.
.

sábado, 31 de maio de 2008

(I)mobilidade

A propósito dos problemas da mobilidade e dos transportes públicos, o Largo das Calhandreiras publica este fim-de-semana um suplemento sobre a TUMG que talvez valha pena ler e reflectir, uma vez que a memória dos homens é curta. Trata-se do resultado de simples pesquisas feitas na internet sobre o nascimento e evolução da empresa de transportes municipais.
Pensamos que há uma conclusão que é óbvia, inegável e factual, o poder político está há oito anos para implementar um sistema de transportes urbanos na nossa cidade. E isso é muito mau para todos nós, a começar por aqueles que não dispõem de alternativas.
Se este facto por si só já é motivo para alguma reflexão, tudo o que tem acontecido a respeito deste desta matéria, remete-nos para uma questão de fundo, relativamente à qual não se vislumbra resposta: qual é a estratégia dos nossos decisores políticos para a resolução dos problemas de mobilidade do concelho?
Porém, uma coisa parece cada vez mais fazer todo o sentido. Tendo a Marinha Grande condições de relevo excepcionais, as quais permitiriam resolver com relativa facilidade os problemas de mobilidade existentes, uma solução inteligente e sustentável terá obrigatoriamente de passar pela reintrodução da bicicleta com meio de transporte por excelência. A aposta na sensibilização das gerações mais novas para este meio de transporte e a criação de ciclovias dentro dos perímetros urbanos das três freguesias do concelho, poderão ser um primeiro passo. Assim haja inteligência, sensibilidade e vontade política.



quarta-feira, 28 de maio de 2008

Hoje em DESTAQUE

"Autarquia quer avançar com mais circuitos"

Marinha Grande: Câmara pondera investir em transportes colectivos face a aumento dos combustíveis

28.05.2008 - 16h12 Lusa

O presidente da Câmara da Marinha Grande admitiu hoje que a autarquia poderá investir numa rede própria de transportes colectivos, numa altura em que os preços dos combustíveis estão a atingir máximos históricos.

"A necessidade de transportes colectivos é um problema que se mantém muito visível devido aos preços" dos combustíveis, disse Alberto Cascalho (CDU), presidente da autarquia.

Nos últimos meses, os eleitos na autarquia têm discutido a viabilidade da empresa municipal Transportes Urbanos da Marinha Grande (TUMG), um projecto do anterior executivo que nunca chegou a concretizar-se. Agora, Alberto Cascalho aponta um "prazo de dois meses" para uma decisão final sobre o futuro daquela estrutura.

"A empresa está criada mas nunca funcionou", pelo que está a ser feito um estudo técnico sobre a sua viabilidade, explicou. Apesar disso, é intenção da autarquia avançar com circuitos de transportes que poderão ser geridos ou não pela empresa TUMG.

"Toda esta questão requer uma ponderação muito aprofundada" e "temos de avaliar e analisar as condições financeiras para o investimento", justificou Alberto Cascalho.

A empresa TUMG foi criada há sete anos, mas os atrasos na definição dos circuitos, bem como várias questões legais e demissões internas dificultaram a sua entrada em actividade.

Há cerca de um mês, ficou concluído um estudo sobre os transportes do concelho, que definiu as soluções de transporte a utilizar, bem como estratégias de promoção dos novos circuitos locais.

No entanto, o estudo final, desenvolvido pela empresa Perform Energia, apontou apenas dois circuitos de transportes viáveis financeiramente, pelo que agora caberá à autarquia avaliar se quer investir noutras redes. "Já pedimos mais informações e novas soluções para tomarmos uma decisão", acrescentou Alberto Cascalho.


(surripiado do Público)

"Direito de Resposta"

(a propósito do texto "Pão, pão, queijo, queijo")
.
.
Exmos. Senhores,

O Delegado de Saúde da Marinha Grande procedeu ao encerramento deste estabelecimento comercial no dia 21 de Maio (quarta-feira) cerca das 12h, precisamente à hora de fecho da edição do Jornal da Marinha Grande. Logo, seria impossível dar mais informação naquele momento já que quando a edição do jornal encerrou ainda o delegado de saúde se encontrava no interior do estabelecimento.

Assim, parece-me despropositada esta vossa apreciação, a exemplo de outras muito infelizes que têm feito sobre o jornal em geral e o seu director em particular, as quais merecem o mais veemente repúdio pelo seu teor não verdadeiro. O desprezo é a melhor resposta para a falsidade, a injúria… e a inveja.

Numa altura em que o JMG celebra 45 anos de existência, sempre ao serviço do concelho e das suas gentes, parece-me sensato solicitar mais respeito pelo título, na pessoa do seu director, e pelas dezenas de pessoas que têm vindo a dar o seu contributo a este semanário.

Entretanto, se se sentem com capacidade para fazer melhor, convido-vos a colaborar com o jornal, o qual agradece todos os contributos úteis que lhe possam ser dados.

António José Ferreira
Director do JMG

5/28/2008 10:33 AM

é pá, isto não se faz ó homem, pá!

PSP/Porto leva Professor Bambo para interrogatório no Departamento de Investigação Criminal

eu tenho-o como um homem sério! sério e… prestável! (fica aqui o contacto p'ró caso de apanharem o vírus)
.
.

terça-feira, 27 de maio de 2008

"Pão, pão, queijo, queijo!"

A chamada era de primeira página e anunciava “Delegado de saúde encerra padaria”, na página 28.

Não foi fácil encontrar mas por fim lá descobrimos a notícia (?), entalada entre o simpático cartoon do cão mijão, o relato emocionado da jornalista Alice feito a partir de Praga e meia página de publicidade de uma das incontáveis imobiliárias que crescem pela Marinha como cogumelos na mata:

DELEGADO DE SAÚDE ENCERRA PADARIA DO ENGENHO
O Delegado de Saúde da Marinha Grande, Artur José Felisberto, encerrou no final da manhã de quarta-feira, dia 21, a Padaria do Engenho, “por falta de condições de higiene e segurança”. Mais informações na próxima semana.


Conclusão: ficámos com água na boca!...
Como os tempos são de crise e até aqui no Largo se contam os trocos, pusemos de parte a hipótese detective Hercule Poirot e optámos pelos inspectores Patilhas e Ventoinha os quais, embora mais baratinhos, já nos deram notícias da sua investigação.
Afixados na dita padaria, dois pequenos cartazes esclarecem os “estimados clientes”. No primeiro, pede-se desculpa e informa-se que o estabelecimento se encontra encerrado para reestruturação e mudança de instalações. Curioso!... E o segundo informa que a compra de pão poderá ser feita na carrinha estacionada ao lado da padaria, solução engenhosa (ou não estivéssemos no Engenho) inspirada nos mercados medievais de boa memória.

Numa altura em que parece reinar a confusão e em que não se percebe muito bem quem tem autoridade para encerrar o quê (Delegado de Saúde? ASAE? Todos ao molho e fé em Deus?), a nossa autoridade de saúde, ao contrário do que aconteceu noutras ocasiões, decidiu mostrar serviço, prontamente sinalizado pelo periódico marinhense. O curioso é que na mesma semana, de acordo com relatos escutados pelos nossos detectives (não confirmados e sem qualquer eco no jornal), a ASAE terá encerrado uma pastelaria/padaria situada numa das principais avenidas da cidade.
Ficamos por isso a aguardar as informações prometidas na página 28, com a certeza de que o nosso delegado de saúde parece estar atento e em boa forma. Para descanso de todos nós.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Revista de Imprensa

"ORIENTAÇÃO WMOC'98"
Faltam 35 dias

Realizou-se na passada quarta-feira, na Praia da Vieira (Marinha Grande), uma reportagem alargada dedicada à orientação com especial ênfase no que irá agitar toda a região litoral centro, de São Martinho do Porto à Figueira da Foz, passando por Marinha Grande, Leiria, Praia da Vieira, Pataias e Pedrógão.

Esta será transmitida no programa "Portugal em Directo" da RTP1, na próxima segunda-feira, dia 26 de Maio, por volta das 18 horas.

Neste primeiro, de 2 programas a serem transmitidos, a RTP destacou o que é a modalidade e o que será o WMOC'08, com a ajuda das palavras do Presidente da Federação Portuguesa de Orientação e do WMOC'08 Portugal, Coronel Augusto Almeida, e do Director do WMOC'08, Carlos Monteiro. Foram, igualmente, ouvidos os testemunhos de alguns atletas da modalidade.

Os Presidentes da Câmara da Marinha Grande, Dr. Alberto Cascalho, e da Câmara Municipal da Nazaré, Dr. Jorge Barroso, abordaram o impacto que o evento trará para a região, nomeadamente a nível económico e turístico, recebendo de braços abertos os 3500 atletas participantes oriundos de 39 países do mundo inteiro.

Aproveitando a presença destes responsáveis, no mesmo dia, por volta das 17 horas, realizou-se uma conferência de imprensa, com a presença dos órgãos de comunicação locais e regionais assim como do Vereador do Desporto da Câmara Municipal da Marinha Grande, Dr. João Pedrosa, e da Vereadora da Câmara Municipal de Leiria, Dra. Isabel Gonçalves, que teve como principal objectivo a apresentação do WMOC'08.

Foi realçada a necessidade de sensibilizar as populações locais para as limitações de circulação e cortes de estrada que irão alterar o quotidiano diário. Uma chamada de atenção foi também feita para o comércio local estar preparado, em termos logísticos, para a recepção dos atletas.



(surripiado do Sapo Infordesporto)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Um dia (alucinante) com... Pereirita


Estava eu a dormir profundamente num modesto quarto do hotel “Charuto Dourado”, em pleno centro de Havana, quando o som ranhoso do despertador que comprei na loja do chinês antes de embarcar para Cuba, interrompeu o sonho erótico que estava a ter com o meu artista favorito, Danny de Vito. Eram 5 da manhã e na suite do lado já se ouvia movimento. O som da primeira mijadela da manhã seguida por um traquesito envergonhado e pela descarga do autoclismo não deixavam dúvidas, Pereirita estava pronto para mais um excitante dia de trabalho. Raios partam este hábito dos nossos autarcas, de se levantarem de madrugada para trabalhar, pensei eu esfregando os olhos colados com remela.

A viagem na véspera correra sem grande confusões num mini-boing da TUMGA com escala no Valado para deixar duas vendedeiras do mercado abarracado. Apanhámos o voo numa paragem junto ao Império dos Frangos e o único problema no cheque-in foi arrumar a prancha do Pereirita no porão do mini-boing. Mas logo ali ficou bem evidente o espírito prático e a visão dum vereador habituado a tomar grandes decisões. Bastou apenas um telefonema para o estaleiro da câmara e estava resolvida a complicação: “Artur, traz-me aí um serrote para cortar o bico”. Do outro lado respondeu uma voz cansada pelo trabalho acumulado: “A quem? Ao João Barbas?”. “Não camarada, esse já pouco pia... é à prancha. Estes xuxas nem um mini-boing souberam comprar! Veja lá camarada que nem uma prancha cabe nos porões desta geringonça. Parece impossível a pesada herança que nos deixaram!”

Como sempre o dia de Pereirita começou cedo com uma consulta à internet para visitar o seu blogue preferido e para se inteirar do mais importante: o estado do mar, a ondulação, as correntes marítimas, a direcção do vento e o tempo para o fim de semana.
Após duas doses de cafeína, bebidas de penalti, para enfrentar mais um dia complicado, Pereirita dirigiu-se à praia. Olhou para o mar com olho de político experiente e confirmou que a ondulação era fraca. Habituado a cavalgar ondas imponentes e a enfrentar o mar revolto e as toneladas de problemas do dia a dia, Pereirita suspirou e sentiu saudades da sua Rivieira e duma pratada de carapaus abertos. Fazendo um esforço para conter as lágrimas, passou um óleo bronzeador pelo corpo, estendeu a toalha com a cara de Cheguevara e deixou-se cair na areia para meditar sobre os grandes projectos para o concelho. Vida dura esta coisa de representar o município além-mar, pensei eu.

Após a meditação, que foi longa e profunda, como o sol já ía alto e os peritos aconselham que a partir do meio-dia só se deve meditar à sombra, Pereirita decidiu tomar um duche e almoçar. Dirigiu-se ao hotel e dez minutos depois estava sentado à mesa com ar lavadinho. Pediu a ementa e como já não havia carapaus abertos teve de se contentar com duas lagostas suadas e dose e meia de camarão tigre. Paciência, esta vida de vereador também tem contratempos.
Enquanto saboreava resignado a modesta refeição, aproveitou para ir folheando o “Manual do Comunismo para não Comunistas” do falecido Carlos Max, um livro recomendado por um consultor de imprensa, especialista na obra do finado autor.

Após o repasto o jovem autarca arrotou delicadamente e disse: “vou repousar um pouco que a manhã foi de loucos e esta tarde vou ter emoções fortes”. Pereirita referia-se ao grande momento da sua vida, ser recebido pelo camarada Fidel e entregar-lhe um galhardete do município a troco de operações às vistas. Como era do protocolo, Fidel deveria pegar-lhe ao colo, abençoa-lo e revelar-lhe o futuro.
Eram cinco da tarde quando Pereirita desceu apressado e cheio de ideias para implementar no concelho, ansioso por ser recebido pelo grande camarada. Bebeu três cafés curtos para enfrentar o que restava da tarde de trabalho e partiu rapidamente para o Museu de História Natural de Havana onde Fidel e outros dinaussauros da velha guarda o haveriam de receber.

Eram exactamente 18:37 quando Fidel tomou Pereirita nos braços para a fotografia da praxe e, chamando-lhe João Portugal, incidente diplomático prontamente resolvido por um camarada que segredou a Fidel que se tratava de João Baião (“Pereirita para os amigos”), um alto dirigente do enclave comunista de Marinha em Grande, lhe vaticionou um futuro brilhante e lhe reconheceu carisma de líder.
Emocionado, Pereirita decidiu não fazer mais nada o resto do dia. Sentia-se esgotado mas feliz. Voltaria para a sua terra com uma certeza, apesar do esforço valia a pena estar ao serviço do povo. E foi assim que sete charutos e vinte e duas cubas livres depois, Pereirita dormia o sono dos justo na suite presidencial do hotel mais em conta de Havana, o “Charuto Dourado”, sonhando ser o primeiro presidente da câmara da Rivieira de Leiria.
Ser político nesta terra não é fácil, desiludam-se os que querem fazer carreira porque ao fim dum dia destes são poucos os que não desistem. Hasta siempre camarada Pereirita!

Directamente de Havana em serviço especial para o Largo das Calhandreiras, a repórter Mulher Bidón.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Hoje em DESTAQUE

"Municípios: Estudo revela que maioria está satisfeita com actuação dos presidentes de câmara"


Viseu, 20 Mai (Lusa) - O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) revelou hoje os resultados de um estudo de opinião, que atesta que quase 70 por cento dos inquiridos estão satisfeitos com a actuação dos presidentes de câmara.

Segundo um estudo de opinião sobre a actuação do Poder Local e dos seus diversos agentes, efectuado pela Eurosondagem, entre 11 a 15 de Fevereiro, 20,5 por cento dos inquiridos dizem que estão muito satisfeitos e 47 por cento estão satisfeitos com a actuação dos seus presidentes de Câmara. Os poucos ou nada satisfeitos são cerca de 27 por cento.

"Quer isto dizer que quase 70 por cento dos inquiridos estão satisfeitos com actuação dos presidentes de câmara", sublinhou o presidente da ANMP, Fernando Ruas.

Os resultados do estudo de opinião foram hoje apresentados em Viseu, assinalando o "Dia do Poder Local" e a data de aniversário da fundação da ANMP.

Neste estudo de opinião, em que foram validadas 1.510 entrevistas telefónicas, "o cidadão reconhece também que é preciso dotar as autarquias de mais dinheiro".

Assim, 42,1 por cento dos inquiridos acham que se devia atribuir mais verbas às autarquias, enquanto 8,3 por cento entende que deviam ser atribuídas mais verbas ao Governo.

A qualidade dos serviços prestados pelas câmaras municipais "é considerada boa pela maioria e só cerca de 12 por cento é que não está satisfeita".

Fernando Ruas revelou ainda que, segundo este estudo, "os cidadãos pretendem que o poder local se envolva mais em áreas que não são da sua responsabilidade".

"Isto significa que confiam mais em nós do que em quem os presta actualmente, que é o poder central", acrescentou.

Quanto às carências identificadas pelos portugueses, "são competências da própria administração central, nomeadamente a segurança, acção social e educação".

O estudo, encomendado pela ANMP à Eurosondagem, abrangeu todas as regiões do país, incluindo os Açores e a Madeira, tendo sido auscultados 741 homens e 769 mulheres.

Segundo dados revelados hoje em Viseu, foram ouvidos 248 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos, 300 (26/35 anos), 292 (36/45), 321 (45/59) e 349 pessoas com 60 anos ou mais.

A Eurosondagem aponta um erro máximo da amostra de 2,52 por cento para um grau de probabilidade de 95 por cento.



(surripiado da Lusa)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Revista de Imprensa

CONTADORES
"Municípios criam nova taxa para não perder receitas"

As autarquias criaram uma nova taxa para os serviços da água, a fim de substituir a cobrança do aluguer dos contadores, que foi proibida por lei. As associações de defesa dos consumidores já admitiram avançar para os tribunais.


Os portugueses vão pagar uma nova taxa de disponibilidade de água, criada pelas autarquias para substituir a cobrança do aluguer dos contadores que tinha sido proibida por uma lei votada no Parlamento, mas contestada pelos municípios.

A uma semana da entrada em vigor da nova lei dos serviços públicos essenciais, o vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) disse que as autarquias vão contornar a lei para não perder as receitas.

«A taxa de aluguer dos contadores desapareceu» porque a lei assim o determinou, mas «os municípios têm de repercutir nos preços aquilo que lhes custa e fizeram-no adaptando o preço do metro cúbico ou nalgum casos através da taxa de disponibilidade de serviço que a própria lei permite que exista», explicou.

Fernando Campos, responsável pelas águas e resíduos na ANMP, adiantou que a lei aprovada pelos deputados é «demagógica» e apresenta «alguma leviandade, porque criou nos consumidores portugueses a ideia de que iria haver diminuição dos custos na factura no final do mês».

«Toda a gente sabia que isso não podia acontecer porque entrava-se em contradição e incumprimento da legislação», sublinhou, apelando a que «não se criem falsas expectativas no consumidor» de que o custo da água vai ser mais barato, «porque isso não é verdade».

Fernando Campos acrescentou que se a Assembleia da República quisesse «ajudar a resolver o custo final do consumo da água» tinha «como solução, por exemplo, eliminar o IVA da factura do consumo da água».

Por seu lado, Renato Sampaio, deputado socialista e um dos autores da nova legislação, defendeu que os consumidores não devem aceitar atropelos à lei, mas antes protestar e até recorrer aos tribunais.

«Do nosso ponto de vista, não há nada que justifique que o cidadão tenha de pagar seja aquilo quer for para além do serviço que lhe é prestado», afirmou, sublinhando que os consumidores, a Defesa do Consumidor e os tribunais «podem dirimir esse conflito».

Também Luís Pisco, jurista da Associação para a Defesa do Consumidor (DECO), disse à TSF que a taxa em causa é ilegal e aconselhou os consumidores a reclamar, numa altura em que várias associações de consumidores já admitiram avançar para os tribunais.


(surripiado da TSF)

domingo, 18 de maio de 2008

Pergunta ao Sr. Vereador Moiteiro

A semana passada o Sr. Vereador Moiteiro fez publicar um esclarecimento à população sobre a afixação de anúncios de serviços fúnebres o qual terminava assim:
“Informa-se ainda a população que a Câmara Municipal está a envidar esforços para continuar a colocar placards apropriados nos restantes lugares do Concelho, no sentido de melhorar a imagem da nossa terra, ambição partilhada por todos os marinhenses.”
Antes de mais devo esclarecer que fico sensibilizado pelo esforço que está a ser desenvolvido pela Câmara e que estou absolutamente de acordo com a colocação destes placards. Em primeiro lugar por uma questão de dignidade para com a memória dos que partem e em segundo porque não é demais pôr alguma ordem no caos que reina na Marinha no que diz respeito à afixação de toda a espécie de material (informativo, publicitário, etc). Aliás, se estão recordados, em Agosto do ano passado escrevi aqui um texto sobre a falta de regulamentação desta matéria.
Contudo fica-me uma dúvida que é a de saber se o Sr. Vereador considera que a questão da melhoria da imagem da nossa terra se fica pela afixação das cartas de luto ou se vai mais longe. É que a Marinha está cada vez mais sujas de papelada, cartazes, faixas e pendões, colados e pendurados em tudo o que é sítio (muitas vezes tirando até a visibilidade a quem circula) e quanto ao Regulamento de Publicidade e Ocupação de Espaço Público das duas uma: ou é insuficiente ou não é cumprido. Estão à espera de quê?


Nota: propositadamente deixo de fora a questão da propaganda partidária, embora não minha modesta opinião os partidos sendo dos maiores poluidores deveriam entender-se sobre a sua colocação e remoção. Mais não fosse, para darem o exemplo.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Novidades na Oposição


Apesar de ainda não ter sido oficialmente reconhecida como líder da concelhia pelo seu próprio partido, a Dama de Ferro*, como foi carinhosamente apelidada na publicação de maior tiragem do concelho, já começou a pôr ordem na “coelheira”. Nem mais. Sabem por quem é que foi substituída a vereadora Sandália? Por uma Lebre. Óbvio!



* Dama de Ferro é uma “corruptela nominal” atribuída à líder dos xuxalistas marinhenses pelo rei dos media vidreiros, director encartado, estudante do ensino avançado e especialista em assuntos marxistas, Toino-Zé Berlusconi. (O Nuno Rogeiro que se ponha a pau...)


o nosso primeiro já lamentou mas não vai estar presente, é que anteontem decidiu deixar de fumar...

Hoje em DESTAQUE

No âmbito da Associação de Municípios Pinhal Litoral

"Câmara da Marinha Grande contemplada com 6 milhões de euros para obras até 2010"


(...)

Alberto Cascalho informou que o município apresentou no mês de Abril uma candidatura para a regeneração urbana da cidade, que inclui a requalificação do Teatro Stephens, Museu do Vidro, Centro Tradicional, do edifício J. Ferreira Custódio, para a instalação de um parque de estacionamento, entre outros, no valor de 10 milhões de euros. O autarca informou também que foi ainda apresentada uma candidatura de 540 mil euros para uma intervenção de fundo em S. Pedro de Moel.

Alberto Cascalho referiu também que a associação de Municípios do Pinhal Litoral, onde o município está integrado, apresentou no âmbito do Plano Estratégico e de Acção uma candidatura ao Programa Operacional regional com valores entre os 198 e os 230 milhões de euros, dos quais foram concedidos 43 milhões de euros. Segundo o autarca, cada município recebeu 1,5 milhões de euros e mais um valor atribuído por cada habitante do concelho, o que no caso da Marinha Grande perfez um total de 6 milhões de euros, que o município terá de usar em obras a concluir até 2010.

João Paulo Pedrosa lembrou que é preciso “seleccionar bem o que é fundamental porque não há muito dinheiro” e defendeu que a autarquia deveria aproveitar para colocar as zonas industriais no eixo de competitividade. O autarca sustentou que “autarquia deve fazer um esforço para acelerar o projecto porque perdendo esta oportunidade não vamos ter mais nenhuma”, oferecendo a ajuda dos elementos do PS para ajudar na realização do projecto. Por sua vez, Alberto Cascalho referiu que a autarquia tem de ter em conta “os projectos intermunicipais, aferir as obras por prioridade e pela capacidade de as conseguir concluir até 2010”, de forma a não perder verbas.

.
(...)



(surripiado do Tinta Fresca)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

!!! EXCLUSIVO !!! (fotochoque 1)

O Largo das Calhandreiras revela em exclusivo imagens que confirmam a polémica. Na fotochoque que divulgamos em primeira mão, pode ver-se o avião fretado pela comitiva de Sócras, Pinhoco & Cª a aterrar em Caracas. De acordo com o nosso agente infiltrado que seguia a bordo “Eram cubanos. Sim, que esta malta não fuma qualquer coisa...”. Sem comentários!
.
.

sábado, 10 de maio de 2008

Hoje em DESTAQUE

(clicar na imagem para ler a entrevista)
.
.
Nesta entrevista Alberto Cascalho nega as afirmações de Barros Duarte sobre um suposto favorecimento dos funcionários da câmara ligados ao PCP. Este era o único caminho que restava a quem está na política de boa fé e com sentido de servir a causa pública. Outra coisa não seria de esperar. Contudo, o que fica por saber é se Barros Duarte irá ser "punido" pelo partido, por andar reiteradamente a "contar mentiras" aos jornais e às rádios, denegrindo o bom nome dos seus camaradas. É que se tal não acontecer, uma vez mais para mal da democracia e da transparência das lógicas partidárias, a coerência dará lugar à táctica politiqueira já que ao PCP nada convirá abrir uma "ferida" com consequências evidentes, a pouco mais dum ano das eleições autárquicas. É por isso que para este partido é muito mais cómodo escrever um comunicado insurgindo-se contra o Jornal de Leiria que publicou as acusações, do que "chamar à razão" um seu militante que diz mentiras sobre o funcionamento do partido, lançado lama sobre os seus camaradas, impunemente. Estamos certos que o PCP saberá dar a resposta adequada a Barros Duarte.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

"Copi/paste" (que é como quem diz) Descubra as Diferenças

É pá, se a mestra descobre, este tipo tá chumbado!


Frequentou a Universidade de Direito de Bona, mas acabou por se transferir para a Universidade de Berlim, a fim de cursar Filosofia.
Em 1841, com uma dissertação sobre Epicuro, licenciou-se, na Universidade de Iena, em Filosofia. As suas ideias radicais impediram-no de seguir a carreira de professor universitário, tendo aceite, em 1842, a direcção do jornal liberal Rheinische Zeitung.
Nesta época, Karl Marx evolui de uma concepção humanístico-liberal para o socialismo comunista, sofrendo, então, a influência de Feuerbach
(...)
Em 1843, foi viver para Paris, acompanhado da sua mulher, Jenny von Westphalen, (...).
Em 1845, expulso pelo governo de Guizot, desloca-se para Bruxelas.
Engels, com quem travara conhecimento em Paris, ajuda-o financeiramente e acabam por realizar juntos uma viagem a Inglaterra. Karl Marx entra em contacto com a realidade económica inglesa e enceta, junto da Associação dos Operários Alemães radicados em Londres, cuja situação de exploração pelo patronato era degradante, uma
firme luta de propaganda e de agitação, criando comissões de ligação com outras organizações operárias europeias.
(...)
Em 1847, a Liga dos Justos realiza um congresso em Londres. A divisa por estes proposta “Todos os homens são irmãos” é substituída, por influência de Karl Marx, em “Proletários de todos os países, uni-vos”, já que, ele próprio considerava que existia uma infinidade de homens dos quais não se sentia irmão.
... blá, blá, blá, blá...


(...) Frequentou a Universidade de Direito de Bona mas acabou por se transferir para a Universidade de Berlim, a fim de cursar Filosofia. (...) Em 1841, com uma dissertação sobre Epicuro, licenciou-se, na Universidade de Iena, em Filosofia. As suas ideias radicais impediram-no de seguir a carreira de professor universitário, tendo aceite, em 1842, a direcção do jornal liberal Rheinische Zeitung. Nesta época, Karl Marx evolui de uma concepção humanístico-liberal para o socialismo comunista, sofrendo, então, a influência de Feuerbach. Em 1843, foi viver para Paris, acompanhado da sua mulher Jenny von Westphalen. (...) Em 1845, expulso pelo governo de Guizot, desloca-se para Bruxelas. Engels, com quem travara conhecimento em Paris, ajuda-o financeiramente e acabam por realizar juntos uma viagem a Inglaterra. Karl Marx entra em contacto com a realidade económica inglesa e enceta, junto da Associação dos Operários Alemães radicados em Londres, cuja a situação de exploração pelo patronato era degradante, uma tenaz luta de propaganda e de agitação, criando comissões de ligação com outras organizações operárias europeias. Em 1847, a Liga dos Justos realiza um congresso em Londres. A divisa por estes proposta «Todos os homens são irmãos» é substituída, por influência de Karl Marx, em «Proletários de todos os países, uni-vos», já que, segundo ele próprio referenciou na altura, «existe uma infinidade de homens dos quais de maneira nenhuma me sinto irmão».
... blá, blá, blá, blá...


Ó camarada jovem aluno, para a próxima ao menos identifica as fontes (Tromelgo, Biquinha, etc, etc). Fixe? Fixe!!!

já não percebo nada disto... então mas não são os outros que vivem obsecados pelo défice? não há vida para além da diminuição das dívidas?

Câmara da Marinha diminui dívida a terceiros
.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

e eu que não sou do continente, sou da cooperativa do povo, também apoio o homem! é que isto está a ficar uma maçada...


.
.
.
.
Alberto! Alberto! Alberto! Guterrr... Gondomar! Gondomar!

Candidatos, partidos ou dois em um?

A questão é muito interessante e cada vez mais pertinente. Foi aqui mesmo objecto de alguma discussão a quando da suspensão de mandato de Barros Duarte e volta a sê-lo a cerca de um ano picos das próximas autárquicas, numa altura em que, com esse cenário como pano de fundo, se afinam as estratégias, se tenta correr contra o tempo para mostrar obra e se começam a perfilar os candidatos.
Votamos em pessoas ou em partidos?
Porque em tese esta questão poderá ser resolvida com relativa facilidade, recorrendo ao enquadramento constitucional previsto, na prática as opiniões são divergentes e dificilmente serão consensuais. A resposta mais óbvia e no fundo a que mais importa, é o que cada um de nós cidadãos eleitores com direito a um voto, considera ser relevante quando confrontado com diferentes projectos e candidatos, afectos a diferentes partidos ou a meros grupos de cidadãos (no caso das autárquicas). E essa escolha corresponde na maioria das vezes, muito mais a critérios emocionais do que racionais, onde a relevância dos candidatos que dão a cara pelos projectos políticos que representam não pode de maneira nenhuma ser ignorada.

Para “enriquecer” a reflexão, transcrevo um texto publicado no Diário de Notícias de 26 de Agosto de 2006, da autoria da politóloga Marina Costa Lobo, na sequência da substituição do presidente da câmara de Setúbal, não devendo contudo relevar para a reflexão o caso em concreto (uma vez que a substituição de autarcas é transversal a todas as forças políticas não sendo um exclusivo da CDU), mas antes a questão colocada em abstracto.


"Partidos ou candidatos?"

"Esta semana, o PCP decidiu pedir ao presidente da Câmara de Setúbal, Carlos Sousa, que apresentasse a sua renúncia ao cargo. Em torno deste facto existem dados dispersos: um inquérito do IGAT, reformas compulsivas de funcionários na câmara, associação do autarca à ala renovadora do PCP. Sobre o que terá levado à renúncia pouco se sabe, e é por isso prematuro comentar. No entanto, o caso envolve, para já, uma questão política interessante, nomeadamente a de saber se quando votamos numas eleições estamos a eleger um candidato ou estamos a votar em partidos.

A resposta a esta questão é absolutamente crucial: se votamos em partidos, então o PCP ou qualquer outro partido tem todo o direito de substituir detentores de cargos políticos. Se votamos em candidatos então a acção do partido quebra a relação de confiança e as expectativas inerentes dos eleitores na eleição em causa. Nesse caso, a decisão é ilegítima e impõe-se a realização de eleições.

Mas a resposta não é simples. Em Portugal vivemos num regime legal de monopólio de partidos, mas estes estão efectivamente personalizados. De jure, elegemos partidos. Durante a elaboração das leis eleitorais, os partidos estabeleceram regras que garantem o predomínio dos partidos, e das cúpulas partidárias em particular, na determinação dos eleitos.

Isto acontece porque sendo o sistema eleitoral proporcional e de lista, as listas apresentadas são fechadas, isto é, a ordem pela qual os candidatos são eleitos por cada partido é predeterminada, não podendo o eleitor exprimir qualquer preferência por um candidato na lista do partido em causa.

Além disso, os partidos são muito pouco descentralizadores internamente na feitura das listas.

Assim, quando votamos, seja nas legislativas, seja nas autárquicas, ou mesmo para as eleições ao Parlamento Europeu estamos na verdade a eleger partidos (as eleições presidenciais são a excepção óbvia a este padrão).

Se considerarmos a perspectiva de facto, isto é, a de saber se as pessoas votam em partidos ou em candidatos, a resposta é mais complicada.

Em primeiro lugar, os estudos empíricos que existem centram-se apenas nas eleições legislativas. Apesar dessa limitação, estes mostram que os candidatos dos principais partidos são absolutamente cruciais para as escolhas do eleitorado. Mais do que as características sociais do eleitor, a sua religiosidade, as suas pertenças associativas, os candidatos são determinantes na escolha dos eleitores. E o que sabemos da personalização dos mandatos autárquicos não sugere que as coisas se passem de forma substancialmente diferente no poder local.

A personalização efectiva da política é uma realidade em Portugal e depende de muitos factores, entre os quais a fraca implantação social dos partidos, o facto de a democratização ter ocorrido num período em que os meios de comunicação de massas estavam já plenamente desenvolvidos em Portugal e também devido à fraca diferenciação ideológica entre os principais partidos.

Acontece que o PCP, partido no centro desta polémica, tem sido uma excepção a este quadro de personalização da política. Nos estudos efectuados, este partido revela sempre maior ancoragem social e ideológica do que os restantes, com a menor importância correspondente do líder na explicação do voto dos eleitores comunistas.

Nessa medida, não podemos saber quanto "valeu" Carlos Sousa ao certo na eleição autárquica em Setúbal há dez meses atrás, e o que sabemos sobre o PCP noutros contextos eleitorais não nos permite afirmar com segurança que este tenha sido decisivo para a vitória dos comunistas em Setúbal.

Parece-me que não se podendo dar respostas definitivas, cada vez mais a legitimidade dos partidos, e das cúpulas partidárias, depende de uma relação mais transparente com o eleitorado. Os eleitores estão tendencialmente mais informados sobre os acontecimentos políticos, e o aumento da educação significa que os partidos correm mais riscos do que anteriormente ao agir de forma autoritária e autista. A cultura política dos portugueses tem evoluído na direcção da crescente descredibilização dos partidos, e na valorização de candidatos, e nem sempre pelas más razões. Em Portugal, não são os menos informados e os menos educados que dão mais importância aos candidatos, o que sugere que serão as capacidades políticas e de gestão que contam. O que é legal nem sempre é legítimo."


Marina Costa Lobo
Politóloga

Lembrete


Para os mais distraídos, recordamos que com a publicação do Lei n.º 12/2008 (“Primeira alteração à Lei n.º 23/96, de 26 de Julho, que cria no ordenamento jurídico alguns mecanismos destinados a proteger o utente de serviços públicos essenciais”), a partir do final deste mês de Maio, fica proibida a cobrança de “qualquer importância a título de preço, aluguer, amortização ou inspecção periódica de contadores”, nomeadamente contadores da água, electricidade, gás natural, etc.

Artigo 8.º
Consumos mínimos e contadores

1 — (Anterior corpo do artigo.)
2 — É proibida a cobrança aos utentes de:
a) Qualquer importância a título de preço, aluguer, amortização ou inspecção periódica de contadores ou outros instrumentos de medição dos serviços utilizados;
b) Qualquer outra taxa de efeito equivalente à utilização das medidas referidas na alínea anterior, independentemente da designação utilizada;
c) Qualquer taxa que não tenha uma correspondência directa com um encargo em que a entidade prestadora do serviço efectivamente incorra, com excepção da contribuição para o audiovisual;
d) Qualquer outra taxa não subsumível às alíneas anteriores que seja contrapartida de alteração das condições de prestação do serviço ou dos equipamentos utilizados para esse fim, excepto quando expressamente solicitada pelo consumidor.
3 — Não constituem consumos mínimos, para efeitos do presente artigo, as taxas e tarifas devidas pela construção, conservação e manutenção dos sistemas públicos de água, de saneamento e resíduos sólidos, nos termos do regime legal aplicável.

Artigo 9.º
[…]
1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — A factura a que se refere o número anterior deve ter uma periodicidade mensal, devendo discriminar os serviços prestados e as correspondentes tarifas.


Não sabemos o que é que a nossa câmara pensa da vida em relação aos contadores da água, mas se calhar o “regulamento de águas” e o “tarifário” disponíveis no sítio da CMMG, estão desactualizados ou em vias disso.
.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Hoje em DESTAQUE

"Tribunal da Relação confirma condenação de vidreira por poluição no centro da cidade"

O Tribunal da Relação de Coimbra condenou a empresa vidreira Ricardo Gallo, na Marinha Grande, a indemnizar vizinhos por danos causados pelas suas emissões poluentes de enxofre no centro da cidade.

A primeira decisão já havia sido favorável aos moradores vizinhos da fábrica e foi agora confirmada quase na totalidade pelo Tribunal da Relação, condenando a empresa a pagar cerca de 30 mil euros por danos causados em veículos, roupas e edifícios circundantes, refere o acórdão a que a Agência Lusa teve hoje acesso.

Fonte da empresa confirmou que irá recorrer desta decisão para o Supremo Tribunal de Justiça, por não concordar com o acórdão do Tribunal da Relação.

No documento, os juízes desembargadores analisam os testemunhos recolhidos no julgamento bem como a prova feita e mantêm a posição do Tribunal da Marinha Grande, que concluiu existir uma relação directa entre as emissões e os danos causados.

"Entendemos que a decisão (da primeira instância) tem o adequado suporte nos diversos elementos mencionados, os quais, entre si enleados, encontram uma sustentabilidade" para a condenação da empresa, referem os juízes desembargadores.

"As emissões de partículas expelidas pelas chaminés danificavam bens que se encontravam na área circundante das suas instalações, nomeadamente edifícios próximos, incluindo todos os seus componentes de alumínio ou de mármore, e roupas que eram colocadas nos estendais bem como veículos", refere a sentença inicial.

A situação mais grave verificou-se nos veículos, com o tribunal a considerar que os danos causados na pintura, borrachas e vidros resultam da "corrosão provocada por emissões gasosas" e são consequência de "uma falha no controlo do respectivo processo de produção".

Neste processo foi decisivo o facto de a empresa usar, até 1999, fuel com três por cento de enxofre e por não possuir filtros de mangas nas chaminés.

Na acção, os populares pediam também a responsabilização criminal do Estado, acusado de ter uma "fiscalização ineficaz das emissões gasosas", mas o Tribunal da Marinha Grande decidiu absolvê-lo, uma decisão que é agora confirmada pela Relação.

Os nove autores da acção alegaram que a empresa utilizava ar comprimido de grande pressão para limpar as "incrustações com resíduos de enxofre nas válvulas de funcionamento dos fornos e nas paredes das chaminés".

Por seu turno, na contestação ao longo do julgamento, que teve início em Fevereiro de 2005, a empresa recordou que não era a única a produzir vidro na zona e negou sempre quais responsabilidades directas nos danos causados.

Nas zonas próximas da fábrica existem também "empresas de foscagem e de produção de cristais que têm grande índice de poluição", alegou a empresa, mas o colectivo de juízes considerou que a responsabilidade dos danos referidos é da Ricardo Gallo.


(surripiado da Lusa)

terça-feira, 6 de maio de 2008

Missão Impossivel

Afinal a visita de João Baião Pedrosa (Pereirita para os amigos) ao povo irmão de Cuba, ao contrário do que alguns invejosos querem fazer crer, é crucial para o desenvolvimento da Marinha. A visita do nosso action man faz parte dum importante plano da autarquia para melhorar a qualidade de vida de todos nós. “Porquê?” perguntam vomecêses. E perguntam bem, porque o Largo das Calhandreiras vai revelar toda a verdade.
Com base em informações confidenciais a que tivemos acesso, estamos em condições de assegurar que, seguindo o bom exemplo e conselho do pioneiro presidente da câmara da cidade irmã/germinada de Vila Real de Santo António, o nosso presidente em exercício enviou Pereirita a Cuba para negociar um acordo de prestação de serviços de cirurgia oftalmológica. O jovem vereador vai mandatado para negociar um pacote de operações a serem realizadas naquele país democrático, a problemas de visão há muito sentidos pelo executivo vodka-laranja. A falta de visão, as vistas curtas e enevoadas são alguns dos principais sintomas sentidos. O vereador Autocolante terá já mesmo desabafado: “não estou a ver nada!”, ao que foi apoiado pelo vereador Serguey “ó menina, aponte aí a minha declaração de voto: faço nossas as palavras do camarada Autocolante, também eu não estou a ver nadinha!”. Embora o presidente em exercício se queixe de ver um fantasma que o acompanha em permanência, o problema deverá ser encaminhado pela chefe de gabinete para Mestre Fati, uma vez que se crê tratar-se não dum problema oftalmológico mas antes duma alma penada que ameaça atazanar-lhe o juízo até ao dia da renúncia final.
Caso o negócio se concretize, os edis marinhenses, sob a desculpa duma nova germinação, deslocar-se-ão a Cuba para ali serem intervencionados, prevendo-se que tal aconteça ainda antes das próximas eleições. Os médicos não garantem contudo que os pacientes alguma vez venham a ver alguma coisa, mas pelo menos não custa nada tentar.
Quem parece que também não perdeu a oportunidade para acompanhar esta importante missão foi a repórter Alice no País das Maravilhas que está a preparar mais um espisódio da saga “Um dia frenético com gente séria e trabalhadora, que toma decisões difíceis e cafeína em quantidades insdustriais, resolve problemas complicados, levanta-se cedo, deita-se tarde e não bufa...”. Segundo conseguimos apurar, a famosa repórter, que vê mais com um olho do que eu com estes dois que a terra há-de papar, deverá ainda aproveitar a ocasião para marcar uma consulta para o rei dos media, a ver se o rapaz começa a abrir os olhos.
.

os nossos rapazes é mais perguicite aguda, mas parece que também estão de quarentena, pelo menos ninguém os vê...

Tuberculose na Divisão de Trânsito da PSP do Porto
.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Hoje em DESTAQUE

"PSD quer Artur Pereira fora da TUMG"

Os elementos da bancada do PSD na Assembleia Municipal querem que o vereador social-democrata, Artur Pereira, se demita – ou seja demitido - da presidência do conselho de administração da empresa municipal Transportes Urbanos da Marinha Grande (TUMG).
Os três deputados municipais consideram que “não faz sentido que o membro do executivo da Câmara da Marinha Grande que mais tem feito para acabar com a TUMG se mantenha como administrador”.
Na última quarta-feira, já depois do fecho da edição, os social-democratas terão mesmo exigido, em plena Assembleia Municipal, que o presidente da Câmara, Alberto Cascalho, tomasse uma decisão em relação à empresa municipal e que desse um sinal de que a quer manter em actividade, exigindo a saída de Artur Pereira.
Esta decisão dos deputados do PSD acontece depois de o vereador e administrador da empresa ter anunciado que a autarquia pretende lançar um concurso público em que a TUMG concorrerá com outros fornecedores daquele tipo de serviços, depois do estudo de mobilidade estar concluído.


(surripiado do Região de Leiria)

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Abram alas para o Noddy

Abriu a caça à perdiz e a outras galiformes, sob o olhar complacente e incapaz das aves rabudas, mais preocupadas em não perder de vista os cucos que lhes querem subtrair os ninhos e os feitos que rendem petauro.
Abandonemos a hermética e sibilina linguagem dos ornitólogos diplomados, só ao alcance dos papáveis de crista escarlate, e troquemos por miúdos a cifra. Comitentes, regedor e demais asseclas, o clube das sextas-à-noite, decidiram por unanimidade e aclamação descer às profundezas da urbe para uma operação de charme, para prestar contas, boas contas, sentir o pulsar do povo que em si confiou e de si desconfia. Vão distribuir em bardas doses, atenção, pluralismo e humildade democrática, dizem. Despem-se os jaquetões e as camisas maoistas, dão-se lugar às humildes calças de zuarte e ao estame cinza das camisas da boca do forno, para que o povo sinta o cheiro da sudação que emerge das decisões difíceis, do trabalho árduo dos que têm a espinhosa e molesta tarefa de arquitectar o nosso porvir, da vida dura e cruel dos gabinetes. Despojados de todos os símbolos e tiques aburguesados, apoiados num dissimulado e roufenho megafone, urdido por conveniência em folha de papel-jornal, partem em missão estrada fora percorrendo em comitiva de matineiros e por várias semanas, azinhagas e áleas, lugarejos e povoados, pedindo ao povo que soluce os seus lamentos em ombro amigo, pedindo ao povo compreensão para as dificuldades herdadas de outros órfãos. Vê dona Efigénia, finalmente alguém que lhe presta atenção, alguém que a ouve e que lhe vai tapar o buraco, desentupir a sarjeta, colocar o contentor dez metros mais para a esquerda, calcetar o meio-metro que falta do portão até ao passeio, alguém que a compreende, que vai tomar boa nota e em devida conta todos os seus problemas. Pois que gerir um município também é isto, D. Efigénia, à pois é! Mas, e o resto? Os planos quinqui-catrapinqui-anuais? Os big-mega-projectos? A complicada planificação urbana? Os transportes? As germinações? O relacionamento estratégico com os povos irmãos da revolução? Felizmente que há alguém que não vai à rambóia e que fica para arrumar a casa.
Dividindo um dia de labor esgotante entre o pó do gabinete e o pó da rua, há um pilar da estabilidade, um visionário diligente que zela para que os herdeiros da sua resplandecente clarividência, concluam em obra o que imaginou legar ao futuro. Mas cautela Oliveira, cautela. Nem todos compreendem o valor e o alcance do teu meritório trabalho. Lá dizia o gazeteiro, trabalhar muito pode não ser sinónimo de trabalhar bem. Sinais…
Mas para quem como eu herdou da bisavó paterna inatos dotes de adivinhação, há mais sinais, sinais que não colhem logro e que desvendam o termo mais que próximo do teu prestimoso contributo para a história da coligação. Sinais como aquela mise-en-scène em que o maioral da corporação dos fregueses levantou fervura de modo inopinado. Em que abespinhado, exasperado, na presença da Mendes Pinto do reino, vociferou contra a destruição do mítico e idílico Lavadouro do Olho, atirando-se a ti como gato a bofe, dando o mote para que o xerife apaziguador executasse com mestria mais um dos seus magníficos passes de mágica. E logo ali se gizou a intrincada resolução para o não menos intrincado problema: uma réplica à escala natural daquela obra-prima que Lopes Vieira apenas não exaltou por falta de tempo. Acho a ideia bonita e o sinal inequívoco, por isso: cautela Oliveira, cautela…


Aviso: se passarem ao Casal da Formiga, não ousem desafiar a minha paciência que vos solto o temível Tarzan, pois que apesar de rafeiro, tem alma de guerreiro e dente afiado. É que se me acabaram os calmantes e já estou pelos cabelos com choramingas a baterem-me à porta. Já bem bastam as testemunhas do Senhor, todos os sábados à tarde.

com tanto desabafo, já só faz lembrar o calimero: é pá não é justo complicarem a vida às pessoas, pá...

"Socialistas fazem mais obstrução do que oposição"