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DECLARAÇÃO DE INTERESSES
. Nós não quisemos ser cúmplices da indiferença universal. E aqui começamos, serenamente, sem injustiças e sem cólera, a apontar dia por dia o que poderíamos chamar – o progresso da decadência. Devíamos fazê-lo com a indignação dramática de panfletários? Com a serenidade experimental de críticos? Com a jovialidade fina de humoristas?
. As Farpas (Maio de 1871)
Localizado no coração da Marinha Grande, o largo que actualmente apresenta o topónimo de Largo Ilídio de Carvalho (antigo Largo do Magalhães ou Largo da Fonte), ficou conhecido pelo Largo das Calhandreiras em virtude de ser local e ponto de encontro para uma das mais apreciadas, saudáveis e seculares tradições do povo desta terra – a calhandrice.
. Durante 5 anos cumpriu-se esta genuína tradição!
24 comentários:
Será saudades? Talvez reminiscências de um tempo que já lá vai… mas que não caiu, totalmente, no esquecimento.
É fazer a anamnese dessa instituição, não direi moribunda, mas que ficou parada no tempo.
Daí que os (alguns) antigos membros comecem a comemorar o aniversário deixando uma sensação de um certo saudosismo. Será?
Caro " quase anónimo" na verdade quando o seu bitaite apareceu esta a tentar apagar o post dado que o que prentendi foi postar a musica do Luis Cilia autor do " avante camarada e não um filme em que aparecem alguns protagonistas de quem sinceramente não gosto.
Quanto ao resto do seu bitaite, posso dizer-lhe que estou bem com o meu passado e presente. Fui comunista porque acreditei sinceramente numa sociedade sem classes. Deixei de o ser porque a vida levou-me a perceber que não era por aí. Aprendi muito com isso e se aprendi algo em termos de formação e caracter foi por aí. Se não desisto de dar o meu contributo para uma sociedade mais justa, tambem foi por ali que aprendi. Se percebi que estava no sitio errado tambem foi lá que percebi. Pra onde vou não sei. mas por ali não vou.
Estava tentado a pensar que a folha estava e reverdecer, ganhando nova vida, mas pela via menos viçosa...
Afinal, não. É lembrar apenas o percurso e guardar dele o que deve prevalecer: o passado de experiência e a capacidade adquirida de assumir que aquele não é o caminho...
Lá que às vezes são uns chatos, lá isso são. Mas o seu passado, ninguém pode apagar e, quanto a mim, ninguém pode também, em consciência, deixar de reconhecer o serviço anti ditadura que poucos terão conseguido!
Parabéns PCP.
Vejam é se conseguem acertar o passo pela realidade!...
Lá que às vezes são uns chatos, lá isso são. Mas o seu passado, ninguém pode apagar e, quanto a mim, ninguém pode também, em consciência, deixar de reconhecer o serviço anti ditadura que poucos terão conseguido!
Parabéns PCP.
Vejam é se conseguem acertar o passo pela realidade!...
De facto, goste-se ou não, 89 anos de existência 50 dos quais sob a feroz ditadura do estado novo e a repressão que se conhece, traduzida em prisões, assassinios, clandestinidade e exilios é obra.
Quantos homens e mulheres protagonizaram esses martirios, muitos dos quais ainda vivos.
Seria a altura do PCP fazer as pazes com o seu passado. Há 2 dos muitos homens da Marinha Grande que deram o corpo à luta que mereciam que lhes fosse feita justiça. Um há muito desaparecido vítima dum lamentável engano, assassinado numa mata em Belas por razões ainda "desconhecidas" chamava-se Manuel Domingues(O Manuel das Almoínhas). Outro ainda vivo, mas que penosamente arrasta a sua vida e os desgostos, um dos quais, a sua expulsão injustificada do seu Partido de sempre. Refiro-me a Joaquim Carreira.
Que se faça justiça neste e noutros casos e talvez o PCP nos faça aumentar o respeito que muitos de nós por ele ainda Temos.
Parabens.
Os 89 anos do PCP falam por si e os comunistas Portugueses olham com orgulho,a história do seu Partido,desde a sua fundação até aos dias de hoje,passando pela negra noite fascista e pelo tempo luminoso de Abril.Trata-se,com efeito,de uma história singular no panorama partidário nacional.Fazemo-lo sem quaisquer saudosismos,antes pelo contrário com os pés bem assentes na realidade actual e procurando colher da experiência do Partido ao longo da sua vida os ensinamentos indespensáveis para a intervenção partidária no tempo que vivemos.
Comemorar o aniversário do PCP é igualmente assinalar o papel por ele desempenhado no periodo que se sucedeu ao dia da libertação:a Revolução de Abril-que,com as suas profundas transformações,mudou positiva e radicalmente o País.E ainda comemorando o aniversário do PCP que sublinhamos o papel do Partido na luta por Abril,enfrentando a contra revolução,procurando mobilizar as massas.
Luta complexa,dificil,desgastante,que já leva mais de três decadas,mas que a situação actual exige que se intensifique e amplie.
Com orgulho estamos presente com a nossa força para que Abril não morra e os trabalhadores e o Povo Portugues tenham um Partido à altura da defesa dos seus direitos.
Não desistimos,nem nos peçam para abdicar da luta.Porque somos assim Partido Comunista Portugues com a foice e martelo.VIVA os 89 ANOS.
Aplaudo o texto deste ultimo anónimo, mas não haveria por aí mais um paragrafozito para responder à questão posta pelo ai ai?
É caso para dizer.. Ai, AI...
A velha escola Stalinista mantem os seus ensinamentos actualizados.
Um dos ensinamentos foi apagar da História dos partidos comunistas os membros que por qualquer razão se afastaram. É conhecida a forma como Trotsky como apagado de todas as fotos existentes na antiga União Sovietica e posteriormente ele próprio tambem foi apagado.
Aqui tambem vemos que Manuel Domingues um alto dirigente do PCP, foi apagado da história( e não só) do Partido.
Joaquim Carreira, segundo penso foi o homem que mais tempo seguido assegurou a impressão do Avante clandestino. Ainda recentemente se comemorou o aniversário e segundo soube pela imprensa esse facto foi comemorado.Terá nesse iniciativa sido referido o nome do Carreira? Creio que não.
Destes 89 anos, devem ser recordados pelo bem e pelo mal que fizeram.
O Joaquim Carreira, deu tudo ao pcp e a muitos que por lá andaram e ainda andam, é mais uma vergonha. O Quim Carreira, sempre foi um homem bom, ao contrário de outros, com gostos mais refinados que a todo o custo os tentam disfarçar. É por estas e por muitas outras que segui... outros caminhos.
O PCP não é nenhum partido de plástico, levantado das cinzas artificialmente pelos média. Antes pelo contrário, nasceu pela necessidade de aliviar as condições de vida dos trabalhadores, e agora é totalmente esquecido quando trata das questões nacionais, quando apresenta propostas para resolver os problemas que afectam os portugueses. O PCP tem uma mácula: tem uma posição definida e firme em relação à gula fundamentalista do capital. Luta contra os avanços do neoliberalismo.
É evidente, este processo tem de ser feito com pessoas de pele e osso. E aí começa o problema. E isso não tem nada de estalinismo, desejar uma plataforma mínima de acção para obter resultados na prática. Como disse acima, o PCP só pode contar à partida com as próprias forças.
Eu conheci o Carreira. Após o 25 de Abril participei em algumas acções onde ele não só participava na linha da frente como ainda punha todos os meios da sua própria firma para se atingirem os fins imediatos. Creio que a sua sede de clarificação da via política encetada pelo PCP após o 25 de Abril nunca foi saciada duma maneira convincente. Procurar culpados ou mesmo chamar-lhes estalinistas, é simplificar muito essa discussão.
Contar com o Carreira e com outros que deixaram de acreditar no seu contributo para realizar o grande projecto inacabado do 25 de Abril, será assim uma necessidade premente. Não só porque os média silenciam tudo o que cheira a união em roda da contestação ao status quo artificialmente instalado.
Que viva o Magalhães e os seus padrinhos.
Caro Contacomigo
Já tinha reparado na tua inclusão no clube de fãs do largo das calhandreiras. No entanto só agora cliquei naquelas letrinhas azuis e procurei o teu perfil. Já passaram uns anitos mas claro que recordo o tempo que no teu bitaite fazes recordar. Olhando para trás é facil ver onde erramos, mas na verdade o que fizemos foi perseguir o sonho que o Carreira e muitos outros (não esqueço o teu Pai)tornaram realidade. é por isso que não perdo-o a quem afastou muitos destes homens do Partido que ainda é o teu. Pois homens como o Carreira o que fizeram foi tentar usar um direito para o qual deram grande parte da sua vida, ou seja o direito a dar a sua opinião em liberdade.
Quanto ao Stalinismo, fica para outra altura, pois lá pelos sítios onde estudaste ele ficou bem marcado.
Abraço
Onde andam os grandes amigos do General?? Aqueles que lhe deram toda a força para romper com o PCP? Os mesmos que até lhe ofereceram um carro?
Que é deles?
Ao menos têm algum pingo de vergonha! - Carreira continua a ser usado para fins inconfessáveis.
Caro anónimo das 17:00
Um dos grandes amigos do "General" se se refere ao Joaquim Augusto da Cruz Carreira, está aqui. Fui dos amigos que promoveu um jantar de aniversário que culminou com a oferta de um carro em 2ª mão pago por alguns do amigos presentes. Não sei onde param todos esses amigos, sei de mim e tambem sei de alguns dos fieis amigos do Carreira e tambem sei
que muitos deles acompanham com angustia a sua situação e mostram aos seus familiares mais próximos a disposição de ajudar no que for preciso.
Quanto à questão do rompimento o meu caro está enganado(ou deixou que o enganassem). O Carreira nunca rompeu com o PCP. Foi sim expulso do PCP porque cometeu publicamente o "hediondo crime" de afirmar, para aí em 1989/1990 que não votava em João Barros Duarte.
Quantos aos fins inconfessáveis, meu caro diga lá, quais.
Ainda quanto ao "pingo de vergonha"
Essa pergunta deve fazê-la aos que expulsaram o Carreira... se não sabe quem são, eu posso dizer-lhe. Não aqui, claro, mas pode mandar-me um mail e eu respondo-lhe.
Diga para que todos saibam, quem o expulsou? Quanto ao rompimento é político, pensado, ponderado e muito bem apadrinhado, à época. Já hoje em dia? Que é feito do folar?
Na época o Carreira foi usado e hoje voltam as usurpações do seu passado e infelizmente do seu presente.
Desculpem, mas não bastam gritos de alma.
Evidentemente que aqueles que na época se aproveitaram do prestígio do Carreira e o usaram contra o PCP,estão hoje caladinhos que nem ratos.Qual jantar de homenagem,qual carro em segunda mão !!! Presentes envenenados...Tudo servia para se auto promoverem,e atingirem o poder.E diga-se em abonou da verdade que conseguiram.Mas rápidamente se esqueceram do "abraço solidário" que diziam ter para com ele.Quase há 20 anos que não se lembram dele e agora hipócritamente vêm à praça pública de novo lembrarem o seu passado presente.Tudo o que se passou também é responsabilidade do próprio,que nunca enjeitou a sua forma de estar na vida.
Apesar de tudo a sua vida merece respeito e consideração.E muitos de que hoje vêm a terreiro defende-lo,nem sempre o respeitaram nas suas posições politicas e ideológicas.
Caro anónimo das 17:06
Pelo respeito que o Carreira me merece, vou-lhe responder ponto por ponto.
1- Nunca fiz parte daqueles que usaram o prestigio do Carreira para qualquer fim "inconfessavel".Provavelmente não o conheceu suficientemente para saber que o Carreira nunca se deixaria "usar".
2- "Caladinhos como ratos" é sua a conclusão.
3- Não foi promovida nenhuma homenagem, apenas um jantar de aniversário, cuja ideia nasceu de 2 ex-militantes do PCP e um membro efectivo do partido (que infelizmente faleceu recentemente e teve todas as honras, prestadas pelo mesmo partido).
4- Quanto ao carro em 2ª mão, foi uma iniciativa extemporânea quando em conversa, se chegou à conclusão que o carreira estava sem meios de locomução. Para que saiba, foram 5 ou 6 amigos a pagar o dito carro.
5- Quanto ao abraço solidário e ao esquecimento durante 20 anos, só lhe digo que está enganado.
6- Quanto ao resto é conversa da treta. As atitudes ficam com quem as toma. No que me diz respeito tenho a consciência tranquila, pena tenho que não possa contribuir para que o heróico Joaquim Carreira viva os seus ultimos tempos com a dignidade que merece e pela qual lutou uma vida inteira.
Isto é conversa de quem não tem a consciência tranquila e se sente na necessidade de dar explicações.
Está tudo claro.Não conhecendo os pormenores que levaram o J.Carreira a tomar iniciativas contra o PCP e consequentemente à sua expolsão,parece uma evidência que esse assédio permanente de alguns ex-comunistas,tinha de dois um objectivo:Ou o J.Carreira tomava a iniciativa de sair pelo seu pé do PCP,ou o PCP via-se na obrigação de tomar ele a iniciativa.Isto é uma opinião de uma pessoa que está de fora,mas que esteve e está atenta à politica local.Pois alguns dos que sairam ficariam mais justificados ainda com a saida de um histórico militante.E quando pergunto onde estão os seus "amigos" é porque era agora que ele verdadeiramente precisava de ajuda.É nos momentos dificeis que se vêm os amigos.Mas como poucos foram amigos do peito,o J.Carreira infelizmente já não é merecedor de gratidão e solidariedade.
O meu caro anónimo devia tentar perceber melhor esta questão e não se limitar a trazer apenas aquela que é a posição oficial do Partido.
Qundo tudo isto se passou ainda mal tinha nascido lá prás terras do Alberto. Fale com outras pessoas e talvez perceba.
Quanto ao resto "presunção e agua benta, cada qual toma a que quer"
???
Já que isto virou conversa de fonte antiga, aqui vai mais uma calhandrice:
Constou-se na altura que o "Comandante" se teria começado a incompatibilizar com o partido por causa da não promoção da sua então mais recente companheira, funcionária da Câmara.
Um outro camarada também funcionário, tomando as dores do Joaquim Augusto da Cruz Carreira, foi pedir explicações sobre o caso e acabaria por ser alvo de uma cadeirada no gabinete do Presidente. A partir daí constou-se que surgiu um comité de amigos (alguns dos quais - à data - dissidentes recentes do pcp) que o teria influenciado a obrigar o Partido a expulsá-lo para se colherem louros políticos futuros. Arvorando-se este grupo, depois, farisaicamente, em defensor das dores amorosas do Carreira.
Os egos e vinganças mesquinhas dos homens são quase sempre os seus piores inimigos.
Só é pena ver-se hoje esse destemido lutador anti-fascista a deambular, abandonado, qual alma penada, pelas cercanias da sua antiga oficina de vidros.
Nem uns amigos nem outros merecem ficar a salvo de críticas, a ter-se passado o que à época constou e resumidamente aqui se deixa (se for autorizada a sua publicação).
Caro Sancudo
Já que fui o autor deste post e tambem meti algumas achas na fogueira durante a discussão, permita-me que lhe preste alguns esclarecimentos que são do meu conhecimento:
1-É conhecido que o "Comandante" teve na altura uma relação amorosa com uma funcionária duma Camara do distrito e não da M.Grande, mas que estava cá em destacamento, concretamente a secretariar o então Presidente. Portanto qualquer promoção nunca seria nesta Camara mas sim na de origem, não sendo verdadeira a insinuação , apenas o sendo a relação pessoal.
2- É verdade a da cadeirada( mas foi só com o braço da dita que se soltou na altura) eu própio vi o hematoma no braço do atingido. Mas tambem não é verdade que isso tivesse algo a ver com a outra situação.
3- Quanto ao comité de amigos só por ignorância ou calhandrice (da má) é que se procura tratar com esta ligeireza a questão.
Vejamos: Durante a preparação do XII em 1988 surgiu no PCP um movimento cujo objectivo principal era que a discussão a fazer nesse mesmo congresso não passasse só pela discussão das teses elaboradas pelo comité central,mas tambem outros documentos elaborados por outros militantes. Na Marinha Grande houve umas largas dezenas de militantes do PCP que apoiaram esse movimento, entre eles estava o Joaquim Carreira. O resto conhece-se. Uns ficaram no Partido e nesses está incluido o Carreira outros saíram na altura e outros foram saindo não havendo nessa altura expulsões na Marinha Grande.
4-A Expulsão do Carreira dá-se mais tarde pura e simplesmente porque escreveu um artigo num dos 2jornais locais Cujo titulo Seria mais ou menos este: Porque não voto em João Barros Duarte.
E fico-me por aqui, esclarecendo que só respondi a este bitaite em nome da Honra do Joaquim Augusto Da Cruz Carreira, porque foi aqui insinuado que as suas divergencias tiveram origem em interesses pessoais, o que para alem de denotarem uma ignorancia atroz quanto à sua personalidade demonstra uma grande insensibilidade pela sua situação actual, pura e simplesmente porque deu tudo aos outros e nunca quis nada para si.
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