Numa altura em que o jornalismo feito com ética e algum “jornalismo” que por aí subsiste, indigno de assim se chamar, não estava à espera de na minha terra e onde só existe um jornal ver alguém tratar um seu semelhante da forma como o fez.
Por razões conhecidas nos últimos anos, Armando Constâncio remeteu-se ao silêncio, foi o Jornal da Marinha Grande que fez com que algumas das suas opiniões voltassem a ser ouvidas e agora por uma razão perfeitamente banal, trás à primeira página como se de repente este Marinhense, eventualmente controverso, mas que não tem qualquer problema em dizer o que pensa, mesmo que nem sempre as suas opiniões sejam consensuais, um assunto transformado em grande notícia com chamada em letras garrafais à primeira página, como se de um crime horrendo se tratasse.
Estamos mal Sr. António José Ferreira, se para vender jornais nas prateleiras distribuídas por aí, temos de descer tão baixo.
P.S: não me move nada de pessoal contra o Director do Jornal da Marinha Grande, apenas decidi emitir a minha opinião, não vinculando o “Largo das Calhandreiras” à mesma.
Como também é público e notório sou amigo, há muitos anos de Armando Constâncio, o que muito me orgulha. No entanto há coisas que a gente faz, não pelas pessoas a favor ou contra, mas por princípios.
5 comentários:
Caro Sr. F.Seca: Estou de acordo com o senhor, mas só agora reparou na qualidade do JMG? Foi necessário aparecer um artigueco a colocar mal o Sr. Constâncio, até aqui, trazido em ombros pelo Director do Jornal? Insisto, Sr. Folha, totalmente de acordo com o seu post. Só peca por ter demorado tanto a sua analise. É que este jornal, não tem carácter, há muitos anos. Nem qualquer evidencia de ética. É a imagem do seu director.
Não sei o que diga, mas parece que estão bem uns para os outros.
Quanto à ética do jornal de facto é aquilo que todos conhecemos há muitos anos.O Jornal noticia e faz opinião ao sabor de conveniências e interesses diversos,chegando mesmo a fazer politica a favor de uns contra outros.
Já estamos habituados.Mas com franqueza esta noticia não é mais do que aquilo que as antigas sócias vêm reclamando à muito e que pelos vistos o actual propriétario vem assumindo,fazendo sucesivas promessas,sem que as venha a concretizar.Já lá vão alguns anos e portanto é natural que as queixosas denunciem a situação.E aqui a meu ver o Jornal,pelos vistos a pedido das mesmas dá voz às legitimas pretensões das ex-proprietárias que se sentem enganadas.Quem não quere ser lobo não lhe veste a pele.
Porque razão o Jornal devia esconder a noticia.Não estou de acordo.Só porque o actual propriétario teve responsabikidades nesta terra.Por isso mesmo devia ter outra postura e ter resolvido há muito tempo esta dívida.Para além das questões de ética que podiamos sempre neste caso levantar.Mas umas e outro têm responsabilidades.E por aqui me fico.
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Em uma aldeia perdida entre Vila Velha do Vapor e Degredo da Porca, havia um velho, havia um rapaz e havia um burro. Comecemos pelo afalado jumento, que era o único da sua espécie na aldeia. De quatro patas, bem entendido.
O dito asinino, que já não era tenro e que já passara pelas mãos de diversos armentários, era o único meio de transporte do pequeno povoado e o alvo da cobiça de peraltas e abastados. É que mais do que os seus prestimosos serviços de pequeno, médio e longo curso, o burrico, equipado com faróis de nevoeiro, escape de alto rendimento e uma placa pendurada ao pescoço onde se podia ler “Serviço Ocasional”, era usado e abusado como veículo de ascendimento, para passear presunção e água-benta, pesporrência e soberba. Homem bom que se cuidasse, havia de passear-se pela aldeia no corcovo do bicho, todos os anos, entre o Domingo Gordo e o Dia de Todos os Santos, pelo menos três ou quatro vezes, enfarpelado em brochura domingueira e a tresandar a lavanda. Era o mínimo. Não que a tarefa fosse canja de miúdos, custava uma fortuna e alguns golpes de rins, mas como não havia outro modo, o melhor mesmo era perder o amor a três afonsins e deixar para as calendas os princípios distintivos dum novel e ilustre cavalheiro, que Deus os haja.
Quanto ao rapaz… bem, quanto ao rapaz, era simplesmente o dono do burro. No essencial era isso, o grumete era o dono do burro. Não se lhe conhecia condão nem predicado, o seu talento resumia-se a ser o dono do burro - um golpe de finura: um burro sério, de idade respeitável, arrematado em vésperas da restante comunidade asinina ter sido dizimada por um funesto surto de diarreia.
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Moral da história:
“não vejas no melro um pavão, nem uma libra num botão”
Não percebendo lá muito bem aquilo que aqui é chamado de ética, e de sargetas só entendo qualquer coisa, quando as mesmas estão entupidas e deitam os coliformes cá par fora quando era suposto já terem tomado outro caminho, especialmente onde já existe saneamento básico, coisa que ainda não chegou a tantos sitios como se pode pensar...
Adiante... de facto não dá para perceber muito bem. Ou o Tó Zé há hora do fecho da ultima edição do jornal estava numa de distracção ou estava num daqueles almoços complicados e a referida edição foi fechada assim às 3 pancadas. Atão vamos lá ver! quem é que ressustitou o A.Constâncio da sua nova vida. Não foi o jornal da Marinha. Será que o recem licenciado em comunicação social recebeu algum ultimato e a ele cedeu?
Há qualquer coisa. De bestial a Besta! Nah!
Dada a responsabilidade civel da noticia, será que o jornal da Marinha Grande não incorreu numa grave situação em termos judiciários que lhe pode ficar bem cara? Não sendo lá muito entendido nestas coisas, acho que: ofendeu a dignidade de uma pessoa, pôs em risco o bom nome de uma entidade com personalidade colectiva, contribui-o para eventuais dificuldades comerciais e financeiras da respectiva empresa. É evidente que sabemos que a lentidão da nossa justiça é tão grande que quando a sentença final fosse ditada, já o Tó Zé andava de bengala. è por isso que certos actos "criminosos" se vão praticando e os seus "actores" vão ficando por aí a fazer a m.... do costume.
Como Marinhense acho que merecemos ter pelo menos um jornal Local (nós que até vivemos numa cidade) mas será que não é possivel fazer melhor?
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