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segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Independentes: uma Utopia (?) ou nem tanto assim...

E se em próximas eleições autárquicas se apresentasse a votos uma lista de Independentes??
Supunhamos algumas coisas:
1) O PCP será 'castigado' pela (des)governação deste mandato;
2) O PS será novamente 'castigado' por não ter sido uma Oposição credível;
3) O PSD será favorecido por se ter demarcado antecipadamente das asneiras do Executivo e do seu Vereador (o que lhe dá alguma credibilidade quanto ao futuro)
4) o BE como força de contestação será beneficiado, ainda que em menor escala;
5) o CDS poderá manter a sua posição, com leve oscilação positiva;
6) Dada a gravidade da situação da Autarquia, há um acréscimo de afluência às Urnas, diminuindo a Abstenção em relação a actos eleitorais anteriores;

Poderíamos ter um resultado assim:

Eleitores inscritos (número de inscritos em 2005) - 30417
Votantes - 20417 = 67,12% (2005: 16729 = 55%)
Abstenção - 10000 = 32,88% (2005: 45%)

Brancos - 608 = 2,97% (2005: 3,42%)
Nulos - 314 = 1,54% (2005: 1,89%)

PCP/PEV - 4980 (2005 - 6480) = 24,39%
PS - 5392 (2005 - 6092) = 26,41%
IND - 3938 (nº de diferença na abstenção + votos transferidos) = 19,29%
PPD-PSD - 2629 (2005 - 1929) = 12,88%
BE - 1762 (2005 - 1012) = 8,63%
CDS - 794 (2005 - 294) = 3,89%

MANDATOS ATRIBUIDOS
Cálculos feitos para os votos expressos indicados acima, segundo método de D'Hondt
PS - 2
PCP - 2
IND - 2
PSD - 1


Com estes resultados o PS ganharia as eleições, mas não teria maioria para governar sozinho. Uma coligação pós-eleitoral seria então o caminho mais certo.
Se tomarmos por principio que se exclui uma Coligação PS+PCP por motivos óbvios, restaria apenas uma hipótese: PS + IND.

Assim, se outro mérito uma candidatura Independente não tivesse, pelo menos obrigaria a que o Partido mais votado (PS neste caso) ficasse dependente do Movimento Independente para poder governar com estabilidade...

Pode de facto ser uma utopia... ou um mero exercício de matemática aplicada, sem qualquer fundamento.... (os números apresentados são efectivamente aleatórios) mas não é impossível, ao contrário do que se possa fazer crer...

Com uma leve oscilação dos números aqui apresentados não seria dificil chegar a um cenário ainda mais diversificado em termos de representatividade partidária na Vereação com: PS - 2; PCP/PEV - 2; PSD - 1; IND - 1; BE - 1. A necessidade de negociar Coligações pluri-partidárias seria incontornável.

O importante é perceber que na Marinha Grande há mais, muito mais, para além do PS e do PCP! Nenhuma Autarquia, na verdade, é refém de qualquer Partido político.

Vale a pena discutir isto:

Movimento de Independentes:
(Porque) SIM ou (Porque) NÃO?
A utopia também pode ser uma realidade!

17 comentários:

Anónimo disse...

O amigo já reparou na diferença entre o PS e o PCP é de apenas 112 votos???
E se o PCP ganhar em vez do PS o amigo dispunha-se a fazer uma coligação com o PCP?
Caso a resposta seja não, como seria então governada a Cambra?
Acha que seria possível governar uma autarquia gerindo as vontades simultâneas de 7 vereadores e os seus 4 diferentes programas eleitorais?
Se acha que sim… desça por favor à terra.
Vou-lhe só lembrar uma coisa o comunismo também nasceu de uma utopia e não existe ninguém que não concorde com os princípios que estiveram na sua génese, o problema é quando se tenta passar da utopia á pratica, penso que o Movimento de Independentes sofre do mesmo mal, uma boa utopia que na pratica se for concretizada fará mais mal á Marinha Grande do que bem...




É que esquece-se que o eleitorado PCP é muito fidelizado, por isso parece-me que

Anónimo disse...

1.ª Medida do Movimento de Independentes: Matemática para todos (Clero incluído).

PCP/PEV 4980
PS 5092
IND 3938
PPD-PSD 2429
BE 1762
CDS 794
Total 18995

Votantes 20417
Brancos 608
Nulos 314
Total votos válidos 19495

Os votos desaparecidos: 500

Anónimo disse...

Deixem-se de 'matemáticas' e desçam à terra (diz-se por aí e com muita razão!).
Se querem que vos diga, eu sou de opinião que a responsabilidade de leão na procura de soluções capazes de tirar a Marinha Grande do profundíssimo atoleiro em que se encontra, passa, em primeiro lugar e quase exclusivamente, pelo PS, uma vez que este é o partido que mais possibilidades tem de retirar a Câmara a um PCP que se deixou enredar, inapelavelmente, nos seus próprios dogmas, nas suas intrigas e contradições…
Por esse motivo, exige-se aos responsáveis locais do PS uma análise muito cuidada da situação, devendo começar a trabalhar, desde já, num projecto concreto a propor ao eleitorado, projecto esse que deverá ter em conta as realidades específicas da terra e o sentir das gentes do concelho. Logo, e como é evidente, um tal projecto pressupõe a auscultação dos marinhenses e não deve ser ‘cozinhado’, exclusivamente, nos gabinetes políticos.

Por outro lado, é absolutamente fundamental que o Partido Socialista apresente a sufrágio uma equipa idónea, com humildade suficiente para ouvir os munícipes e capaz de levar à prática o projecto em questão.

Por último, o combate político à actual equipa camarária, deverá ser feito de forma frontal, mas leal e muito firme, e não deverá deixar de ter em conta a necessidade de fazer chegar à população, de forma constante, uma informação cuidada e claramente elucidativa (eu atrever-me-ia a dizer – quase didáctica), sobre as razões que possam levar o PS a ter opiniões, soluções e propostas divergentes daquelas que coligação PCP/PSD vá tentando fazer passar durante estes dois anos em que lhes cabe ainda governar!
A Marinha Grande merece (e exige) isso!

Quanto a essa coisa de listas de ‘independentes’ que me perdoem os que têm lançado esses balões, mas, na minha modesta opinião, essas ideias não são mesmo mais que ‘balões’, que a nada conduzirão a não ser à trapalhada!
E eu, aí, estou completamente do outro lado da barricada…

Anónimo disse...

Senhor Prior,
Gosto de ver um padre preocupado com causas, faz-me pensar que estamos na América Latina. De qualquer forma, permita-me sugerir que não tem necessidade nenhuma de provar a razão de ser da sua luta (neste caso a criação de uma lista de independentes). Basta-lhe avançar com a ideia, grangear apoios, pessoas, programa e parar de falar sempre do mesmo e começar a fazer alguma coisa de concreto. O que têm os partidos que o repugnam tanto? Será que uma lista bem feita de pessoas responsaveis e profissionalmente muito capazes, um excelente e ambicioso programa, independentemente de que partido for esta proposta, não é credora de nenhum mérito? Será que uma realidade dessas não é possível na Marinha Grande? Ou o que afinal interessa é Dividir para reinar, senhor independente?

ExCura Araújo disse...

Caro Zé

Agradeço a sua mensagem e tenho a dizer o seguinte:
Apesar de não ser de todos conhecida existe na Igreja um corpo doutrinal a que se chama Doutrina Social da Igreja e esta resulta da reflexão que a Igreja faz sobre a Sociedade nas suas diversas expressões, entre as quais, a Política. Assim, isso de se dizer que a participação da Igreja na Sociedade/Política é coisa de América Latina, não corresponde bem à verdade... Aliás, recordar-se-á decerto de diversas intervenções dos Bispos Portugueses em matéria de política económica e social no nosso país...

Sobre os Partidos, nada tenho contra. Pelo contrário. São sinal da pluralidade e da diversidade que democraticamente se deve promover e defender. Mas não vejo os Partidos como o 'todo' da Democracia... A Democracia é mais que os Partidos... E porque os Partidos são feitos por homens e mulheres que padecem das suas próprias limitações, casos há em que os Partidos mais não são que pequenos feudos pessoais/familiares que deixando de servir o País e os seus eleitores apenas se servem a si mesmos...
Na Marinha Grande temo que seja esse o mal que grassa pelos Partidos, sobretudo os ditos Partidos do Poder (PCP e PS)...
Sobre a qualidade das Listas propugnadas pelos Partidos em próximas eleições... a ver vamos!

Quanto à Lista de Independentes... longe de mim sonhar com tal. Já o disse várias vezes: não sou candidato a coisa nenhuma. Mas reconheço o mérito de muitos Marinhenses, a quem eu daria o meu voto, que não estão ao serviço dos Partidos...
A verdade é que se não estamos satisfeitos com o trabalho do PCP nestes dois anos, isso não quer dizer que o PS tenha razões para esfregar as mãos de contentamento... achando que os marinhenses estão todos do seu lado... Pelos erros do passado e sobretudo por uma Oposição débil, o PS tem muito que (re)pensar o seu futuro próximo na Marinha Grande.
Com a minha intervenção, eu apenas pretendo contribuir para uma reflexão... creio ser essa afinal a missão deste Blog: pôr-nos todos a pensar um pouquinho mais!

Anónimo disse...

PS outra vez?? Não!!!
Chega de mentiras!!!
A Marinha Merece Mais e Muito Melhor!!!

Anónimo disse...

Caro anónimo anterior:
se o PSD quer algum dia ser governo municipal tem de se tornar um partido credivel a nivel local, coisa que manifestamente não é.

Anónimo disse...

Para o anónimo encartado do PSD.
Eu não votei PS nas últimas eleições, muito menos PSD, não por complexos ideológicos, mas porque não reconheci critérios de honestidade e competência nos candidatos apresentados. Todavia, decorridos estes dois anos de exercício de poder por uma maioria sólida PCP/PSD, se tivéssemos que ir a votos, uma certeza eu tenho. Não votaria nunca PSD, "PORQUE A MARINHA MERECE MAIS E MELHOR" do que alguns oportunistas que se agarram ao poder, numa colagem contra-natura, para manter o tacho e colher os frutos do exercício de uma actividade parasita para a população, mas certamente vantajosa para ele.

Anónimo disse...

Mas quem disse que eu era do PSD?

Anónimo disse...

O Autocolante e o Alta Tensão!

Anónimo disse...

Quem são essas figuras?

Anónimo disse...

Lá voltámos nós à fase do diálogo bacoco!
Coisas construtivas precisam-se, senhores. Não essa troca de galhardetes ao nível da sopeira de outrora!

Anónimo disse...

Caros colegas de discussão:

Aqui concordo com o nosso excura. Porque razão temos que votar só em partidos? Claro que há que reconhecer que estes se sabem "mexer" nos meandros da política e dos segredos desta, mas isso não invalida que haja um grupo de cidadãos que tenha competência e sobretudo honestidade para tomar nas mãos os destinos de um concelho, seja ele qual for. Há uns tempos disse que as pessoas aqui votaram no PCP só porque já não queriam PS. Foi o JBD assim como poderia ter sido o Macaco Adriano. E para quê? Vejam só onde ficámos...
Dentro de um partido, qualquer um de nós tem que subir lá dentro até poder ser eleito para um lugar numa qualquer lista e para isso tem que pactuar com os mais velhos...para o bem ou para o mal. Agora...se se organizasse um grupo de pessoas com preocupações pelo seu município e pelas gentes que o habitam, que não cedesse a grupos de pressão ou que não tivesse que agradar a hierarquias, isso sim seria uma boa aposta. Como também já li neste forum, iria dispersar votos...e daí? Essa é conversa de Velho do Restelo... Noutros países há muito mais participação cívica e em alguns deles, essa participação traduz-se em grupos de cidadaos que concorrem a eleiçoes e que não deixam que certas promessas caiam em saco roto... Esses paises, vao ate bem à nossa frente. Aqui em Portugal, a culpa é sempre dos que lá estiveram antes..."a pesada herança"...Tretas!

Anónimo disse...

Alguem disse que a "democracia tem muitos defeitos mas foi o melhor sistema inventado até agora" ( ou mais ou menos isto).Para dizer que o nosso sistema democratico assenta nos partidos politicos e como tal é aí que se têm de encontrar soluções para a governação local e nacional.No entanto partilho da ideia de que os partidos do poder (e não só localmente) estão infestados a nivel de quem mexe os cordéis, de um conjunto de pessoas que não merecem credebilidade,daí ser de opinião que os cabeças de listas e as próprias listas não passaram de cozinhados que levaram á degradação da nossa vida autarquica.Numa terra que já foi um exemplo pelo conjunto de autarcas que por cá passaram, que deram exemplos de vitalilidade; dinamica e visão do futuro. E não me refiro a militantes deste ou daquele partido, mas a pessoas que muito contribuiram para que a Marinha Grande fosse motivo de orgulho para os Marinhenses... Infelizmente os jogos de bastidores levaram á situação deprimente que hoje vivemos... Não rejeito em ultima analise uma candidatura de independentes(pode ser uma solução em ultimo recurso) Mas onde estão os militantes dos partidos? porque não se impõem(eu sei por experiência própria quanto é dificil contrariar os vários "centralismos existentes" mas a cobardia de deixar os outros decidir em nosso nome não é solução. Um Apelo aos militantes( que têm convicções) dos partidos politicos... NÃO DEIXEM EMPORCALHAR MAIS O NOME DA NOSSA TERRA!!!NÃO DEIXEM QUE A POPULAÇÃO COMECE A ACREDITAR NUM QUALQUER D.SEBASTIÃO QUE ANDE PARA AÍ Á PROCURA DO MOMENTO MAIS OPORTUNO PARA SE APRESENTAR!!!

Anónimo disse...

Militantes de partidos? Posso estar errado, mas penso que só por volta de 20% dos militantes sabe o que faz, diz e pensa o seu próprio partido acerca dos diferentes assuntos da actualidade... Os outros vão atrás dos "comes e bebes" que são oferecidos nos comícios...
Não se lembram quando o António Costa venceu as eleições à Câmara de Lisboa que até lá apareceram excursões de idosos e que todos eles estavam felizes e contentes? Eles nem sabiam onde estavam, mas como tinha comidas e bebida à borla, estava tudo bem...
Ainda hoje em Portugal se usa uma técnica que já remonta à Roma Antiga: "Pão e Circo". E funciona tão bem...

Anónimo disse...

Ex-cura ...... por onde andas ???

Anónimo disse...

Pediu tambéa suspensão de mandato!!
HAAAA...!!
Foi visto a banhos com o BD nas Termas!!
Devem estar juntos a preparar o regresso.