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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Bitaite da Semana

Cá estamos uma vez mais para o "Bitaite da Semana" e o nosso eleito é o bitaite do Sr. Teixeira, aliás, até estamos desconfiados que este bitaite tem o dedo do Prof. Martelo. Será que, tal como o Santanica, ele anda por aí?
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Informamos ainda, em primeira mão, que em Dezembro vamos eleger o "Bitaite do Ano", cujo autor receberá um ticket restaurante para duas pessoas na Regional Minhoca. Participe com o seu bitatite e habilite-se a este magnífico prémio.
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E agora, venha de lá esse bitaite:
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J. Teixeira disse...
Sobre esta questão (encerramento do SAP), 6 notas:
1 - o governo Socialista tem vindo a gerir mal o encerramento dos SAP’s. Em vez de criar condições dignas e alternativas, vem indicar o encerramento como ponto de partida negocial, ou seja, começa a casa pelo telhado levando as populações a desconfiar dos objectivos pretendidos;
2 - o PS da Marinha tem vindo a gerir mal esta questão uma vez que conhecendo as intenções do governo deveria ter começado por exigir a melhoria das condições do Centro de Saúde e a criação de alternativas, em vez de se escudar na desculpa ambígua de que ainda nada era oficial e de que se estariam a antecipar cenários não previstos. As propostas que agora apresentaram surgem assim como forma de emendar a mão, percebendo-se claramente que a única razão pela qual não o fizeram mais cedo, foi pelo facto de que se o tivessem feito estariam a admitir o encerramento do SAP e a última coisa que se deve fazer é afrontar uma governo da mesma cor política;
3 - o PCP joga (habilmente) em dois tabuleiros. Enquanto na Câmara aprova as medidas proposta pelo PS (tardiamente, na minha opinião), na rua lidera uma suposta supra-partidária e independente comissão de utentes através da qual mostra a “indignação geral da população” e comanda as tradicionais formas de luta. Escusado será dizer que a indignação da população marinhense deveria ter um único rosto, o executivo camarário (e a assembleia municipal), em uníssono, numa causa em que o SAP é apenas uma parte do problema. Estes são os únicos orgãos a quem eu, cidadão marinhense e utente do Serviço Nacional de Saúde, reconheço legitimidade para me representarem;
4 - o SAP não é nenhum serviço de urgência como alguns para confundir continuam a teimar “chamar” (veja-se o anúncio convocatória feito publicar no JMG da semana passada pela Comissão de Utentes). O SAP é um serviço de atendimento permanente e isso faz toda a diferença para a resolução do problema;
5 – Ao contrário do que afirma o Sr. António J. Ferreira no seu editorial do JMG da semana passada, a permanência, ou não, do SAP, assim como todas as medidas para a melhoria das condições de atendimento no Centro de Saúde ou para a criação de alternativas, são questões eminentemente políticas. A saúde é uma questão política porque se prende com a assumpção de opções e essas opções são tomadas de acordo com aquilo que é a avaliação dos partidos, de acordo com a sua ideologia e a sua linha doutrinária. Não enaltecer a política é descredibilizar a democracia. Dizer-se que a saúde não deve ser politizada não é sério e vem dar razão aos que ressuscitam os Salazares, por que “a política não presta” e “os políticos são todos iguais”. O que o Sr. Director queria dizer é que não se deve partidarizar a saúde, o que é totalmente diferente. O que não se deve é subalternizar as políticas de saúde às lógicas partidárias de disputa de poder e a outras lógicas em que o bem estar de todos é substituído pelo bem estar de alguns. Temos de ser mais rigorosos nas palavras.
6 – Quando os assuntos são sérios os argumentos também têm de ser sérios, sob pena de em nada se contribuir de forma construtiva para a resolução dos problemas. Só dois exemplos. Dizer que os que estão a favor do encerramento do SAP é porque têm meios e alternativas a esse serviço é tão ridículo quanto dizer que os que estão contra o seu encerramento e que também recorrem a estabelecimentos ou formas alternativas de atendimento, porque têm condições económicas para o fazerem, só estão contra por interesse pessoal (partidário). Argumentar nesta questão com problemas de transportes quando noutras circunstâncias se percebe que esta não é claramente uma das prioridades deste executivo e se pretende a todo o transe desmantelar a Tumg sob a capa de supostas ilegalidades, é no mínimo pouco sério.
Em jeito de conclusão só me resta reconhecer que quem perde com tudo isto (uma vez mais!) somos nós, a população da Marinha, e quem ganha é o PCP que, sem se empenhar na resolução séria do problema, capitaliza a seu favor o descontentamento popular. Agora que o PS fica muito mal na fotografia, lá isso fica.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu cá por mim não gostaria mesmo nada de ver o SAP de portas fechadas à noite...
Já o disse e repito.
Mas também vos digo que apoio (com escoras e tudo) aquilo que J.Teixeira diz.
Por cá há polítiquisse a mais e decisões acertadas a menos... ... ... de todos os lados!!
Chega, basta, sobra e... outras que não me vêm agora à tampa. É do gás!...

Brecht à beira do mar disse...

Não me parece que haja apenas um único rosto, que seja apenas o executivo camarário. Parece-me que o rosto é a Câmara Municipal - PCP, PS e PSD.
Como muito bem argumenta, todos eles se portaram mal, fazem disto um circo, uma brincadeira e todos eles foram eleitos por nós. Eu posso não estar representado na maioria da CMMG, mas estou através dos vereadores da oposição e o mínimo que esperava seria concertação entre todas as forças politicas para resolver da melhor forma este e outros problemas.
Eles são incapazes de trabalhar uns com os outros e nós é que vamos pagar as favas.
Um é só segredos, reuniões com o governo e mais segredos (duvido que não soubesse o veredicto do ministro há muito tempo) os outros é pá manifestação, pá luta, que o povo tem é de formar comunas e lutar, andar à paulada.
Isto nunca muda.