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sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Últimas do SAP

(made in Lusa)
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Marinha Grande, Leiria, 24 Ago (Lusa) - Os utentes do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) da Marinha Grande aprovaram hoje a realização de mais uma manifestação, a segunda, para protestar contra a intenção do Governo de encerrar aquele serviço a 01 de Outubro.
O novo protesto está marcado para 21 de Setembro, às 18:00, na Praça Stephens, na Marinha Grande, e surge após a aprovação por maioria da moção apresentada numa reunião onde cerca de duas centenas e meia de populares debateram novas formas de protesto.
Luís Guerra Marques, da Comissão de Utentes do SAP da Marinha Grande, diz que o encontro provou que "o povo não quer o SAP encerrado.
"As pessoas vão lutar até ao fim para que o SAP se mantenha aberto, independentemente das propostas que venham do Governo", disse.
Quinta-feira, o executivo da Câmara da Marinha Grande, liderada pela CDU, aprovou por unanimidade uma proposta da vereação do PS a apresentar à Administração Regional de Saúde do Centro, que contempla um conjunto de medidas para melhorar o funcionamento do Centro de Saúde, mas onde não está contemplado o SAP.
Para o representante dos utentes, a proposta não serve: "Tudo o que vier a mais para melhorar o Centro de Saúde é bom, mas a preocupação fundamental da população é a continuidade do SAP e vamos manter-nos na luta por isso".
Os utentes do SAP da Marinha Grande já se manifestaram contra o encerramento do serviço nocturno em 28 de Maio de 2007, num acto que, segundo os organizadores, mobilizou cerca de três milhares de pessoas.
Na moção que convoca o novo protesto de rua, os utentes acusam o Governo e o Ministério da Saúde de "autismo" na aplicação de uma política de saúde "economicista", em que "o défice está à frente das condições de tratamento e socorro da população".
No documento, os populares pedem a manutenção do SAP em nome de "especificidades" como a existência de "indústrias em laboração 24 sobre 24 horas com grande número de operários que trabalham por turnos", "aumento significativo da população residente nos meses de Verão" e "aumento da população idosa, com fraca mobilidade e poucos recursos financeiros".
A moção acrescenta ainda que nos primeiros seis meses de 2007 "foram atendidos no SAP da Marinha Grande cerca de 4.500 utentes que de outro modo iam engrossar a lista de espera" do Hospital de Santo André, em Leiria.
Ainda segundo o documento, o Hospital de Santo André "não é alternativa capaz para muitos utentes do SAP", devido "ao excesso de doentes a que tem de acudir".
Recordando "as vitórias de Vendas Novas e Seixal", que "venceram a política do Governo e mantêm os seus serviços de saúde", no documento exige-se ainda o reforço dos serviços no Centro de Saúde da cidade.
O texto pede "mais médicos e enfermeiros para resolver o problema dos utentes sem médico de família", serviços de análises clínicas, raio-x e estomatologia "como em tempo já tivemos" e a "manutenção do SAP 24 horas com mais meios e profissionais de saúde".
Luís Guerra Marques tem esperança que até 21 de Setembro "o Governo apresente uma proposta que satisfaça as pessoas da Marinha Grande".
Se tal não acontecer, "vamos ver o que a população decide", mas "provavelmente serão tomadas novas medidas".

18 comentários:

Anónimo disse...

A Marinha Grande já obteve uma 1ª vitória.
- O PS vem emendar a mão, e junta-se à causa, veio tarde... mas como o povo diz: mais vale tarde que nunca. Após meses a dizer que nada ia ser encerrado, que andavam para aí uns arruaceiros, a alarmar a população sem razão nenhuma.
Ontem lá vieram (PS)dar a mão à palmatória, e ainda por cima com a mais alta figura distrital do PS, o Sr João Paulo Pedrosa.
No meu entender é a prova clara que o governo PS está, cada vez mais, com dificuldades de levar à prática esta politica de destruição do Serviço Nacional de Saúde.
Pena é que após tanto empenho demonstrado pelo Sr João PP (PS)de se juntar à causa e defender a Marinha e os Marinhenses, mesmo contra a vontade do seu Governo PS tenha acabado por ser o único, repito, único a votar contra a Moção.
Fica assim claro para todos os Marinhenses qual a posição do PS Local, pela mão do seu lider distrital Sr. João PP (PS), do solitário voto contra, quanto à defesa do SAP e de melhores Serviços de Saúde na Marinha Grande.
Podem enganar o povo... podem fazer a mentira passar por verdade durante muito tempo, mas não nos enganam para todo o sempre!

Anónimo disse...

é lá, o comprido deve estar com as orelhas a arder...
só não percebi uma coisita, qual foi a moção que ele rejeitou? na me digas que o rapaz também esteve no plenário do SOM? não posso...

Anónimo disse...

teve teve! só houve uma moção, o sr. João PP votou contra.... sozinho e depois de andar a dar graxa a reunião toda.. foi simplesmente surreal! eu estive lá e garanto qur foi das melhores noites deste verão.. quentes e animadas.

Anónimo disse...

não sei como escrever para aqui sem ser como anónimo.
Sou o "Basta de Medíocres"
como é possível esta aventesma ser o nosso líder? Conheço gente muito mais capaz e sem rabos de palha. que porra anda este a fazer... o artigo no região de leiria é de quem não tem mais nada que dizer. desculpem mas tou pelos cabelos com tanta incompetência.

Anónimo disse...

isto não é nada. Viram o outro da farmácia que saiu do SOM a chorar? disse que tinha que ir tratar dos pais. Mas depois estava lá fora. coitadinho!!!

Anónimo disse...

Isto é um fartar vilanagem!
A pêcêpêzada está de arreganho montado. Mas quanto de inverdade e pouca clareza há em tudo quanto esta cambada de anónimos anda para aqui a propalar! São bem a imagem da voz do dono.
Basta de tanto baralhar e confundir a gente séria.
Tenham a ombridade de dizer como as coisas se passaram e já que sabem tanto e estão tão esclarecidos, digam, se souberem, qual foi a proposta feita pelos vereadores do PS e que sabemos ter sido aprovada por unanimidade na reunião da câmara.

Vá lá digam com clareza o que foi proposto, pois eu à semelhança do que penso ser o interesse da maioria dos marinhenses gostaria de ser informado.
Afinal porque é que não esclarecem as coisas preto no branco? Porque é que continuam com a estafada ideia das manifs. para resolver toda e qualquer situação? Acham que as manifs. feitas até hoje cá na terra resolveram algum dos nossos grandes problemas? Será que ao menos uma vez na vida conseguem fazer alguma coisa que não seja gritaria e agitação de bandeiras?
Vá lá pensem em construir... já são horas não acham?
A nossa terra só terá a ganhar se o vosso comportamento for diferente!
Será que alguma vez serão capazes de fazer isso?

Todos nós, penso eu, queremos um atendimento médico permanente capaz de dar respostas às nossas necessidades, mas isso só será possível se todos puxarmos para o mesmo lado de forma esclarecida e não levados por manipulações.

Só com verdade poderemos fazer ouvir a nossa voz.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

O sr marinhense entristecido veja lá bem o artigo do Jornal da Marinha Grande. O que o JBP defende é o encerramento do SAP à noite, com uma argumentação pobre e remediada: porque há falta de médicos e para ter um melhor serviço durante o dia!
Ele não encontra outro tipo de argumentação, porque na verdade é remendada, de bradar aos céus e que não é, certamente, de gente séria, muito menos de um politico sério e com sérias intenções.

Se o JBP dependesse do SAP para ter acesso à saúde não defenderia esta posição. Defenderia a manutenção do SAP 24h por dia com mais médicos. A Marinha Grande não é uma cidadezeca!
A grande questão é que o JBP (que não está interessado em colidir com o governo PS ou lá se vão as aspirações a outros voos) como muitos dos políticos deste país não compreendem que há muita gente que depende destes serviços para ter acesso à saúde. E não me venha falar do Hospital de Leiria. Se todas as pessoas que recorriam ao SAP durante a noite tiverem de recorrer ao Hospital:
- Como é que se vão deslocar ao Hospital aqueles que não tem meio de transporte?
- Táxi? A maior parte não tem dinheiro para medicação quanto mais para táxi.
- Transportes públicos? À noite não há! Durante o dia experimentem ir uma vez de transportes públicos para verem o inferno que é.
- Ambulância? Pois parece-me que vai sobrar para os Bombeiros.
- Vizinhos? Pois também me parece por aí.
E o Hospital de Leiria, tem capacidade para receber os utentes dos vários SAP’s entretanto encerrados?
Se agora já se espera cerca de 3 a 4 horas para ser atendido, quantas horas será necessário esperar depois? Se os corredores da urgência do H. de Leiria estão cheios de gente encostada à parede à espera de um diagnóstico, por entre camas e cadeiras de rodas, quantos corredores mais serão necessários? Se a sala de espera do H. de Leiria agora não chega para tanta gente, quantas salas mais serão necessárias? Se os médicos e enfermeiros não conseguem dar vazão, quantos mais médicos e enfermeiros serão necessários (já para não falar na precariedade dos vínculos dos contratos dos enfermeiros que hoje estão e amanhã não se sabe)? A que preço para a qualidade dos cuidados médicos prestados? A que preço para as reais situações de emergência?
Estes cenários não fazem parte da realidade dos políticos deste pais nem da Marinha Grande. É por isso que é necessário que as pessoas manifestem a sua opinião e demonstrem o que querem.
Se o JBP tiver de levar os filhos ao médico à noite, vai confortavelmente no seu automóvel, e com os conhecimentos que tem, ou ao abrigo de seguros de saúde, etc. e tal, se calhar até lá vai um médico a casa.
Com isto tudo, não me venham falar de gente séria, se faz favor.

Anónimo disse...

Sr. trovisco,
Só depois de ter feito o meu comentário é que li o Jornal de Marinha do dia 23 de Agosto, onde, na pág. 4, vem o artigo de João Paulo Pedrosa acerca do SAP.
Parece, no entanto que não lemos o mesmo artigo...
Ora faça o favor de ler bem e veja se aquilo que o João Paulo diz, no que respeita ao encerramento do serviço de atendimento permanente, advoga pura e simplesmente o seu encerramento nocturno.
Não é isso que lá vejo. Advoga-se sim uma completa remodelação de todo o entendimento e o estender do apoio nocturno às populações vizinha do concelho marinhense. É isso ou não é?
E se assim não fosse como é que justifica que a proposta do PS tenha sido aprovada por unanimidade na sessão da Câmara? Há aí alguma coisa que não bate certo! Não acha?
Volto a dizer que é muito bonito falar a verdade, mas há gente que por deformação ou por inconfessados interesses tem alguma dificuldade em fazer isso.
Já quanto à deslocação ao H. de Leiria, seja de dia ou de noite, de muita da nossa população menos favorecida, aí estou cem por cento de acordo consigo, assim como concordo que é impensável sobrecarregar as ditas urgências do H. de Leiria, que já hoje estão a rebentar pelas costuras.
Também concordo que com o bem-estar dos utentes e com sua a saúde não se brinca.
A mim o que me entristece é que nós, marinhenses, não saibamos, ao menos uma vez na vida, ultrapassar as nossas rivalidades partidárias para, em conjunto, ainda que de forma necessariamente negociada, possamos contribuir para a resolução dos nossos problemas. Sejam eles este ou outros quaisquer!
Obviamente que com a nossa atitude, nós perdemos força negocial perante as tutelas e a única coisa que ganhamos é irmos ficando cada vez mais para trás!
Mas os iluminados da política cá da terra acham que eles é que estão certos.
Infelizmente os factos têm provado que há quem, na nossa terra, ainda pense que quanto pior melhor... Mas isso já é outra conversa. Ou será a mesma?

Anónimo disse...

Sobre esta questão (encerramento do SAP), 6 notas:

1 - o governo Socialista tem vindo a gerir mal o encerramento dos SAP’s. Em vez de criar condições dignas e alternativas, vem indicar o encerramento como ponto de partida negocial, ou seja, começa a casa pelo telhado levando as populações a desconfiar dos objectivos pretendidos;

2 - o PS da Marinha tem vindo a gerir mal esta questão uma vez que conhecendo as intenções do governo deveria ter começado por exigir a melhoria das condições do Centro de Saúde e a criação de alternativas, em vez de se escudar na desculpa ambígua de que ainda nada era oficial e de que se estariam a antecipar cenários não previstos. As propostas que agora apresentaram surgem assim como forma de emendar a mão, percebendo-se claramente que a única razão pela qual não o fizeram mais cedo, foi pelo facto de que se o tivessem feito estariam a admitir o encerramento do SAP e a última coisa que se deve fazer é afrontar uma governo da mesma cor política;

3 - o PCP joga (habilmente) em dois tabuleiros. Enquanto na Câmara aprova as medidas proposta pelo PS (tardiamente, na minha opinião), na rua lidera uma suposta supra-partidária e independente comissão de utentes através da qual mostra a “indignação geral da população” e comanda as tradicionais formas de luta. Escusado será dizer que a indignação da população marinhense deveria ter um único rosto, o executivo camarário (e a assembleia municipal), em uníssono, numa causa em que o SAP é apenas uma parte do problema. Estes são os únicos orgãos a quem eu, cidadão marinhense e utente do Serviço Nacional de Saúde, reconheço legitimidade para me representarem;

4 - o SAP não é nenhum serviço de urgência como alguns para confundir continuam a teimar “chamar” (veja-se o anúncio convocatória feito publicar no JMG da semana passada pela Comissão de Utentes). O SAP é um serviço de atendimento permanente e isso faz toda a diferença para a resolução do problema;

5 – Ao contrário do que afirma o Sr. António J. Ferreira no seu editorial do JMG da semana passada, a permanência, ou não, do SAP, assim como todas as medidas para a melhoria das condições de atendimento no Centro de Saúde ou para a criação de alternativas, são questões eminentemente políticas. A saúde é uma questão política porque se prende com a assumpção de opções e essas opções são tomadas de acordo com aquilo que é a avaliação dos partidos, de acordo com a sua ideologia e a sua linha doutrinária. Não enaltecer a política é descredibilizar a democracia. Dizer-se que a saúde não deve ser politizada não é sério e vem dar razão aos que ressuscitam os Salazares, por que “a política não presta” e “os políticos são todos iguais”. O que o Sr. Director queria dizer é que não se deve partidarizar a saúde, o que é totalmente diferente. O que não se deve é subalternizar as políticas de saúde às lógicas partidárias de disputa de poder e a outras lógicas em que o bem estar de todos é substituído pelo bem estar de alguns. Temos de ser mais rigorosos nas palavras.

6 – Quando os assuntos são sérios os argumentos também têm de ser sérios, sob pena de em nada se contribuir de forma construtiva para a resolução dos problemas. Só dois exemplos. Dizer que os que estão a favor do encerramento do SAP é porque têm meios e alternativas a esse serviço é tão ridículo quanto dizer que os que estão contra o seu encerramento e que também recorrem a estabelecimentos ou formas alternativas de atendimento, porque têm condições económicas para o fazerem, só estão contra por interesse pessoal (partidário). Argumentar nesta questão com problemas de transportes quando noutras circunstâncias se percebe que esta não é claramente uma das prioridades deste executivo e se pretende a todo o transe desmantelar a Tumg sob a capa de supostas ilegalidades, é no mínimo pouco sério.

Em jeito de conclusão só me resta reconhecer que quem perde com tudo isto (uma vez mais!) somos nós, a população da Marinha, e quem ganha é o PCP que, sem se empenhar na resolução séria do problema, capitaliza a seu favor o descontentamento popular. Agora que o PS fica muito mal na fotografia, lá isso fica.

Anónimo disse...

Depois de ler e reler o que J. Teixeira escreveu, não me atrevo a acrescentar uma vírgula, porque os pontos que destacou, não permitem qualquer alteração na pontuação deste texto. Simplesmente inatacável!
Para o cidadão comum, o papel do PCP e do Ps locais, fica claro.
A questão central deste problema, para eles, reside em saber quem capitaliza mais, ou quem perde menos no xadrês político marinhense.

Anónimo disse...

é curioso como a argumentação vai sempre no mesmo sentido, branquear o governo, desculpar o comportamento oportunista e até traidor do PS local, e passar um atestado de menoridade a quem participa nas reuniões da população ou nos protestos.
meus senhores o vosso contributo fica-se pelas bocas neste blog, sempre com o objectivo de defender os vossos compadres.

Anónimo disse...

já agora, porque raio o Dr. João Paulo Pedrosa foi à reunião no SOM? Porque votou contra a moção em defesa do SAP?
É porque quer defender os Marinhenses?

Anónimo disse...

mas porque é que os comunas têm sempre razão? será que o povo se revê neles? claro que não. se assim fosse há muito que seriam governo... então porque é que insistem em afirmar que defendem os interesses do povo?
e depois o que temos? dois pesos e duas medidas. o governo fecha saps e centros de saúde para poupar e o pcp diz que é reprovável, mas é engraçado que o presidente da camara (comunista) argumenta que a falta de iniciativa do seu executivo se deve à falta de dinheiro e à necessidade da contenção das despesas (fará se camara não estivesse de boa saude financeira). não há dinheiro, não há palhaço. só é pena que as prioridades não sejam outras e que à conta disso haja para aí palhaços a encherem-se.

Anónimo disse...

É pá, esta é forte e acertou na mouje.
Atão não é que o JBD quer acabar com o médico na Cambra, quer acabar com a cantina dos trabalhadores, quer acabar com o Bar, não paga horas a quem as faz fora do seu horário, não promove os funcionários, não mexe nas carreiras, fechou a TUMG, não faz obras, não recupera o Teatro Stefhens, tudo em nome de uma pretensa penúria orçamental.
Vá lá seus comunas do caraças, perguntem ao vosso lider espiritual de barbas, qual é a posição da Cambra, em termos económico ou financeiros, no estudo que a Universidade de Aveiro elaborou. Se calhar vão ter uma surpresa.
è que não se fazem obras, porque ele é um admirador de Salazar, em termos de finanças, entenda-se, e quer deixar os cofres cheios de massa e os marinhenses pobres de auto-estima.

Anónimo disse...

então e o João PP? afinal que foi fazer ao SOM?

Anónimo disse...

conviver com os comunas

Anónimo disse...

só lá estavam comunas? porra! "eles andem aí..."