.
.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Revista de Imprensa

Marinha Grande perde investimento por falta de terrenos

Exigências do Estado impedem
alargamento da zona industrial


O processo de alargamento da zona industrial do Casal da Lebre,
na Marinha Grande, arrasta-se há praticamente 14 anos sem fim
à vista. O presidente da Câmara, Álvaro Pereira, revela que o
Estado, para ceder os terrenos que permitiriam a expansão, exige
a entrega de um pinhal contíguo à Mata Nacional e ainda
o pagamento daqueles terrenos (54 hectares) a cerca de 35 euros
o metro quadrado. Exigências que, segundo o
autarca, estão contidas num “acordo feito à força” ainda no tempo
em que Álvaro Órfão era presidente e que o actual executivo
pretende renegociar, porque “as condições económicas do País
são hoje outras”.
Ou seja, as empresas interessadas em instalar-se
na zona industrial não têm possibilidade de pagar os 80 euros
por metro quadrado que a Câmara teria de cobrar, uma vez que,
além dos custos com os terrenos, terá ainda de investir nas infra-estruturas.
Álvaro Pereira mostra-se esperançado que em breve seja possível
reunir com os serviços com responsabilidades na matéria,
até porque depois de uma conversa com José Sócrates, aquando
da sua recente vinda a São Pedro de Moel, no contexto da
iniciativa Geração de Ideias, “já houve um contacto de Lisboa”.
“Agora estamos à espera que marquem uma reunião”, diz o
autarca. Desde Novembro, altura em que assumiu a presidência, a
Marinha Grande perdeu pelo menos três investimentos - “dois
deles grandes, de empresas essencialmente exportadoras”
por falta de terrenos, aponta o autarca.
Foi em 1996, era Álvaro Órfão presidente da Câmara, “que tudo
começou”. Como recorda o ex-autarca, já na altura a então
Direcção-Geral do Património (entretanto incorporada na Direcção-
Geral do Tesouro e Finanças) pedia um valor “caríssimo”
pelos terrenos. Depois de vários avanços e recuos, a Câmara
adquiriu um pinhal contíguo à
Mata Nacional, com a mesma área, para trocar; aprovou o projecto
apresentado pelo Património, com as condições apresentadas,
sempre na tentativa de desbloquear o impasse.
“Fizemos tudo o que era possível,
mas o Estado disse sempre que não”, lamenta Álvaro Órfão, que
garante que o concelho perdeu muitos investimentos devido a
esta situação. “O Estado esteve a dormir e continua a ressonar”,
lamenta.
A Direcção Geral do Tesouro informa que “o negócio, a realizar-
se, será na forma de permuta”, já autorizada pela Resolução
do Conselho de Ministros n.º 57/2008 de 26 de Março. “Para
efeitos da permuta em causa, a autarquia e a Direcção-Geral do
Tesouro e Finanças encontramse a analisar as respectivas propostas,
aguardando-se que seja alcançado um entendimento
entre as partes a breve prazo”.
Raquel de Sousa Silva
Surripiado ao Jornal de Leiria

5 comentários:

Fê blue bird disse...

Desculpem não comentar este post, mas estou aproveitar este vosso espaço para me despedir do LARGO até Setembro.
Vou de férias, mas desejo e espero que se mantenham activos, inspirados e com muita saúde por aqui.
Beijinhos a todos

Unknown disse...

Só um esclarecimento: o texto é da autoria do JORNAL DE LEIRIA. o SEU A SEU DONO

Comissão de Moradores do Largo das Calhandreiras disse...

Cara Elisabete

Tem razão, foi um lapso. Já está corrigido.

As nossas desculpas aos jornais a que involutáriamente trocámos o nome, à jornalista que assina o texto e a si os nossos agradecimentos pela chamada de atenção.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Desculpem a minha ignorância. Se de facto há interessados em investir na Marinha Grande, porque não dar-lhes incentivos para investirem nas empresas que estão em dificuldades e algumas até fechadas? Ou será, que há outros interesses?

Anónimo disse...

Então e o deputado cá da terra? Nada? Mas, então é só jantares?