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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

E A RESPOSTA É...

Sim senhor, isto há coisas do arco da velha! Pois caros camaradas, aqui à atrasado fiz três perguntitas ao Dr. J. Pedrosa (o dos cheques-filho, não confundir com o Pereirita). A resposta à primeira e à terceira, foi de rajada. Já a segunda precisou dum tempito de reflexão e demorou mais dum ano a responder. E ainda por cima a coisa foi feita como deve ser, ou como diz o povo (e o saudoso Pimenta Machado): “Nunca digas nunca!” que é como quem diz, "O que hoje é verdade amanhã é mentira!". Ele há políticos avisados, sim senhor. Olha, pelo menos não foi como o outro que tinha dito que só se Cristo descesse à terra e vai-se a ver o Cristo já vem no elevador…


DL - Está disponível para encabeçar uma candidatura a alguma autarquia, designadamente à da Marinha Grande?
JPP - Neste momento a resposta é não. Até ao final do ano teremos definida a escolha de todos os candidatos. É sempre difícil estar a antecipar cenários, quando o processo ainda não está concluído. Neste momento, o meu objectivo é não ser candidato à Câmara Municipal da Marinha Grande. Nestas matérias, as ponderações, as análises e as discussões vão ser muitas e diversificadas, por isso não tenho a certeza daquilo que poderá vir a ser decidido pelos órgãos do partido. A minha firme convicção é não ser candidato.


É portantos um... “NIM!

Ração de Combate


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

parece que havia queixas de tendinites...


sem bem que a malta prefira saber quem vota em quem, é mais democrático e mais... transparente;

"A eleição do Comité Central, por disposição antidemocrática da lei dos partidos, contrária ao direito e à possibilidade que os delegados ao congresso sempre tiveram de decidir democraticamente sobre o método de votação que entendem mais adequado, é feita por voto secreto"

terça-feira, 25 de novembro de 2008

"O que é a Agenda 21 Local?"



No passado dia 14, a CMMG apresentou em sessão pública a Agenda 21 Local, um Programa de Gestão do Desenvolvimento Sustentável traduzido num “conjunto de documentos que incluem um plano de acção que tem implicações a todos os níveis da vida comunitária, nas áreas económica, desportiva, cultural, educativa, social, com enfoque muito especial nas questões ambientais”, conforme referiu na altura Alberto Cascalho.
Neste nosso comentário à apresentação da Agenda 21 Local não se pretendem discutir os méritos ou a oportunidade do estudo, o qual compreende um diagnóstico do concelho, relatório de enquadramento, estratégia de informação e comunicação, e “planos de acção nas áreas de gestão ambiental sustentável, apoio à sustentação da inovação empresarial e intervenção na coesão social”. O que se pretende apenas é chamar à atenção para a forma de comunicação utilizada uma vez que na apresentação que é feita deste trabalho, ao qual foi dado eco quer pela comunicação social da região quer pelo próprio site da CMMG, nunca é feita a sua contextualização genérica, ou seja, nunca é dito que esta é a adesão do nosso município a uma iniciativa enquadrada pelas Nações Unidas e já adoptada por mais de dois mil municípios de todo o mundo, entre os quais alguns portugueses. Ao contrário, a forma utilizada mais parece pretender indicar que se trata de uma iniciativa isolada desta autarquia, fruto do seu mérito e da sua clareza de ideias quanto ao nosso futuro.
Embora a nossa convicção seja a de que se tratou apenas de um lapso de comunicação, fica no entanto o reparo, uma vez que o enquadramento genérico deste trabalho e a percepção da sua envolvente até poderiam traduzir-se numa maior adesão por partes de todas as forças vivas do concelho, ao seu desenvolvimento e implementação.
Para os que pretenderem mais informação sobre o tema, fica também o link para o Portal da Agenda 21 Local, concebido e implementado pelo Grupo de Estudos Ambientais da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A Hora do Pateta


Outro tema quente da última emissão do Forum 94 foi a entrega do cartão de militante de PSD de Artur Pereira de Oliveira, vereador da Câmara da Marinha Grande. Face às acusações por parte da concelhia de que sempre esteve ao lado da CDU, Pereira de Oliveira defendeu-se. “Os eleitos não podem estar no executivo a boicotarem-se uns aos outros. Eu não boicoto ninguém. Sou uma pessoa séria, responsável. Ao boicotar as boas ideias, venham elas de onde vierem, estaria a boicotar os interesses dos munícipes.”
Pereira de Oliveira recusou, contudo, o cenário de se vir a candidatar como independente por qualquer partido. “Sou social-democrata e continuarei a sê-lo mesmo sem ser militante. Estarei sempre ao lado do PSD, não estou ao lado de pessoas que, se calhar, estão na política e em comissões políticas ao serviço de outros interesses.”


Fonte: Jornal de Leiria

ao indivíduo foi aplicado termo de identidade e residência e a droga ficou em prisão preventiva


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

"YES, WE DO (NOT)!"

“Numa coisa todos estamos de acordo, o principal problema dos políticos portugueses não é a sua incapacidade mas apenas um problema de comunicação, nunca conseguem fazer passar a mensagem”.

Esta frase da autoria do inquestionável comentador político J. P. Pinóquio no seu blogue “À Bruto”, foi esta semana desmontada de forma superior pelo “nosso” Presidente Guerrilha, que veio num dos seus escritos no Jornal do Tózé, demonstrar como 1+1=11. Mas para que não restem dúvidas sobre o que se obrou só no último ano (!), aqui fica de forma clara e sem espinhas parte do vasto rol do executivo ora PCP/PSD ora PCP/AA:

“ESCOLA com cantina nas Trutas; Mercado da Vieira de Leiria; Casa-Museu 18 de Janeiro; Galeria Municipal; requalificação de escolas; passadeiras sobrelevadas, requalificação do espaço público (passeios, remoção de barreiras arquitectónicas, sinalética para invisuais); diversos arruamentos de que sobressai a Rua da Fonte dos Ingleses – Várzea, Rua dos Lenhadores – Forno da Telha, Rua Jornal da Marinha Grande – Embra e Rua 4 – Figueiras; Novo depósito de água – Vieira de Leiria; Obras em diversos edifícios de habitação social; Colocação e reforço da iluminação pública em diversos lugares; Iluminação e balneários dos campos de ténis da Marinha Grande; Rede de saneamento básico, especialmente na Moita; Colectores domésticos no Camarnal; Novos sanitários públicos na Praia da Vieira – Norte, etc.
RECORDEM-SE também alguns dos eventos socialmente mais importantes, que a autarquia levou a efeito: Comemorações do 18 de Janeiro de 1934; Desfile de Carnaval (17 escolas e cerca de 1.000 crianças); 1º Encontro de Escritores locais; Comemorações do 25 de Abril que envolveram diversas associações e colectividades; Semana do Ambiente com participação de várias entidades locais e regionais e alguns milhares de alunos; Jornadas de Economia da Marinha Grande, com ampla participação; Abertura da época balnear na Praia da Vieira (milhares de visitantes); 1º Overlive que, além de diversas actividades, reuniu 5 bandas locais; Actividades da Galeria Municipal (8 exposições e 4.200 visitantes em 6 meses); Actividades culturais e desportivas incluídas na animação cultural de Verão; 7ª edição da Bienal da Marinha Grande que registou mais de 110.000 visitantes e homenageou o artista e marinhense Guilherme Correia.
A Câmara apoiou ainda e/ou participou, na organização de eventos de grande prestígio para o Concelho, de que se destacam: Piquenicão Nacional que trouxe à Marinha Grande mais de 3.000 reformados de todo o país; Campeonato do Mundo de Orientação que reuniu mais de 4.000 atletas e visitantes de todos os continentes, e deu a conhecer ao mundo o nosso concelho, as nossas praias, a nossa mata e as nossas gentes; “Verão Total” da RTP, com emissão em directo de S. Pedro de Moel, que contribuiu para divulgar a imagem da Marinha Grande como concelho dinâmico, atractivo e inovador.”
(…)
Por isso, a Câmara bem se pode orgulhar do que tem feito, e bem pode responder aos seus detractores, com o slogan «Sim, nós fazemos!».”


E agora que estamos de barriguinha cheia vai tudo para o óó, que só é preciso acordar lá para meados de Outubro do próximo ano, para votar de novo no PCP. E é se queremos mais quatro aninhos de fartura e de muita prosperidade. Se por mero acaso lá pelo meio fizerem alguma porcariazita também não há problema pois a nova ETAR do Norte está a trabalhar muito aquém da sua capacidade. Por isso, os nossos votos para que continuem a obrar muito. Boa continuação!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"ETAR Norte funciona a metade da sua capacidade"


A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR Norte) do Coimbrão é hoje inaugurada oficialmente pelo ministro do Ambiente e marca um dos episódios mais importantes do processo de despoluição da região.
Cerca de um ano depois da sua entrada em funcionamento, a 'jóia da coroa' da Simlis, empresa responsável pelo Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis, encontra-se a funcionar a metade da sua capacidade, já que o saneamento básico de Leiria, Batalha, Marinha Grande e Porto de Mós - concelhos que a estação vai abranger - ainda tem um longo caminho a percorrer, aguardando ainda os efluentes das suiniculturas, provenientes da futura Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas, que irá nascer em Amor.
A maior ETAR da região Centro - que apresentou um investimento de 15,6 milhões de euros, financiados em 80 por cento pelo Fundo de Coesão da União Europeia - foi dimensionada para receber cerca de 250 mil habitantes equivalentes, o que significa que pode tratar diariamente cerca de 38 mil metros cúbicos de águas residuais, dos quais 77 por cento são domésticos e 18 por cento provenientes de indústrias, e o restante de suiniculturas.
No entanto, a ETAR só deverá atingir a capacidade para que foi dimensionada dentro de quatro anos, caso o saneamento básico de todos os concelhos esteja totalmente concluído em 2013, data apontada por todas as autarquias, tendo em conta que nesse ano termina o Quadro de Referência Estratégico Nacional.
Neste momento, segundo apurou o nosso jornal, a percentagem de cobertura do saneamento básico no concelho de Leiria é de 80 por cento. Segundo a autarquia, os lugares com ausência de saneamento correspondem a zonas com baixa densidade populacional. Por outro lado, faz saber numa nota informativa, a execução dos trabalhos nas freguesias a Norte do concelho "não poderiam avançar antes da entrada em funcionamento da ETAR Norte". "Com esta em funcionamento, avança agora a concretização das referidas redes", sublinha.
Com menos de 50 por cento de cobertura de saneamento básico, encontra-se o concelho de Porto de Mós, ao passo que, na freguesia da Marinha Grande, os trabalhos abrangem 95 por cento de cobertura e, nas freguesias de Moita e Vieira de Leiria (Marinha Grande) 85 por cento.
O nosso jornal tentou apurar qual a percentagem de cobertura de saneamento da Batalha, mas não foi possível apurar o valor até à hora de fecho desta edição.
A infra-estrutura irá igualmente aguardar que a Estação de Tratamento dos Efluentes Suinícolas fique concluída, situação que deverá levar, pelo menos, mais dois anos.
A cerimónia de inauguração terá lugar pelas 10h00. Além da presença do ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, irá ainda contar com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.
A inauguração será antecedida pela apresentação do 'Guia para a Avaliação de Impacte Ambiental de Estações de Tratamento de Águas Residuais', elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente.

Rio Lis com "alteração qualitativa"

A ETAR Norte representa para o presidente do Conselho de Administração da Simlis, Sérgio Lopes, a "peça basilar" de todo o sistema de despoluição, alertando, porém, para o trabalho das populações e empresas.
"Há que reconhecer que a ETAR não pode ser a única a despoluir os rios. A despoluição passa, também, por outros instrumentos e pelas pessoas e empresas terem consciência que os rios só se despoluem se estiverem ligados ao sistema", disse. É nesta perspectiva que Sérgio Lopes sublinha a "alteração qualitativa" do rio Lis, fruto do sistema multimunicipal de saneamento.


(surripiado do Diário de Leiria)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Revista de Imprensa

Artur Oliveira mantém pelouros no Executivo

Carta Educativa aprovada em reunião da Câmara da Marinha Grande


Executivo da Marinha Grande
A aprovação da Carta Educativa do concelho da Marinha Grande e a manutenção dos pelouros por parte do vereador Artur Oliveira, que irá agora terminar o mandato como vereador independente, após a entrega do seu cartão de militante do PSD, foram os principais assuntos da reunião de câmara do Município da Marinha Grande, no dia 13 de Novembro.

Estiveram presentes, na reunião que decorreu no Salão Nobre dos Paços do concelho da Marinha Grande, o presidente Alberto Cascalho e os vereadores Sérgio Moiteiro, João Marques Pedrosa, Artur Oliveira, João Paulo Pedrosa, José Grácio e Cidália Ferreira.

O vereador eleito pelo PSD na Câmara Municipal da Marinha Grande, Artur Pereira, entregou o cartão de militante na passada semana, e devolveu ao presidente da autarquia os pelouros que tinha, justificando a decisão com o facto de a Comissão Política Concelhia do PSD lhe ter “retirado a confiança política há alguns meses.” Contudo, Artur Pereira continuará como vereador porque Alberto Cascalho, presidente do município, decidiu não lhe retirar os pelouros por lhe merecer confiança e não existirem “razões para lhe retirar os pelouros.”

Artur Oliveira deixou assim de ser vereador eleito pelo PSD, passando a vereador independente, e continuará com os pelouros das Obras Públicas; Comunicações e Transportes; Abastecimento Público; Ambiente; Saneamento Básico e Abastecimento de Água.

A manutenção de Artur Oliveira como vereador com pelouros foi alvo de algumas críticas dos vereadores socialistas, considerando que esta situação só vem determinar a fragilidade de um Executivo” que “garante a maioria com um vereador que já não representa um partido”. João Paulo Pedrosa referiu inclusive que a decisão de Artur Oliveira manter os pelouros “deveria ser tomada em reunião de Câmara” e “não resolvida entre duas pessoas.”

O vereador do PS considera também que a passagem de Artur Oliveira para vereador em regime de independência tem “consequências do ponto de vista da fragilidade do Executivo”, uma vez que “o presidente eleito não está em funções” e agora “o vereador que sustenta a maioria já não representa um partido”. João Paulo Pedrosa lembrou também que o prazo de suspensão de mandato de João Barros Duarte termina no dia 14 de Novembro e que o Executivo ainda não recebeu nenhum comunicado sobre essa situação.

Alberto Cascalho referiu por sua vez não ser essa a sua leitura dos acontecimentos e que mais uma vez agiu de acordo com a sua consciência. O autarca informou ainda que após consultar os serviços jurídicos do município, estes o informaram que a decisão de manter os pelouros na posse de Artur Oliveira era uma competência exclusiva do presidente da Câmara.

O Executivo camarário aprovou por maioria, com os votos a favor de Alberto Cascalho, Sérgio Moiteiro, João Marques Pedrosa e Artur Oliveira, e as abstenções dos vereadores socialistas João Paulo Pedrosa, Cidália Ferreira e José Grácio a reapreciação da alteração à Carta Educativa do Concelho da Marinha Grande, que já tinha sido aprovada por unanimidade pelo Conselho Municipal de Educação no dia 7 de Novembro. A Carta Educativa irá ser discutida em Assembleia Municipal extraordinária de dia 20 de Novembro.

A Câmara Municipal considerou a Carta Educativa como uma mais valia, enquanto instrumento de planeamento e ordenamento prospectivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no concelho, e de acordo com as ofertas de educação e formação que se impõem satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos educativos e financeiros, no quadro do desenvolvimento demográfico e socio-económico do município.

João Paulo Pedrosa referiu que “esta é uma matéria que devia evitar questões de briga política e aspectos partidários”, lamentando que a maioria camarária “não tenha promovido nenhuma reunião com os vereadores para discussão.” O vereador do PS adiantou que o partido tem “dúvidas que tenha sido procurada a melhor hipótese e que tenham sido esgotadas todas as possibilidades na procura da melhor solução”, concluindo mesmo que “esta é uma má solução.” João Paulo Pedrosa referiu ainda que “a Assembleia Municipal reprovou a carta educativa porque pretendia outra e não a mesma” e alertou que “as nossas crianças ficam sem condições e em desigualdade com as crianças dos concelhos vizinhos.”

Por sua vez, Alberto Cascalho saudou a alteração de voto do PS, que passou de voto contra para abstenção, e interpretou-o como “um sinal positivo no sentido de encontrar o necessário consenso em matéria de tão grande interesse e responsabilidade.” O presidente da Câmara respondeu adiantando que procurou esgotar todas as possibilidades e acolher diversas sugestões para a resolução do problema, considerando também que “foi dado um passo decisivo para, caso a Assembleia Municipal venha a aprovar, o município dispor das condições necessárias no âmbito do QREN encontrarmos financiamentos indispensáveis à execução desta obra e à requalificação de todo o nosso parque escolar até ao 1º ciclo”.


(surripiado do Tinta Fresca)



Nota: o site da CMMG continua a disponibilizar as actas das reuniões de câmaras com vários meses de atraso. Não se percebe o motivo.

sábado, 15 de novembro de 2008

O ERRO DO CRIADOR


E ao sexto dia Deus criou o homem...
Mas mal o Criador se aprestava para voltar aos céus e aliviar fadiga de tão intensa jornada, sentindo passos atrás de si, virou-se. A correr em sua direcção vinha um desassisado camarista de farta cabeleira branca, acenando freneticamente com algo na mão direita, enquanto a esquerda se enterrava no bolso, como que impedindo que algo se escapasse. “Olhe, se faz favor. Queria entregar o cartão do partido. É que os juvenis já não me dão crédito e tomaram-me por aziago.” E logo Deus se amargou de arrependimento por ter concluído a criação.
Porém, para assombro do próprio Criador, um anjo êufono e titubeante que vagueava por perto sem GPS, tomou-lhe a mão e proclamou em tom grave: “Segue-me camarada, que enquanto a luta de classes precisar de ti, serás um dos nossos. Busquemos o norte magnético!”. Perturbado, o Criador rompeu num pranto inconsolável.

Depois de um Outubro generoso, solarengo, com o astro rei a bailar por entre os ramos semi nus das árvores de folha caduca, entraram pelas frinchas da janela esconsa da minha sala-de-estar os primeiros arrepios de frio, um gélido calafate soprado do grande glaciar em degelo, fazendo recordar aos homens que a natureza acusa sinais evidentes de cansaço, de maus tratos e de sobre-saturação. Pela primeira vez este ano, aconchego três cavacas de sobreiro do Redondo na lareira ainda fria do verão, e acendo o lume com caruma, pinhocas e pequenos gravetos de pinheiro, apanhados na recta de Pedreanes numa tarde de sábado por finais de Setembro. Este é um luxo a que me permito, não tanto por vaidade mas mais por necessidade - sentar-me em frente ao lume num final de tarde a que a mudança da hora já acrescentou noite, lâmpadas de baixo consumo apagadas, um cálice de licor de leite degustado em pequenos sorvos, apenas iluminado pelo lume que baila em labaredas de azul-laranja, exalando resina, labendo as paredes escuras da chaminé - o ambiente que se impõe para um momento de introspecção. Talvez seja isso que falta a muito bom comuneiro cá da paróquia, parar para pensar! Reflectir!
Os acontecimentos patéticos sucedem-se e asseveram a crise de valor acrescentado que mina a nossa desventurada corte de homens d’ estado, o barriguismo prospera, a política decente, tão imprescindível como o cereal para o pão da boca, está mais do que nunca em roda livre, a preciosa alteridade esfuma-se numa prática de tiques comuns de la droite à la gauche, pois o denominador é o comum, insensatez e muito, mas mesmo muito, despudor!
Talvez por isso um duche frio e uma valente coça de bagaço de medronho pudessem pôr cobro às mais que evidentes e previsíveis estratégias já no terreno, gizadas em bolorentas reuniões de comparsas – gestão de silêncios à la carte, rajadas de metralha ao neo-liberalismo que engorda a própria continha, limpeza a seco das consciências e das responsabilidades, fazer crer que a preocupação maior somos nós, e tudo isto revelado apenas num facto, a tremenda incompetência para escolher os melhores. E será que estão disponíveis?
Mas a culpa de toda esta tragédia é sem dúvida da democracia, essa patomina das sociedades civilizadinhas que atribui um cheque-voto-surpresa a cada imberbe eleitor. A culpa é da porra do sofá que amolece o nervo da inquietação. A culpa é da merda da televisão que nos emprenha com novelas. A culpa é dos gajos que lá estiveram. A culpa é dos cicranos que lá estão. A culpa é da testosterona e da bola e do filho da puta do árbitro. A culpa é sempre dos outros. A culpa nunca é minha, tua, ou de outro cabrão qualquer! Neste país pequenino, nunca ninguém é culpado, e porquê? Porque os culpados são sempre uma desculpa para a nossa própria culpa. Fiz-me entender?
Pois que, para terminar, permito-me (permitam-me!), a contra-gosto, um inusitado pedido de desculpas pela severidade deste arrazoado, ela é apenas a expressão da desilusão que sinto ao olhar o lume que baila nesta modesta lareira do Casal da Formiga, mas que não liberta o calor que tanto desejo. Isto, confesso, para além do facto de hoje ter olvidado tomar o comprimido para os nervos. Coisas da andropausa. Mas, para além dessa milagrosa pílula que me põe os ditos nervos sossegados, como poderei eu ultrapassar esta incontida descrença? Poderá ainda restar a fé, dir-me-ão vossas senhorias. Mas, returco eu, como poderei confiar em quem cometeu tamanho disparate ao sexto dia?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

jpp promove medida discriminatória para os homossexuais passivos do distrito...

Revista de Imprensa (actualizada)

"Marinha Grande - Artur Pereira de Oliveira entrega cartão de militante do PSD"

O vereador Artur Pereira de Oliveira entregou na segunda-feira o cartão de militante do PSD, gesto que justificou com “falta de democraticidade” dentro do partido, que ajudou a fundar na Marinha Grande. Na terça-feira “devolveu” os pelouros ao presidente da autarquia, mas acabou por reconsiderar a sua posição depois de Alberto Cascalho lhe ter expressado a sua confiança. Desempenha agora essas funções como independente.


Artur Pereira de Oliveira esclarece que não sai por razões ideológicas, mas por não concordar com as atitudes da Comissão Política Concelhia e da Comissão Política Distrital do PSD.
São várias as queixas apresentadas em relação à Comissão Política Concelhia. A começar por ter sabido, há cerca de seis meses, que lhe tinham retirado a confiança política pela comunicação social, passando por “acusações difamatórias nos jornais” e, mais recentemente, por não o terem convidado para a apresentação dos candidatos da Marinha Grande às autárquicas.
“É dentro do partido que as coisas se devem resolver. As coisas foram-se tornando cada vez mais graves, inclusivamente com insultos na Assembleia Municipal por elementos do PSD, que demonstraram um total desconhecimento das matérias de que me acusaram”, explica Artur Pereira de Oliveira, em alusão a dossiers como a Simlis, TUMG, saneamento básico e mercado municipal.

Mal-entendidos
Em relação à Comissão Política Distrital, o vereador do PSD lamenta que nunca tenha promovido uma reunião consigo e com a concelhia para esclarecer o que considera serem “mal-entendidos”. “A distrital é responsável por não ter tomado decisões atempadamente para evitar estas questões desagradáveis.”
Apesar de considerar que os políticos não se reformam, Pereira de Oliveira afasta uma eventual candidatura à autarquia como independente. “Com 75 anos ainda me sentia com coragem para mais.” Contudo, revela que está empenhado em contribuir para a resolução dos “graves problemas económicos e sociais” no concelho, enquanto munícipe. “A social-
-democracia é isso mesmo, e não estar à procura de tacho.”
Apesar de não ter esclarecido se irá votar no PSD nas autárquicas, Pereira de Oliveira afirmou ter “simpatia” pelo cabeça de lista, António Santos, por ser uma “pessoa capaz e com valor”. Em relação aos resultados eleitorais, desejou que “ganhe o melhor para o bem da Marinha Grande”. n
Alexandra Barata


Concelhia reage com indiferença
“Não atribuímos muita importância a esse episódio, porque já nos tínhamos demarcado da sua postura enquanto vereador do PSD. Estava demasiado colado à CDU, independentemente das nossas posições. ”É desta forma que Manuel Teles, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD da Marinha Grande, reage ao afastamento de Pereira de Oliveira. Teles deixa claro que a sua desvinculação foi uma decisão pessoal, para o qual não foi forçado. n




(surripiado do Jornal de Leiria)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

POR FAVOR EXPLIQUEM-ME, MAS COMO SE EU FOSSE MUITO BURRO

Para a CDU JBD deveria demitir-se pois já não tinha a confiança politica do partido e os cargos para os quais os políticos são eleitos devem sempre ser geridos e manifestar os desígnios de um colectivo (leia-se o partido) que os elegeu.

AA já não tem a confiança política do PSD, o Senhor Presidente da Câmara manifestou-lhe total confiança e não lhe retirou os pelouros.
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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Revista de Imprensa (quentinha)

Câmara municipal

"Vereador do PSD da Marinha grande entrega cartão de militante e devolve pelouros"

O vereador eleito pelo PSD na Câmara Municipal da Marinha Grande, Artur Pereira, entregou o cartão de militante e devolveu hoje ao presidente da autarquia os pelouros que detinha, confirmou o próprio à agência Lusa


«Entreguei o cartão de militante do PSD à Assembleia Distrital do partido e devolvi os pelouros que me estavam atribuídos ao presidente da Câmara», afirmou Artur Pereira, justificando a decisão com o facto de a Comissão Política Concelhia do PSD lhe ter «retirado a confiança política há alguns meses».

Segundo o vereador, agora independente, a retirada da confiança política «nunca foi justificada» por parte dos órgãos concelhios do partido.

«Aguardei o tempo mais do que suficiente para ser informado dos motivos da decisão, o que não aconteceu», explicou Artur Pereira, sublinhando «não estar chateado com o partido», mas também «não poder continuar assim».

O autarca, que exerce as funções de vereador a tempo inteiro, informou ainda ter comunicado a iniciativa ao presidente da Câmara, Alberto Cascalho, eleito pela CDU, a quem devolveu os pelouros.

«O senhor presidente manifestou-me total confiança e disse que não me iria tirar os pelouros», referiu Artur Pereira, militante do PSD desde a sua fundação e que esteve na génese do partido na Marinha Grande.

Confrontado com a entrega do cartão de militante por parte do vereador, o presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) da Marinha Grande, Manuel Teles, esclareceu que «nunca o partido lhe retirou a confiança política».

O dirigente reconheceu, contudo, ter havido «uma difícil articulação entre o vereador e a CPC», sobretudo ao nível das deliberações que Artur Pereira tomava na Câmara e que não eram coincidentes com as que tomavam os eleitos na Assembleia Municipal.

«[As decisões] não se aproximavam», referiu Manuel Teles, acusando o autarca de «não seguir a linha do partido».

«Por isso, ao delinearmos a estratégia para as próximas eleições autárquicas, entendemos que não se integrava na nova equipa de candidatos», adiantou o presidente da CPC, admitindo ser esta uma decisão de «ruptura».

Lusa/SOL


(surripiado do SOL)

CENAS DO PRÓXIMO EPISÓDIO

“Como já estávamos fartinhos de enfardar salsichas e de andar dum lado para o outro a olhar embasbacados para um muro todo escavacado, mais parecia que estávamos na Rua da Indústria, o compadre Abano teve uma ideia: Ó pessoal e se fizessemos um intervalo cultural e fossemos à bola? Boa, dissemos todos. E lá fomos nós à bola de Berlim, enfardar antes do jogo. Só ficámos admirados porque ainda não foi desta que vimos a ASAE. Paciência. A pastelaria era jeitosa e asseadinha, ainda cheirava a Sonasol com amoniacal. Também ainda não foi desta que sentimos o cheiro da cidade maldita. Parece que fizeram uma ETAR nova e os problemas com os cheiros estão resolvidos, por agora. Esperem só até os tugas começarem a libertar a salsichada e as bojecas, que vão como é que é. SLB, SLB, SLB, SLB, SLB, GLORIOSO SLB, GLORIOSO SLB.”

Classificados

Numa altura em que se começam a perfilar as barbas brancas do costume, aqui fica uma alternativa bem interessante. A causa, é uma boa causa e até parece que não se ganha nada mal. Pode ser que pegue...

sábado, 8 de novembro de 2008

Então como é que vai essa "saúde"?

(Acta nº 25 - Reunião Ordinária da Câmara Municipal da Marinha Grande realizada no dia 15.11.2007 2007 e no dia 16.11.2007)

(…)

1 - PEDIDO DE SUSPENSÃO DE MANDATO DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA


1547 - Presente pedido de suspensão de mandato datado de 07/11/2007, apresentado pelo Presidente da Câmara, Sr. João Barros Duarte, pelo período de 365 dias, por motivo de doença devidamente comprovada por atestado médico apresentado e arquivado na Secção de Recursos Humanos desta Câmara Municipal.

A Câmara apreciou o pedido, e tendo em conta que o motivo apresentado se enquadra no previsto no art.º 77º, n.º 3, alínea a) da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada e republicada em anexo à Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, delibera aceitar a suspensão do mandato do Presidente da Câmara, Sr. João Barros Duarte, pelo período de 365 dias. Esta deliberação foi tomada por maioria, com 3 votos a favor e 3 abstenções dos Srs.
Vereadores do P.S..


Será que após 365 dias o Sr. João Barros Duarte já resolveu os problemas de saúde? Os munícipes gostariam de ter uma atenção por parte de quem os representa, mais não seja, por uma questão de educação. Ou será que só servimos para votar?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Passatempo das Calhandreiras


Ora aqui vai mais uma e desta vez para uma embalagem de dois quilitos de peixe espada preto para fritar. O peixe espada é de confiança e foi pescado nos mares da Madeira, com a devida autorização do Rei Alberto João I.

"Esta reunião, aparentemente pequena, deu para 2 sessões, devido à habitual troca de acusações entre PS e PCP que, devido à falta de capacidade para governar o Concelho e/ou apresentar propostas alternativas, se perdem em discussões que nada servem para o nosso desenvolvimento."
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e ainda
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"Esta posição deve-se à incapacidade que os sucessivos executivos camarários (PS e PCP) têm demonstrado na resolução deste problema e de outros idênticos, tais como a Angolana, a J. Ferreira Custódio, a Manuel Pereira Roldão, a J. Mortensen e outras unidades industriais que degradam a imagem da nossa cidade."

Como esta também não é fácil, vou dar uma dica extra, a frase não foi dita por ninguém da oposição e mais não digo.
Caso ninguém acerte, é o costume, reverte para o fundo de apoio ao alargamento da Zona Industrial.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

PORQUE SERÁ?


Quinta-feira, Junho 02, 2005

Surpresa

"Na passada semana, na conferência de imprensa em que apresentei os nomes votados pela concelhia do PS da Marinha Grande para os diversos órgãos autárquicos do concelho, apresentei ainda a minha declaração de interesses, rendimentos e património, assumindo o compromisso de os tornar público anualmente e enquanto exercer semelhantes funções públicas. Dada a actualidade destas matérias, pensei que os jornais locais fizessem notícia disso. Ao contrário, não fizeram referencia nenhuma ao assunto e colocaram-me na primeira página com uma bandeira a festejar a vitória do Benfica. Vá lá entender-se a dinâmica dos conteúdos da comunicação social."

João Paulo Pedrosa


E agora? Será que a dinâmica dos conteúdos já é mais perceptível?

Revista de Imprensa

"PSD quer ganhar câmara com independente António Santos"

O PSD candidata um independente à presidência da câmara da Marinha Grande e apresenta como objectivo vencer as Eleições Autárquicas do próximo ano. Essa é a fasquia colocada tanto pelo candidato António Santos, de 53 anos, como pelo presidente da Comissão Política concelhia, Manuel Teles. O candidato foi apresentado na última sexta-feira, num jantar que reuniu mais de duas centenas de apoiantes, onde entre eles Luís Marques Guedes, secretário-geral do PSD.
"Estamos aqui para vencer estas eleições. Não vencer por vencer, por vaidade ou por interesse pessoal ou corporativo, mas vencer porque a Marinha Grande precisa da nossa vitória", disse o independente que encabeça a lista do PSD à autarquia da capital vidreira.
António Santos afirmou que a principal preocupação da sua candidatura "é pugnar pela melhoria, em todos os sentidos, da vida das pessoas. No emprego, no desenvolvimento económico, na educação de qualidade, nas obras de carácter social, no apoio aos mais carenciados, na cultura". O candidato, que é quadro superior da Direcção de Finanças de Leiria, disse querer "uma câmara aberta a toda a população", "desburocratizada e simplificada no relacionamento com o munícipe".
"Só vou dar importância a matérias e assuntos que estejam intrinsecamente relacionados com o progresso da Marinha Grande", acrescentou António Santos, traçando o perfil da sua campanha, apontando ainda 'baterias' ao Governo, considerando que "a Marinha Grande está no Centro do País mas não tem estado no centro das preocupações de quem a tem governado. A Marinha Grande tem todas as condições para estar no centro da inovação, da eficiência, da evolução, da justiça social", salientou.

Apresentados todos os 'cabeça de lista'

O secretário-geral do PSD elogiou o currículo e o percurso pessoal e profissional de António Santos, que considerou "notável e exemplar", considerando que o discurso do candidato se identifica com os valores sociais-democratas.
A lista à Câmara Municipal integra ainda Pedro Silva e Dina Gomes, enquanto Pedro André lidera a lista à Assembleia Municipal, secundado por Joaquim Martins e Daniela Teixeira. Nas listas às assembleias de freguesia, Rui Miranda encabeça a da Marinha Grande, Afonso Henriques a de Vieira de Leiria e Manuel Teles a da Moita.
A apresentação dos candidatos, em que estiveram alguns presidentes de câmara do PSD no distrito, também contou com a presença do candidato do partido a Leiria, José António Silva, e o presidente da Comissão Política Distrital, Fernando Marques, o qual garantiu o "apoio total" do órgão que lidera para a concretização do objectivo de ganhar na Marinha Grande, o "único concelho do distrito onde o PSD ainda não governou", salientou
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(surripiado do
Diário de Leiria)