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domingo, 31 de outubro de 2010

Que vença o (a) Melhor...


No momento em que inicio esta reflexão (que como convêm deve ser curta) não são conhecidos ainda os resultados das eleições presidênciais no Brasil. A não ser que um grande vendaval fizesse voar os votos que naturalmente se destinavam a Dilma Rousseff, natural substituto de Lula da Silva e merecedor do seu inquestionável apoio.
Não sendo conhecedor da realidade sócio económica do Brasil, não me passam ao lado as diferenças da situação antes e depois de Lula. Aqui mesmo publiquei um vídeo com a intervenção de Lula no ultimo primeiro de Maio, que melhor me fez perceber a diferença em ter a boca cheia de palavrões em que invocam um povo de um qualquer País e o dizer claramente “a maior riqueza de um País é o seu povo” e agir em conformidade. Não há duvidas que Lula o fez.

A questão põe-se em os porquês de os socialistas no Brasil (agrupados em torno do PT) fazerem em 8 anos aquilo que está à vista e porque é que noutros Países, inclusive Portugal os resultados são o que são? Quando ideologicamente os governantes se guiam pela mesma ideologia?
Demagogias à parte, situações muito diferenciadas, também, mais crises localizadas aqui e ali . Na verdade não basta pôr um qualquer emblema ao peito. Não basta tomar de assalto com apoios estranhos e complicados a direcção de um qualquer Partido de cariz Socialista. Não basta chegar ao poder. É preciso exercê-lo em nome do povo que os elegeu. Creio que não há grandes duvidas que Lula da Silva o fez. Esperemos que Dilma Rousseff, assim continue.

À Espera...


Num dia de chuva e vento a canção que me apetece ouvir.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E se fossem brincar com a Prima Deles...

Assim como quem não quer a coisa, procuro estar atento ao que se vai passando a propósito da já enjoativa telenovela do "passa não passa" do orçamento para 2011" como já não dá para publicarmos mais posts sobre os ultimos acontecimentos (até porque começa a ser dificil adivinhá-los).

Apetece dizer em letras gordas: Entendam-se Porra! Ou então Não briquem mais com o "pagode"

Isto porque me pareceu ouvir que ainda hoje os dois negociadores (mor)se vão encontrar para acertar os "trocos". Isto porque há coisas que só "Deus" sabe o porquê de o mesmo não se ter concretizado, no momento em que estava previsto.

São só suposições como convém deixar claro.

POR UM PORTUGAL MELHOR - CONTRIBUA

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" Não perguntes o que o teu País pode fazer por ti, mas sim o que tu podes fazer pelo teu Pais"

JFK


Aviso: os contributos e as reflexões que aqui possam ser deixados muito dificilmente produzirão efeitos directos sobre o actual estado das coisas e é pouco provável que sejam lidos por quem tem poder para tal. Contudo sobra-nos a certeza de que eles poderão contribuir para a mudança individual e para estimular a nossa própria consciência crítica, transformando os legítimos sentimentos de revolta e de angústia, em contributos válidos para um futuro melhor!

Revista de Imprensa

Marinha Grande arrisca perder 650 mil euros se o Polis não for concluído dia 29


É uma corrida contra o relógio. A Câmara da Marinha Grande tem até sexta-feira para colocar um ponto final nas obras do Polis. Se não conseguir, corre sérios riscos de perder 650 mil euros.
A verba refere-se à comparticipação das obras e o prazo termina dia 29. “Não posso garantir que a obra esteja concluída nessa data”, revelou Álvaro Pereira, presidente do município, em conferência de imprensa, na última segunda-feira.

O autarca queixa-se de ter herdado um dossiê que esteve parado durante oito anos. E só agora foi possível arrancar com a conclusão das obras na Ribeira das Bernardas.

Foi necessário um complexo processo negocial e consequentes acções em tribunal para assegurar que três parcelas de terreno essenciais à conclusão do Polis, pudessem ser usadas nas obras.

Em causa, três terrenos com 173, 294 e 1300 metros quadrados. O processo de tomada de posse dos imóveis, que arrancou dia 15, não foi pacífico.

O episódio mais complicado, de acordo com Álvaro Pereira, ocorreu segunda-feira. “Houve ameaças à polícia, presidente e vice-presidente, funcionários e a algumas pessoas presentes”, conta. “As pessoas ficaram ofendidas pelas obras terem sido interrompidas”, avança em jeito de explicação pela tensão gerada. Ainda assim, os trabalhos arrancaram.

Em causa está um desencontro de verbas. A Câmara propõe adquirir o terreno por 97 mil euros, sendo que os proprietários reclamam 150 mil.

Para já, pelas contas da autarquia, 73 por cento da intervenção na Ribeira das Bernardas está executada. A Câmara já solicitou uma prorrogação do prazo da intervenção, na esperança de não perder o financiamento.

Carlos S. Almeida
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(surripiado do Região de Leiria)

Correio dos Leitores

(recebido por e.mail)


Bom dia ao Largo


A propósito da Zona Industrial, este artigo do Jornal de Leiria diz aquilo que sabemos todos. O estado não é uma "pessoa" de bem...


Amândio Fernandes


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Estado expropria por tostões e vende por milhões

Proprietários de terrenos confinantes com novas estradas reclamam dos valores propostos

“Quando é para comprar, [o Estado] oferece tuta-e-meia. Quanto é para vender, pede mundos e fundos”, afirma Artur Meneses, proprietário de um terreno confiante com o IC2, parte do qual já está ocupado com as obras de alargamento da via, apesar de ainda não haver acordo em relação à indemnização a atribuir. Situação que se repete com outros proprietários de parcelas atravessadas pelas novas estradas em construção na região, prevendo--se que vários processos acabem em tribunal.
A via judicial deverá ser igualmente o caminho a seguir pelos proprietários da Quinta da Mourã, localizada no Alto Vieiro, que consideram “absurdos” os valores propostos para a expropriação de cerca de 50 mil metros. “Somos obrigados a vender. Se pudéssemos, pagávamos para que a estrada [IC36] não passasse lá. A proposta é de tal forma absurda, que nem chegamos a conversar sobre o assunto”, conta António Costa e Silva, membro da família.
O advogado frisa ainda que o valor que venha a ser definido “não cobrirá os impactos ambientais e visuais” provocados pela obra no local, onde será construído um viaduto com cerca de 50 metros de altura. “Destrói-se um património natural único e isso não tem preço”, afirma.
Também o empresário Artur Menezes tenciona recorrer aos tribunais devido à “grande diferença” entre o montante proposto e o valor que considera que tem o terreno, classificado como urbano. O problema é que “o tempo joga a favor deles, porque os tribunais demoram anos a decidir. Enquanto isso, ficamos sem o terreno e sem o dinheiro.”
Com o processo de expropriação quase concluído, a La Redoute, pela voz do seu director-geral, considera-se “satisfeita” com processo negocial, envolvendo as instalações da empresa na Azoia. “Obteve-se o que se solicitou. O valor encontrado não desvaloriza o activo”, diz Paulo Pinto.

Valores elevados inviabilizam projectos
Se os privados se queixam dos baixos valores das expropriações, entidades públicas lamentam os preços, por vezes, exorbitantes, que o Estado pede por imóveis seus, mesmo quando está em causa o manifesto interesse público. Exemplo disso é o alargamento da zona industrial da Marinha Grande, que se arrasta há anos porque, para ceder os terrenos que permitiriam a expansão, o Estado exige a entrega de um pinhal contíguo à Mata Nacional e ainda o pagamento daqueles terrenos (54 hectares) a cerca de 35 euros o metro quadrado.
Em Leiria, a câmara reclama há anos a cedência do ex-DRM para instalar um museu de arte sacra, mas o projecto que tem sido inviabilizado porque o Estado não quer ceder o imóvel, mas sim vendê-lo pelo preço do mercado imobiliário para a zona. Situação idêntica se tem registado com antiga carreira de tiro de Marrazes e com o antigo hospital militar, nos Capuchos, para onde chegou a ser pensado um centro de ciência viva.

Cálculo das indemnizações
O Código das Expropriações diz que “os bens imóveis e os direitos a eles inerentes podem ser expropriados por causa de utilidade pública (…) mediante o pagamento de uma justa indemnização”. O cálculo do montante tem em consideração a classificação do solo. No caso de terrenos aptos para construção são tidos em conta aspectos como o tipo de infra-estruturação do local (se tem acessos rodoviários, abastecimento de água, de energia ou saneamento) ou se está integrado ou não em núcleos urbanos. Na falta de acordo sobre o valor da indemnização, este é fixado por arbitragem, com recurso para os tribunais. Enquanto não há decisão, pode haver a posse administrativa dos bens a expropriar, quando tal é indispensável para o início ou continuação das obras.
Maria Anabela Silva

2010-10-28

ÚLTIMA HORA (outra vez?)

"Orçamento"


Bem! Como o fim de semana vem aí e como tristezas não pagam dívidas (publicas ou privadas) vamos tentar rir (coisa difícil nestes tempos) pronto eu pelos menos esforço-me para ver as coisas por outro prisma.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ÚLTIMA HORA


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Correio dos Leitores

(recebido por e.mail)


Boa noite ao Largo

Que dizer deste artigo de Guerra Junqueiro? Foi escrito 114 anos atrás, sim eu repito, 114 anos.

Podia escrever-se hoje a mesma coisa, mais virgula, menos ponto.

Como é possível? Como tem sido possível?

Vergonha e falta de pudor.

Utilize, sff.

Amândio Fernandes



"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."



Guerra Junqueiro, 1896.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Coincidências...

Não gosto muito brincar com coisas sérias. Mas também não gosto muito de assistir a farsas e ficar calado.

Desde o celebre tango, até às negociaçães, cuja quarta ronda deve estar a ter inicio à hora em que escrevo este post, que nos atiram carradas de areia para os olhos e de nós fazem “parvos” criando assim como que uma histeria colectiva dado o medo que nos vão incutindo e a promessa de uma grande tragédia se o tal OE não for aprovado.
Tudo isto como se fossemos uma cambada de pategos e acreditássemos que a aprovação do dito estivesse dependente das negociações das duas delegações, encabeçadas pelo actual ministro das finanças e um outro ex de tal pasta.
A farsa a que me refiro é a de nos querem fazer crer que as decisões são politicas e tomadas respectivamente pelos dois maiores partidos políticos com assento parlamentar. Isto como se não estivesse já tudo decidido por quem manda de facto. O grande capital financeiro, nacional e internacional.
Uns pozinhos tirados aqui, outros postos acolá e acordo feito. Quem se vai lixar é sempre o mesmo, claro o Mexilhão (e já nem sequer precisa de bater na rocha).

E claro, pouco depois de ser anunciado que as delegações do PS e PSD chegaram a acordo, vamos ter o anúncio “oficial” da candidatura de Cavaco Silva, a mais um mandato Presidencial. Desta vez com um argumento de peso. Salvou o País contribuindo decisivamente para o acordo então encontrado e por ele patrocinado.

Coincidências, pura e simplesmente. (esperemos que a história um dia apure as cumplicidades que existiram nesta farsa)

Dois homens, um des(a)tino

Dois homens, um des(a)tino

Com a devida vénia ao autor

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Remendos e Côdeas...



Vale a pena ouvir e reflectir
Desculpem mas às vezes encontramos coisas esquecidas mas interessantes e actuais(digo eu, claro)

Revista de Imprensa

Escultor José Aurélio vence 'Prémio Fernando de Azevedo'

O escultor José Aurélio foi o grande vencedor do 'Prémio Fernando de Azevedo', atribuído no âmbito da Bienal Internacional de Artes Plásticas e Design Industrial da Marinha Grande.
O prémio foi entregue na passada sexta-feira, na cerimónia de inauguração da oitava edição da Bienal, pela mão da ministra da Cultura. Uma distinção aplaudida de pé pelas dezenas de pessoas que assistiram à cerimónia, e que ouviram do vencedor palavras de homenagem ao artista que 'empresta' o nome ao prémio.
"O que me levou a concorrer foi a necessidade que senti de prestar homenagem ao pintor e amigo Fernando de Azevedo", disse José Aurélio.
O escultor de Alcobaça, responsável pelo 'Armazém das Artes' venceu o primeiro prémio, no valor de 15 mil euros, com o trabalho 'Homenagem a Fernando de Azevedo', uma "peça de homenagem a um homem que teve uma vida dedicada às artes, que foi uma alma transparente, mas que tinha a sua complexidade".
"A peça tem um fim: permitir que estejamos fora da peça e dentro dela em simultâneo, que é a nossa posição na vida", disse José Aurélio na hora de receber o prémio.
O júri justificou a entrega do prémio a José Aurélio pelo "grande rigor estrutural e complexidade especial, na qual o vidro se afirma como material plástico e de evidente valor simbólico e metafórico".
A Bienal Internacional de Artes Plásticas e Design Industrial deste ano é subordinada ao tema 'Artes Plásticas, o Vidro e o Design', tendo concorrido 316 obras de 117 artistas nacionais e estrangeiros, das quais o júri seleccionou 92 obras de 81 artistas.
A "diversidade" das obras a concurso levou o júri a seleccionar peças que, "não integrando as referências imediatas ao tema, justificam-se pela sua qualidade intrínseca".
Da mostra, patente no Parque Municipal de Exposições da Marinha Grande até ao próximo dia 31, encontram-se todas as obras seleccionadas, assim como a peça vencedora do 'Prémio Fernando de Azevedo' e as menções honrosas.
A selecção das obras e a entrega dos prémios foi tomada por unanimidade pelo júri, que para este ano, decidiu ainda atribuir uma menção honrosa 'especial' ao artista marinhense Fernando Esperança, pela "excelência técnica e dimensão poética" da obra 'Pórtico'.
As obras podem ser apreciadas até dia 31, de segunda a quinta-feira, das 10h00 às 20h00, e entre sexta-feira e domingo, das 14h00 às 23h00.

Bienal integra Feira Internacional de Arte Contemporânea

Uma das novidades da Bienal deste ano é a inclusão da Feira Internacional de Arte Contemporânea, que contará com uma exposição de homenagem a Cruzeiro Seixas, expoente máximo do movimento surrealista, a par de uma mostra colectiva do movimento 'Nouvelle Figuration', com alguns dos nomes mais expressivos do movimento que dominou o cenário criativo francês nos anos 60/70, e uma exposição colectiva de artistas plásticos e designers nacionais e internacionais.
A Bienal homenageia igualmente o mestre vidreiro marinhense Diamantino dos Santos (Pimenta), com uma exposição retrospectiva da sua obra.
Destaca-se a presença de uma instalação interactiva do artista Miguel Chevalier, conhecido como um dos pioneiros da arte virtual e digital.

(mais informação na edição impressa)
Surripiado ao "Diario de Leiria"

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Benchmarking

E os 500 000 desempregados de que tanto se fala?

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Ângelo Alves: Podemos dizer que também nós fizemos essa pergunta em vários encontros e recebemos sempre a mesma resposta: «em Cuba ninguém que queira trabalhar ficará desamparado, é um princípio da nossa Revolução». Como referi a realocação de força de trabalho é uma das várias medidas que se estão a tomar. O desenvolvimento dos sectores produtivos – seja por via do sector empresarial do Estado seja por via do sector cooperativo – absorverá, segundo os camaradas cubanos, uma grande parte da mão-de-obra excedentária em outros sectores e permitirá a libertação de recursos financeiros que serão aplicados na elevação geral dos salários. Simultaneamente o Estado irá proceder à legalização e regulamentação de uma realidade que já existe – o trabalho por contra própria. Alguns dos trabalhadores excedentários serão estimulados a estabelecer-se por contra própria e para tal existirá um sistema quer de subsídio temporário quer de empréstimos do Estado para início de pequenos negócios. As 178 profissões em que será possível fazê-lo foram já divulgadas, o processo está em discussão e obrigará à criação de novas leis e a alterações no sistema fiscal.


(continua… para bingo)

Prémio Sakharov atribuído ao dissidente cubano Guillermo Fariñas


IOL Diário

O Parlamento Europeu atribuiu esta quinta-feira o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento ao dissidente cubano Guillermo Fariñas, que se manteve em greve de fome contra o governo dos irmãos Castro durante mais de quatro meses, de acordo com o «El País».

A candidatura de Fariñas venceu contra outras duas finalistas: a ONG israelita «Breaking the Silence» (Quebrando o Silêncio) e a política etíope Birtukan Mideksa.

O jornalita e psicólogo cubano é o terceiro oponente ao regime de Castro reconhecido pelo Parlamento Europeu com prémios Sakharov, depois deste ter sido concedido a Oswaldo Payá em 2002 e a Las Damas de Blanco em 2005.

Fariñas, de 48 anos, tornou-se nos últimos anos um dos símbolos da oposição cubana ao governo dos irmãos Fidel e Raúl Castro, depois de ter realizado mais de 20 greves de fome em protesto contra a falta de liberdade na ilha e ter passado mais de 11 anos na prisão.

Guillermo Fariñas já reagiu, afirmando à agência Lusa que «o significado do prémio Sakharov é em primeiro lugar um reconhecimento da luta do povo cubano».

O prémio Sakharov honra a memória do dissidente soviético Andrei Sakharov e é entregue anualmente a uma personalidade ou entidade colectiva que se destaque no compromisso com os direitos humanos, protecção das minorias, cooperação internacional ou desenvolvimento da democracia e do Estado de Direito.

Entre os vencedores das edições anteriores estão o sul-africano Nelson Mandela (1988), as Mães da Plaza de Mayo (1992), Xanana Gusmão (1999) ou o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan (2003).

A cerimónia solene de entrega do prémio ocorrerá em Dezembro, durante a sessão plenária que o Parlamento Europeu celebrará em Estrasburgo (França).
Clicar no título para ver noticia original.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Credibilidade-Democracia e Liberdade

O excelente texto do relaxoterapeuta a propósito da credibilidade perdida, transportou-me para uns anitos atrás, quando os bancos nos tratavam como gente e não por um número e uma classificação atribuída por um qualquer rating que nunca chegamos a perceber.
Lembro-me perfeitamente de que quando tínhamos uma daquelas aflições e precisávamos de uns dinheiros para fazer face a uma qualquer aflição, lá íamos falar com o Manuel do Banco e sem grandes explicações, sem garantias materiais, lá nos aceitava um livrança e se a aflição fosse muito grande, até levantávamos a massa de imediato antes da respectiva livrança estar creditada na nossa conta.
Claro que não era assim com toda a gente. Acontecia com quem, mesmo sem património oferecia a necessária credibilidade. Os “artistas” que sempre os ouve não obtinham estes créditos com a mesma facilidade.

Hoje, quando o principal problema que a toda a hora nos entra pelos olhos e ouvidos dentro, é o da nossa credibilidade perante “os mercados financeiros” e nos querem convencer que a aprovação do famigerado orçamento para 2011 restituirá essa credibilidade. Põe-se a questão? Terá o nosso País capacidade de recuperar a sua credibilidade perante o Estrangeiro, quando a nível interno a credibilidade do Primeiro-ministro e de parte do Governo, está pelas horas da morte?
Perdoem-me os meus amigos Socialistas que tudo fazem para segurar José Sócrates na “cadeira”, mas manter esta situação, leva a que cada vez mais, se oiçam vozes a questionar o regime democrático. E não se trata só dos saudosistas de outros tempos. Muita gente que nem sequer aí viveu, está a pôr em causa este regime.
Há para aí já demasiada gente a clamar contra os políticos na sua generalidade, quando sabemos que há políticos sérios e honestos mas que estão demasiado calados ou colados ao poder para dizerem o que pensam e sabe-se, por aqui e ali que há quem pense diferente. Que esperam?

Não tenho dúvidas que José Sócrates está a arrastar o PS para uma situação , em que só por um qualquer “milagre” não o tornará no coveiro do Partido que outros ergueram.

Espero que o clamor que se vai ouvindo por aí reivindicando uma solução contra a democracia não passe, porque a liberdade é um dos maiores bens de que desfrutamos. Eu sei que a Liberdade não enche barriga! É por isso que a devemos usar, defendendo-a mas exigindo que o caminho que nos apontam como inevitável, possa ser invertido e se caminhe para a resolução dos graves problemas existentes no nosso País e não para o seu agravamento.

Gamanços...

É desta!

Gamado ao blogue, HenriCarton

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Em Busca da Credibilidade Perdida

Podia ser o título de mais uma sequela de Indiana Jones, mas infelizmente não é…

Podia ter acontecido em Castro Verde ou em Aljustrel, mas não, foi no deserto do Atacama, no extremo norte do Chile, a milhares de quilómetros do Casal da Formiga.
Podia ter vindo de Lisboa, mas não, veio das entranhas da terra chilena, a mais de setecentos metros de profundidade, o grito de esperança que nos fez sentir os olhos baços e as mãos trémulas, um grito que nos fez por algumas horas levantar os olhos do chão e olhar fixamente para o ecrã, acompanhando o resgate dos mineiros com um nó no estômago e um estranho sentimento de proximidade, quase familiar. Era como se o resgate daqueles homens, nada diferentes de outros que morrem todos os dias em anónima agonia, se tivesse tornado num imperativo de consciência colectiva, mesmo para aqueles que, tal como eu, nada podiam fazer. Era como se a esperança deles e a das suas famílias, fosse a nossa própria esperança, uma vital necessidade de acreditar.
Assisti à maior parte da operação de resgate pela televisão, acompanhado pelo meu bom amigo e vizinho Aurélio, quase sempre em silêncio, expectantes, desejosos do fim do pesadelo, ansiando por um brinde sentido, a oblação em sacrifício, aos deuses e aos homens, de um soberbo reserva de Clos Apalta, um puro sangue chileno. Coisas do profano.
Para nós, que partilhámos horas a fio as angústias e as emoções deste mediático episódio, que em breve se esfumará na sua própria bruma, na espuma dos tradicionais argumentos de êxito de bilheteira e nos reclames de lâminas para homens de barba rija comprados a peso de ouro, emergem duas grandes lições a que vale a pena dispensar, para breve análise crítica, um ou dois minutos e os dois dedos de testa com que o criador nos equipou o cocuruto - se é que a sua generosidade foi extensiva a todos os mortais. Por um lado a coragem, a vontade e a determinação dos mineiros em quererem sobreviver, viver, respirar, emergir, abraçar. Mas por outro, a inabalável confiança que depositaram em quem lhes prometeu e se comprometeu em devolver-lhes a vida, uma nova oportunidade, um resgate das profundezas, do pesadelo, a confiança em quem lhes garantiu que não os abandonaria. É isso, eles tiveram coragem porque tinham confiança. Eles tiveram esperança porque acreditaram. E é esse o nosso drama. Porque nos sentimos aprisionados nas entranhas deste país à deriva e já não acreditamos naqueles que nos prometem, pela enésima vez, que nos hão-de resgatar. Já não cremos que os sacrifícios e as privações nos conduzam a lado algum. Mas afinal como podemos nós confiar nessa gente? Não são os mesmos que foram provocando as sucessivas derrocadas?
Porque infelizmente Castro Verde e Aljustrel não são no deserto de Atacama, e que se saiba, há muito que por cá não emergem políticos da mesma colheita de Sebastián Piñera, é que este vosso anónimo paisano acha que temos um gravíssimo problema de credibilidade. Perdida! E não se vislumbra solução.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Não há nada p´ra Ninguem



Enquanto esperamos pelo "NIM" vamos ouvindo umas cantiguinhas.

Revista de Imprensa

Obras do POLIS concluídas no final do mês


A reabilitação da zona da Ribeira das Bernardas, última acção do Programa POLIS no concelho da Marinha Grande, entrou em linha de choque com os interesses de alguns proprietários. Um problema herdado pela actual autarquia presidida por Álvaro Pereira e que se arrastou quase por uma década.
O projecto, que abrange uma área de 49.427 metros quadrados, prevê a reabilitação da zona para uso público, com uma rede de caminhos pedonais e cicláveis e àreas verdes, e o aproveitamento da ligação com a Zona Desportiva para a instalação de um campo de jogos sintético.

"Foi uma obra que encontrámos parada"

"Dignificar" o concelho da Marinha Grande e "torná-la aprazível" é um objectivo a concretizar pela autarquia. Um objectivo que, no entanto, tem encontrado os seus obstáculos.
Em conferência de imprensa, Álvaro Pereira confessou que o projecto para a reabilitação da Ribeira das Bernardas foi encontrado parado aquando da sua tomada de posse, em 2009. Duas acções em tribunal mantiveram as obras paradas. Em causa estavam duas parcelas de terreno que impediam o desenvolvimento dos trabalhos.
Maria de Lurdes Domingos, proprietária de 173 metros quadrados (m2) de terreno, e José António Quiaios, proprietário de 294 m2, viram a sua situação resolvida quando a autarquia colocou à ordem dos interessados, numa conta bancária espicífica, o valor dos terrenos, avaliados por dois peritos oficiais.
No entanto, a situação mais problemática foi protagonizada por Fernando Vicêncio Rosa "que se dizia proprietário de uma parcela com 1320 m2", de acordo com o autarca. O terreno era uma peça essencial no projecto para a instalação do relvado sintético e a construção do Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, agora inviabilizado pela falta de espaço.
Divergências entre as duas partes impediram o consenso, apesar das "conversações na base do diálogo". A tomada de posse administrativa com carácter de urgência surgiu na sequência das dificuldades das 'negociações'. "Pedimos ao tribunal um perito oficial para avaliar o valor da parcela de terreno em questão, fizémos o depósito na mesma instituição bancária e partimos para a tomada de posse", conta o autarca.
A acção, "um pouco musculada", contou com a colaboração do Governo Civil e da PSP. "Uma situação muito díficil e tensa" de acordo com o vereador Paulo Vicente, marcada pelas ameaças directas e a presença de forças policiais equipadas com coletes à prova de bala. Apesar de drástica, a posse administrativa com carácter de urgência revelou-se a melhor solução para acabar com os impasses que impediam a reabilitação da Ribeira das Bernardas. "Quando fomos eleitos foi para tomarmos decisões agradáveis e menos agradáveis", justifica o vereador Paulo Vicente.

"Estamos a fazer o maior esforço possível para concluir as obras"

A conclusão das obras é, agora, a principal prioridade do presidente da autarquia sob pena de perder os 650 mil euros a que a câmara tem direito devido ao Programa POLIS.
As expectativas, apesar de tudo, são boas. "Os trabalhos começaram a decorrer a uma velocidade que nos permite pensar que a obra pode ser concluída antes do prazo".
Até ao final do mês de Outubro as estradas, acessos pedonais e cicláveis têm de estar concluídos, bem como o sistema de rega automática, os trabalhos de jardinagem e a iluminação da zona. "Tenho esperança que as obras sejam concluídas no prazo que nos permita receber o dinheiro", remata o autarca Álvaro Pereira.


(surripiado do Diário de Leiria)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Correio dos Leitores

(texto recebido por e.mail)


Caros membros da Comissão de moradores,

Por me parecer que seja um assunto pertinente e que merece uma reflexão aprofundada, envio este texto e deixo ao vosso critério a oportunidade de divulgação.


Na última edição do EXPRESSO foi publicado um caderno com Ranking das escolas do ensino secundário.

Na análise desse ranking, segundo ouvi de alguns analistas e comentadores, deverá haver cuidados na sua interpretação porque parece existir uma relação positiva entre o nível de desenvolvimento socioeconómico da região onde está inserida a escola e o nível de resultados escolares do seus alunos. Por isso, o fraco desempenho de determinadas escolas do interior pode ser justificado por esta via.

Como o nosso concelho apresenta um nível socioeconómico acima dos concelhos limítrofes, seria de esperar que o desempenho dos nossos alunos fosse também superior.
Infelizmente as escolas da Marinha Grande (Calazans e Pinhal do REI) apresentam um resultado abaixo da média de todos os concelhos limítrofes e muito abaixo da Batalha, Porto de Mós e Caldas da Rainha, conforme se pode ver no mapa anexo ao referido artigo.

Penso que, e dada a sua gravidade, deveria uma reflexão objectiva e aberta acerca destes resultados e que envolvesse não só a escola, os alunos, os pais e o município, mas também os principais partidos, associações e todo a nossa comunidade, sem lugar para acusações nem ressentimentos pois, de uma forma ou doutra, todos temos uma quota de responsabilidade por esta situação.

Essa reflexão deveria ser fundamentada por um estudo cientifico que pudesse servir de referencia. Mais ainda, teria de ser no sentido de encontrar soluções que seguramente exigirão uma mudança de atitude de todos envolvidos.

Exigiria seriedade e regras que permitissem uma discussão séria e baseada em factos, que nada tivesse a ver com o tipo de discussões que, infelizmente, podemos encontrar nas reuniões de Câmara ou na Assembleia Municipal.

Seria muito interessante que esta reflexão fosse realizada por iniciativa conjunta das direcções das escolas referidas neste estudo e patrocinada pela Câmara Municipal. Se assim não acontecer, talvez caiba às comissões de pais assumir essa responsabilidade.

Com toda a modéstia, espero que as sugestões apresentadas neste documento sejam alvo de discussão sã e objectiva no sentido do seu aperfeiçoamento e melhoria.


Apartidário

O óleo de fígado de bacalhau e o Orçamento de Estado.

Não sei bem quais as semelhanças, mas este fim-de-semana enquanto lia e ouvia notícias relacionadas com o Orçamento do Estado 2011, só me lembrava daquele intragável “remédio” que nos obrigavam a tomar durante a frequência da escola primária. Não sei se alguma vez soube para que é que aquilo servia. Mas que toda a gente, desde os professores aos contínuos mais os nossos Pais nos convenciam que tínhamos que tomar daquilo, mas ninguém dizia qual o beneficio de tão torturante e repugnante “remédio”.

Sei (como diria o meu querido amigo J.Carreira) que estou a confundir o toucinho com a velocidade, mas de facto “toda” a gente diz que o orçamento não presta, que não resolve, que ainda vai fazer pior à nossa economia, mas tem que ser porque lá fora estão com os olhos postos em nós e como tal, temos que levar com o orçamento pelas goelas abaixo! Goste-se ou não, vomite-se a seguir ou não. Paciência!

sábado, 16 de outubro de 2010

28 Anos Depois...



Partiste há 28 anos. Vivemos este tempo todo, sem a tua genuina pureza, sem a tua militância interessada, sem o teu convívio, sem a tua presença física. Mas deixas-te-nos as tuas canções que nunca vamos deixar de ouvir. continuamos a beber nas letras a que tão bem deste voz e melodia o alimento para resistir e a utopia de um dia vencer.

Até sempre Adriano

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um Grito...

Dr.
dói-me o peito
do cigarro
do bagaço
do catarro
do cansaço
dói-me o peito
do caminho
de ida e volta
do meu quarto
à oficina
sem parar
sempre a andar
sempre a dar
dói-me o peito
destes anos
tantos anos
de trabalho
e combustão
dói-me o luxo
dói-me os fatos
dói-me os filhos
dói-me o carro
de quem pode
e eu a pé
sempre a pé
dói-me a esperança
dói-me a espera
pelo aumento
pela reforma
pelo transporte
pela vida e pela morte.
Dr.
já estou farto
de não ser
mais que um braço
para alugar
foi-se a força
e o meu corpo
é como o mosto pisado
como um pássaro insultado
por não poder mais voar.
Dr.
eu não sei ler
os caminhos
por dentro
dos hospitais
mas alguém há-de aprender
entre as rugas do meu rosto
o que não vem nos jornais
e não há nada no mundo
nem discurso
nem cartaz
capaz de gritar mais alto
que as palmas das minhas mãos
que o meu sorriso sem jeito,
Dr.
Dói-me o peito…

José Fanha

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

RADIO TERAPIA (2)


..

Revista de Imprensa

Finanças quer Junta da Vieira a pagar quatro milhões pela herança de Tomé Feteira



Além da junta de freguesia, também há herdeiros do empresário a ser notificados pela Direcação-Geral de Impostos a liquidar um imposto relativo à herança do milionário natural de Vieira de leiria, apesar de a fortuna ainda não ter sido apurada nem distribuída.

Os herdeiros do empresário Lúcio Tomé Feteira estão a ser notificados, pela Direcção Geral de Impostos (DGI), a liquidar um imposto relativo à herança do milionário natural de Vieira de Leiria, no concelho da Marinha Grande, apesar de a fortuna ainda não ter sido apurada nem distribuída.
Joaquim Vidal, presidente da Junta de Freguesia de Vieira de Leiria, considera que esta situação resulta de um “lapso”, até porque a autarquia nem sequer é herdeira. Apesar disso, não esconde que, quando recebeu a notificação, na sexta-feira passada, ficou “um bocado preocupado”.
Apesar de Joaquim Vidal não ter revelado o montante em causa, o JORNAL DE LEIRIA conseguiu apurar que a DGI queria cobrar perto de quatro milhões de euros à Junta de Freguesia de Vieira de Leiria. Contudo, segundo a lei, os bens doados às autarquias estão livres de impostos.

Face a esta situação, a notificação da DGI já foi contestada pelos advogados da junta com base no facto de, além de não ter sido determinado ainda o valor do herança, a Junta de Freguesia de Vieira de Leiria nem sequer ser herdeira da fortuna do empresário, que deixou apenas expressa, em testamento, a vontade que criasse e gerisse a Fundação Família Feteira.
Em declarações prestadas ao JORNAL DE LEIRIA há dois meses, Joaquim Vidal afirmou que a junta tinha uma “mão cheia de nada”, já que se desconhecia o valor da herança de um dos dez homens mais ricos do mundo nos anos 60, o que inviabilizava a constituição da fundação. A intenção de Tomé Feteira era localizar a entidade, com fins sociais e culturais, na Quinta da Carvalheira, em Vieira de Leiria, de que era proprietário.
Tendo em conta que a quinta não foi doada à junta, Joaquim Vidal manifestou receito que os 80% da quota disponível do testamento do empresário não fosse suficiente para adquirir o imóvel, que se encontra abandonado há vários anos. “Não acredito que os herdeiros dêem a quinta de mão beijada”, declarou na ocasião ao JORNAL DE LEIRIA.
O Ministério das Finanças limitou-se a comentar que não se pronuncia sobre “situações cobertas pelo sigilo fiscal”.

Texto: Alexandra Barata
14-10-2010
Surripiado ao Jornal de Leiria

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Com os olhos postos no Chile!

Revista de Imprensa


Marinha Grande:

Autarquia alarga horário de funcionamento

12-Out-2010
A Câmara Municipal da Marinha Grande alargou o horário de funcionamento.
Segundo faz saber, em comunicado, desde ontem que todos os serviços estão a funcionar sem interrupção de almoços.
O Gabinete de Atendimento ao Munícipe (GAM) e o Balcão de Recepção/Atendimento (situados no rés do chão dos Paços do Concelho) estão agora abertos até às 18 horas.
Estas medidas surgem da no processo de simplificação e modernização dos serviços que constam do Simplex Autárquico.
Com estas medidas a Câmara Municipal da Marinha Grande pretende “facilitar a vida aos cidadãos”, refere no comunicado

Surripiado ao Jornal Portomosense (via Sapo Local)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

2 Pesos e 2 Medidas ou???

Antes

Quarta 8 de Outubro de 2008

A Comissão Política do Comité Central do PCP saúda vivamente o escritor e o camarada José Saramago pela atribuição do Prémio Nobel da Literatura.


Escritor de grande mérito artístico e de indiscutível prestígio nacional e internacional, José Saramago é simultaneamente uma figura singular na vida cultural, social e política do nosso país.
Membro do PCP desde antes do 25 de Abril tem uma vida indissoluvelmente ligada à defesa da liberdade, da democracia, das grandes causas sociais e políticas dos trabalhadores na luta pela sua emancipação.


A atribuição, hoje, do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago, para além de justamente consagrar um grande escritor e a sua obra, constitui igualmente um importante contributo para uma maior afirmação da literatura de língua portuguesa no mundo e para o reconhecimento do português como língua de referência importante na cultura mundial.


É com enorme alegria que o PCP, os comunistas, os trabalhadores, os intelectuais, os portugueses vivem este momento.

Depois

Sobre a atribuição do Prémio Nobel da Paz

Segunda 11 de Outubro de 2010

Face a solicitações de vários órgãos de comunicação social sobre a atribuição do prémio Nobel da Paz deste ano, o PCP divulga o seguinte:
A decisão da atribuição do Prémio Nobel da Paz a Liu Xiaobo – inseparável das pressões económicas e políticas dos EUA à República Popular da China - é, na linha da atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2009 ao Presidente dos EUA, Barack Obama, mais um golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre os povos

A academia que atribui o prémio Nobel não é a mesma?
O PCP não é o mesmo?

A brincar com coisas Sérias...

Não sou muito de brincar com coisas sérias. Mas ao ver este cartoon no blogue "A Conspirata" não resisti e surripei-o.

Clique na imagem para melhor visualizar.

sábado, 9 de outubro de 2010

Do que um homem é Capaz...



Pronto. Nós por aqui até somos boas pessoas e não guardamos rancor a quem nos vai chamando uns nomes feios. Aqui vai uma dedicatória muito especial. (esperamos que o José Mário Branco, nos perdoe).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Portugal no seu melhor

Dois quilos de nêsperas e decilitro e meio de aguardente de medronho a quem descobrir a autoria desta sentida frase, estávamos em Outubro de 2007:


"O Largo das Calhandreiras
é um excelente blogue, bem escrito, bem humorado e tremendamente perspicaz. A actual maioria do PCP achava que era eu que o escrevia. Este foi, obviamente, o melhor elogio que o PCP alguma vez me podia fazer. Sentia-me orgulhoso, vaidoso até, por o PCP me considerar tão talentoso. Mas não, infelizmente, não sou eu que escrevo no Largo das Calhandreiras, não tenho aquele talento." (…)



Vai uma pista: não foi o Pimenta Machado!

Menor quantidade, mas melhor qualidade!

Cristina Simões, coordenadora executiva da Bienal, revelou que houve 11 mil visitantes na última edição, que contou com um mês de duração e cinco fins-de-semana. Desta vez, com apenas 10 dias de duração e dois fins-de-semana, a organização admite que o número de entradas possa diminuir, o que poderá ser contrabalançado com a presença de um público mais conhecedor de arte, oriundo de todos os cantos do País e além-fronteiras e não apenas local ou regional. Para tal, este ano haverá um reforço da animação, com espectáculos de magia, música ou moda, como forma de atrair mais visitantes.


Prontos…
Assim sendo já não ficarei com problemas de consciência se, pela primeira vez, não for visitar a Bienal. A minha ausência não será certamente sentida e será seguramente colmatada pela presença de pessoal d'áquem e d'além fronteiras, bem mais entendido em arte do que eu. É que isto de dar pérolas a porcos em tempos de crise, já era…

“Já não há pachorra, apre!”


Quando o ilustre deputado Pedrosa se “descuidou” e soltou esta argumentação inqualificável para uma pessoa com as suas responsabilidades políticas, estava longe de imaginar que a “maltosa” do seu governo lhe fosse pregar nova partida. Depois de lhe terem levado 5% do ordenado em Junho passado, então não é que a referida “maltosa”, para além do agravamento dos impostos, se prepara para lhe dar novo rombo no ordenado? Mas vamos às contas:
- sem contar com “Outros Abonos e Direitos”, o deputado Pedrosa ganha por mês (valor bruto), qualquer coisa como 4.185,49€ (incluindo 370,32€ de ajudas de custo), tudo valores tributáveis em IRS;
- de acordo com a últimas informações reveladas pela imprensa de hoje, o deputado vai levar uma cortadela salarial de 10% (toma!), o que quer dizer que irá ganhar menos 418,55€, ou seja, e só para termos uma ideia do tamanho da talhada, menos cerca de 88% da “retribuição mínima mensal garantida” para 2010 (475€)!!!
Exorto por isso o deputado Pedrosa a juntar-se ao seu camarada Gonçalves e a manifestarem-se contra esta maltosa do governo, que se diz de esquerda, e que faz dos senhores deputados autênticos espoliados (utilizando a terminologia de Portas). Ou então, sugiro aos nossos estimados bitaiteiros, alguns dos quais latifundiários do Farmville, a fazerem aqui alguns donativos que certamente ajudarão o senhor deputado a recompor o cabaz de compras. Para abrir as hostilidades ofereço-lhe um chispe e dois quilos de entremeada. Quem dá mais?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

É Preciso Acreditar...

Uma frase com 2064 Anos

Correio dos Leitores

Conferências no SOM

Alberto Cascalho fala sobre política autárquica

O vereador Alberto Cascalho, eleito pela CDU, será o próximo convidado do ciclo de conferências promovidas pelo Operário e Jornal da Marinha Grande. A iniciativa decorre no dia 21 de Outubro (quinta-feira), pelas 21h

“Se eu fosse presidente…” é o tema da próxima conferência levada a cabo pelo Sport Operário Marinhense (SOM) e Jornal da Marinha Grande (JMG).
Alberto Cascalho, que desempenhou o cargo de presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande entre 2007 e 2009, falará de política autárquica, nomeadamente sobre o rumo que daria ao mandato caso fosse eleito líder da edilidade. Recorde-se que Cascalho foi derrotado pelo socialista Álvaro Pereira nas últimas eleições autárquicas, disputadas no ano passado.
O vereador comunista, que será questionado pelo director do JMG, António José Ferreira, e pelo presidente do SOM, Carlos Carvalho, não deixará de fazer um olhar crítico sobre o desempenho da actual maioria autárquica.
A iniciativa, que decorrerá na sala de exposições do SOM, é aberta a toda a população e tem entrada gratuita.
Recorde-se que o ciclo de conferências se iniciou no passado dia 25 de Setembro, com Álvaro Órfão, líder da edilidade marinhense entre 1993 e 2005.

Conforme solicitação do Director do jornal da Marinha Grande, recebida por e-mail, divulgamos a conferência acima anunciada.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

QUEBRA-CABEÇAS


Descubra as diferenças:



(antes do novo conselho de administração entrar em funções)




(alguns meses depois do novo conselho de administração ter entrado em funções)

Os Novos Apparatchiki

Segundo relatos da imprensa, nas próximas Sexta-feira e Sábado, vão ser eleitos os líderes das 19 Federações Distritais do PS. Ressalta que das 19 em apenas 5 há mais do que 1 lista, nas 14 restantes há listas únicas.
Assim à partida até parece bastante positivo, pois este facto demonstra uma grande unidade no seio do Partido. Demonstra ainda o voluntarismo e o amor ao partido dos actuais dirigentes que estão na disposição de continuar a dar a sua contribuição certamente desinteressada.

Não conhecendo os métodos de funcionamento do PS, apenas sei aquilo que vai transparecendo através da imprensa atrevo-me a questionar alguma militância exacerbada que se vai vendo por aí. Vejamos o Distrito de Leiria. É um dos que não vai ter renovação. Embora chegasse a aparecer uma ou outra noticia há uns tempos que apontava para a hipótese de aparecer uma 2ª lista, ficou em águas de bacalhau.
A questão passa pelo assegurar o apoio do aparelho partidário, composto pelos lideres das Concelhias, eleitos e presidentes de Câmaras que no caso concreto do Distrito de Leiria se apressaram, ainda antes do actual líder manifestar a intenção de se recandidatar, segundo o próprio escreveu. Com todo este apoio de peso, quem é que se atreveria a confronta-lo.

Resta realçar algum dos aspectos relevantes dos poderes dos líderes Distritais e naturalmente a demonstração da democracia interna existente. Segundo ainda aspectos frescos na minha memória, o Líder tem logo à partida o direito de integrar a lista de candidatos a Deputado em lugar elegível. A lista de candidatos é por ele apresentada. Tem um papel (não sei se determinante) mas certamente bastante influente na escolha dos cabeças de lista para as Câmaras municipais e certamente outros órgãos autárquicos. Daí não ser muito de estranhar a “vaga de fundo” e apoios (certamente desinteressados) que levaram o actual presidente da federação a ter o lugar assegurado, o de presidente da Federação e mais as respectivas inerências. Ou seja vai “ganhar pela falta de comparência de adversário”

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Coragem ou Teimosia?

Uma das classificações dadas a José Sócrates é a de “Corajoso”.
Sempre que toma medidas impopulares de duvidosa eficiência logo abundam por aí escritos a enaltecer a “coragem” de José Sócrates.
Sou daqueles que tem consciência que se têm que tomar medidas duras para corrigir erros cometidos durante largos anos. Mas ir tomando medidas avulsas mediante as pressões de cada momento, não me parece acertado muito menos honesto.
Os Portugueses independente da classe ou camada social a que pertençam não podem estar à mercê das falhas de cálculo de quem nos dirige. Os Portugueses têm que saber e sentir que à frente dos destinos do País têm políticos que lhes dizem a verdade.
Os Portugueses não podem continuar nesta angústia colectiva que terá certamente consequências imprevisíveis.

Mas de facto há que respeitar a legalidade. Há prazos constitucionais a cumprir. Durante os próximos 6 meses a Assembleia da Republica não pode ser demitida. Se o Orçamento do Estado for rejeitado o actual Primeiro-ministro demite-se. Encontrar qualquer solução que respeite os resultados das últimas legislativas tem que passar pelo PS. Aceitará Sócrates que o PS indique outro Primeiro-ministro. Estará o PS nessa disposição? Ou antes os dirigentes do PS que sabem que José Sócrates já não esta só a ser queimado em “lume brando” mas a ser esturricado. Ou estará o PS refém da tal “coragem”.

Creio que já não é um problema de coragem. É mais um problema de teimosia do tipo do antes “quebrar do que torcer”. Aprecio a solidariedade do PS relativo a José Sócrates. Mas essa solidariedade não estará a levar o PS para uma posição de derrota e afundamento. Os resultados do Candidato Presidencial, não vão ser seriamente afectados por isto?

Não tenho dúvidas de que José Sócrates exerce o cargo de Secretário-geral do PS, democraticamente, pois para isso foi eleito. Mas será uma fatalidade? Não há mecanismos para que em face dos fracassos as coisas possam ser mudadas antes que seja tarde? Eu penso que já o começa a ser.

Não tenho qualquer dúvida de que as alternativas (credíveis) que se põem à sociedade portuguesa, passam pelo PS, mas urge que os seus dirigentes sejam capazes de tomar medidas para que a credibilidade que ainda tem, se mantenha e não deixar as coisas chegarem ao ponto de não haver retorno, pelo menos durante tempos, que serão sempre demasiados longos.

Convém esclarecer que embora apoiante, não sou, nunca fui e certamente nunca serei militante do PS.

sábado, 2 de outubro de 2010

Nem o Pai morre, nem a gente Almoça...

Prrocurei um titulo que me parecesse acertado para este post. Até porque há sempre uma expressão popular para sintetizar muito dos sentimentos que em determinados momentos nos apoquentam. Ou seja, um momento daqueles em que sentimos que “não se ata nem desata”
Sem querer culpabilizar quem quer que seja pela situação a que chegámos e em que a nossa credibilidade é posta em causa e consequentemente deixámos de ser considerados pessoas de bem, capaz de solver os nossos compromissos, perante os nossos credores. Na verdade alguém tem que “pagar as favas”. Ou seja, há sempre alguém que recolhe os loiros quando a coisa corre bem, mas quando corre mal, também tem que assumir isso.
Num final de semana, cujo saldo no mínimo se pode considerar conturbado, há uma conclusão que se pode tirar, a nossa credibilidade perante o chamado mercado (financeiro) internacional anda pelas horas da morte. Sabemos que para o acalmar e numa tentativa derradeira para diminuir a pressão temos que alinhavar (à pressa) medidas para acalmar o dito.

E o resto? Será que vamos arriscar tudo para convencer os tais mercados?
Não sería mais importante convencer o nosso próprio mercado interno?
Será que as medidas tomadas (para "Inglês" ver) não terão um efeito, ainda mais nefasto na nossa economia, cuja recuperação se tornará mais complicada?
Assim à laia de conclusão. Porque é que não chamamos os bôis pelos nomes ( não se trata de Boys)
Alguém acredita que quem “dirige” o nosso País ainda tem alguma credibilidade, quer fora quer dentro? Para mim não se trata do partido que está no poder (porque eu ainda acredito que é o melhor) mas de quem o dirige. Não estou a aproveitar o mau momento. Já penso assim há muito e naturalmente já o manifestei.

Mais do que pôr o mercado financeiro (internacional) a acreditar em Portugal, há que pôr os Portugueses a acreditar no seu próprio País, pois sem isso não há remédio que nos salve, nem matemática que nos valha.

RADIO TERAPIA (1)

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