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segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Bitaite da Semana

Pela primeira vez no "Bitaite da Semana" temos um bitaite do bitaite. Venha de lá então:

Brecht à beira do mar disse...


Eu diria que o argumento do mercado cai para burro:O mercado não faz mal a ninguém onde está, pelo contrário.

Na verdade tem vindo a definhar por falta de investimento para a melhoria das condições. Na prática quer dizer que há muitos muitos anos que não é contemplado com obras de recuperação, até mesmo de manutenção. Depois de ter caído em desgraça é mais fácil deixa-lo de parte para outra solução extremamente atractiva em alguns aspectos que nada tem de ver com a questão de mercado em si. Houve foi que gastar dinheiro num negócio milionário (que ainda se está para ver quem é que lucrou, na verdade, com tudo isto) que resultou num projecto e obra com erros técnicos graves.

O comércio não está pela hora da morte por causa do mercado mas sim por uma questão de conjuntura e tendência: ir buscar ao hipermercado ou a Leiria o que poderia ser comprado no comércio tradicional da zona do centro (e esta tendência tem dezenas de anos). Tudo junto levou ao estado actual das coisas. Penso que o que actualmente a Câmara propõem é uma solução 2 em 1: mercado mais essa componente que menciona: cafés, restaurantes, serviços e por aí fora. Para inverter a tendência e a conjuntura julgo a estratégia acertada: recuperar o mercado no centro da cidade e transforma-lo num espaço com condições para servir a população, assim como um pólo de atractividade diurna e nocturna e também num ex-libris da cidade (com produtos frescos, genuínos, de qualidade e baratos, num ambiente que pouco a pouco tem tendência a desaparecer - julgo também tratar-se de património local que devemos tentar manter) Há poucos mercados com o tipo de características que o nosso poderá continuar a manter. Ou isso ou a banca do hipermercado que é igual à de todos os hipermercados espalhados no país. Isto, com outra mais valia: uma maior garantia de virmos a ter produtos alimentares da região, nomeadamente os legumes, vegetais e frutas, o que também é essencial para a economia de subsistência que muitos produtores/agricultores praticam. Isto tudo também para dizer que se espera que os preços cobrados pelas bancas não atinjam os valores exorbitantes que a Câmara anterior pedia e que obrigavam muitos dos comerciantes a desistir desta venda.

A TUMG por outro lado anda há dois anos a fazer esses circuitos e tanto quanto sei os autocarros andam vazios. Talvez não andem a fazer os melhores percursos.Mas uma coisa lhe digo: a fazerem-se não é a ACIMG que os tem que definir. Afinal o que se pretendia era uma rede de serviços de transportes urbanos, não uma sub-rede de transportes para o comércio tradicional. O que nos leva de novo à questão da TUMG: quando foi fundada alguém se lembrou dos percursos urbanos que deviam se implantados? Alguém se preocupou em fazer estes estudos primeiro para depois saber o que criar, com que meios e para fazer o quê? Se sim porque é que não os colocaram em funcionamento?

Sobre os funcionários bancários e os da Câmara que ocupam os lugares de estacionamento, acho que está na hora de instalar os malditos parquímetros (que neste caso parecem-me ser um mal menor) e limitar o tempo de estacionamento a meia hora ou 45 minutos. Para os funcionários haveria os parques de estacionamento da cerca, gratuitos, que até acabariam por ser uma mais valia: para contrariar o sedentarismo que leva à obesidade, uma caminhada do carro ao local de trabalho e vice-versa é uma bênção. Na há duvida que ainda se estaria a implementar uma medida em prol da saúde da comunidade de funcionários bancários e da câmara.

Quanto àquilo que o PCP defende e aquilo que o Sr. presidente faz, todos sabem que vai um paço de gigante. Já todos percebemos que o Sr. presidente gosta mesmo é que façam o que ele pensa e não aquilo que o próprio partido e ideologia politica defendem (típico mais uma vez dos regimes totalitários). Os transportes públicos no concelho são apenas a ponta do iceberg.
10 de Setembro de 2007 18:55:00 WEST


Brecht à beira do mar disse...
nota: os circuitos da TUMG a que me refiro são de verão, pelas praias e museus que duram há 2 anos.
10 de Setembro de 2007 18:58:00 WEST


4 comentários:

Anónimo disse...

Caro Brecht.
O seu problema é que estando junto ao mar, a maresia enferrujou-lhe o raciocínio.
Que eu saiba, mas quem sou eu comparado com Brecht, todos os Concelhos à nossa volta estão pejados de grandes e médias superfícies e não vislumbro, em nenhum deles, Leiria, Alcobaça,Caldas, Nazaré, para só citar os mais próximos, sinais de abandono, de tristeza e de falência do Comércio, como o que se vê no Centro da nossa cidade.
É verdade que as grandes superfícies têm impacto, mas também é verdade que as autarquias e os comerciantes, na maioria dos Concelhos, estã a a dar a volta por cima. Como? - Criando parques de estacionamento periféricos,implementando redes de transportes urbanos,introduzindo parques de estacionamento pagos e com limitação de tempo, reconvertendo as lojas no caminho da especialização com elevados padrões de qualidade, quer estéticos na sua decoração e iluminação, quer ao nível dos produtos, e ainda actuando na área do urbanismo, criando incentivos à recuperação dos edifício, para o que existem apoios disponíveis da parte do estado.Olhe-se para Coimbra.
Gostava que Brecht me explicasse que defeitos graves tem o novo mercado e os comparasse com as condições do actual e ainda como é que iria colocar dentro do actual, aquilo que ele acha que lá devia estar. É o mesmo que meter a Av. da Liberdade na Rua da Betesga.
Haja paciência.

Anónimo disse...

Eu só não percebo é como é que a ASAE não encerra compulsivamente aquele ninho de ratos que é o mercado velho.

Brecht à beira do mar disse...

Eu uso conversor de ferrugem há muitos anos e não há maresia que me chegue, mas adiante.
Concordo com essas ideias iluminadas todas. Mas desde quando é que elas são incompatíveis ou contrárias à minha argumentação? Eu até acho que foi isso que eu disse (em algumas coisas… mas pronto!).
Está a querer fazer cavalo de batalha empolando algo que não existe? Ou era só mesmo para me poder dizer que o meu raciocínio estava ferrugento porque isso lhe dá prazer?
Sabe?
O que eu acho mesmo impressionante é a falta de rigor dos autarcas desta terra, e irrita-me não haver alternativas novas, de fora dos aparelhos partidários balofos.

É impressionante a falta de rigor quer do executivo da Câmara anterior quer deste. Eu explico.
A irresponsabilidade com que um deixou construir um edifício para mercado sem analisar as suas condições técnicas (bastava analisar o projecto como faz para uma qualquer obra particular e verificar se tinha ou não tinha condições técnicas, ao invés de fechar os olhos – porque terá sido? Incompetência? Ou outra coisa qualquer…?) e fiscalizar a obra.
A irresponsabilidade do outro que anda há dois anos para tomar uma decisão que já devia ter sido tomada logo no inicio do mandato – e uma vez que decidiu não fazer obras no novo, avançar de imediato com o projecto e obras para o velho, evitando que a situação chegasse ao que chegou.


Tanto quanto sei as condições (in)existentes são diferentes no espaço de mercado novo e velho. O primeiro, chumbou as vistorias técnicas (isso quer dizer que não cumpre com algumas (muitas ou poucas, não sei) condições técnicas-legais. Mas está belo, lá isso está, e não fossem os erros (ou ilegalidades?) técnicos estaria em condições de funcionar. Mas tem, e por isso é que não o deixam funcionar.
O segundo está apodrecido e não é necessário binóculos ou microscópio para ver, porque há anos que não se fazem obras para manter ou melhorar. E por isso é que o fecharam.
E agora nem com parques de estacionamento, nem incentivos nem coisíssima nenhuma.
A mente iluminada do sempre atento que não vive à beira do mar e não tem os rolamentos enferrujados tem alguma solução?
Haja paciência sim! Para mentes limitadas.

Anónimo disse...

Ao conversor de ferrugem.
Leste o relatório técnico que chumbou o novo Mercado?
Não respondas que eu sei que não.
Então lê!
Tens a certeza que foram feitas vistorias técnicas oficiais, nos termos da legislação e pedidos os pareceres devidos?
Não? - Então informa-te!
Já visitaste o Novo Mercado?
Bom aqui tenho dúvidas se sim ou não, mas de qualquer maneira aconselho uma segunda visita se o AA e o JBD deixarem.
Por último, dá-nos só meia dúzia, não, meia dúzia é muito, bastam 3 exemplos de ilegalidades que não possam ser corrigidas e impeçam a abertura do mercado.
Para um convertor de ferrugem não é pedir muito e eu ficarei mais esclarecido.
Fico-lhe grato por me dar atenção.