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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A CONVOCATÓRIA



Gaivotas em terra, é porque a coisa no mar está brava, bravíssima mesmo, ou como diria o capitão Tomás: “vá lá baby, descontraia… descontraia que não dói nada… isso…isso!…”. O país ainda não encalhou, mas adivinha-se que mais palmo menos dedo a quilha vá roçar em terra firme e lance borda fora os incréus – é o que dá tratar uma angina de peito e mais a obesidade mórbida e os cabrões dos diabetes com clisteres e enxúndia de galinha. Afinal até as milagrosas pílulas do Portugal Tecnológico e dos PIN’s se mostraram impotentes face às derrapagens, às guinadas, aos vícios e à falta de perícia dos soberbos timoneiros e pilotos de cabotagem que temos tirado à sorte em rifas de vinte e cinco cêntimos cada – comprem, comprem, meninos comprem, que sai sempre prémio! E tem saído! A merda é que estamos todos no mesmo barco, não há balsas salva-vidas e o farol que aponta o caminho não é de fiar – “querem salvar-se, seus incompetentes? Aumentem o dízimo e cortem na fruta, palermas esbanjadores!” – prescrevem os FMI’s, os OCDE’s e outros proto-necrófagos, os mesmos que não previram a crise, os mesmos que do alto da torre fazem dúbios sinais de luzes à navegação, sempre que esta se aproxima perigosamente da rebentação.
O país presta-se assim a bater no fundo, enquanto mete água a rodos na casa das máquinas. Não, não me refiro aos mais recentes arrufos de pombinhos nem aos resmungos que de quando em vez, e vice-versa, o engenheiro piloto tem com o doutor imediato, um morenaço alto e lustroso que dança o tango a uma só perna. Nem me refiro ao facto de pela enésima vez terem chamado mentiroso ao piloto, sem que o dito se tenha sentido ofendido e tenha tido a postura que se impõe a um Homem de Estado com tomates. Não, não é isso. Refiro-me ao facto do imaculado e bondoso (e previdente e apaziguador e anjo da guarda e tudo e tudo…) presidente Sr. Silva me ter convocado a Belém, para escutar as minhas impressões sobre o estado do tempo. E olhem que para me convocar, é porque a coisa está mesmo bera. Bem, pelo menos fez o que os santos da casa não fazem, quis-me escutar. Mas isso são outros quinhentos e de genéricos está o inferno cheio…
À convocatória responderei com o melhor que sei e posso. Garanto-vos que lhe direi das boas e das más, das queixas e das culpas, sereno no discurso, mas firme nas convicções. Mas firme, sempre firme que nem um penico.
Dir-lhe-ei que, em primeiro lugar, urge mudar a mentalidade politiqueira e soberba dos que se passeiam entre São Bento e Belém, entre o Rato e a Lapa, entre o Caldas e a Soeiro, entre as capelinhas. Afinal o que é que mudou desde os tempos em que o Eça e o Ramalho zurziam de forma cirúrgica sobre essa casta inundada de insuficientes? Nada! Mesmo nada! Ante a responsabilidade de uma das mais nobre funções civilizacionais – a Política - a postura é a mesma, os vícios são os mesmos, a manjedoura é a mesma, as moscas são as mesmas. E já passaram mais de cem anos...
Dir-lhe-ei que a educação é o mais precioso bem que qualquer geração pode dar aos seus filhos, que a sabedoria é inimiga das “competências”, que as novas oportunidades não devem servir para fazer crescer as percentagens das cabeças brilhantes com orelha de burro e diploma na mão, que são despejadas aos magotes no desemprego e na ilusão de um futuro melhor, que os Magalhães não curam a iliteracia nem substituem o pensamento, e por aí adiante. Ajudar uma criança a aprender a pensar é a mais importante e urgente tarefa que o país tem pela frente, sobretudo se tivermos em conta o tempo desperdiçado e a falta de sensibilidade para entender o óvbio.
Dir-lhe-ei que a justiça não pode ser o divã em que se debocham os abastados e influentes e a espada de Dâmocles sobre a cabeça dos desventurados e indulgentes. A justiça pode ser cega mas não pode ser zarolha, a justiça não pode ter um tempo insuportável nem arrastar a democracia para a lama da inimputabilidade.
Dir-lhe-ei que a economia e as finanças não são um fim mas um meio, que a mais irónica das verdades é que aqueles que defendem a ausência de regras e de regulação são os primeiros a viver à sombra do Estado faustoso e sem critério. Desde a sucata aos doutos pareceres, tudo serve.
Dir-lhe-ei que este país tem um povo inconstante, inconsequente, cansado, amorfo, espertinho, desenrascadinho, sabichão, a começar por mim. E isso não é culpa do vento nem da chuva, é culpa da sopa e do sofá. Porque só no dia em que cada um de nós vir o fundo à panela ou perceber que o Euromilhões ou que o Sr. Malato nunca irão inundar a nossa insignificante existência com os euros da felicidade com que nos bombardeiam os cinco sentidos, é que perceberemos de uma vez por todas que o futuro se constrói e conquista com sangue, suor e… cunhas. C’uma porra, isto até nem me estava a correr nada mal… ou como diria o Capitão Tomás: “pronto baby, está toda lá dentro!
E viva Portugal!

Vacas e Vacões


Há uns anitos o jovem engenheiro Agrónomo Xico Esperto, adiante designado por XE, meteu-se na criação do seu próprio negócio. Entre várias hipóteses estudou e concretizou a construção duma vacaria para a produção de leite. Como lhe foi fácil obter uns dinheiros a fundo perdido, teve um início de actividade bastante facilitado. Como tinha uns bons conhecimentos em certas áreas do poder não lhe foi difícil ir sendo bafejado por tudo o que era subsidio da então CEE.
Para alem de uma unidade extremamente bem equipada e como tal rentável, ainda sobraram uns dinheirinhos aplicados numa vivenda na terra, mas 2 apartamentos no Algarve e Lisboa um automóvel e um jeep topos de gama, mais um iatezito atracado na Marina de Vilamoura e ainda uma avioneta, mais o respectivo aérodromo junto da exploração que ia dando para isto tudo e mais umas pequenas coisitas sem importância e um estilo de vida, “apropriado”.
Quando começou a ser mais difícil manter o fluxo de subsídios, ainda havia o recurso à banca que com o património existente, negociava excelentes spreeds.
O Engenheiro XE, só teve umas pequenas preocupações quando o contabilista lhe chamou a atenção para os resultados de exploração negativos que se estavam a acumular e cuja solução passava por reduzir as despesas pagas pela exploração, mas que a ela não diziam respeito. Claro que um contabilista que se atreve a dizer uma coisa destas é imediatamente, posto na rua. Vem um novo e propõe comprar mais umas vacas e melhorar o equipamento de sucção, para que as vacas produzissem mais leite.
Mas para isso, era necessário ir ao banco negociar empréstimos e leasings. Aí o Engº XE, sentiu que as coisas não estavam famosas, pois os bancos perante os resultados apresentados, começaram a dizer que não. Mas como as dificuldades nunca tinham sido muito grandes, recorreu a uma daquelas empresas financeiras que não põem qualquer dificuldade e apesar de juros altíssimos, o que era preciso era ter dinheiro para o aumentar o nº de vacas e melhorar a sua rentabilidade fazendo-as dar mais leite.

Apesar do aumento do número de Vacas e da sua rentabilidade aumentar graças ao novo equipamento que sugava, mais cada uma delas, as dificuldades aumentavam, até porque subsídios, népia e os credores começaram a apertar e os incumprimentos a aumentar.
O contabilista fez uma proposta: reduzir os gastos drasticamente. Nos automóveis, na avioneta, no iate e alienar alguns destes bens mais o apartamento do Algarve, só assim era possível equilibrar as contas. O Engenheiro XE argumentou que não e que a solução estava em pôr as vacas a dar mais leite, era preciso sugá-las mais ainda, agora reduzir os bens que tanto lhe custaram a obter, isso nunca…

Continua, numa outra altura qualquer, desde que ainda haja vacas… porque vacões...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Amaciadores (2)...

Ontem escrevi um post: No fim de o ler e proceder aquelas pequenas correcções que há sempre que fazer, achei que não me convencia a mim próprio. Quando escrevemos num sitio publico (e caganeirices à parte) procuramos saber sempre qual foi o impacto do nosso escrito na opinião daqueles a que nos dirigimos. Vinte e quatro horas depois e contando os bitaites diria que não foi dos piores, pelos menos não levei porrada (excepto a do meu querido amigo R.R que me mandou um e-mail,, assim para o provocador , o que me levou a mandar-lhe troco, em jeito de desafio que espero .venha a aceitar.

No fundo no meu post de ontem o que quis dizer e espero não estar assim muito distraído no evoluir da situação, o que me parece é que após um dia passado, demonstra que tudo o que de pior, nos podia acontecer ontem, é um bálsamo para o que nos pode acontecer amanhã.
Por isso resignamos-nos e calmamente aceitemos assim de repente, porque se refilarmos muito outras maleitas, piores nos irão cair em cima.
Pronto eu finjo que aceito …e agora que ninguém nos ouve, digo: vão mas é……

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amaciadores...


Esta "treta" dos dois dirigentes dos maiores partidos da nossa praça nos quererem “lixar” mais uma fatia do pouco que alguns de nós ainda vamos tendo, criou uma encenação digna de um qualquer escritor de ficção que quando se chega ao fim do enredo, percebemos que o final estava desenhado logo no primeiro capitulo e nos leva a exclamar que "era mais que obvio".

Sem me querer armar em politólogo, começa a ser claro que o problema, não está na divergência no que toca às medidas a tomar. O problema está em quem vai assentar o “odioso” dessas medidas. O PSD claramente já disse que vai deixar passar o orçamento com a abstenção. Ou seja torna-se cúmplice das medidas nele incluídas mas sem as apoiar explicitamente. O PS não precisa mais do que isto. Mas aí tem que arcar sozinho com as tais medidas impopulares o que não dá grande jeito, especialmente em vésperas de um período eleitoral cujos resultados terão sérias repercussões para o futuro próximo.

Enquanto isto lá nos vão, sub-repticiamente preparando para o aceitar de mais umas tantas medidas que vão agravar mais as dificuldades que todos já sentimos. A encenação de Cavaco Silva que com pompa e circunstância anuncia a sua prestimosa colaboração para o encontrar de uma solução. Mais o aparecimento do secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, na altura certa,
para mim não são mais, do que assim como que uma espécie de amaciador para tornar a coisa “aparentemente “ menos dolorosa, pois parece ter mesmo que ser.

Pano para Mangas

PANO PARA MANGAS



Quando hoje de manhã me dirigia para o meu posto de trabalho, ouvi a habitual crónica que João Gobern faz na antena 1 - Pano para Mangas.

Partilho-a com os leitores do Largo das Calhandreiras, sugerindo que a oiçam até ao fim.

sábado, 25 de setembro de 2010

Do Passado para o Presente, alinhavando o Futuro.


A Conferência de Álvaro Órfão

Tencionava estar presente na conferência promovida pelo jornal da Marinha Grande e pelo Sport Operário Marinhense a realizar logo à noite. Uma tosse irritante, resíduo de uma constipação apanhada no fim de semana passado, mais os resíduos de uns valentes quilómetros de cigarros, impedem-me de estar presente.
De facto esta ideia de fazer conferências para falar do passado, pode não ser lá muito atractiva, o que precisamos é de discutir o presente e com base nisso perspectivar a construção do futuro.
Fará sentido juntar umas dezenas de pessoas durante 2 ou 3 horas a falar do passado? Não faria mais sentido pegar numa cabeça brilhante e pô-la a falar sobre o futuro?
Para mim uma ou outra iniciativa faz sentido. Mas se sem sonhos para o futuro o “mundo não pula nem avança” aquilo que fizemos ou não fizemos no passado, marcou irremediavelmente o nosso futuro.
Álvaro Órfão e a sua equipe, de onde ressaltava Armando Constâncio que o acompanhou nos 3 mandatos, não conseguiram fazer tudo o que era necessário para resolver todos os problemas que havia a resolver. Sem duvida e sem me pôr para aqui exaustivamente a enumerar os feitos, a Marinha Grande era uma terra diferente quando em 2005 Álvaro Órfão e a sua equipe foram substituídas , que graças a um irremediável erro na escolha dos (novos) candidatos levou a que a força politica a que Álvaro Órfão pertencia, fosse humilhantemente derrotada dando a vitória à força adversária, o que em vez de vermos o continuar do trabalho desenvolvido, fomos brindados por uns seguintes 4 anos de autentica paralisação e indefinição, que certamente levaremos muito tempo a recuperar.

Ouvir Álvaro Órfão falar sobre o passado é quanto a mim tão interessante, como foi Ouvir Álvaro Pereira falar sobre o Futuro na ultima conferência promovida por uma das entidades que agora promove este evento. Assim os novos dirigentes saibam aproveitar a riquíssima experiência daqueles que pela lei da vida, tiveram que passar o testemunho a gerações mais novas.

Perguntar não Ofende...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Estava na Cara...



Há uns tempos publiquei aqui este video com outro titulo. Chamei a atenção para o pontapé no trazeiro aos 1:13minutos. Não gosto nada de ter razão antes de tempo, prefiro muitas vezes até enganar-me no meu cepticismo crónico... mas é a vida.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Correio dos Leitores

Conferência

Álvaro Órfão olha para o passado com os olhos no futuro

O Jornal da Marinha Grande (JMG) e o Sport Operário Marinhense (SOM) promovem este sábado, dia 25 de Setembro, a conferência “12 anos, 12 histórias - Que futuro nos espera?”

Álvaro Órfão é primeiro convidado do ciclo de conferências que o JMG e o SOM promoverão em parceria nos próximos meses. O antigo presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, que governou a autarquia entre 1993 e 2005, vai falar dos 12 anos de gestão socialista e reflectir sobre o futuro do concelho.
O antigo autarca não deixará de dar a sua opinião sobre o conjunto de obras que se preparam para avançar em breve no concelho, designadamente para a localização da nova piscina municipal.
A iniciativa, agendada para as 21h, na sala de exposições do SOM, é aberta a toda a população e tem obviamente entrada gratuita.
O SOM e o JMG pretendem, até ao final do ano, promover uma conferência por mês, tendo como objectivo debater temas com relevante interesse para a população do concelho.
Conforme solicitação do Director do jornal da Marinha Grande, recebida por e-mail, divulgamos a conferência acima anunciada.

Pois.

Ana Gomes critica ordens «insuportáveis» no PS

No post anterior vimos que os deputados do PS eleitos pelo Distrito e o que foi "exportado" para Setubal, em certo tipo de assuntos, até estão em comunhão de principios, pelo menos no que toca a erradicar alguma da porcaria que por aí anda. Noutros de maior complexidade parece que já não é assim, como o artigo cujo link aqui publico nos dá conta.

Actividade Parlamentar - e o Estado a assobiar para o ar...

(foto retirada da internet)

PERGUNTA

Assunto: ETAR da Raposeira e Bidoeira de Cima.
Destinatário: Ministério do Ambiente do Ordenamento do Território

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República

A Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território - IGAOT, numa nota de imprensa de Março último, informou da grave situação ambiental detectada nas Estações de Tratamento e Águas Residuais – ETARs da Raposeira e Bidoeira de Cima, concelho de Leiria. Esta informação resulta da inspecção realizada por esta entidade nos dias 17 e 22 de Fevereiro do corrente ano ao sistema de gestão dos efluentes suinícolas nestas duas unidades.
De acordo com essa nota eram apontadas falhas graves no sistema de gestão dos efluentes suinícolas nomeadamente, "avançado estado de degradação, revelando a ausência clara de manutenção, designadamente ao nível das telas de impermeabilização das lagoas", e na unidade da Bidoeira foi detectada a "descarga de efluente suinícola para os tanques, sem que existisse qualquer título válido".
As consequências de descargas, sem qualquer controlo, para além de se infiltrarem nos solos sem qualquer tratamento, contaminam os cursos de águas superficiais e subterrâneos e colocam em causa a saúde pública e os ecossistemas.
Perante a grave situação detectada, a IGAOT determinou a "cessação, de imediato, da realização de qualquer acção de gestão de efluentes pecuários, designadamente qualquer recepção, depósito ou descarga de efluentes suinícolas nos tanques e/ou lagoas aí existentes" e ainda, a obrigação de, no prazo de 90 dias, "proceder à retirada e limpeza dos tanques e lagoas de todo o efluente e lamas aí existentes e ao seu envio para destino autorizado".
Ora, passados cinco meses sobre esta inspecção não há alterações visíveis nestas unidades, os tanques continuam a repletos de efluentes e outros detritos, como mostram as fotos recolhidas na unidade da Raposeira esta semana.

Assim, os Deputados signatários vêm, por intermédio de V. Ex!!,nos termos Constitucionais
e Regimentais aplicáveis, perguntar ao Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território
o seguinte:
1. Quais as diligências tomadas para garantir o cumprimento da decisão da IGAOT por parte da empresa que explora estas duas unidades.
2. Perante a situação insustentável destas duas unidades o que pensa o Ministério fazer para garantir a saúde pública a qualidade ambienta!.

Palácio de SãoBento,14de Julho de 2010

Deputado(a)s:

João Paulo Pedrosa
Odete João
José Miguel Medeiros
Jorge Gonçalves
Osvaldo Castro



RESPOSTA

Assunto: Pergunta nº 4284/XI/1ª, de 15 de Julho de 2010 - ETAR da Raposeira e Bidoeira de Cima

Em resposta à Pergunta nº 4284/XI/1ª, de 15 de Julho de 2010, encarrega-me Sua Excelência a Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território de informar V. Exa. do seguinte:

No âmbito do acompanhamento do cumprimento dos mandados emitidos, a IGAOT verificou nas instalações em questão (Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas – ETES – da Bidoeira e Sistema de Armazenamento de Efluentes Suinícolas da Raposeira), após a notificação dos legais representantes da empresa responsável pelas mesmas (Ambilis-Recolha e Tratamento de Resíduos, S.A.), o cumprimento das ordens de cessação “de imediato, da realização de qualquer acção de gestão de efluentes pecuários, designadamente qualquer recepção, depósito ou descarga de efluentes suinícolas nos tanques e/ou lagoas aí existentes;”.

Quanto às ordens de retirada dos efluentes e lamas existentes nas lagoas e tanques, bem como de limpeza dos mesmos e envio para destino autorizado, em meados de Abril de 2010 a empresa em questão comunicou à IGAOT que iria iniciar a retirada de cerca de 200m3 de efluente suinícola da ETES da Bidoeira, com destino à ETAR Norte.

Relativamente ao Sistema de Armazenamento de Efluentes Suinícolas da Raposeira, foi verificado por esta Inspecção-Geral, em Abril de 2010, que já tinha sido dado cumprimento à ordem de restauração da vedação e dos portões de acesso de forma a impedir acessos indevidos de pessoal estranho ou não autorizado (as vedações já se encontravam erguidas e os portões encerrados com cadeado), bem como que o talude da lagoa onde se verificaram as escorrências tinha sido alteado e limpa toda a sua extensão.

O prazo para cumprimento das ordens de retirada dos efluentes e lamas existentes nas lagoas e tanques, bem como de limpeza dos mesmos e envio para destino autorizado, apenas terminou no dia 28/07/2010 (90 dias úteis a contar da data da notificação dos mandados, ocorrida em 19/03/2010).

Se no âmbito das novas acções de inspecção para verificação do cumprimento dos mandados forem detectados incumprimentos, serão feitas comunicações formais ao Ministério Público, para efeitos de procedimento criminal pela prática de crime de desobediência, p.p. pelo artigo 348.º do Código Penal, bem como à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para análise da eventual aplicação do Decreto-Lei n.º 147/2008, de 29 de Julho, que estabelece o regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais.

Com os melhores cumprimentos,

O Chefe do Gabinete

Luís Morbey

Utopias...



Ao ler o titulo de um post de um dos meus blogues de referência "Conversa Avinagrada" lembrei-me desta "velha" canção. A letra reflecte uma velha utopia que em muitos de nós está viva. Está na mão dos homens tornar possível a sua concretização.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Políticos. Humanos ou Robots?

A propósito dos últimos posts e do assunto tratado parece-me que tudo não passa de um mal entendido e que a ideia que é um assunto de natureza partidária contém algum exagero. Acredito que quem assinou a tal carta nem sequer a terá lido, provavelmente por excesso de confiança num qualquer burocrata. Se há terras onde a cultura nas suas diversas vertentes tem sido apoiada (umas vezes mais do que outras é certo) tem sido na Marinha Grande. O património cultural está à vista, quer o edificado quer o humano.
Pena que episódios lamentáveis como este nos desvie do essencial fazendo perder-nos tempo com o acessório.

Também a ideia de que nestes 36 anos de Democracia “foi sempre assim” é exagerada. Lembro-me do tempo em que muitos dos autarcas Marinhenses, alguns ainda com actividade, para além das divergências manifestadas através de discussões e as naturais votações em sentido diverso, mantinham o devido respeito um pelos outros e as suas posições (certas ou erradas) eram aquelas que melhor pensavam servir o interesse dos Marinhenses em geral.

Lembro-me ainda que após as reuniões dos vários órgãos autárquicos se ficava a conversar pela noite fora e se despia a cor Partidária procurando nessas conversas aprofundar a discussão dado que o tempo das reuniões era insuficiente.

Lembro-me também que o funcionamento, especialmente do executivo camarário, não tinha nada a ver com o procedimento ridículo inventado há algum tempo, em que havendo tanto para fazer, haja vereadores sem pelouro, o que obriga a uma sobrecarga de trabalho a uns (com as consequentes medidas mal tomadas) e aos outros sobra tempo para analisar as mesmas e naturalmente delas fazer cavalo de batalha.
Lembro-me do primeiro executivo eleito, onde pontificava o Dr. Artur Barros (figura que deixámos cair no esquecimento) e o Emílio Rato. Trabalhavam como unha com carne, em prol do desenvolvimento desta terra. Este apenas um exemplo, de muitos outros que poderiam ser dados.

Face aos gravíssimos problemas que o País atravessa e que naturalmente aqui também se reflectem , não seria que os nossos governantes e eleitos locais, dessem as mãos em prol dos verdadeiros interesses do Concelho? Claro que isto é utopia, mas quem sabe, que assim de repente os robots em que estão transformados, tivessem um apagão e se começassem a comportar como “gente” que efectivamente, são.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ração de Combate


Venha a adrenalina para ver se a gente Anima...

A propósito do Rally Centro de Portugal, que este fim de semana anima a nossa terra e a região. Lembrei-me dos tempos da minha infância e adolescência, a carga de adrenalina que recebia ao assistir à exibição do Ti Henrique num dos seus espectáculos no "Poço da Morte". Só a simples apresentação na rua (e de borla) deste artista numa mota em cima de rolos, só por si já era um espectáculo digno de se ver. Mas para ver o verdadeiro espectáculo no interior era preciso pagar (se a memória não falha) 5 escudos, o que me deixava muitas vezes frustrado por não poder assistir.
No entanto vi vezes suficientes para gravar na memória como das coisas mais emocionantes que me foi dado assistir.

Mas quando recentemente através duma reportagem numa estação de televisão soube, que o Ti Henrique ainda está vivo e ainda mantém o Poço da Morte(o único em Portugal) em actividade, senti uma emoção muito grande, que partilho com quem se lembra, que de certeza serão muitos dos nossos visitantes.
Nota: No vídeo que aqui aparece, há uma inovação: um veículo de 4 rodas.



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

E como pelos vistos terá que haver Tango, aqui vai o "do Vilão Rufia"

Revista de Imprensa (actualizada)

Água vai aumentar

A factura da água vai ficar mais pesada no concelho da Marinha Grande, já a partir de 1 de Outubro
Os aumentos, aprovados pela autarquia, com os votos favoráveis do PS, os votos contra da CDU e a abstenção do PSD, vão incidir na tarifa fixa de disponibilidade, que passa de 2,17 para 2,40; e contemplam o acesso e o fornecimento de água, a recolha e tratamento de saneamento e a recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos.

De acordo com a Câmara os preços apresentados sofreram aumentos na ordem dos 15 a 20%. Um consumidor com consumos médios de 10 metros cúbicos por mês pagava antes 12,50 euros e vai agora passar a pagar 16 euros.

A autarquia, embora reconheça o agravamento para a população com estes aumentos, defende que ainda assim são os mais baixos do distrito, dando como exemplo que com as novas tarifas uma factura de 10 metros cúbicos na Marinha Grande custa exactamente 16,04 euros, enquanto que no concelho de Leiria custa 20,02 e em Alcobaça 19,84 euros.

Os preços agora aprovados para os dois primeiros escalões (onde se incluem cerca de 85% da totalidade dos consumidores) ficam abaixo da recomendação da entidade reguladora: onde o regulador propõe 0,40 euros/m³ a Câmara definiu 0,36 (actualmente custa 0,32); e onde o regulador propõe 0,86 euros/m³ a Câmara definiu 0,58 (actualmente custa 0,48).

A Câmara explica ainda em nota de imprensa que estes aumentos são “absolutamente necessários”, acrescentando que os anteriores tarifários foram fixados em 1998 e neste momento “estão mais do que desajustados face aos aumentos dos custos com a prestação destes serviços”, além da obrigatoriedade legal de fixar os preços das taxas e dos serviços em função do seu custo real. A autarquia explica também que as infra-estruturas de fornecimento de água necessitam de “urgentes intervenções”.

Com vista a minorar o impacto destes aumentos para as famílias mais carenciadas, a Câmara integrou nos novos tarifários alguns princípios de protecção social, onde existe discriminação positiva para agregados familiares com baixos rendimentos e para famílias numerosas, que ficam isentos da tarifa de disponibilidade de água, e usufruem de uma redução de 50 por cento na tarifa fixa de saneamento e de resíduos sólidos.


(surripiado do JMG)

Revista de Imprensa

Câmara da Marinha Grande 'despeja' Tocándar


O projecto pedagógico e artístico Tocándar, nascido na Marinha Grande em 2000, vai ficar sem casa no fim do mês, revelou o presidente da direcção, que ontem recebeu um ofício da autarquia marinhense a "ordenar" que o " grupo abandone as instalações que tem ocupado no Edifício da Resinagem até ao dia 30 de Setembro".
Paulo Tojeira diz-se indignado por não ter "havido qualquer tipo de diálogo" entre a direcção do grupo e a Câmara Municipal que "dá apenas 15 dias para abandonarmos as instalações e não deu qualquer alternativa".
"Diz o bom senso que em situações que envolvam muitos jovens num projecto cultural, que as entidades devem conversar", diz o presidente da direcção, sublinhando que "não se tomam decisões destas às três pancadas".
O presidente da direcção explicou que através de um ofício o município marinhnse "ordena que o grupo abandone as instalações que tem ocupado no edifício da Resinagem até ao dia 30 de Setembro", quando o protocolo de cedência do espaço determina que o aviso tem de ser "feito com dois meses de antecedência".

Novos projectos na forja

Dizendo-se "surpreendido" com a carta, que ainda pensou tratar-se de "um apoio e não da ordem de despejo", Paulo Tojeira referiu que a associação ocupa há cerca de um ano o edifício da Resinagem (em pleno centro histórico da cidade) na sequência da entrada em obras da escola secundária onde desenvolvia a actividade, que inclui espectáculos em palco, arruadas, oficinas de percussão, gigantones e cabeçudos, caretos e gaiteiros.
"Estamos também a lançar um projecto de pauliteiros. Temos mais de 700 pessoas inscritas nas diversas actividades", acrescentou.
O responsável diz entender as obras de requalificação que vão ser efectuadas no edifício, mas afirma que "não é assim que se fazem as coisas", e que se trata de "uma atitude incorrecta de pessoas que são eleitas e pagas com o dinheiro dos contribuintes". Paulo Tojeira diz que já tem "miúdos a chorar a pensar que o projecto vai acabar", mas garante que tal não vai acontecer e que a direcção já está à procura de alternativas até porque, recorda, "esta já é a segunda vez que somos postos na rua".
A primeira, recordou, aconteceu na Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte, onde o projecto foi desenvolvido, nas Oficinas do Projecto A-Ventura, depois de a anterior direcção não ter providenciado um espaço para o grupo.
O presidente da direcção do Tocándar assegura que "nunca existiram problemas com os anteriores executivos" e que com este até se dão todos bem, pelo que recusa pensar em questões político-partidárias, considerando que "se fosse uma coisa dessas era altamente condenável".
Ainda assim Paulo Tojeira classifica o 'despejo' como "uma machadada" na cultura da Marinha Grande, e que "é chegada a altura de se valorizar mais o trabalho voluntário em nome da cultura", porque, frisa, "não temos que a andar a pedir esmolas".
O presidente da direcção do Tocándar acusa a autarquia de ser de "uma insensibilidade extrema", mas diz que "o fundamental é não deixar morrer o projecto", pelo que a direcção vai reunir para "criar alternativas".


"Tocándar é um projecto que nos merece apoio", diz presidente

O presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, leu, à agência Lusa, o restante conteúdo da missiva enviada à associação, onde justifica a necessidade de desocupação do espaço devido à aprovação da candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) da requalificação do edifício.
As obras deverão ter início até ao final do ano.
Álvaro Pereira, que assegurou desconhecer o protocolo celebrado entre a autarquia e o Tocándar, acrescentou que as divisões municipais que estavam no edifício "já procederam ou estão a proceder" também à desocupação.
O autarca considerou que "não é na comunicação social que se resolvem estes problemas", frisando que a associação, que recebe anualmente um subsídio e se servia de instalações da Câmara gratuitamente, estava a ser "beneficiada" e que, face ao ofício, poderia "procurar" o município para encontrar soluções.
"O Tocándar é um projecto que nos merece apoio", assegurou ainda Álvaro Pereira, sublinhando que a autarquia "preserva a cultura marinhense" e, neste âmbito, não recebe lições de ninguém.


(surripiado do Diário de Leiria)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Última Hora

CÂMARA PS/PSD EXPULSA TOCÁNDAR

Tocándar outra vez na rua
A direcção do Tocándar acaba de receber hoje (2010.09.15) um ofício no qual a Câmara Municipal da Marinha Grande ordena que o grupo abandone as instalações que tem ocupado no Edifício da Resinagem até ao dia 30 de Setembro!
Perplexo com a forma e o conteudo desta decisão, o grupo prepara para muito breve uma tomada de posição relativamente a mais este acto de pouca sensibilidade para com a cultura marinhense.
Publicada por Edulino em 14:34

Teria Saramago razão?

O nosso amigo Rogério Pereira, no seu blogue “Conversa Avinagrada” Mantêm (e muito bem) o vídeo que aqui reproduzo. Para além de desenvolver uma excelente, oportuna e criativa divulgação da obra de José Saramago.
Muitos de nós conhecíamos 2 ou 3 livros de José Saramago e sabíamos que era o único Nobel da literatura de nacionalidade Portuguesa. Muitos de nós, após a sua morte descobrimos que era muito mais do que isso. Muitos de nós vamos continuar a descobrir a intensa obra de José Saramago, não só no campo da escrita, mas na vasta obra absorvendo os variadíssimos temas que nos legou.

Ao dar uma volta pelas principais notícias do dia encontrei a confirmação de que os orçamentos dos Países do Euro vão passar a ter que ter visto prévio, duma coisa que se chama Ecofin, que perdoem-me a ignorância não sei bem o que é. O que sei é que nunca votei para Ecofin nenhum.
Seria a esta a este tipo de “organismos” que Saramago se referia?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Homenagem ao Zé Lérias

de olho neles: para terminar

Durante a nossa vida vamos perdendo amigos porque a lei da vida é incontornável.

Ontem através de um e.mail soube do falecimento do Zé Lérias.

Para além de regular visitante e comentador, do nosso blogue fiz com ele uma amizade virtual que levava a haver entre nós troca de e.mails. Quando criei o meu blogue pesssoal (que está em hibernação) foi o meu primeiro seguidor, nascendo daí a tal amizade virtual. Só ontem percebi o porquê de não trocarmos correspondência há algum tempo. Tinha concluído (erradamente) que o Zé Lérias não tinha encaixado bem uma resposta que lhe dei acerca da celebre "petição publica"

O Zé Lérias animava 3 blogues com caracteristicas diferentes: "A Fonte Nova" a "Barca Nova" e o Olho do Cuko (de olho neles) Daí tambem a blogosfera ficar mais pobre.

Publico em cima o link , em jeito de homengem, do seu ultimo post no Olho do Cuko.

Até sempre Zé Lérias

domingo, 12 de setembro de 2010

"O que faz falta é animar a Malta"

Voltando à velha lição que ouvi no (Som) Sport Operário Marinhense “de que um dia quem não souber utilizar a informática pelo menos em termos de utilizador “será um analfabeto“ , procurei dentro do possível e tempo disponível perceber esta coisa da blogosfera. Confesso que foi pela mão de um amigo que hoje figura na lista de opinadores convidados que conheci o “Largo das Calhandreiras”. Confesso também que foi aqui que me atrevi a mandar os primeiros bitaites. Confesso ainda, também que usei o anonimato e que até a coberto do mesmo possa ter escrito coisas que se tivesse que me identificar, se calhar seria mais comedido. Mas há uma coisa que sei, Nada do que disse ou escrevi me pesa na consciência e provavelmente faria hoje o mesmo se os dados fossem os mesmos.
Se me escondo por trás de uma “folha seca” não o faço por qualquer acto de cobardia, aliás no meu perfil há um acesso ao meu mail e a quem interessar disponibilizarei a minha identidade.

Esta conversa tem um objectivo. O Largo das Calhandreiras é um blogue com uma visibilidade local significativa. Mas parece-me que já ultrapassou há muito as fronteiras da nossa terra. Nos seguidores e comentadores encontramos gente que ultrapassa as nossas limitadas fronteiras territoriais.

Mas a riqueza deste blogue tem um carácter. É um blogue colectivo. É essa a característica que o distingue. Se perder estes predicados perde a sua essência e deixa de fazer sentido…. Não há uma boa calhandrice se não for partilhada. Penso até que não é possível calhandrar seja o que for se não houver a devida audiência. Por mim que assumi a ideia de que este espaço era a continuação de uma das "mais apreciadas, saudáveis e seculares tradições do povo desta terra" vou continuar, a não ser que me venha a sentir como o barbeiro , que a determinada altura, se vira para o espelho (à falta de audiência) e diz “e tu também és um bom sacana”.

Correio dos Leitores

(recebido por e.mail)


Boa noite ao largo


Se interessar, a bem da ciência e do conhecimento...


Inesperado e verdadeiro, somos afinal únicos. Eu bem que desconfiava...


cmts
amândio fernandes


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O A25-BIS-DR2, é um Gene!Uma sequência de aminoácidos, que só existe num único Povo:O LUSITANO

A Ciência tem destas coisas. Procura-se uma coisa, e tropeça-se com o inesperado.E por vezes o inesperado, obriga a que a História seja Reescrita. Foi o que aconteceu quando o Estudo dos Genes de Histocompatibilidade HLA, revelaram que os descendentes do primitivo Povo, que habitava o Norte e o Centro de Portugal, que conhecemos por Lusitano, possuíam dois Genes únicos:

O A25-BIS-DR2 e o A26-B38-DR13

O A26-B38-DR13, é o Gene mais antigo da Humanidade.O A25-BIS_DR2, é único. Só existe nos Lusitanos.

Não existe em mais nenhum Povo do Mundo.

Os Lusitanos, são o único Povo que não tem uma sequência Genética herdada dos Africanos do Paleolítico.

O nosso Código, é diferente dos outros Povos Mediterrânicos, e é Único e o mais Antigo à face da Terra.

São os Lusos de Camões, que um dia pegaram em Antigos Mapas, cópias de cópias de cópias de fontes já extintas, e atravessaram o Mar-Oceano, em busca do Paraíso perdido, são os únicos descendentes de uma Antiga Raça, que em tempos viveu na Terra.

São os Lusos, de Dom João II, que abdicaram de títulos de cargos e de bens, para reconstruir a Terra dos antepassados.

Mais de metade do reino, perdeu a Vida, para encontrar o Caminho do Ocidente, e aí recomeçar de novo.

E hoje, os Fariseus de outras épocas, surgem de novo, com os seus projectos hegemónicos, mascarados de direitos e:

Chamam-nos Colonizadores.Insultam os nossos Antepassados. Acusam-nos de Conquistar terras, que não nos pertenceriam. Acusam-nos infundadamente, de escravizar Antigos Povos. Acusam-nos de querer impôr as nossas Crenças, os nossos Costumes e a nossa Língua, aos que já viviam antes de nós.


SÓ QUE NINGUÉM VIVIA NA TERRA ANTES DE NÓS!

Damião de Góis, registou, na Crónica D´El Rei D. Manuel, o texto de uma Lápide que existia na Serra de Sintra, à entrada do Castelo dos Mouros. A lápide referia-se ao vaticinio de uma Sibila sobre o Ocidente e o Oriente, e dizia:

"Patente me farei ao Ocidente
Quando a porta se abrir lá do Oriente
Será cousa de pasmar, quando o Indo
Quando o Ganges trocar, segundo vejo
Seus divinos efeitos com o Tejo."

Ser Português, não é para quem quer, é para quem nasce.
Mas nem todos os que nascem em Portugal, são A25 - BIS - DR2.l

sábado, 11 de setembro de 2010

Os 11 de Setembro(s) que povoam as nossas Memórias...




Não sou muito de recordar datas, prefiro (ou habituei-me mais a fixar-me nos acontecimentos) mas hoje as más recordações de 2 datas coincidentes no dia e no mês fazem-nos lembrar 2 acontecimentos que a humanidade dispensava. Se os trago aqui não é por qualquer vontade de os lembrar e muito menos de fazer lembrar. Mas olhando para o Mundo e as manifestações de intolerância que vemos por aí, fazem-me temer que as "razões" que fizeram com que no Chile se abafasse uma jovem democracia num banho de sangue às mãos dos Fascistas comandados pelo sanguinário Pinochet com o apoio, colaboração e financiamento (hoje mais que comprovado dos então dirigentes dos EUA) e o outro 11 de Setembro levado a cabo por um grupo de fundamentalistas às ordens do sanguinário Osama Bin Laden, usando a Al Qaeda como exército movido por princípios fundamentalistas, mandou executar.


Nestes 2 acontecimentos que a humanidade hoje recorda com mágoa e em que muitos choram a perda de milhares de vidas humanas, seria de bom tom que os homens de boa vontade, se unissem para que este tipo de acontecimentos fosse abolido para sempre dos "medos" que infelizmente teimam em acompanhar-nos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Informação

Dada alguma especulação em torno do facto de há 5 dias não aparecerem novos posts no nosso Largo, informa-se que este facto se deve ao grande numero de textos enviados para o blogue, provenientes de uma grande inspiração adquirida durante o período de férias dos nossos habituais colaboradores. Esta situação entupiu a caixa de textos, provocando uma irritante desformatação dos textos referidos, problema que está a ser resolvido com a ajuda dos nossos especialistas em informática, não pondo nós de parte o recurso a ajuda externa, caso não consigamos resolver o problema rápidamente.

Pelo facto apresentamos as nossas desculpas.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

E... foi feita "Justiça"


Se há sectores que formam os alicerces duma sociedade democrática e dum estado de direito, um deles é precisamente a justiça.

Não há democracia nem direitos dos cidadãos se a justiça na verdadeira acepção da palavra, não funcionar na sua plenitude. Entendo por justiça aquilo que começa na prevenção, passa pela investigação e acaba nos tribunais das várias instâncias.

Se há sectores que desde a instauração da Democracia em Portugal com a revolução do 25 de Abril, são alvo de criticas e reparos a justiça é um deles. Sim porque mesmo que decida bem, se decide tarde a palavra “justiça” perde o seu verdadeiro significado. Neste caso não tenho duvidas em afirmar que a lentidão da mesma, envergonha o Portugal Democrático.
Naturalmente que os entendidos na matéria afirmarão mais ou menos isto: “mas o que é que este gajo percebe disto para estar para aqui a mandar papos “ de facto não percebo nada, mesmo nada em matéria processual. Mas há uma coisa que percebo é que a justiça popular (isto em termos de opinião publica) é muito mais rápida do que a de facto.
Quem escreve sobre generalidades aqui ou ali, fá-lo pela influência das coisas do dia a dia., hoje o assunto que mobiliza as nossas atenções é a sentença em primeira instância do julgamento do caso “Casa Pia” e aí está a sentença e que corresponde àquilo que era mais do que esperado. Martelada na mesa e “culpados” excepto um dos réus que ficaram para “a final.”
Tenho desde o principio do processo a ideia de que há acusados inocentes e culpados que nunca foram acusados. Esperemos que um dia se chegue a alguma conclusão. Mas na verdade alguns daqueles que sempre acreditei estarem inocentes já pagaram bem caro por crimes que acredito, nunca terem cometido.

Revista de Imprensa


Câmara quer munícipes a limpar linhas de água para prevenir cheias


A câmara da Marinha Grande alerta os proprietários ou possuidores de parcelas de leitos e margens de linhas de água para a obrigatoriedade da limpeza desses cursos, a fim de evitar inundações.
A autarquia informa que a acção decorre de uma imposição legal, e cuja limpeza deverá ser feita nas frentes particulares e fora do aglomerado urbano, o que deverá acontecer até 30 de Setembro.
"Os particulares devem manter as linhas de água em bom estado de conservação, procedendo à sua regularização, limpeza e desobstrução; e proceder à correcção dos efeitos da erosão, transporte e deposição de sedimentos, designadamente ao nível da correcção torrencial", faz saber a edilidade.
O município marinhense solicita ainda à população para não colocar manilhas em valas ou ribeiros que confinem com os seus terrenos, uma vez que "causam um grande afunilamento dos cursos de água, provocando facilmente cheias", explica.
"A colocação de manilhas pode parecer uma solução mas, rapidamente passa a um problema. As razões devem-se ao facto deste concelho ser praticamente plano e, por isso, há tendência para que as manilhas fiquem rapidamente tapadas por acumulação de areias. Existem, aliás, alternativas técnicas à colocação de maninhas", adianta a autarquia.
A câmara marinhense alerta ainda os munícipes para a obrigatoriedade de outros comportamentos decorrentes de um edital da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Centro, como a limpeza e desobstrução do leito e margens das correntes e a retirada de materiais acumulados que poderão ser utilizados para o reforço das margens, o corte de árvores e arbustos existentes no leito e em obstrução à corrente, entre outros, e sobre os quais pode saber detalhadamente na Internet, nos sites da ARH (www.arhcentro.pt) e da câmara marinhense (www.cm-mgrande.pt).


Protecção Civil previne cheias

A câmara da Marinha Grande, através do Gabinete de Segurança e Protecção Civil e da Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos, já está a proceder a trabalhos de prevenção de cheias, com a limpeza de valas, para evitar que as chuvas do Outono e Inverno obstruam as linhas de água e provoquem inundações. A acção decorre deste o último mês em 23 quilómetros de valas, dentro da malha urbana das freguesias de Marinha Grande, Moita e Vieira de Leiria.
"Para que a água possa fluir nas ribeiras e com o objectivo de evitar cheias, a limpeza deve ser feita cortando apenas as ervas e não arrancando as suas raízes. Porque as raízes das ervas, arbustos e árvores situadas nas margens das linhas de água seguram e preservam os taludes. Se forem arrancadas, proporciona-se que na primeira enxurrada todas as areias se soltem e sejam arrastadas para pontos mais baixos", explica a autarquia, sublinhando que o Gabinete de Segurança e Protecção Civil acredita que esta é a melhor forma de prevenir a ocorrência de cheias no concelho, a exemplo dos "bons resultados obtidos em anos anteriores".
A autarquia salienta que esses trabalhos decorrem apenas nos principais cursos de água e dentro da malha urbana, uma vez que, fora dessa, "a limpeza das linhas de água é da responsabilidade dos proprietários dos terrenos confinantes com as mesmas", conclui.
Texto surripiado ao Diario de Leria

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Amizade

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes

Este poema que aqui publico não pretende ser mais do que um repto a alguem que depois de fazer borrada (como diria Vinicius de Moraes) pretende desculpar-se, não assumindo a tal borrada que fez mas usando a palavra amizade deturpando-lhe o verdadeiro sentido. Amizade não é uma coisa que se inventa para momentos mais convenientes. Amizade é uma coisa que se sente. Pois, mas para perceber isto é preciso ter amigos e não os inventar, conforme as conveniências. Pobres criaturas, quando um dia se aperceberem que aparentemente até tiveram muito "amigos" mas olhando para o espelho, perceberão o quanto estiveram e estão sós.

Revista de Imprensa

Alunos do 1.º Ciclo recebem manuais escolares gratuitos

Todos os alunos do 1.0 Ciclo do Ensino Básico da rede pública do concelho da Marinha Grande vão receber manuais escolares de forma gratuita, numa iniciativa da câmara local. Os livros serão entregues em cada agrupamento de escolas no início deste ano lectivo e a sua distribuição pelas escolas e alunos contará com a colaboração dos professores.
"Com esta medida, a câmara municipal pretende apoiar as famílias do concelho com crianças em idade escolar que, neste momento do ano, costumam ver grandemente oneradas as suas despesas", explica o município marinhense, adiantando que "serão contempladas todas as crianças do 1.0 Ciclo tendo em conta a lista que foi apresentada à autarquia por cada um dos agrupamentos de escolas".
Ainda segunda a edilidade, "este benefício às famílias representa um investimento de cerca de 75 mil euros" suportado pela câmara, apontando ainda que ao abrigo do Código dos Contratos Públicos, a autarquia "desenvolveu um procedimento de concurso para fornecimento e entrega dos manuais, que esteve aberto a todas as livrarias interessadas, bastando, para isso, que estivessem previamente registadas na plataforma electrónica das compras públicas".

Surripiado ao Diário de Leiria

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Portugal a Arder...Porquê?


Antes de me pôr a escrever este post, procurei dentro do possível saber qual o ponto da situação sobre os incêndios, que com maior ou menor intensidade se desenvolvem no nosso país. Pelo que me foi dado ler, a situação tende a abrandar e esperemos que rapidamente esteja completamente controlada.
O não ter escrito nada até agora deveu-se a um lema que me serve de orientação pessoal:” não pôr achas na fogueira”.
Entre várias coisas que fiz na vida, profissionalmente e voluntáriamente, também fui bombeiro voluntário.

A Matéria combustível não deve ter aumentado muito desde então. Os meios postos à disposição dos bombeiros aumentaram substâncialmente, como exemplo refiro, que na altura, meios aéreos eram pura ficção.

O voluntarismo dos bombeiros doutros tempos não têm nada a ver com os bombeiros voluntários de agora, onde existe uma se-mi profissionalização.
Então o porquê de um aumento tão grande de incêndios e uma cada vez maior dificuldade em os dominar, quando sabemos que nas ultimas décadas ouve um grande reforço em meios humanos e materiais para debelar os mesmos, com a maior rapidez possível e a menor existência de danos .
Será que a resposta é pura e simplesmente a de que tudo isto se deve a um aumento exponencial de pirómanos? Sim porque o atirar a responsabilidade para os madeireiros e os que estavam contra os governos, já não pega.
Poucas vezes me atrevi a escrever um post, com tantas duvidas como este. A única certeza que tenho é que Portugal continua a arder. Que os meios de ano para ano são aumentados. Será que a criação de uma autêntica “industria” de combate ao fogo, com imensos meios humanos, materiais e ocasionais (isto no recurso aos alugueres de meios de combate) não potencia certas ocorrências?
Sei que não estou a contribuir muito para a resolução deste grave problema, admito até que estou a especular. Até conheço muitas das teorias que por aí se vão debitando, sobre as causas. Mas desculpem também tenho muitas dúvidas e aqui deixo algumas.

No entanto Sería indesculpável não deixar aqui um palavra de solidariedade às vitimas deste repetido flajelo quer em meios materiais, mas sobretudo à vítimas Humanas, perante as quais me curvo.
Nota: Estão disponíveis na Internet, grande numero de imagens com que poderia ilustrar este texto. Escolhi, uma apenas simbólica, porque penso que a profusão de imagens dantescas, como se faz habitualmente nos média, potência o desenvolvimento de atitudes de demência (vulgo piromania)

Revista de Imprensa

Simplex chegou à Câmara Municipal da Marinha Grande

A Câmara Municipal da Marinha Grande aderiu ao programa Simplex 2010/2011 anunciado pelo Governo, para colocar em funcionamento, a partir de hoje, numa sala do rés-do-chão do dos Paços do Concelho, o Gabinete de Apoio ao Munícipe (GAM).
Com a instalação deste serviço - o atendimento é feito diariamente por três funcionários no mesmo horário dos restantes serviços-, a autarquia quer agilizar procedimentos e evitar que o munícipe percorra vários serviços para tratar determinados assuntos, permitindo que o faça no gabinete, com ganhos de tempo. A partir de hoje, o gabinete fica com capacidade para receber os pagamentos de rendas sociais, proceder ao licenciamento de vendedores ambulantes, de recintos itinerantes e improvisados, da ocupação do espaço público com publicidade ou mobiliário urbano, emissão de certidões diversas, de licenças especiais de ruído, além da emissão de outras licenças, nomeadamente o corte da via pública para a realização de provas desportivas.
Ao longo do próximo ano, os pagamentos de facturas respeitantes aos consumos de água, efluentes de águas residuais e resíduos sólidos, celebração de contratos e reclamações serão integrados no Gabinete de Atendimento ao Munícipe, que passará a funcionar com dois balcões, um nos Paços do Concelho e outro a criar nas actuais instalações da secção de Águas e Saneamento.

Antiga fábrica da resinagem recebe serviços

No sentido de aumentar a capacidade de resposta às solicitações dos munícipes e proceder à concentração dos serviços, a autarquia prevê, em 2012, ter concluídas as obras do edifício da antiga fábrica de resinagem, orçadas em 4,7 milhões de euros.
Para aquele local está prevista a instalação do GAM, que continuará a prestar os mesmos serviços, mais os assuntos respeitantes à urbanização e edificação. As antigas instalações da resinagem passará a ter duas áreas com 282 metros quadrados destinadas ao atendimento ao público, uma zona de atendimento e um gabinete .
Segundo Álvaro Pereira, presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, as profundas mudanças da Administração Pública são fruto da “pressão exercida” por uma sociedade que exige “rapidez, eficiência e transparência”, mas “também de desafios”. “O novo paradigma organizacional tem de se basear essencialmente no saber especializado dos seus colaboradores e uso das tecnologias de informação e comunicação, mas também na flexibilização da organização, aproximando-a do cidadão”, afirmou ontem o autarca no espaço onde está a funcionar o GAM.
De acordo com o autarca, os cidadãos “não querem esperar indefinidamente” por obter uma resposta de um licenciamento ou de uma autorização, pelo que o esforço que tem vindo a ser feito a nível governamental “passou a ser também uma das prioridades das autarquias locais”.
“Será um ano de trabalho, onde queremos estar mais perto dos cidadãos, contando com o empenhamento dos nossos trabalhadores nesta tarefa, sendo nossa convicção que alcançaremos a confiança e satisfação de todos aqueles que servimos”, sustentou Álvaro Pereira.
Surripiado ao Diário de Leiria