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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Será mesmo verdade?

Sócrates assinou 21 projectos de casas quando era exclusivo na AR

Prometi a mim próprio refrear as críticas que directa e indirectamente tenho feito ao Enjº Jose Socrates, Primeiro Ministro deste País.
No entanto, não consigo ignorar aquilo que a imprensa vai dizendo sobre o presente e o passado daquele que detém a condução dos destinos do nosso País.
Especialmente numa altura em que seria necessária uma grande confiança nos nossos dirigentes políticos, o desenvolvimento deste tipo de notícias que põem em causa a sua honorabilidade, faz-nos pensar se se trata duma perseguição política, ou investigação jornalistica suficientemente bem documentada, o que parece ser o caso do trabalho publicado hoje no jornal, "Publico".

8 comentários:

ai ai disse...

De facto eu tambem sou daqueles que tenho feito um apelo à minha boa vontade para me tentar convencer que há para aí gente interessada em promover o "assassínio de caracter" do nosso Primeiro Ministro. Parece no entanto que para além de haver alguma falsidade naquilo que tem vindo a publico, outras começam a ser mais que evidentes e fruto de investigação jornalistica bem fundamentada. Pode-se questionar porquê, tantos anos depois?
Quanto a mim, há demasiado fumo
para que não esteja nada a arder e parece que não "é só fumaça"

Anónimo disse...

Lá continua a "campanha negra" contra José Sócrates. Então é pecado assinar uns projectos a uns amigos desenhadores, funcionários das Camaras e sem habilitação para tal? Claro que até pelos mamarrachos que sairam, vê-se logo que nunca podiam ter sido feitos por quem os assinou. Acham que o Engenheiro Sócrates não fazia melhor? Vejam lá se o apartamento onde vive (segundo os seus detractores, comprado com um descontozito) tem alguma coisa a ver com aqueles mamarrachos?

Campanha negra é o que é!

Anónimo disse...

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05.04.2010 |
Notícia do jornal "Público"
Sócrates assinou 21 projectos durante mandato exclusivo como deputadoConfrontado pela Renascença com a notícia de que José Sócrates terá assinado projectos de engenharia enquanto recebia o subsídio de exclusividade no Parlamento, o gabinete do primeiro-ministro esclarece que o então deputado não recebeu dinheiro pelos trabalhos.

O gabinete do chefe de Governo sublinha que foram projectos elaborados “a pedido de amigos” e “sem qualquer tipo de remuneração” e que, por isso, não há qualquer violação da lei.

Por seu lado, o jornal “Público” faz uma leitura diferente e, na edição de hoje, refere que, para esta questão da exclusividade, é indiferente haver ou não pagamento pelo trabalho feito.

O gabinete do primeiro-ministro esclarece ainda que José Sócrates sempre cumpriu todos os seus deveres e exigências profissionais, mesmo em caso de divergências ou discordâncias com as entidades administrativas encarregues de apreciar e aprovar os projectos.

Rádio Renascença

Anónimo disse...

Abilio Curto, o homem que apareceu a defender o Engenheiro Socrates, não é aquele autarca que foi preso por corrupção? Com amigos destes quem é que precisa de inimigos.

Vento Norte disse...

Ainda não decidi o que deve ser realmente criticado: a ética, a estética, ambas, ou nenhuma...mas se ele diz que foi à borla...também não sou assim tão puritano. Será que a maioria dos projectos que se faziam naquele tempo, sobretudo os daquela dimensão e finalidade, não passaram por processos semelhantes? Digo isto apesar da pouca simpatia pelo Eng. Sócrates, só que há aqui muita hipocrisia...
A propósito, cá vai para quem gostar:
http://www.youtube.com/watch?v=E5kdbIfb25I

folha seca disse...

Caro Vento Norte

Eu não acredito em santos. Claro que sabemos que era usual um desenhador fazer um projecto e quando passou a ser obrigatória a assinatura de um Engº civil ou arquitecto, a troco de um pagamento lá se opunha a assinatura. Não sei bem mas penso que ainda hoje isso se pratica, não deixando de ser uma ilegalidade, pois o projectista que assina) tem obrigatoriamente que acompanhar a obra, o que claramento não foi o caso.

Mas o que se questiona e a mim indigna é quem tem telhados de vidro e um passado cheio de "ilegalidades" possa ser Primeiro Ministro. Até porque aquele subsidio de exclusividade que Jose Socrates recebia da A.Republica (enquanto mantinha outra actividade duvidosamente não remunerada) tambem me saíu do bolso.

Parabens pela musica que nos ofereceu.
Cumprimentos

Vento Norte disse...

Caro Folha Seca,
Há coisas que toda a gente sabe, mas que ainda assim quero lembrar.
Hipocrisias ou ingenuidades à parte, vamos ao estado da arte, ou pelo menos como hoje o vejo, abominando por principio as frequentes formas vis de estar na política e na vida.
Pelo que transparece para o senso comum e não devia acontecer, a ética seguida pela escola de políticos no poder e também na oposição, apesar de ainda existirem felizmente exemplos diferentes, tem conceitos demasiado elásticos para ser a adoptada por quem se propõe prestar serviço à República. A prática é a de não olhar aos meios para atingir os fins, e esses quase sempre se autojustificam pelo princípio errado de que, embora ilícito não é assim tão grave e de que, outros, nas mesmas circunstâncias e oportunidades, fariam o mesmo. Daí também resulta o incitamento à escolha do “facilitismo do parecer” em vez do “rigor do ser”, com resultados bem visíveis na nossa sociedade.
É claro que esta exigência moral, as normas de conduta rigorosa que devem pautar a vida pública e a privada, sobretudo de quem é público, não está ao alcance de todos, mas também nem todos poderão ser primeiro-ministro, ministros, deputados, directores-gerais, etc.
É lamentável que assim seja, como lamentável é a atitude de complacência facilmente atribuível à defesa do lugar à mesa do Estado, adoptada por quem nas diversas instâncias suporta o aparelho e o regime e devia erguer a voz em contestação, porque a sua voz, em democracia, é suposto ser a voz do Povo. No entanto, embora se comecem a ouvir, são ainda poucos os bons exemplos, talvez por receio das históricas tentativas de lançar no descrédito ou no esquecimento os que em dada altura, por honradez e imperativos morais divergiram da corrente.

Anónimo disse...

A Frase

“Ao Portugal Amordaçado, dos tempos do obscurantismo, segue-se o Portugal Esburacado dos tempos desta democracia em que o povo vota em partidos e elege mestres-de-obras."

João Paulo Guerra, "Diário Económico", 08-04-2010