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domingo, 29 de agosto de 2010

"Filhos da estrada e do Vento"



No momento em que se desenvolve uma das piores ondas de xenófobismo contra o povo cigano, só comparáveis às que Hitler moveu contra o povo Judeu que visava o seu exterminio completo.

Deixo aqui uma canção, onde pretendo simbolicamente juntar-me à onda de protesto contra as atitudes xenófabas desencadeadas pelo Sr. Sarkozy e os que lhe seguem os passos

19 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Caro Folha Seca,

È mais uma vez oportuno este post. Acrescento-lhe a perplexidade de saber que Sarkosy que tem neste "crime" um papel de destaque, tem igual destaque em levantar a sua vós contra a execução de Ashtiani, pedindo ao G8medidas contra o Irão... Contradições? Hummmmm, talvez não. Talvez que utilize o caso Ashtiani, para manobras de isolamento politico do regime iraniano. Pode não ser... Mas também não me parece que seja por humanismo...

Abraço

Apartidário disse...

Para ser respeitado, ao povo cigano exige-se que respeite as comunidades e a cultura dos locais onde se quer instalar.

A nossa liberdade acaba quando interfere com a liberdade dos outros. Não sei o que se passa em França mas o que sei é o que, infelizmente, se passa na Marinha. A comunidade está a interferir com a nossa liberdade e com a nossa segurança.

Alguns membros da comunidade cigana, de forma completamente impune e abusiva têm contribuído para a insegurança dos cidadãos da nossa terra. Senão vejamos:
-Os miúdos têm medo de andar sozinhos na rua com medo de serem assaltados e agredidos pelos miúdos da comunidade cigana;
-Geralmente ocupam ilegalmente espaços privados ou públicos;
-Recebem subsídios chorudos e escandalosamente diferenciados (para muito mais) dos outros cidadãos em situações de pobreza similares;
-Não cumprem a lei quanto a fogueiras (vejam as fogueiras no acampamento junto à antiga BP);
-Ocupam caminhos públicos durante longos períodos sem que as autoridades reponham a legalidade;
-Dedicam-se a actividades ilícitas relacionadas com estupefacientes (disseram-me que num acampamento da Charneca da Amieira se regista um movimento de viaturas suspeitas a altas horas da madrugada) sem qualquer reacção das autoridades;
-Incentivam os jovens e menores a realizarem pequenos furtos;
-Por norma não cumprem as suas obrigações fiscais quando exercem actividades económicas e os fiscais das finanças têm medo de verificar a legalidade das mercadorias e das contas;
-Etc., etc.

São factos reais e indesmentíveis que se consideram inadmissíveis.

Será que não é o mesmo que acontece em França?

Será que a solução é tomar acções para que se sintam ainda mais protegidos para continuarem as suas actividades ilícitas de forma impune?
Aos não ciganos que agem da mesma forma, diriam os senhores, que são pessoas com falta de civismo. Se forem ciganos são vitimas de racismo. Espantoso!

Já perguntaram à população vizinha desses acampamentos que é que pensam?

DEIXEM-SE DE FALSOS MORALISMOS

folha seca disse...

Caro Apartidário
Creio não ser a primeira vez que aqui discutimos este tema.
Não desconheço em relação à Marinha grande os problemas que refere, eu próprio escrevi sobre o assunto. Mas será que alguns problemas que de facto existem e o meu caro refere com toda a exactidão nos podem levar a pensar que a solução passa pela expulsão de uma raça que anda pela Europa há séculos? Será que os cancros se curam eliminando os seus portadores? Será que o meu caro desconhece, que sempre que qualquer solução, passe por atitudes xenófabas e racistas pode ter consequências muito complicadas? Mas claro se o Mundo fosse só a Marinha Grande e a raça cigana fosse aquilo que nos é dado ver, até aceitava a sua opinião e bastava afastá-los daqui para um dos Concelhos limitrofes. Mas olhe que o problema é mais complicado e os ciganos, quer queiramos quer não, tambem são gente.
Eu tenho menos medo dos ciganos que são verdadeiros, do que dos outros. Porque dos primeiros a gente sabe sempre o que espera.
Cumprimentos

Deixo-lhe um endereço que vale a pena visitar.

http://anapaulafitas.blogspot.com/2010/08/ciganos-de-ouro-historias-e-vozes-reais.html

Ana Brito disse...

Caro Folha Seca
Como parcela integral da civilização europeia há que preservar a etnia cigana. Tem que ser combatida a discriminação e a exclusão social, salvaguardando o risco que enfrentam relacionado com os problemas da pobreza, do desemprego e, ainda, porque são alvo de estereótipos e preconceitos que não têm cabimento no séc.XXI e em face aos Direitos Humanos, independentemente das características identitárias.
Pertence às instituições europeias e aos Estados-Membros a responsabilidade partilhada de optimizar a inclusão social dos indivíduos de etnia cigana e socorrerem-se de todos os instrumentos e de todas as políticas da respectiva competência para amenizar e resolver questões do foro específico desta problemática.
Não vai ser um problema fácil de resolver, mas tenhamos a esperança de que a seu tempo os esforços se conjugam no sentido da melhor harmonia para todos, combatendo o racismo e a xenofobia, como urge.
Um abraço amigo e bom domingo...
Ana Brito

Apartidário disse...

Caro Folha Seca,

Não me parece que seja com facilitismos que resolvamos o problema?

Não me parece que seja deixá-los não cumprir as nossas regras que resolvamos o problema?

Não me parece que seja discriminando-os tão escandalosamente e positivamente relativamente aos não ciganos com subsidios elevados para nada fazerem que resolvamos o problema.

Não me parece que seja ceder-lhe casa a rendas simbólicass que mesmo assim não pagam que resolva o problema.

Ou cumprem ou sofrem as sanções que qualquer outro cidadão português ou estrangeiro (conforme o caso) sofreria.

Como nota final parece-me desproporcionado comparar o que França está a querer fazer com o holocausto. Em sentido oposto, já ouvi o dirigente iraniano a negar o holocausto.
Em termos de falta rigor, são muito similares as duas afirmações.

Apartidário disse...

Só uma nota para não deixar dúvidas.

O que eu escrevi não pretende generalizar.

Sei que existem ciganos que não se enquadram naquilo que afirmei.

Não é desses que estou a falar. Entendido?

folha seca disse...

Caros Rogério Pereira, Apartidário e Ana Brito.

Todos nós temos vivências diferentes, tal como níveis de conhecimento bastante diferenciados.
Há uns tempos que comecei a debitar algumas opiniões sobre assuntos que requeriam "formação" adequada, para com consistência, defender esta ou aquele via para a resolução de um determinado problema. Sou do tempo em bastava ler esta ou aquela "bíblia" para nos ancorarmos em determinadas citações e se não nos desviássemos muito da "lição" conseguíamos "parecer" ter sempre razão, senão perante os outros, por puro auto convencimento perante nós próprios.
Quantas vezes escrevo, afirmo, defendo e fico com duvidas, pois para mim é tempo de pormos em duvidas as certezas absolutas que nos acompanharam uma vida inteira. Esta nova forma de comunicar desde que não o façamos de uma forma dogmática e consigamos ouvir (ler) o que os outros dizem e admitir que também podem ter alguma razão, pode ser um grande contributo para corrigir as injustiças e melhorar (se não for possível mudar) o mundo em que vivemos.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Parabéns por terem chamado para aqui este assunto. Sinto-me indignado pela forma como se trata uma raça que tudo tem feito para se integrar neste mundo, porque infelizmente ainda não é possível deslocarem-se para outro planeta.
Deixo no ar uma pergunta. Será que se não estivéssemos a viver uma crise financeira tão profunda (provocada por outros ciganos, que continuam a usufruir da desgraça dos outros, ciganos e não ciganos), o "Imperador da França", não estaria a aproveitar a mão-de-obra barata destes seres humanos que está a expulsar?

Anónimo disse...

Então e o Cigano Rico, não diz nada?

Anónimo disse...

Concorde-se com ele ou não, o Apartidário descreveu factos concretos e preocupantes para justificar a sua opinião.
Este Anónimo é só conversa politica dogmática tal como escreveu o Folha Seca, " ... do tempo em bastava ler esta ou aquela "bíblia" para nos ancorarmos em determinadas citações e se não nos desviássemos muito da "lição" conseguíamos "parecer" ter sempre razão, senão perante os outros,..".

A Verdade Chateia disse...

Caro Folha Seca,

Sugeria-lhe que passasse junto à SCARIP na Embra e fizesse uma foto para mostrar o estado de degradação em que os ciganos tornaram as casas que lhes foram cedidas.

Aproveite e fale também com os vizinhos.

Anónimo disse...

Eu conheço e é uma pouca vergonha. É aquilo a que chama integração?
Levem-nos para vizinhos.

Insana disse...

Belo texto.

bjs
Insana

Apartidário disse...

Tenho pena que este tema fique por aqui.

O seu intersse e implicações nas nossas vidas mereceriam uma discussão alargada e séria ao nível municipal.

Seria interessante perceber qual a politica concelhia (se existir) relativamente à integração da comunidade cigana.

Se houvesse, independentemente de concordármos ou não, todos nós (nós e os ciganos) saberíamos quais os nossos direitos e quais as nossas obrigações nesse projecto e evitariamos os conflitos latentes existentes.

Vinagrete disse...

Fundadas numa cultura ancestral, as comunidades ciganas são nómadas e de muito difícil integração na sociedade dita tradicional.
A sua forma de vida, os seus hábitos e costumes têm sido estudados e basta ver a forma como regeitam o casamento sem ser com parceiros do seu grupo étnico, para constatarmos isso mesmo.
Se estou de acordo com o princípio de que todos têm que ser responsabilizados pelos actos que praticam e sujeitarem-se às consequências previstas na lei, não posso deixar de repudiar a prática de actos de carácter político, numa lógica populista e demagógica, que da forma que é posta em prática assume uma atitude xenófoba, que noutros tempos justificou a barbárie assassina dos nazis.
É minha convicção que a melhor solução, a nível concelhio, passaria pela criação de Parques Nómadas, com blocos de sanitários, balneários e silos para acampamento, onde as famílias se instalariam, pelo tempo que quizessem, em total liberdade de movimentos.
Para apoio às crianças, deveria ser a escola a ir junto destas comunidades, criando-se um programa próprio semelhante aos que existem para as crianças do Circo.
Tentar integrar estas famílias, emparedando-as em blocos de betão, mesmo que com rendas simbólicas, não funciona e o que na prática acontece, é a proliferação de guetos para onde se empurram as minorias, alimentando o fogo que alimenta a descriminação e os conflitos, muitas vezes violentas, entre pessoas que são diferentes.
Não é uma temática fácil, mas a solução não passa, seguramente, pelas políticas de Sarkozy.

Anónimo disse...

Nem pela nossa falta de politica.

folha seca disse...

Meus Caros

Especialmente o "Apartidário" lamentava que o assunto estivesse encerrado. Como se viu posteriormente ao seu bitaite, não está.
O que se pretendeu trazer para aqui, foi um problema que de facto existe, mas que ultrapassa muito as fronteiras da Marinha Grande e hoje se discute a nível da Europa. Pensamos ter sido util o post e de forma alguma a discussão está encerrada. Se por aqui ficar, infelismente vai fazer correr muita tinta e naturalmente a ele vamos voltar.

Cigano Rico e farto de musica. disse...

Agora é que ela vai boa.
Cá o Ciganito, está cada vez mais viajado pelas beiras e interiores do Brasil, “ando no negócio do gado” estou cada vez mais rico, até já troquei o mê Mercedes de 84, por um de 92, 5 velocidades, cruise controle e… com ar condicionado, isto “tá” um calor do caraças, e os putos merecem um ar fresquinho, depois de um dia inteiro nos estacionamentos, o pedir tornasse “cansativo”.
Ora bem, o problema é que: em vez de resolverem o problema aos poucos ciganos que viviam por cá, em situações miseráveis por culpa própria, não queriam, nem querem emprego ou integração. Resolveram atribuir residência aos que cá estavam e respectivas famílias, que se calhar até viviam noutros distritos, e também se calhar a todos os que vieram dos Concelhos limítrofes. Pois é, porque ao terem residência fixa, poderiam ser-lhes atribuídos, rendimentos mínimos ou de inserção. À pois é, pois foi, e quem foram os bons samaritanos? Que rica medida, sim senhor, (eu Católico, Portista, bom chefe de família, Poeta e cantor, também não sou cínico, que existam muitos ciganos ricos “mas… fruto do seu trabalho). Mas… não! É que eu, e alguns dos que por aqui vão mandando umas bocas ou bitaites, temos como deveres e obrigação, trabalhar, para depois nos descontarem impostos, zelar e organizar a nossa vida, apoiar e assegurar o futuro dos nossos descendentes, e até ajudar se possível os nossos progenitores, que foram levar acima aos 7 anos para a FEIS, ou para outra e hoje recebem 240€ ou menos, 240€ que não chegam para os medicamentos. Os direitos são para “los outros!”.
Nesta espécie de nação relativa, dá-se dinheiro para não trabalhar, casas sociais a quem não merece, nem precisa, apoio social vitalício, comida, roupa e mais… coisas, a “pessoas” que nunca deram ou criaram riqueza para outros também tivessem, além de que por esse pequeno facto, também nunca pagaram impostos. Então temos de declara o dineiro que temos no banco se pretendermos receber ou dar 500€ a um filho, e muitos dos visados têm centenas de milhares de euros em contas à ordem!!!!
Não brinquem cá com o ZÉ paga tudo!
Embora no cruzamento do Pero- Neto, (sem direito a Noticia) a situação já esteja resolvida, na Embra, como aqui já foi escrito, aquilo é uma vergonha, tudo partido e vandalizado, entre outras vergonhas, ou não… no atentado ao pudor de quem passa!
Vivemos em democracia, com deveres e direitos atribuídos e consagrados? Ou respeitam para que possam ser respeitados e integrados, e dessa forma sejam considerados GENTE, ou então a porta, passa a ser a serventia, ou melhor o limite do “nosso” Concelho, como estava, e julgo que ainda está na lei. A “nova” constituição ainda não está em vigor, pois não?
Agora a verdade é só uma, quem passa na Amieira, Casal dos Ossos e na Embra, junto da dita empresa, dá ideia que estamos na Roménia, ou que suspenderam a Democracia, ou o tal estado de direito, não por seis meses, mas… por tempo indeterminado.
Aqueles que defendem estes maus exemplos e insistem na sua continuada defesa de integração, levem-nos para próximo das suas “boas” vivendas ou para dentro de casa ou quintal!
Em S. Pedro, no famoso “vale das placas” está lá campo livre, era uma boa medida para a sua integração, ou então na Vieira, junto à foz do lis, de um lado ou do outro, tanto faz.
Em Coimbra, e não só, resolveram o assunto, e… pagam Água, Luz, Esgotos, Resíduos e têm que ter emprego, enfim comportam-se como gente, e quem não cumpre rua, ou melhor vêm para a Marinha Grande, onde é tudo à borla, muita fixe e sem Policia.
Bom, já que pediram, paciência, - agora tenho que ir ver/ tratar da “c#mpr@” de umas ovelhas e cavalos que andam lá pelos campos do lis, antes o que passe o barco e os assuste.
O meu Jécky “o jerico que puxa a carroça da minha Zulmira”ia gostar de ter novos amigos.

Cigano Pobre disse...

Pois estava-se mesmo a ver que o Gigano rico tinha que cá vir e dizer das dele. Eu como cigano pobre não vou aos blogues de certos senhores e por isso não vi aquela, das ovelhas e dos cavalos...adiante.
Esta coisa de misturar ciganos ricos com pobres é muita, mesmo muita, complicado. já agora é o mesmo que misturar os Judeus ricos com os pobres. Enquanto uns vendiam dinheiro, bem vendido e os outros, na melhores das hipoteses faziam alheiras de Mirandela.
Ora bem eu conto. Era um bom Cigano, não rico mas remediado. Tinha seguro o abastecimento da ti shirts, mais as sapatilhas e no inverno os casacos de cabedal de marca. Só que apaixonei-me pela minha prima que era viuva e filha duns tios meus afastadas. Pronto entornou-se o caldo. Fui afastado da familia, abastecimento acabou-se e lá tive que pôr os putos da minha defunta a pedir essmola e mais os que entretanto foram nascendo, que pelo cruzamento de sangues não nasceram bem com as 5 oitavas e vejam agora que já estou assim um bocado pró velhote para sustentar esta gente toda impedido de manter o meu negócio, olhem o que vale é aqueles subsiodiozito. Que vai dando para a palha do burro e pouco mais e os pirralhos lá vão andando na pedincha.
Pronto mas talvez que com esta conversa toda talvez arranje um empregozito. Mas que quem é que dá emprego a um cigano. Alguem se ofereçe?