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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Revista de Imprensa

Falhanço na conclusão das obras do POLIS
faz autarquia perder
650 mil euros

Câmara da Marinha Grande não vai receber a contrapartida financeira do POLIS, no valor aproximado de 650 mil euros, porque prazos das obras não foram cumpridos

A autarquia marinhense admitiu ontem que não conseguiu cumprir os prazos estipulados para a conclusão das obras POLIS, pelo que ficou "impedida de receber a contrapartida financeira, no valor aproximado de 650 mil euros", uma vez que o prazo terminou no passado dia 29.
Contactada pelo Diário de Leiria, a autarquia esclareceu no entanto que "a obra de reabilitação da Ribeira das Bernardas - Troço 1, a montante de Casal de Malta, avançou no dia seguinte à tomada de posse administrativa das parcelas de terreno, ou seja, nos dias 8 e 11 de Outubro", sendo que o prazo estimado para esta última fase das obras é de 45 dias.
A Câmara explicou ainda que informou a CCDRC e o POLIS do "atraso verificado e das razões que o provocaram, tendo ainda sensibilizado a tutela para a necessidade da transferência da verba para 2011".
Assim, explica ainda, aguarda a inscrição em sede PIDDAC dessa verba, em orçamento a aprovar pela Assembleia da República.
A autarquia promete ainda que cumprirá o novo prazo estabelecido nas obras de 45 dias, pelo que as mesmas estarão concluídas na primeira semana de Dezembro.
Recorde-se que no passado dia 18, em conferência de imprensa, o presidente da autarquia marinhense, Álvaro Pereira, confessou que o projecto para a reabilitação da Ribeira das Bernardas foi encontrado parado aquando da sua tomada de posse, em 2009, e que duas acções em tribunal mantiveram as obras paradas.
Em causa estavam duas parcelas de terreno que impediam o desenvolvimento dos trabalhos.
Maria de Lurdes Domingos, proprietária de 173 m2 de terreno e José António Quiaios, proprietário de 294 m2, viram a sua situação resolvida quando a autarquia colocou à ordem dos interessados, numa conta bancária específica, o valor dos terrenos, avaliados por dois peritos oficiais.
No entanto, a situação mais problemática foi protagonizada por Fernando Vicêncio Rosa "que se dizia proprietário de uma parcela com 1320 m2", de acordo com o autarca.
O terreno era uma peça essencial no projecto para a instalação do relvado sintético e a construção do Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, agora inviabilizado pela falta de espaço.
Divergências entre as duas partes impediram o consenso, apesar das "conversações na base do diálogo".
A tomada de posse administrativa com carácter de urgência surgiu na sequência das dificuldades das 'negociações'. "Pedimos ao tribunal um perito oficial para avaliar o valor da parcela de terreno em questão, fizemos o depósito na mesma instituição bancária e partimos para a tomada de posse", conta o autarca.
A acção, "um pouco musculada", contou com a colaboração do Governo Civil e da PSP. "Uma situação muito difícil e tensa", de acordo com o vereador Paulo Vicente, marcada pelas ameaças directas e com a presença de forças policiais equipadas com coletes à prova de bala.
Apesar de drástica, a posse administrativa com carácter de urgência revelou-se a melhor solução para acabar com os impasses que impediam a reabilitação da Ribeira das Bernardas. "Quando fomos eleitos foi para tomarmos decisões agradáveis e menos agradáveis", justifica o vereador Paulo Vicente.
Ainda na mesma conferência de imprensa, Álvaro Pereira disse acreditar que tudo iria correr bem, já que "os trabalhos começaram a decorrer a uma velocidade que nos permite pensar que a obra pode ser concluída antes do prazo.", o que acabou por não se verificar
Surripiado ao "Diario de Leiria

10 comentários:

Anónimo disse...

Uma unica palavra me ocorre: incompetencia.

Cigano Rico disse...

Pois é, quem dá a cara muitas vezes, acaba por pagar pelo que não fez.
Julgo que desta vez, fizeram o que estava ao seu alcance, considero que outros não o fizeram quando foram presidentes, substitutos de presidente ou vice – presidentes, incluindo executivos, o assunto, arrasta-se desde o último mandato de Álvaro Orfão.
Foi mais uma nódoa, que herdaram, a juntar: Saneamento, Ivima, Antiga Crisal, Museu da Floresta, Angolana, J F Custódio, O vasto Património Stephens, “o tal multiuso que agora, já não cabe e até deixou de fazer parte do “tal” plano de minudência desportiva”, a famosa Piscina, só não percebo uma coisa, porque razão não dizem aos marinhenses, vieirenses e moitenses, que a “nossa” piscina na “tal” Zona desportiva é só por volta de 2025, atendendo às verbas comunitárias recebidas e gastas na “Zona desportiva”, entre outras patifarias internas e externas, algumas com consentimento e aprovação?
Há que tentar ultrapassar este grave entrave, onde pelos ditos, parece que valeu a pena. O problema é que não foi a Autarquia que ficou sem os 650.000€, fomos todos nós!

O tempo é sempre padrasto das nossas opções ou da nossa inércia!
Pobre Marinha.

Cigano Pobre disse...

Caro Compadre Rico
Até que a pexina não faz falta nenhuma. Aqueles terrenos até ao ano que vocemecê diz até podiam ser cedidos cá à comunidade. Pois até essa altura, lá aquele grande barracão de pano tambem não deve sair de lá e umas barraquitas lá ao lado até enfeitavam os arredores.
Prontos Compadre, nas crises o mal duns é bom para outros, o pessoal cá da Marinha que vá nadando na banheira, porque isso nem agente tem e assim podemos acampar e como podemos ir ao mercado e ao estádio buscar agua até vamos chatear menos o pessoal.

Anónimo disse...

Um conselho para o Cigano Pobre.
Ocupe um qualquer terreno camarário e quando a Câmara precisar do mesmo para edificar qualquer obra que beneficie todos os munícipes, exija uma indemnização choruda. Assim, com toda esta facilidade e com a contribuição dos contribuintes "palermas",deixará de ser "Cigano Pobre", e passará a ser "Cigano Rico".
P.S. Desejo manter o anonimato, porque tenho medo dos tiros e das facadas.

Anónimo disse...

Refere o presidente da câmara que encontrou a obra parada. Mas vamos ver! Então quando a câmara era CDU o PS não fazia oposição? Não sabia do estado da obra? E fez alguma coisa para que a inercia fosse contrariada?
Chega-se à conclusão que a oposição nada faz senão esperar pelas próximas eleições para tentar ocupar o poder e poder criticar o que antes foi feito ou ficou por fazer quando poderiam ter actuado em tempo. É para isso que se quer oposição.
Vivemos governados por incompetentes!

Cigano Pobre disse...

Senhor Anónimo das 14:21
O senhor vai achar que isto não é gramática de Cigano, ainda por cima pobre. Mas engana-se é que aqui o ciganito não deixando de ter honra em o ser tambem se meteu nas novas oportunidades, isto a pensar que arranjava um empregozito, para deixar de vez a venda de t,shirts, mas isto anda tão mau que até aqueles que têm diplomas a sério tirados nas universidades a sério e não nestes cenfins que por aí andam, tambem não se safam. Mas pronto o que eu queria dizer ao senhor é que essa das facadas e dos tiros é mesmo Xenófaba, só porque, ouve um ou outro caso envolvendo ciganos não confunda o mato com o restolho. Olhe que nessa de tiros e facadas peço meças, tal como no gamanço e no trafego de coisas esquisitas. Vá às estatisticas do posto da PSP e logo lhe dizem.
Já o Paco Bandeira dizia. mais ou menos isto "tenho mais medos dos outros Ciganos, do que dos Ciganos verdadeiros.
Quanto à "estória do Zé Peleiro e da Canária, mais um tal que não conheço. Conto mais tarde.

Anónimo disse...

De facto a incompetencia para gerir a coisa publica é notória.Logo que tomaram posse disseram que era a obra que avancaria rapidamente para não perderem os fundos.
Passado um ano tudo na mesma e não acautelaram junto do Estado o caracter excepcional da obra,visto que já sabiam, das complicações da mesma.

Flor do Liz disse...

Porque é que estes indivíduos tão trabalhadores tão competentes não se propõem para governar os destinos do Concelho?
E já agora falando de oposições. O que é que a oposição está a fazer? Se foi a oposição que deixou o problema para resolver, porque não se ofereceu para fazer as negociações com os proprietários, nomeadamente com o Sr. Vicêncio Rosa?

Anónimo disse...

Ao amigo Flor do Liz...
Vamos ver... foram eles quem ambicionaram o poder. Foi o Álvaro quem deixou a farmácia para ir para a câmara (aliás, sendo ele o eterno candidato a tudo, não espanta). Foram eles quem disseram que eram capazes. Segundo o velho ditado, quem não tem bois não promete carrada!
Quem aqui os critica não tem necessariamente que os ir substituir simplesmente porque foram eles quem disse que era capaz. Está na cara o quão capazes são! Quanto à oposição agora ajudar... então não foram os que lá estão agora que disseram que eram capazes de fazer melhor?! Até mal ficava alguém tentar agora ajudar. O que não se entende é o porquê do actual executivo dizer mal do trabalho antes feito quando nada fez melhor e sabia que tinha que fazer.

Flor do Liz disse...

Ao Sr Anónimo das 14:07

Pois, mas são eles que têm resolvido as enumeras situações que lhe deixaram, vai dizer que foi para isso que se candidataram, mas são situações, algumas, com barbas.
Não se preocupe, porque nós munícipes do Concelho, quando formos chamados a dizer de nossa justiça, não o delegaremos em ninguém.