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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Hossana! Hossana!

Caros Paroquianos do Largo...

Não imaginais as saudades que tenho de me encontrar convosco... infelizmente diversas (pre)ocupações tomaram o meu tempo e deixei-vos assim, como ovelhas sem pastor, entregues aos ladrões e salteadores... Espero que me perdoeis o meu pecado.
Podem parar as buscas! Eis-me aqui, meu Povo Calhandreiro!

Soube também que me querem por na Lista de transferências... é justo, dada a minha falta de comparênia no púlpito! Mas devo dizer que tal transferência não é agradável aos olhos do Senhor! Espero por isso que reconsiderem.

Perguntais-vos sobre o porquê da minha ausência... bem... ele está à vista de todos. Esta Cúria foi tomada de assalto pelos infiéis que quiseram por fim aos meus dias de Cura... mas como eu não tenho vocação para Mártir, tratei de me por a salvo das garras do Inimigo... Reconheço o meu pecado! Não devia ter fugido ao meu dever de zelar pelos interesses das minhas Ovelhas, adverti-las dos perigos que são esses Lobos vestidos com pele (mal amanhada) de Cordeiro e protegê-las das invectivas do predador. Mas eu ouvi o clamor do meu povo... ouvi os seus lamentos... e não pude mais deixar de vir em seu auxilio... No meu confessionário, e na leitura atenta do Jornal do Tó-Zé, tenho sabido do que apoquenta este Povo: as injustiças, as Falsidades, a Má-Fé, as Perseguições e tudo o que é mau e que tem alastrado por mão do Demo nesta terra. E não há quem lhe faça Oposição. Estão todos endrominados pelo poder sedutor da Serpente, ou pela sedução do Poder que a mesma figura lendária lhes promete já para um futuro próximo (são só dois anos a dormir à sombra da Árvore da Política... e esperar o tempo certo para agarrar a Maçã que dá o Poder!).

Mas agora... preparai-vos raça do Demo... a vossa derrota está próxima... e nem com Festas ao Santo da Praia vos haveis de valer. E vós que vos preparais para tomar de assalto o covil dos ladrões, que agora vos vestis como cordeiros mansos para depois mostrardes as mesmas garras de lobos devoradores, filhos do mesmo Demo... acautelai-vos... porque virá também para vós o Dia do Juizo. Virá um Messias (é essa a nossa Esperança!). Um Filho pródigo... que virá para julgar uns e condenar outros, e o seu Nome será Independente, e os seus discípulos serão livres como os pássaros do céu e os peixes do mar... Qual Abraão, conduzir-nos-á a uma nova era, em que seremos abençoados... Qual Moisés, far-nos-á atravessar a pé enxuto as ruas lamaçentas e esburacadas da nossa Praça... fará prodígios ainda maiores que o Patriarca de Israel no Egipto... Qual J.C., expulsará do Templo desta Praça, e à força de chicote, os vendilhões, negociantes corruptos e fraudulentos que exploram o Povo! E vós, filhos do Demo, para o quinto, melhor, para o sexto ou sétimo dos infernos haveis de ser lançados...

Pensais que podeis comprar o silêncio de um Cura?
Se outro cala... gritamos nós!
Gritamos a nossa Esperança num Libertador.
«E quem será?» - perguntais, irmãos! «Como o reconheceremos?» - indagais! Irmãos: Só ele o saberá... mas nós precisamos de estar atentos... Por isso vos digo: Vigiai e Orai! Para que quando ele chegar e bater à porta desta Praça, com a nossa Cruz cravada no papiro, lhe aibramos as Portas do Reino. E seremos salvos.

Amén.














Ps. Sobre as más-línguas que andam por aí a dizer que eu me perdi em questões de saias por outras Cúrias, quero dizer que o que move essa gentalha só pode ser mal de inveja... e para esse mal, um bom esfreganço com álcool canforado em certas partes corporais... fazia-lhes muito bem... :)))

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois, pois, álcool 'alcanforado' na... língua e depois bem raspadinha, claro está!!

Bom regresso ao nosso Cura Araújo. Bem aparecido seja... já tinha sódades!