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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vamor aprender Chinês?



Não é por nada mas como o "saber não ocupa lugar" e como vai sobrando algum tempo, vou procurar um sítio onde possa aprender rápidamente Chinês. Cá por mim isto devia ser integrado naquele programa governamental, muito badalado que dava pelo nome de "Novas Oportunidades"

14 comentários:

Fê blue bird disse...

Meu amigo eu também já estou com os olhos em bico ;-)

Beijinhos

Rogério G.V. Pereira disse...

Se é para entender o que eles estão fazendo, esqueça. Nem os chineses entendem...

(alias, sinto que também não nos entendem, será que já escrevemos em chinês?)

Anónimo disse...

Estamos todos com os olhos em bico,ou talvez não !!!
Depois da queda do pacto de varsóvia emergio com maior força a China.
Ganhou espaço e quere afirmar-se como alternativa ao Capitalismo selvagem que hoje domina o mundo.
Na União Europeia Alemanhã e o seu aliado a França,ditam as regras e Portugal está de calças na mão.
Governo e P.da Republica nada dizem,perante novas epermanentes ameaças.O aumento dos juros da divida publica,provocado pela intenção da Alemanha penalizar ainda mais os credores é uma ameaça,e a raiz real do problema.
Perante este cenário,e a não ser invertido,a compra da divida publica Portuguesa pela China,é uma oportunidade e uma das poucas maneiras de os Portugueses terem uma leve esperança no futuro.

ai ai disse...

Ora aqui está um anónimo com a devida lucidez.
Acho que se devia fazer uma rápida reciclagem aos formadores que andam por aí a formar não se sabe bem para quê e leva-los à China, fazer um Curso acelerado de Chinês para darem formação nessa area.
Eu ainda tenho lá por casa uns livritos do Mau Tsé Tung, que me vou pôr a ler depressinha.

Anónimo disse...

Não é por acaso que o Governo e os sectores empresariais tiveram em peso na assinatura dos protocolos com os Chineses.Espreitam alguma coisa... de interesse.Portanto vamos lá sob a égide do grande Mau,nosso guia espiritual fazer a reconversão e rápidamente e em força deixar que os Chineses invistam no nosso Pais plantado à beira mar.
Vocês não vêm que a nossa iluminação de Natal,está já inspirada na patria mãe,com candeeiros vermelhos e com lojas e centros comerciais Chineses,em substituição do comércio tradicional.
Será que o nosso Presidente da Camara todo poderoso,também assinou algum protocolo ?

Anónimo disse...

Desculpem a minha ignorância mas será que aquando da atribuição recente do prémio Nobel da Paz a um dissidente Chinês que se encontra nas masmorras Chinesas, prémio este criticado pelo PCP, tinha alguma coisa a ver com isto?
E no caso de o apelo feito aos empresários Chineses se estabelecerem em Portugal, o PCP vai ficar calado se o ritmo de exploração for o mesmo praticado com os trabalhadores Chineses?
Acho que de facto isto vai dar pano para mangas.

Anónimo disse...

Olha o nosso anónimo está tão preocupado com a exploração dos trabalhadores Chineses.Talvez para esconder a vergonha que grassa no nosso País,dito avançado da União Europeia.
Porque preocupação com os cortes de salarios,aumento de impostos e degradação da vida dos Portugueses,isso fica para plano secundário.
Agora o que nos interessa é a exploração capitalista e a falta dos direitos humanos e mais que a cassete diz no que toca à China.

folha seca disse...

Morrer do mal ou da cura?

Todos conhecemos pessoas que em face duma doença grave a tudo recorrem na tentativa de encontrar solução para as suas maleitas. Desde bruxos, curandeiros, ervanários e mais umas tantas “profissões” que por aí prosperam sacando dinheiro à fartazana sem sequer pagar qualquer imposto sobre esses “proventos. Sabemos também que não é por aí que se encontra a solução para a dita doença, isto porque nestes casos há sempre uma sentença por cada cabeça.
Lembrei-me desta situação a propósito do nosso País que está com uma grave doença. Sou daqueles que considera que a mesma não é terminal. Sou daqueles que considera que a solução não está nas mezinhas e rezas que por todo o lado vão sendo receitadas, mas no problema em si e na ausência do verdadeiro diagnóstico, pois só assim se encontrará a terapêutica certa.

Doente que anda de charlatão em charlatão à procura que outros, não conhecedores do verdadeiro problema e da sua origem e deixa de acreditar na sua própria capacidade usando as suas próprias forças, tende de facto a não encontrar remédio para o seu problema.

Como Português que gosta de o ser, não deixando de considerar que o nosso País deve manter e expandir as relações comercias e culturais com todos os povos, sinto-me humilhado perante a postura literalmente de cócoras com que mendigamos ajuda externa e nos pretendem embriagar com uns tantos milhões prometidos. Que se procure através de negociações sérias, mas que não se limitem as liberdades cívicas, como aconteceu com a pacífica manifestação da amnistia internacional, afastada de qualquer local que pudesse incomodar o ilustre visitante cuja assinatura podia valer pelo menos, em intenções os tais milhões.

Isa GT disse...

Mas falando a sério, ainda ontem pensei pôr o miúdo a aprender chinês... acho que ainda vai ser útil.
Da minha parte, cada vez que vou a uma loja chinesa faço um brilharete... no final digo sempre 谢谢 (chê-chê - obrigada) ;)

Já é um começo lol

Bjos

Anónimo disse...

Mas afinal não estou a perceber.Quem é que então limitou as liberdades civicas,aquando da manifestação.
Tanto quanto eu sei foi o Governo Civil da capital do nosso Pais.A mando de um qualquer Ministro deste governo.

Pedro Coimbra disse...

Cuidado...
A língua chinesa é muito, mas mesmo muito!, traiçoeira.
Um amigo, que resolveu testar os seus conhecimentos do dialecto cantonense, teve uma péssima experiência.
Não domina os tons (são oito) e o efeito pode ser devastador.
No caso dele, ao querer perguntar quanto é custava um carro, perguntou ao vendedor quanto é que custava a irmã!
É só falhar um tom e dá nisto :)

Pedro Coimbra disse...

Cuidado...
A língua chinesa é muito, mas mesmo muito!, traiçoeira.
Um amigo, que resolveu testar os seus conhecimentos do dialecto cantonense, teve uma péssima experiência.
Não domina os tons (são oito) e o efeito pode ser devastador.
No caso dele, ao querer perguntar quanto é custava um carro, perguntou ao vendedor quanto é que custava a irmã!
É só falhar um tom e dá nisto :)

Anónimo disse...

Bem avisado andará quem decidir aprender chinês. A China vai ser o gigante do século XXI,pode crer...

Anónimo disse...

A era chinesa
Por Daniel Oliveira


Com os juros da dívida a 6,9 por cento, mostrando que o orçamento aprovado não tem nem terá qualquer influência na famigerada falta de confiança dos mercados, os olhos de muitos portugueses viram-se para a China. E se a potência económica nos comprasse uma parte substancial da dívida?

Do ponto de vista económico, a ideia não é desinteressante. Ao contrários dos jogadores que brincam com o nosso dinheiro, a China tem todo o interesse que Europa e EUA estejam de saúde e que americanos e europeus tenham dinheiro para consumir. São os seus principais mercados e o aprofundamento da crise nos países desenvolvidos seria péssimo para a China. E o seu interesse nas dívidas do primeiro mundo é acima de tudo político e estratégico. O Mundo na mão da China, é um sonho cumprindo. Sem armas nem exércitos. Apenas graças à absoluta incompetência das duas potencias económicas, que se deixaram enterrar no lodo ideológico que lhes destruiu a capacidade de definir políticas económicas racionais. A Europa e os EUA, em vinte anos de domínio do neoliberalismo, desfizeram-se em crises sucessivas. Os chineses apanham os cacos e aproveitam a sua oportunidade.

Só que a economia e a política são um casal inseparável. Este domínio chinês levantará problemas gravíssimos. Com ele virá um domínio daquilo a que poderíamos chamar de modelo social chinês: enorme aumento de produtividade com um amento dos rendimentos do trabalho medíocre e um capitalismo autoritário, que garante através da repressão a contenção dos direitos laborais.

Esta ascensão chinesa dá à maior ditadura do Mundo um poder que devemos temer. Com a Europa e os EUA subjugados a este extraordinário credor, qualquer denúncia ou acção contra a violação dos direitos humanos na China poderá sair bastante cara. A imagem de umas dezenas de manifestantes obrigados a protestar, em Lisboa, bem longe dos olhos do presidente da China é um pequeno exemplo do que nos espera. A verdade é esta: a principal potência do Mundo é uma ditadura e uma das razões porque é uma potência económica é a falta de liberdade dos seus trabalhadores.

Ao imporem, a partir de final dos anos 80, os seus dogmas ideológicos, os neoliberais condenaram o Ocidente ao seu próprio ocaso. A destruição sistemática do modelo social que garantiu décadas de prosperidade, a financialização do capitalismo e o enfraquecimento do poder político sobre o poder económico foram uma opção deliberada e tiveram um preço: a Era do Ocidente está a chegar ao fim. Infelizmente, ela não foi substituída por mais justiça nas relações internacionais. O novo império tem sede numa ditadura. E o seu domínio é um perigo para as democracias no Mundo, para os direitos dos trabalhadores e para a nossa liberdade.

Publicado no Expresso Online