Cá, como em muitas outras cidades, vilas e aldeias de Portugal, parecem não existir regras relativamente à colocação, em espaço público, de propaganda quer privada quer institucional, pública ou não. Mas se as há (as ditas regras), a sensação que fica é a de que, ou estão mal feitas ou não estão a ser cumpridas.
O que acontece na Marinha é uma vergonha. E nem sequer me refiro aos partidos políticos, os quais até têm maiores responsabilidades, num tempo em que assumem preocupações ecológicas e em que apelam ao sentido cívico dos cidadãos alertando-os para os perigos da poluição e para a necessidade da preservação do ambiente. Refiro-me sobretudo à propaganda relativa a festa, eventos e iniciativas diversas, que invadem as ruas do concelho por tempo indeterminado.
Aqui ficam dois exemplos, um cartaz anunciando uma festa mesmo nas “barbas” da câmara e um outro colocado pela autarquia anunciando um evento realizado em Fevereiro deste ano, mas que ainda lá permanece (Junto ao Parque Mártires do Colonialismo).
Resumindo e concluindo, há pequenas coisas que podem e devem ser feitas para melhorar a qualidade de vida de todos e quem nem envolvem grandes verbas, só que para isso é preciso iniciativa…
Já agora, aproveitava para recordar à comissão das festividades de S. Pedro que ainda lá permanecem as bandeirinhas penduradas de poste a poste, bem como o cartaz que se encontra na rotunda à entrada, anunciando as referidas festas. Nós cá em casa quando acabamos a paródia temos por hábito deixar tudo arrumadinho, é uma questão de princípio.
7 comentários:
gostas de implicar com tudo tambem, se vivesses em Lisboa com paredes cobertas de cartazes suicidavas-te de certeza.
Meu caro anónimo,
Concordo consigo quando diz que Lisboa está, neste aspecto, muito pior que a nossa Marinha Grande e, acrescento que a nossa capital precisa de uma imensa barrela de tão suja que está.
(Abro este parêntesis para referir que o aspecto da nossa capital é digno de qualquer capital do mais puro ‘terceiro mundo’ e, ao que me parece, esse é um facto do qual não nos devemos sentir absolutamente nada orgulhosos.
Não sei se conhece as capitais –ou outras quaisquer cidades dignas deste nome – por essa Europa fora, mas garanto-lhe que em pouquíssimas delas encontrará o aspecto sujo e miserável que ostenta a nossa capital!)
Posto isto, acho que o facto de tomar Lisboa como uma referência, na perspectiva de ‘limpar’ o desleixo que existe no nosso concelho no que respeita ao assunto trazido à baila pelo Mr. Bean, me parece despropositado.
Corroboro, a cem por cento, o que o Mr. Bean refere e também eu deploro e critico esta situação.
E, como em tudo na vida, o exemplo deve vir de cima, compete às nossas autoridades autárquicas uma palavra sobre este caso que é, reforço, muito pouco edificante.
Mas porque quis ver no seu comentário uma criticazinha (velada), à ‘embirração’ que o Mr. Bean trouxe para com as referidas autoridades, eu apresso-me a dizer-lhe que não atribuo esta situação a este executivo em particular, pois ao longo destes mais de trinta anos que levamos de democracia, poucas têm sido as iniciativas dos nossos responsáveis pelo poder local para a regular lhe por cobro.
E já são mais do que horas de isso vir a acontecer, não acha?!.
fica a informação que as autarquias só tem poder para regulamentar a publicidade. A progadanda politica tem lei própria à qual as autarquias não podem fugir.
Andam aí uns tiques, andam... do tempo da outra senhora, espero que não seja nada disso.
Essa coisa dos partidos terem liberdade para colocarem os cartazes em estrturas proprias a qualquer periodo do ano faz-me alguma confusão pq a maioria deles estão la todo o ano e parecem são só lixo com papéis por cima de papéis e muitas vezes em locais nobres o que colocam em perigo a circulção. E depois ninguem lhes pode dizer nada pq esta é mais uma das famosas conquistas de Abril (à boca cheia), mas não será tb uma conquista desta sociedade (que quer queiram quer não continuo a evoluir depois de Abril de 74) manter o minimo de limpeza e organização nas ruas das cidades.
Talvez fosse bom algumas pessoas esquecerem Abril por algum tempo (isto não se pode dizer é pecado) para não ficarem cegas e embebidas nas suas conquistas, e começarem a ver essa importante data da nossa sociedade como mais uma data importante nossa história e não como a unica data importante da mesma.
A iliteracia é um grave problema nacional, já todos o sabíamos.
Para que não sobrem dúvidas e para pôr termo às insinuações quanto à subliminar mensagem pidesca deste post, repito o que escrevi:
"O que acontece na Marinha é uma vergonha. E nem sequer me refiro aos partidos políticos, os quais até têm maiores responsabilidades, num tempo em que assumem preocupações ecológicas e em que apelam ao sentido cívico dos cidadãos alertando-os para os perigos da poluição e para a necessidade da preservação do ambiente. Refiro-me sobretudo à propaganda relativa a festas, eventos e iniciativas diversas, que invadem as ruas do concelho por tempo indeterminado."
Gostaria ainda de acrescentar que a questão não é culpar este executivo porque ele é tão responsável quantos os anteriores. A questão é chamar a atenção para o "problema" (que pelos vistos para alguns não o será, até porque em Lisboa é pior do que na Marinha), e sugerir que se tomem medidas.
Apoiado Mr. Bean. Apoiadíssimo!
Cá o borbulhas não teria dito melhor (passe a presunção, que também tenho direito a ela).
Anda p'rái muito boa gentinha a necessitar de uma grande reciclagem!
Ou será que se fazem mais parvos do que na realidade são?
Ora aqui está um tema que merece reflexão.
Não está, nunca esteve, nem estará em causa, o direito de expressão dos partidos, que entre outras formas, se pode concretizar através da afixação de paineis e cartazes.
O que está em causa, é a ausência de autoridade para fazer cumprir os regulamentos municipais, sempre que a cidade é invadida por milhares de papeis, afixados em postes de electricidade, agrafados a árvores, presos a mobiliário urbano, nos locais que deveriam ser os mais nobres da cidade, como o são a Praça do Vidreiro e a Praça Stephens.
Quando se assumem posições públicas de demonstração de PODER e se argumenta que a lei é para cumprir, encerrando estabelecimentos, ameaçando encerrar outros, etc, o que se espera é que quem assim se comporta, seja coerente.
O problema é que estão em causa as clientelas e também, porque não dizê-lo, o próprio P.C., que usa e abusa da colocação de feéricos paineis de chapa metálica, agarrados com arames a postes de candeeiros e postes de sinalética, degradando-os e provocando prejuizos que todos nós teremos de pagar.
Eu sei que dá trabalho. É preciso pensar em novas formas de comunicar e de passar a mensagem, mas acho que existe suficiente conhecimento entre os técnicos da Câmara, para se projectarem paineis, a colocar em locais préviamente defenidos, para os disponibilizarem para os partidos, com base num regulamento que fosse aprovado na Assembleia Municipal.
Até lá, vamo-nos contentando por não termos uma cidade tão feia e suja como Lisboa, como atrá foi referido.
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