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sábado, 27 de novembro de 2010
Memórias
A propósito do ultimo post em que se fala de memórias decidi publicar aqui uma foto que encontrei num blogue dos vários que se referiram ao falecimento do resistente anti-fascista e militante comunista , Joaquim Gomes. Não consigo referenciar o respectivo blogue, pelo que apresento as minhas desculpas.
Quando se fala da memória , naturalmente que não se trata de ser saudosista. Nesta foto que me parece ter sido tirada na FEIS e tambem me parece ter reconhecido pelo menos 4 dos fotografados, vemos para além de adultos, várias crianças que pela minha própria experiência deveriam ter entre 11 a 13 anos que era a idade em que faziam alguns dos trabalhos que se vêm a executar.
Quando se recordam estes momentos é precisamente para que nunca mais crianças destas idades tenham que trabalhar, quer seja nas fábricas da Marinha Grande a levar a cima e a fechar o molde, ou em Felgueiras a cozer sapatos. O 25 de Abril contribuiu para isto e muito mais. É por isso que chamem-nos o que quizerem, recordaremos esta data como um marco na história de Portugal.
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8 comentários:
Excelente documento, meu amigo
Não tive a honra de conhecer esse grande anti fascista.
Muitas vezes via o Carreira. Deixei de o ver na rua. Espero que não esteja na miséria e que tenha a solidariedade dos seus antigos camaradas e não estejam à espera que ele morra para lhe fazerem uma homenagem.
Mal de nós se não tivéssemos memórias, para podermos aprender e fazer melhor... mas o problema é que, realmente, há para aí muuuuuita gente a sofrer... de falta de memória ;))
Bjos
Curioso que de facto tambem consigo reconhecer 4 dos fotografados, presumo que para aí enter 1965/1968.
Seria interessante conhecer os homens e crianças aqui incluidos.
A mim parece-me reconhecer.
Mario Caixa
Joaquim Pinto
Carlos Lucas
Grilo (do Pilado)
Felizmente todos vivos
Lanço o desafio a identificar outros.
Quanto a Joaquim Carreira.
Sei que está sériamente doente, ao ponto de perder o conhecimento.
Tambem sei que a solidariedade dos seus antigos camaradas, ela é nula ou um ou outro amigo e camarada vai procurando fazer qualquer coisa.
Infelizmente a solidariedade que hoje J.Carreira precisa, passava sobretudo pelas instituições de caracter social, nomeadamente um alojamento condigno numa dessas instituições. Mas não há vaga, é a resposta que vão dando. Se durantes os dias tem acolhimento, há noite continua naquela velha oficina a servir de "casa".
Revoltante de facto. Alguem que deu grande parte da sua vida a lutar pela restituição da dignidade ao seus semelhantes, acabar os seus ultimos tempos de vida assim.
Que sociedade miserável, esta!
A'tão e a misericórdia do dr.? Só serve para ricos?
Sobretudo serve para quem tem bens a doar (teoricamente) à Santa casa...
A memória anda enxovalhada, esquecida e alterada por muitos.
Obrigada por nos fazer recordar.
Beijinhos
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