na bateria, com um pequeno martelinho que trago sempre no porta-luvas, juntamente com um canivete suíço e com um concho pequenino que uma ocasião trouxe de Estremoz. Em vão – como diz o povo “a ignorância é atrevida” – e o Rocinante, obviamente, não reagiu ao estímulo do martelinho.
O dia começara cedo. Tinha-me comprometido com minha tia Amália do Camarnal, mulher de oitenta e dois solstícios cumpridos, assídua frequentadora e contribuinte líquida das sessões de matrafício da Sra. D. Quixota, à Ordem, que estaria o dia inteiro por sua conta e risco. Pois sendo do lado paterno a única tia viva e sofrendo a criatura de problemas de circulação nos membros inferiores, de artrites, de artroses, e uma vez que não tem qualquer meio de transporte ou quem lhe valha, desde o dia em que o Senhor a chamou à viuvez e levou à sua companhia tio Alípio Saragoça, mestre lapidário de gabarito na também falecida Ivima durante mais de quarenta anos, que volta-e-meia requisita os meus préstimos de chauffeur contra o pagamento de uma simbólica propina, um coelhinho guisado com ervilhas como só ela sabe, como nos tempos em que a família inteira cumpria a tradição da espiga e o precioso tacho, preparado pela tia Amália, abafado em jornais e escoltado por uma guarda pretoriana de respeito, rumava ao Tremelgo onde era sacrificado com devoção.
E agora? Se ao menos houvessem transportes públicos… A ideia passou-me pela cabeça quase como o flash dum kodak disparado de sítio indeterminado, surpreendendo-me tanto pela forma como me ocorreu quanto pelo lapso em que se esfumou. Nunca me assaltara tal pensamento. Mas também nunca me tinha visto privado de transporte, verdade seja dita. Bom, avancemos para o plano B: talvez o vizinho Zé Silvestre me empreste o Boca de Sapo. Dirigi-me apressadamente para a casa do lado, ainda mal refeito da partida pregada pelo Rocinante, quando reparo que na estrada passava, circunstancialmente, um mini-bus vazio, ostentando a enigmática frase “Use e Abuse”. Tomei a coisa como uma coincidência. Há coincidências do catano.
“É pá, infelizmente não te posso emprestar o carro. Vou às pinhocas a Pedreanes com a Isilda e depois sigo p’rá Vieira. O meu pessoal está de férias e a minha nora ligou a convidar para lá ir-mos comer umas sarguetas que o Sérgio tirou hoje de madrugada. Mas se quiseres posso-te emprestar a Casal de duas”. Foi desta forma que Zé Silvestre correspondeu solícito ao meu enrascanso e que parti ligeiro, já com os ponteiros para lá do aprazado, com destino à Rua Sociedade de Beneficiência e Recreio 1º de Janeiro.
D. Amália aguardava-me impaciente no patim, envergando farpela domingueira impecavelmente engomada. “Táva a ver que não vinhas”. As generosas camadas de pó de arroz e o cabelo penteado em forma de abajour, num claro desafio às leis da gravidade, denunciavam as expectativas que a octogenária punha nestas saídas com o seu único sobrinho a quem carinhosamente apelidava de “o meu preferido”. Quando olhei para a bengala e para a saia travada senti um arrepio na espinha - como é que raio vou fazer subir titia para a motoreta? Não havendo grua por perto, recorri a seis milagrosos tijolos dispostos em forma de escada. Por entre gemidos e um rosário infindável de “ai Jesus” lá consegui empoleirar D. Amália no motociclo que de imediato arreou. Quem também arreou foi o magnífico penteado de titia, o qual claudicou sob o peso do capacete integral que lhe coloquei na cabeça. “Mal empregados os nove eurios que paguei à Rosete da Pedra p’ra vir cá a casa toucar”, suspirou. “Paciência, a segurança está em primeiro! Um dia destes levo-a à Dinora”, argumentei eu tentando confortá-la.
D. Amália inteirou-me do itinerário cuidadosamente delineado na sua cabeça há já alguns dias: posto médico, para “medir a atenção” e dar dois dedos de conversa na sala de espera; loja das flores para comprar um ramo de “malmiqueres” para a campa de Alípio Saragoça, mestre lapidário; cemitério de Casal Galego para depor as flores e chorar uma Avé-Maria e um Pai Nosso por alma do finado; e por último “Comprativa do Povo” para adquirir um estendal em alumínio, “dos bons”. Fiquei sem fôlego e com o GPS a zunir. Não há-de ser nada. Confortou-me a ideia de saber que a pobre senhora sem a minha ajuda não iria nem tão pouco à sede da Ordem.
Evidenciando manifesto excesso de carga, o motor prestes a entrar em colapso e os pneus a suplicarem por oxigénio, lá arrancámos nós para cumprir o road-book, já passava das oito e meia.
Tirando a espinhosa tarefa de fazer subir e descer titia da motoreta, as primeiras três etapas foram cumpridas com sucesso, sem percalços de maior e dentro da hora prevista. A Casal de duas é que não parecia conformada bufando e gemendo todo o tempo, o que não augurava nada de bom. E confirmou-se! Cumprida a quarta etapa e após a odisseia de arrumar D. Amália e estendal de alumínio no motociclo, volvidos trinta a quarenta metros, mesmo no cruzamento para a Chinha’s Clinic, vários estampidos seguidos de um monumental estrondo. Flatulência de titia, ocorreu-me. Mas de imediato afastei a ideia ao sentir a motoreta a desfalecer e ao ver sapatos e calças cobertos de óleo de motor, enquanto D. Amália soltava um urro de pânico acompanhado de semi-desmaio. Apenas me deu tempo de lhe deitar a mão. “Acalme-se tia que foi só a mota que espichou”, exclamei eu dominador, tentando em esforço simultaneamente equilibrá-la e colocar-lhe um comprimido debaixo da língua. Só então me apercebi da dimensão do drama: titia apresentava sintomas de pré-ataque cardíaco, a motoreta dava entrada directa no SAP do Rosas, do outro lado da rua, e o estendal de alumínio (“dos bons”), evidenciava sinais de maus-tratos e de negligência. Estava de novo a pé, aliás, estávamos! C’um raio!...
Recobrado o ânimo, mas com D. Amália ainda meio zonza, deitei contas à vida e avaliei a situação. Eis que novo flash me invade os neurónios em sobrecarga - se ao menos houvessem transportes públicos… Nem por acaso. Nesse preciso momento vejo surgir vindo do lado do Operário um mini-bus vazio ostentando a patética frase “Use e Abuse”. Tomei a coisa como uma afronta.
E agora o que é que vais fazer Relaxoterapeuta? Matutei, matutei e de súbito fez-se luz. Recordando o que uns dias antes lera sobre um avençado da Ajunta, exclamei: “Titia, quem nos vai safar desta é o Sr. Chico!”. Dito e feito. Afinal D. Amália conhecia-o de pequenino e ao nosso pedido de transporte para o Camarnal o senhor respondeu prontamente pondo-nos à disposição o único veículo disponível no momento, uma bicicleta equipada com um suporte traseiro. Agradeci delicadamente e comprometi-me que ao devolvê-la limparia o pó do edifício da Cambra e removeria as teias de aranha que por lá pululam. Perfeito, pensei eu quase a desesperar mas sem dar parte de fraco – “a cavalo dado não se olha o dente”.
Com a ajuda do próprio Sr. Chico e de mais dois funcionários, ou avençados (p’ró caso não importa), acomodámos titia e respectivo estendal no suporte traseiro da ginga e lá voltámos a partir - eu já só queria chegar depressa ao Camarnal.
Rua D. Dinis abaixo, temendo que a malapata ainda nos acompanhasse, jurei à Sra. da Piedade que por ocasião das próximas festas lhe acenderia uma vela pelo pelouro dos transportes e carregaria com pundonor o Pálio, mais o Piriquito. Só que a Santa não estava para aí virada, vim eu a perceber depois.
Pedalando corajosamente transpus a Praça Stephens deserta e meti pela Infante Dom Henrique em direcção às Portas Verdes, sentido a corrente ranger a cada impulso de pernas. “Está-se a aguentar titia?” perguntei eu arfando. Titia já quase nem respondia, o incómodo da viagem toldara-lhe a fala, mas não a razão. “Ouve lá, quando é que resolvem isto do mercado?” questionou ela quando lhe passávamos ao lado. “Está calor” respondi eu chutando p’ra canto e descarregando na roda pedaleira os nervos que a pergunta me causara. Face ao ímpeto imprimido, a corrente balançou, vibrou, entrou em tensão incontida e quebrou, provocando uma pedalada em falso. O estendal perdeu o equilíbrio, a bicicleta entrou em descompensação, titia em perda de sentidos e eu bati com os tomates no quadro. Nova corrida nova desgraça. Enfim! Tirando as escoriações do tombo, podia ter sido bem pior não fora ter obrigado D. Amália a manter o capacete integral a quando do início do troço de bicicleta.
Bem, já faltava pouco mas na prática voltava tudo à estaca zero – se ao menos houvessem transportes públicos… a porra do flash disparara novamente dentro da minha cabeça. Que raiva! Mas há coisas que só visto e o improvável aconteceu. Vindo do lado da Portela surgiu um mini-bus vazio, ostentando a provocadora frase “Use e Abuse”. Tomei a coisa como uma ofensa.
O que me restava? A algazarra do acidente aglomerara em torno de nós um pequeno magote que incluía alguns pedreiros de uma obra contígua. Entre eles estava um rapaz que me conhecia, mas que eu não reconheci. Tratava-se de um sobrinho da Lurdes Rata, a minha mulher-a-dias, que se prontificou a emprestar-me um “veículo de transporte”. Agradeci e aguardei perto dos tapumes, enquanto umas senhoras amparavam titia. Passado uns segundos aparece-me o rapaz todo sorridente com um carro de mão. Não consegui reagir…
E foi assim, sem brilho nem glória, que percorri o troço final e que entrei esfalfado e dorido no patim da casa de tia Amália, empurrando o carrinho de mão - ora cá estamos! “Graças a Deus, filho!” respondeu titia de dentro do carro de mão, de capacete integral, descomposta e exausta. “Graças a Deus chegámos vivos!”

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

a culpa é da PAC, já não se pode ser um pequeno agricultor na UE...

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"foram encontradas e apreendidas plantas de cannabis num total de 4,927 quilos"
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Piriquito Apoia Candidatura de João Barbas Pedrosa


Ainda a procissão vai no adro, que é como quem diz: ainda faltam dois anos, e já se começa a falar de candidatos à presidência da cambra.
Surpreendendo tudo e todos, Piriquito já veio manisfestar o seu apoio à recandidatura de João Barbas Pedrosa (JBP), o que poderá ser um importante estimulo ao seu avanço à corrida pela cadeira actualmente ocupada pelo seu homónimo Duarte.
Na mensagem que enviou a JBP, Piriquito afirma:

(…) gostava que o Senhor fosse candidato para as proximas eleições à camara que creio que é a unica pessoa com condições no seu partido para o fazer mas estou a ler no jornal da marinha que o sr. PRESIDENTE do partido jà começa com as criticas sobre os outos partidos e como nas ultimas eleições esse senhor teve muitas criticas que ajudaram muito a que o senhor perca as eleições,isto no fim da minha anàlise. Eu acho que esse senhor se não muda de estratégica, nas proximas eleições vai haver novamente de surpresas;eu creio que no fundo ele é mais um concorrente para si que um pilar do partido para o ajudar na sua campanha; se no futuro continuo a ver que não hà mudança na agressividade desse "presidente do partido" eu mesmo deixarei de ser membro e comigo levarei muitos outros militantes a fazer o mesmo; a democracia não é a desse senhor que os marinhenses querem; eu vejo mais de direita que do partido aonde està; no fim de tudo eu acompanherei o senhor se nova campanha fizer.

Fica assim bem evidente e inequívoco o apoio incondicional de Piriquito a JBP e clara a ameaça ao “presidente do partido” o qual acusa de querer ser candidato. Piriquito é frontal e parece determinado, ou “hà mudança de agressividade” ou então abala do partido levando consigo outras aves.
A avaliar pela contundência da última parte da missiva, Piriquito não parece estar para brincadeiras aguardando-se por isso as reacções de JBP e do “Presidente do Partido” o qual só parece ter uma coisa a fazer: demitir-se e disputar a liderança com Piriquito.
Por último uma chamada de atenção especial para o facto de Piriquito contar já com dois blogues onde se espera venha a fazer estragos, são eles o “Imigrante” e o “Marinhense”, ambos com sotaque francês.

Aguardam-se, ansiosamente, desenvolvimentos.

domingo, 9 de setembro de 2007

Justificação

O FLC verificou este fim de semana um número anormalmente reduzido de visitas. Analisadas as eventuais causas que poderiam estar na sua origem, concluiu-se que tal facto se ficou a dever à ausência da maioria dos nossos habituais visitantes que neste fim de semana rumaram à Quinta da Balaia para participarem na Festa do Levante.Fica assim provado o que há muito desconfiáva-mos, o FLC é muito apreciado entre os comunistas como muito bem se pode comprovar pela determinação com que o seu líder grita pelo nosso blogue. Bem haja camarada Cassete Jerónimo, bem haja.

sábado, 8 de setembro de 2007

Bitaite da Semana

vinagrete disse...
Para se darem grandes trambolhões não é necessário trazer o burro de Peniche, porque aqui dão-se quedas a tropeçar nos próprios pés.
Na minha modesta opinião, o JBD está prestes a executar uma queda enrolada, precedida de um mortal invertido, estilo "Nani", por teimar em apoiar o PSD, contra a vontade dos seus próprios companheiros de partido, usando o voto de qualidade para encerrar definitivamente a TUMG.
Não quero, nem devo fazer chicane política, porque o assunto é demasiado sério e este executivo tem legitimidade para governar, porque a "oposição perdeu as eleições" e é minoritária perante a coligação PCP/PSD.
No entanto, enquanto cidadão atento e interessado no desenvolvimento da minha terra, acho que devo, mesmo que sendo neste espaço de liberdade de expressão, lançar algumas preocupações.
O CENTRO da Marinha, quase acabadas as obras, está morto e enterrado. Desde há mais de seis anos que os sinais de definhamento do comércio se faziam sentir, o que aliás está també a acontecer com a indústria tradicional.
Para os que dizem que o Mercado tem que ficar onde está, porque senão o comércio falia, tenho que lembrar que essa coisa a que chamam mercado nunca deixou de funcionar e as lojas não pararam de encerrar, concluindo eu que esse argumento cai do Burro, estrondosamente.
Porque aprendi a usar a cabeça, que não serve só como elemento decorativo para exibir farta cabeleira com retoques de pintura, acho que este executivo comete dois erros que vão ter graves consequências na recuperação e consolidação da zona central da cidade, polarizada no espaço Stephens.
A mudança do mercado para um espaço próximo do Centro e a recontrução do edifício da Resinagem para a instalação de novas valências, com serviços públicos, escritórios, bares e restaurantes, cinemas e uma loja âncora, certamente funcionaria como um grande factor de atractibilidade de pessoas durante 7 dias por semana, das oito horas da manhã às duas da madrugada e isso iria aproximar a população do comércio tradicional.
A TUMG teria aqui o papel fundamental de ligar os parques de estacionamento e a periferia da cidade ao seu Centro Histórico, com a implantação da Linha Azul, como existe em Évora, Coimbra, Leiria, Nazaré, etc., etc.
Percorrendo circuitos que deviam ser estudados com a ACIMG, competindo-lhe ainda, também em articulação com os comerciantes, gerir a utilização do reduzido número de lugares de estacionamento que ficaram depois das obras, para impedir que eles sejam ocupados, durante todos os dias, por funcionários bancários, camarários e até os próprios comerciantes, em prejuizo daqueles que se querem deslocar às lojas para comprar.
No Verão, a TUMG poderia desempenhar um importante papel de apoio ao Turismo, estabelecendo circuitos a partir dos hoteis, com passagens pelas praias, matas, museus, Jasmim, Parques dos Mártires e da Cerca, instalações das Matas no Engenho e Pedreanes, etc.
Com uma rede eficaz de Mini-Autocarrros, a acessibilidade às Zonas Industriais a partir de Parques de Estacionamento, em sistema "Shuttle" (vai/vem), poderia e deveria também ser assegurado.
Se me perguntarem se a actividade da TUMG, sem a componente da gestão das máquinas e viaturas da Câmara e sem os transportes escolares pagos pela Câmara, garante resultados operacionais positivos, a minha resposta é NÃO.
Mas se pararmos um pouco para pensar num esquema de tarifário, tipo passe para utentes, complementado com a venda de Cartôes de Acesso, a adquirir por agentes económicos, nas áreas do comércio e hotelaria e até grandes empresas com instalações nas zonas industriais, talvez se consigam fontes de receita com algum significado, cabendo ao Município cobrir o custo do serviço social que presta, o que, aliás, é o que o PCP passa a vida a exigir das empresas de transportes públicas sob a tutela do Estado.
A continuarmos a percorrer os trilhos que esta Câmara teima em abrir,sem estratégia e sem rumo, estamos a embrenharmos numa selva, que nos vai conduzir a um abismo, em que a queda vai ser muito mais violenta do que um trambolhão acrobático de um qualquer jumento.

2 de Setembro de 2007 3:46:00 PDT