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sábado, 6 de outubro de 2007

O Dia Seguinte


O Comité Permanente do FLC reunido de emergência para analisar a grave situação política que se vive no Concelho da Marinha em Grande, decidiu por unanimidade, aclamação e vivas ao rei, aprovar o seguinte Comunicado Oficial que a seguir se transcreve e que será este fim de semana distribuído junto ao mercado da Feira dos Porcos e em frente ao café “O Bagaço”, na Ordem.

NB: Este comunicado será entregue pessoalmente a todos os pequenos comerciantes do mercado com excepção das pexinas, uma vez que não se sabem comportar.


COMUNICADO OFICIAL DO FLC


1 – O FLC manifesta a sua grande preocupação pela grave situação política que se vive no Concelho, em resultado da manifesta inépcia, incompetência e inércia de quem dirige o governo da cidade.
2 – Mas a esta desastrosa “política dos três i’s” junta-se também uma titubeante capacidade de reacção por parte de alguns sectores da sociedade marinhense e de algumas figuras que por outras ocasiões e por motivos bem mais ligeiros não se eximem de opinar com fervor, enquanto a propaganda da situação repete vezes sem conta as atoardas do costume.
3 – Apesar da gravidade do momento, o FLC mantém a sua “agenda política” inalterada, a sua conduta responsável e intransigente na defesa dos valores fundamentais da democracia e da liberdade, bem como a sua postura vertical de blogue de referência. Prosseguirá por isso sem tibiezas e sem vacilar, o seu papel de intervenção cívica, de fórum de opinião, de informação e de “contra-informação”, sempre atento e vigilante às tentativas de instrumentalização e descredibilização deste espaço, que se quer livre, por parte daqueles que apresentam insaciável apetência pelo poder, pelo controlo da crítica, pelo controlo da comunicação, pelo controlo da opinião.
4 – O FLC, na mais pura tradição lusitana da sátira política, da critica de costumes e da análise social viperinas, renova uma vez mais o seu compromisso de rejeitar liminarmente o achincalhamento e o desrespeito por todos os visados, consciente de que a caricatura mordaz, a ironia e o humor corrosivo trilham um caminho perigoso e difícil, procurando manter no fio da navalha o equilíbrio deste compromisso, o qual é exigido como única condição a todos os seus participantes. Sabemos que essa barreira é ténue e que por vezes a liberdade de expressão pode não ser entendida por uns (participantes) e por outros (visados). É por isso que a democracia é um regime sempre incompleto e que enquanto cidadãos responsáveis temos a obrigação de aprender com os erros e de procurar nas virtudes da ética republicana o fermento do crescimento colectivo.
5 – O FLC assume frontalmente a posição vertida no presente comunicado a qual corresponde à sua serena e maturada visão dos acontecimentos e ao seu contributo sério para o debate, garantida e afirmada que está a sua divisa – “Politicamente Insurrecto”!
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Dos factos:
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6 – O episódio da renúncia de “Barros Duarte” vem provar que o PCP não é um partido diferente e que a lógica de poder se sobrepõe a valores que nunca deveriam ser postos em causa, nomeadamente, a verdade e a honestidade políticas.
7 – Mas nesta história alguém mentiu. Ou foi o PCP que assume ter havido um acordo pré-eleitoral para a saída de Barros Duarte, embora sem data marcada, ou então o (ao tempo) candidato Barros Duarte quando garantiu que o seu mandato era para ser levado até ao fim.
8 – Mas se Barros Duarte renunciou de livre vontade, então tem a obrigação de dizer aos seus eleitores as razões porque o fez, sob pena dessa ausência de explicações poder ser interpretada como mais uma falta de respeito por todos os que em si votaram.
9 – O facto de Barros Duarte não ter estado, na última Assembleia Municipal, na conferência de imprensa de terça-feira, de ainda não ter dado qualquer testemunho público relativamente à sua suposta renúncia, de ter faltado à reunião do executivo de quinta-feira e de não ter formalizado o seu pedido de renuncia, são quanto a nós matéria mais que suficiente para mostrar à saciedade que a decisão foi tomada à sua revelia, tese que aliás é confirmada pelo seu amigo e companheiro de vereação Artur Oliveira, o qual fala inclusivamente em “mágoa”. Se dúvidas houvessem…
10 – Outro elemento que reforça esta ideia foi a forma como o PCP anunciou a renúncia, por um “desconhecido” funcionário do partido e não pelos seus camaradas da estrutura local que, embora presentes (alguns!) para os elogios e para as “exéquias”, foram assim “protegidos” da exposição que uma decisão destas sempre acarreta; (desconhecemos se o Sr. Presidente da Assembleia Municipal estava na conferência de imprensa, mas não o vimos citado nem lhe vimos feita qualquer referência nas notícias publicadas).
11 – Obviamente que o PCP é livre e tem toda a legitimidade para fazer o que muito bem entender, mas não deve mascarar sob a capa da renúncia aquilo que toda a gente percebe que é um saneamento político.
12 – A confirmar-se o entendimento pré-eleitoral com Barros Duarte, assumido pelo PCP, só se percebe que este partido o tenha colocado como cabeça de lista para tirar eventuais dividendos da sua notoriedade local, o que manifestamente configura uma situação de descarado engano e de manipulação do eleitorado.
13 – Por regra, quando o líder de uma qualquer equipa coesa e determinada a prosseguir um objectivo renuncia ao seu mandato (o que politicamente corresponde a uma demissão), os seus pares, por uma questão de solidariedade institucional e de transparência de processos, costumam colocar os respectivos lugares à disposição, o que manifestamente não se verificou.
14 – Assim sendo é legítimo interpretar que os restantes vereadores do PCP, incluindo o suplente que após demorados mas empenhados exercícios de aquecimento foi chamado pelo treinador que já deu ordem de substituição, não só concordam com a saída de Barros Duarte como assumem que já estariam preparados para lhe suceder, o que leva a que se torne legitima uma outra conclusão.
15 – O PCP terá sempre preferido o número dois ao número um, havendo contudo a clara noção de que se Alberto Cascalho fosse número um a vitória deste partido no concelho seria mais difícil.
16 - Mas nesta altura e face aos cenários traçados poder-se-á questionar se esta alteração de pessoas corresponderá, de facto, a uma alteração de políticas, de rumo, de estratégia. Não parece ser o caso. Basta atender aos elogios públicos e notórios feitos pelo PCP à governação e à obra de Barros Duarte enquanto presidente para se perceber que tudo não passa de um golpe palaciano, de fria e calculista cosmética, uma vez que o percurso feito nunca é posto em causa. Com isto o PCP prova que esta é, no essencial, uma questão de pessoas e não de políticas, como tão bem sabe denunciar quando pronunciado a comentar remodelações no governo da nação.
17 – E como a questão central é esta e não outra, como os argumentos para a sua justificação são insustentáveis, o PCP aposta uma vez mais em identificar um inimigo exterior como o alvo a abater, fazendo recair sobre ele a responsabilidade por todas as desgraças, gritando até à exaustão os graves problemas herdados e assumindo como única culpa o facto de ter sucedido ao PS. Enquanto isso, no interior do partido decorre um abafado processo de autofagia e uma crescente cisão e mal-estar entre os partidários da renúncia e os partidários da manutenção, apesar da aparente tranquilidade à Paulo Bento.
18 – Mas se a falta de confiança do PCP em Barros Duarte conduziu à sua renúncia, compulsiva, já no PSD, a tácita (?) retirada de confiança política ao seu representante deu mais ou menos em “águas de bacalhau”, senão vejamos:
19 – Com a complacência da sua (PSD) bancada parlamentar (e o voto de qualidade de Guerra Marques!), as “depauperadas” economias da autarquia são sujeitas a um esforço suplementar e Artur Oliveira vê aprovado um reforço do orçamento em 183.000€ para a compra das barracas onde funciona o mercado provisório; mas vê mais:
20 - Vê a sua notável capacidade de reacção e dedicação à causa pública elogiada e premiada pelo futuro presidente (ex-futuro presidente...), garantida que parece estar à partida a viabilidade de um “novo” executivo maioritário.
21 – E vê a falta de reacção por parte da estrutura local ex-demissionária de se demarcar com vigor do “libertino” vereador, ao afirmar alto e bom som numa rádio de Leiria, que no seu partido apenas 3, 4 pessoas no máximo, não estão de acordo com a sua conduta e decisões enquanto vereador, e quando afirma que se vai candidatar a um novo mandato, mostrando que o partido pelo qual foi eleito é apenas e tão só o veículo da sua ascensão a um lugar que em condições normais nunca alcançaria e que o povo nas urnas lhe negou.
22 – Mas a falta de pundonor político de Artur Oliveira não se fica por aqui. Encarnando por decisão própria uma rebuscada e patética figura de “salvador da pátria” inspirada num sebastianismo bacoco, afirma que a sua condição de autarca não se deve misturar com as questões (menores) de natureza partidária, acentuando também assim o que já ninguém pode pôr em causa, o seu projecto de poder pessoal e as debilidades e o pouco tacto político do PSD local, a quem por duas vezes pôs o seu lugar à disposição e cuja falta de firmeza política é preocupante e confrangedora, conhecida que é a recusa de Manuel Teles em aceitar a demissão dos seus pares, consubstanciada em argumentos vazios de sentido (não vê razões para essa demissão...).
23 - Já no PS o calculismo e a indefinição parecem ser a palavra de ordem oficial, enquanto João Paulo Pedrosa arrisca o caminho das eleições antecipadas, talvez por se encontrar a salvo da difícil tarefa da escolha de um candidato, que não se vislumbra à primeira, e de um mandato de dois anos cuja conjuntura deixa antever grandes dificuldades, sobretudo se tal se verificasse numa situação de maioria relativa.
24 – Mas também aqui o PS hipotecou um crédito de confiança política importante aos olhos dos munícipes, caso em devido tempo tivesse dado “um murro na mesa” e assumido de forma inequívoca uma ruptura insanável com o executivo liderado por Barros Duarte, não pactuando com uma governação desastrosa e lesiva dos interesses do concelho e até como forma de protesto pelo modo insultuoso como os seus dirigentes e eleitos foram apelidados, de “traidores” e de “serventuários”. Citando Octávio Malvado: "vocês sabem do que é que eu estou a falar!"
25 – E qual é a posição oficial das estruturas nacionais do PS (e dos seus representantes eleitos do Distrito), que em relação ao caso similar de Setúbal não desperdiçaram dois segundos de púlpito para gritarem a sua indignação política? Será que Barros Duarte vale menos que Carlos Sousa? Nada que espante se recordar-mos que os partidos políticos assumem, circunstancialmente, mais posições dos que as que constam no kama-sutra, reconhecendo-se que algumas delas são bem mais ousadas e bem mais criativas dos que as identificadas no dicionário dos prazeres.
26 – Nesta altura deve colocar-se a questão que parece atormentar alguns: nas eleições votamos em partidos ou em pessoas?
27 - Se é certo que os lugares autárquicos são unipessoais e as candidaturas são partidárias (ou independentes), a verdade é que votamos simultaneamente em partidos e em pessoas - em partidos que enformam a organização política que agrega ideologia, projecto e estratégia, e em pessoas que lvam à pática esses projectos políticos pela sua capacidade de liderança e de competência. Por isso é que muitas vezes partidos sem qualquer expressão local ganham eleições, quando liderados por pessoas de reconhecidos méritos, excluído que está do nosso raciocínio, o desprezível e ignóbil caciquismo.
28 – Por tudo isto e atendendo a que toda esta situação resulta da manifesta falta de confiança dos dois partidos no poder em relação aos seus representantes (Barros Duarte e Artur Oliveira) democraticamente eleitos, o único caminho que se mostra capaz de repor a legitimidade política a que os novos protagonistas devem aspirar, é a convocação de eleições antecipadas, porque em democracia as eleições não são um custo nem um desperdício, são o caminho da decisão livre e consciente do povo que viu defraudadas as suas anteriores escolhas.
29 – Se num momento como este a Marinha Grande não souber responder ao desafio que se lhe coloca e não souber encontrar uma alternativa credível e consistente ao actual desnorte político que se vive, é uma cidade sem viabilidade e sem futuro, condenada à mediocridade dos seus cidadãos que assistirão, cúmplices e impassíveis, à destruição de uma história colectiva que a todos nos orgulha.
30 – Esta não é a nossa convicção, nós acreditamos no futuro da Marinha em Grande!




Marinha em Grande, 5 de Outubro de 2007

O Comité Permanente do FLC

Torrente
Mrs. Bean
Quinho
Zézé Camarinha
Relaxoterapeuta

28 comentários:

Anónimo disse...

Parabens pela vossa analise realista.
Onde é que possa assinar por baixo.

Anónimo disse...

1º-Um referendo urgente sos marinhenses para decidir se deve ou não haver eleições antecipadas...
2º- Candidatos voluntários, sem interesses politiqueiros e outros...
Afinal andamos a brincar com coisas muito sérias e o nosso dinheiro a ser usado para o circo...e para reformas fáceis e outras mordomias...
O centro da Marinha está morto... não há teatro nem cinema, não piscina , não há pavilhão ginmodesportivo...
Sendo a Marinha um concelho com um dos maiores poderes de compra do distrito,onde vai comprar se o comercio aqui está inactivo?
é um desespero...

Anónimo disse...

É uma descrição bastante interessante da (triste) historia recente da Marinha Grande.

Será que os partidos (CDU, PSD, PS…) não encontram pessoas dignas, responsáveis e capazes de conduzir esta terra ao sucesso que os próprios munícipes vão conseguindo. Se as empresas e os seus colaboradores conseguem ser o concelho distrital com maior poder de compra, imaginem só o que fariam, se tivessem alguém com visão aos comandos da autarquia.

Como é dito no ponto 27, será que não merecíamos ser “liderados por pessoa de reconhecidos méritos” ? Se os partidos habitualmente não conseguem, porque não aparecem alternativas independentes que queiram ajudar, sem usarem o “desprezível e ignóbil caciquismo”.

É um desafio de todos, e não apenas do clientelismo partidário, bacoco, de interesses pessoais e sem sentido.

Anónimo disse...

O comunicado do comité permanente do FLC espelha com perfeição a situação que está criada e que era previsivel.
O PCP, em Outubro de 2005, nunca pensou ganhar as eleições (de facto não ganhou, os outros é que perderam). A sua estratégia passava por manter a Junta e minimizar os estragos na Câmara. JBD já dera suficientes sinais de debilidade mental e intelectual, mas era a única pedra no tabuleiro de xadrês que o PCP tinha para jogar, procurando capitalizar algum crédito do seu candidadto e roubar votos ao PSD, que tem muito votante que aprecia a imagem de puro e duro de JBD.
Julgo que toda a gente percebeu que o executivo eleito e a muleta que o suporta, não tinham condições para dar os impulsos necessários a um Concelho até há pouco tempo considerado modelo industrial, com visibilidade nacional e internacional, numa altura em que assistimos a um lento processo de degradação do nosso tecido económico. Foi assim que assistimos ao desaparecimento acelerado de históricas empresas vidreiras perante o ruidoso silêncio da Câmara e do Sindicato.
Ao encerramento da LEPE por razões de mera estratégia empresarial. Ausência de qualquer reacção, à falência e encerramento de muitas empresas de moldes e ao colapso do sector comercial e um imobilismo atroz perante alguns sinais que apontam para quebras nas vendas do sector de garrafaria, particularmente mo mercado espanhol.
Com um Concelho a precisar de um poder local forte, com uma liderança credível, criativa e dialogante, o que temos é um casting de incompetentes, marionetas de uma peça que se movimentam ao sabor das mão inábeis do PCP, volteiam e revolteiam, em inconsequentes gestos frenéticos, montando um espectáculo deprimente, onde não faltam as barracas para mercado e o patético tira e pôe Presidente, ao sabor do poder absoluto do centralismo democrático(justifica tudo)e da ridícula arrogância de JBD que se recusa a admitir o que já está decidido.
É demasiado patético, mas também é demasiado perigoso para todos nós o que se está a passar, numa altura em que a economia local dá sinais de derrapagem perigosa.
Também me parece perigoso reclamar eleições antecipadas, porque isso impede o eventual aparecimento de uma lista de independentes, que só terá alguma possibilidade de sucesso se tiver tempo para se organizar. Num quadro de antecipadas, as máquinas dos partidos levam vantagem e nós corremos o risco de ver repetido o folhetim de 2005, com os mesmo actor principal que perdeu, agora obrigado a ganhar.
Se assim fosse, nada mudaria. A lógica aparelhística tomava conta do poder. Trocavam-se favores por votos e a política passaria a ser um travesti do mais bacoco populismo.
Para dirigir uma Câmara como a Marinha Grande, é preciso gente nova, descomprometida, sem passado políticos de preferência e que tenha um percurso de vida que mostre que tem capacidade de gestão e de condução do nosso destino.
Aplicar a receita do funcionário público, que nada tem a perder porque o seu lugar estará lá, eternamente se necessário, até ao seu regresso, que só pretende que a política seja uma extensão dessa já previlegiada função, não nos vai conduzir a nada de novo e inovador.
Se a ideia de que é preciso tentar uma forma diferente de intervenção na política local, apostando numa lista de independentes tiver apoios significativos, então é preciso tempo, e para gerir esse tempo que falta, será precisa uma estrutura mínima de pessoas de reconhecida idoneidade e independência, que se organize e trabalhe para isso.
Ontem já era tarde.

Anónimo disse...

Não são precisas soluções milagrosas. Se os partidos quiserem, a solução está no seu interior, basta que para isso percebam que o poder deve ser usado em proveito de todos e que os mais aptos nem sempre são os mais evidentes. Há na Marinha muita gente de qualidade inquestionável, dentro e fora dos partidos.

Anónimo disse...

Mas não percebem...

Concordo integralmente com o que escreveu o anónimo 5:18.
Uma lista de independentes de prestigio...com provas dadas...haja quem a financie, pois como sabeis não é fácil fazer face ás despesas inerentes a uma campanha eleitoral.

Anónimo disse...

A discussão vai muito interessante e não posso deixar de dar a minha colaboração. Aliás há tão boas opiniões que aqui estão a faltar e que costumam, e bem, participar.

Indiscutivelmente que os partidos têm também pessoas validas. A questão é que na hora da decisão conta mais os interesses pessoais do que a escolha dum bom candidato. Senão vejamos os eleitos dos partidos nas últimas eleições, os que neste momento estão na Câmara.

Pela CDU, a referencia era João Barros Duarte, sobretudo pela sua história, experiência e rigor. No entanto ficamos agora a saber que era um bluff, não apenas pela forma dos 2 anos de governação, mas porque estava assumido que iria embora em alguma altura, ou seja, enganando o eleitorado. Dos restantes candidatos tínhamos o Cascalho, um professor, amorfo, incapaz de gerir, decidir ou liderar. O João Pedrosa, teve muito azar em ficar aqui ligado. Pode até ser um bom rapaz, mas é completamente inerte – tem de crescer.

Pelo PS, o João Paulo Pedroso, para alem da desvantagem de ser da Vieira, estava ligado directamente ao que pior havia na gestão do Álvaro Órfão: prepotência, arrogância, com olhos apenas para o seu umbigo. O Álvaro Pereira para alem de ter perdido a Junta, está sempre atrasado e sem tempo para nada. Veja-se as participações/colaborações que tem tido. A Cidália Ferreira é sem qualquer dúvida a mais valia de toda a vereação actual. Sem grandes parangonas, cumpre bem o que lhe foi incumbido.

De salientar que das 6 pessoas aqui referenciadas, a mais capaz, a Cidália, é independente, será por acaso? No entanto, serão concerteza estas as pessoas que o anónimo anterior se refere: independentes, mas em listas de partidos, o que dá mérito e visão a quem tem de escolher, mesmo que seja no interior dos partidos.

Sobre o PSD, apenas uma palavra – lamentável. Uma escolha de casting errada, afastou praticamente todos os militantes social-democratas validos. O que se está a falar é verdadeiramente dantesco, com os responsáveis máximos a desacreditar o seu cabeça de lista.

Perante estes cenários e suportando-se na lei, acredito que vamos ter mais 2 anos do que aconteceu até aqui: nada. Quanto a eleições antecipadas, creio que não interessariam a ninguém, nem mesmo aos munícipes. A CDU não tem neste momento uma face suficientemente visível para ganhar. O PSD está destroçado. O PS, ao ir com a actual equipa, seria necessariamente contrária à opinião, aliás o eleitorado já se manifestou sobre eles. Há no entanto em todos os partidos os carreiristas partidários, a esperarem avidamente a sua oportunidade.

Mas repito, nada disto é benéfico à Marinha Grande, e assim em 2009, então deverão aparecer listas com gente responsável, nos partidos ou fora deles.

Anónimo disse...

Concordo com o que diz amigo...a sua opinião é desinteressada e corresponde ao que pensam todos os marinhenses com o minimo de bom senso...e haverá muitos.
A prestação da vereadora Cidália é uma mais valia que está a salvar e a enobrecer a imagem do que deve ser um autarca.
Uma boa Presidente de Camara...será que o aparelho concorda? Dúvido.

Anónimo disse...

Não me quero armar em "educador da classe operária", mas deixo aqui uma recomendação.
Se, de facto, se se quer uma lista de independentes, o pior que podia acontecer era começar logo a queimar nomes. Acreditem que as máquinas partidárias o vão fazer e, portanto, nada de lhes estarmos a dar ajudas e a facilitar a tarefa de destruição.
Organização, descrição absoluta, mensagem boca a boca para angariar apoios de peso e só na altura certa, os nomes.
Até lá é preciso trabalhar por etapas, sem queimar nenhuma.
Passem bem.

Anónimo disse...

isso dos idependentes é uma treta...

Anónimo disse...

Eu diria mesmo mais: meia dúzia de tretas!

Anónimo disse...

E os outros,o que tem sido?
Milhentas tretas

Anónimo disse...

Tambem acho que não têm de ser independentes. Têm de ser responsáveis e mais envolvidos com a comunidade marinhense do que pelos interesses pessoais ou pelos interesses dos partidos, como tem acontecido.
Se com estes atributos tiverem que ser os independentes, que sejam.

Anónimo disse...

Independentes seria interessante. Talvez até fosse uma bela lição para todos os dos partidos. Ainda assim acho que há dentro do partido maioritário no poder, gente capaz de ser alternativa a esta palhaçada. Já repararam que há gente que em mandatos anteriores aparecia por todo o lado (nos jornais, na rua etc.) e que agora tem andado escondida? Que se passa? Onde é que anda essa gente? Que opiniões têm acerca do que se passa?

Anónimo disse...

Bem caçado!
Onde andarão algumas personagens de encenações de mandatos anteriores? "Armando Constâncio volta estás perdoado?" "Tereza Coelho afinal tu é que eras boa!" "Tojeira porque é que não foste tu Tocándar com esta coisa?" "Felgueiras regressa da Nazaré!" O que é que o futuro nos reserva? Ai minha terra!

Anónimo disse...

Quem será o responsável por todas as mentiras que andam por aí a ser ditas ??

1- Quem disse que o PSD é um Partido dividido, destroçado ou que houve militantes que se afastaram ?? Quais foram ??

2- Quem inventou que iam votar contra (o PSD)e que se abstiveram por estarem os feirantes na Assembleia Municipal ??

3- Quem disse que retiraram a confiança politica ao vereador ??

4- Que disse que o Mestre d'Obras era militante do PSD ??

Anónimo disse...

Uma pergunta para o Comité Permanente do FLC - já assistiram a alguma A.M. este mandato ??

Se si, a quantas ??

E o BE, não merece a vossa análise ??

É normal a saída do Cabeça de Lista e unico membro da AM da forma como saiu ??

Na altura, alguém se incomodou com o Saneamento Politico que fizeram, à boa maneira Troskista??

Anónimo disse...

É curioso este curioso.
Em anteriores bitaites dá-nos a ideia de que é um outsider, crítico de todos os partidos.
Agora assume-se como um dirigente do PSD e reage às críticas aqui feitas ao seu partido.
Sejamos objectivos. Então a Comissão Política distrital demite-se, porque, escrevem eles, o programa eleitoral que defenderam e apresentaram ao eleitorado não estava a ser cumprido e, ao contrário, as medidas avulso tomadas, eram contrárias ao interesse da população. Se isto não é retirar a confiança ao seu vereador, então o que é?
Na assembleia municipal, o deputado Pedro André, disse textualmente, e está gravado, que a Câmara deveria retirar aquele ponto, porque a decisão do PSD estava tomada em relação à questão do mercado, mas não queriam inviabilizar as outras alterações ao orçamento, que eram importantes.
Perente isto, quem é que inventou o quê?
Então o alta tensão não tem cartão laranja?
Mas isso é preciso para ele se identificar com o PSD?
O homem é laranja dos pés à cabeça e toda a gente sabe isso.
Só por curiosidade. Sendo do PSD, sente-se bem com esta situação?
É confortável estar a apoiar um executivo descridibilizado, ortodoxo, autista e totalmente comandado pela estrura concelhia do PCP?
Se tiver pesadelos e dificuldade em pegar no sono, tome um Lorenin.

Anónimo disse...

Começando pelo fim .... naturalmente que não. Mas ...... não foi essa a razão da demissão da Comissão Politica ??

Sabe que, por lei, os Partidos não podem tirar os mandatos aos eleitos ??

Que mais poderia ser feito ??

Quem, senão os militantes, deve ter a última palavra em relação ao comportamento e atitudes do Vereador ??

E sabia que o maior responsável pela escolha do Cabeça de Lista à Câmara Municipal já não é dirigente do PSD (afastou-se por si próprio, também ele por tomar medidas avulso e depois querer o apoio da Estrutura) ??

Pode um Partido ser responsabilizado pelas atitudes de uma pessoa que se diz do mesmo, mas com o qual não tem ligação absolutamente nenhuma ??

Em relação à AM, não ouviu a resposta do ex-futuro Presidente que as Barracas ainda não estavam compradas ?? Sendo assim, face à situação criada, o que propõe ??

Percebeu que o PSD não é a favor da barracada ??

...... contínuo a não ver nada escrito sobre o BE ......

Anónimo disse...

Faltou esta ..... (é assim que começam as tais "verdades")

Quem lhe disse que eu era dirigente ??

(Tenho-me limitado a fazer perguntas)

Anónimo disse...

No "jogo de espelhos" em que se transformou a política na capital do vidro este forum é um contributo valioso... para a diversão inconsequente. E como está divertido este blog!!! Os personagens, uns eventualmente reais outros possivelmente ficcionais, entram em cena como sombras chinesas em teatro de feira. Num Estado democrático onde vigora a liberdade de expressão, o debate consequente e credível far-se-á possívelmente noutro registo mas seguramente fora do anonimato permanente.
Os contributos anónimos dificilmente farão parte da solução para os problemas políticos da Marinha Grande. Só "pessoas com rosto" podem devolver dignidade à Política.
Cumprimentos

Anónimo disse...

O problema das pessoas com rosto é este:

http://abigailmacedo.multiply.com/video/item/2/vl_animais_babuino_espelho.wmv

Anónimo disse...

Presidente da Câmara não renunciou a mandato apesar da promessa do PCP

O presidente da Câmara da Marinha Grande (CDU) não entregou o pedido de renúncia do mandato, ao contrário do que havia prometido o PCP numa conferência de imprensa, terça-feira.
Em declarações à Agência Lusa, Alberto Cascalho, actual vice-presidente que deveria assumir a liderança da autarquia, confirmou que o pedido de renúncia não foi hoje entregue e o presidente da autarquia, Barros Duarte, nem sequer compareceu na reunião de Câmara. “Eu comprometo-me apenas a cumprir as minhas funções”, limitou-se a dizer Alberto Cascalho, escusando-se a tecer comentários. A Agência Lusa tentou obter um comentário junto do líder local do PCP e do presidente da Câmara mas nenhum dos dois esteve contactável. Na terça-feira, a estrutura concelhia do PCP da Marinha Grande anunciou a renúncia do presidente da Câmara local, João Barros
Duarte, ao mandato autárquico, sendo substituído a partir pelo seu vice-presidente, recordando que existia um “acordo” entre o partido e o autarca - desde as eleições autárquicas - que previa a sua substituição apesar de “não ter sido definida uma data” concreta. O partido elogiou o trabalho de vários anos de Barros Duarte à frente do Município, “dando expressão ao projecto autárquico do PCP”, bem como o seu “contributo inestimável para a melhoria das condições de vida dos marinhenses e para o progresso e desenvolvimento da cidade”. Há dois anos, Barros Duarte reconquistou a autarquia para a CDU,
depois de três mandatos de gestão maioritária do PS. O autarca comunista obteve uma maioria relativa no executivo, que tem tido o apoio do vereador do PSD, Artur Oliveira.


http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=e4da3b7fbbce2345d7772b0674a318d5&subsec=&id=7fc6881c03de7ff9a9cd149bf05e86aa

Anónimo disse...

Concordo com o que disse o "Joga", mas registo a falta de coerência.
Quem tão bem bitaita, não deveria ter nenhum problema em se identificar. De qualquer forma, para mim, o que conta é o registo de opiniões e eu só valorizo as que quero e muitas não subscreveria nunca.
Agora o problema está em dar a cara, quando se conhece a senha vingativa da actual maioria.
Eu tenho um projecto para aprovar, encalhado há dezassete meses. Alguém acha que me vou identificar para criticar esta maioria?

Anónimo disse...

(Entre parentesis
Por lapso de configuração desta plataforma e embora tenha assinado o comentário, a minha identidade foi ocultada aos olhos dos bloguistas.
Sou http://pensarpm.blogs.sapo.pt, passe a "publicidade".
Peço desculpa por este aparte. Que prossiga a discussão. Obrigado)

Anónimo disse...

Este é o Post...
Mas uma coisa muito importante: porque será que o PCP ou alguém do PCP quer empurrar o Presidente neste preciso momento?!

Alguém sabe e tem coragem de escrever?!

eu?! Não escrevo... desde que deixei de fumar nunca mais fui ao café, ehehehe!

E como é?! Vamos ao jantar do Presidente ou estão aí a pensar em ficar em casa ou organizar um jantar "Cascalho a presidente"?

Mas porque será que há muito nervosimo no PCP, ou em alguém do PCP?

Vou sair e indagar... não, senão ainda compro tabaco

Bom avatar

Anónimo disse...

Eu não sei, mas se soubesse escrevia...
Conta Avatar, conta, que tu pareces muito bem "enformado"!

Anónimo disse...

Meu caro Carica, a unica coisa que lhe posso avatar é que a última vez que tive com uma carica... foi desastroso, eheheeh! agora são de desenroscar e eu armado em Cascalho como não tinha um instrumento para abrir a cervejola, bebi água...
eheheh!
Avatar o quê se eu nunca mais saí de casa,
o Presidente que está aqui comigo agradece o jantar e o apoio mas não vai estar no jantar, esperamos para esse dia um carregamento de vinho chileno, da zona de viñas del mar...
ehehehe!

Isto está complicado, o telemóvel do presidente não pára de tocar, nem ele sabia que tinha tantos amigos e por isso se isolava no gabinete, mas cá para nós (eu e o carica) é mais: o não gostarem do Cascalho, mas nem vou contar isso ao Presidente, é que ele está tão feliz e como ele é bem humorado, segundo ele me contou hoje ao assinar os documentos na câmara perguntava: Será que eu posso assinar ou o que está lá em cima é que é o Presidente?
E eu: lá em cima quem? Deus?!
- Não, no sotão junto às obras.
Mijei-me a rir.
Vou com a cara do Presidente, algo me diz que ele vai escrever para os Gatos Fedorentos

Bom avatar...