Hélder Fernandes, presidente do Atlético Clube Marinhense, afirma que o clube perdeu “um dos seus maiores símbolos”, que deu uma “parte da sua vida” à instituição e “todos os sócios” devem “estar tristes pelo seu desaparecimento”. “Não há dúvidas que o AC Marinhense perdeu uma das suas maiores riquezas e uma pessoa que dedicou praticamente toda a sua vida ao clube. Deixou uma marca muito forte e ninguém se pode esquecer disso”, afirma o dirigente associativo, adiantando que o funeral de Joaquim Nobre se realiza, hoje, para o cemitério da Marinha Grande.
Na noite do aniversário, o ex-presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande considerou Joaquim Nobre como “ um dos mais ilustres marinhenses”. “Primeiro como operário vidreiro, depois como atleta e mais tarde massagista. Sempre mereceu o maior respeito, não só dos colegas como da comunidade marinhense. Foi um homem que sempre soube estar acima das rivalidades clubisticas, com um sentido de solidariedade muitíssimo elevado, uma vez que devido ao seu prestígio como massagista poderia ter colhido largos benefícios monetários e tal não aconteceu”, disse o ex-autarca e actual vereador na edilidade marinhense.
Na mesma cerimónia Alberto Cascalho afirmou que Joaquim Nobre deu “praticamente a vida” a muitas pessoas “que estavam desenganadas pelos médicos. “Um exemplo a seguir por todos”, salientou o autarca.
4 comentários:
Morreu um HOMEM BOM, um ILUSTRE MARINHENSE e um BOM CIDADÃO. Paz à sua alma.
Uma "estória" igual a muitas outras.
Uma crinça que esteve à espera de fazer 11 anos para passar do M.P.Roldão para a FEIS que era assim como uma promoção social, um dia "abriu" um pulso como se dizia e parece que ainda se diz.
A sua mãe à falta de melhor esfregou-lhe o pulso com o unico alcool havia lá em casa, que era o de acender o fogareiro a petróleo daquele dum azul esverdeado e com um cheiro parecido com o bagaço, que tambem havia lá por casa. Para alem da esfregadela, lá se improvisou com um bocado de uma peça velha de roupa uma ligadura para apertar o respectivo pulso.
No dia seguinte o Sr Amtónio Lopes (Pexino) ao ver aquela criança cheia de dores a levar a cima peças com um peso considerável na obrage do Diamantino dos Santos(Pimenta) Mandou-o à secção dos lapidários e perguntar pelo Sr. Joaquim Nobre (Laronha) e mostrar-lhe o braço, o que efectivamente aconteceu. 5 ou 10 minutos chegaram para que as dores desaparecem por completo e a "ligadura" ainda a cheirar ao tal alcool, fosse posta no lixo.
Essa criança hoje com mais de meio século de vida está a escrever este comentário e algo lhe está a toldar a vista e a ver aquele homem sentado de costas para o Engenho de lapidar a mexer no pulso e a pôr tudo no sitio, ao ponto de parecer quase um "milagre"
Até sempre Joaquim Nobre.
Comissão de Moradores do Largo das Calhandreiras:
Singela Homenagem a Joaquim Nobre...
Quando eu tinha 14 anos e era aluna do Liceu de Leiria e jogava voleibol na equipa escolar fui vítima de uma lesão no polegar esquerdo e foi graças ao saber de maestria de Joaquim Nobre que consegui elaborar a recuperação e voltar a jogar, embora com uma protecção elástica.
Recordo com ternura a forma como me tratou e consolou e me encorajou a voltar a jogar protegida, mas sem receio...
Grande homem, humanista na verdadeira acepção da palavra...
Um abraço
Ana Brito
De facto desapareceu do número dos vivos aquele que se poderá dizer, sem temor de errar, ser um Homem Bom.
Desportista, um acidente sofrido enquanto praticava desporto (se não estou errado era então guarda redes do seu Marinhense!) levou-o a que acabasse por ser um dos maiores massagistas a nível nacional!
Mas a sua acção não se ficou pela ajuda que prestou aos clubes desportivos da nossa terra!
Também os marinhenses (e não só) beneficiaram das suas mãos milagrosas e do seu enorme saber e muita experiência!
Se há pessoas que merecem homenagem e boas memórias, Joaquim Nobre é uma delas!
Oxalá os nossos responsáveis políticos saibam prestar-lhe a homenagem que merece de modo a eternizar-lhe a memória!...
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