.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Revista de Imprensa de 09-06-2005
«Autárquicas - PSD apresenta cabeças de lista e promete “começar por baixo”»
Saneamento prioritário
O candidato do PSD à Câmara Municipal da Marinha Grande, Artur Oliveira, apontou como principais prioridades o saneamento básico e a melhoria das ruas da cidade, na apresentação da candidatura do partido às eleições autárquicas de 2005, que decorreu na passada segunda-feira. Ideias que foram reforçadas por Pedro Silva, candidato à Assembleia Municipal, ao acrescentar que “não adianta ter jardins modernos, quando não há saneamento básico e quando existem ruas do terceiro mundo”.
Artur Oliveira acusou ainda a Câmara PS de ter destruído o Plano Director Municipal (PDM) e afirmou que é necessário um novo documento, “totalmente renovado”, pois este constitui “um instrumento indispensável de trabalho”.
“Começar por baixo” e “dar aos que nada têm” são os ideais para o candidato do PSD, que entende um possível triunfo como uma vitória da Marinha Grande e não como uma vitória pessoal. “Se não ganharmos é uma derrota dos munícipes e não da nossa equipa”, acrescentou o cabeça de lista.
(...)
(surripiado do Região de Leiria)
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Momento Zen da Semana
Embora retirada do seu contexto original, esta frase serve-nos para a construção metafórica “erguida” paredes meias entre os Paços do Concelho e o busto do nosso candidato. É bom recordar que a causa pública vai muito para além dos interesses particulares que povoam os dois lados da “barricada”. Os muros servem para dividir mas também servem para manter afastada a “má vizinhança”. Contudo, viveríamos muito mais felizes sem eles. Bastava para isso que todos respeitássemos as frágeis fronteiras da liberdade.
O Largo das Calhandreiras é talvez o local da cidade onde confluem mais ruas, para sermos mais precisos, seis entradas e saídas. É nossa obrigação mantê-las desimpedidas para que todos possam circular à vontade e em segurança.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
sábado, 25 de outubro de 2008
Tarifa de Disponibilidade VII - As Certezas do Sr. Presidente
(extracto da entrevista do Sr. Presidente da CMMG ao JMG)
JMG – E a taxa de disponibilidade, não poderia poupar os marinhenses de pagar este imposto?
Dr. A. Cascalho – A taxa de disponibilidade tem sido discutida de forma bastante aprofundada, tanto na câmara como na própria assembleia, como certamente saberá. Nós tivemos a preocupação de auscultar todas as entidades que entendemos terem relevância nesta matéria, nomeadamente a Associação Nacional de Municípios. E, uma coisa podemos garantir: nenhum munícipe passou a pagar mais um cêntimo que fosse pelo facto de ter havido essa alteração.
(...)
De acordo com as regras actuais, as autarquias deverão, no mínimo, fazer repercutir naquilo que cobram pelos serviços que prestam, no mínimo, os custos que têm com a prestação desses serviços. A ideia que temos é de que, no concelho da Marinha Grande, a água tem um preço que está muito abaixo da média nacional e até mesmo da nossa região.
Face à posição clara do Sr. Presidente, todas as dúvidas que manifestámos sobre a aplicação da nova tarifa de disponibilidade começam-se a dissipar, parecendo confirmar-se que a mesma está a ser aplicada de forma ilegal.
Apesar da pergunta ter sido mal formulada (o Sr. jornalista, que conduziu a entrevista, tinha a obrigação de saber a diferença entre uma taxa e um imposto), a não resposta do Sr. Presidente foi reveladora, senão vejamos:
1. diz o Sr. Presidente que foram auscultadas “todas as entidades que entendemos terem relevância nesta matéria, nomeadamente a Associação Nacional de Municípios”.
A alusão que o Sr. Presidente faz (“nomeadamente”) à ANMP não é por acaso, nem é inocente. Recordemos o que disse o vice do Dr. Ruas a este propósito:
O vice-presidente da ANMP refere que as autarquias não podem perder receitas e por isso vão contornar a lei.
"Isto resulta da disposição legal que impediu que houvesse a taxa de aluguer do contador, mas também há outros dispositivos legais que dizem que os preços têm de ser reais. Os municípios tiveram de encontrar soluções para cumprir todas as leis que estão disponíveis", explicou o responsável pelas águas e resíduos da ANMP.
Fernando Campos disse que os municípios decidiram criar uma taxa de disponibilidade de serviço ou então proceder a acertos no preço do metro cúbico, "sendo certo que o valor final da factura tem de ser o mesmo".
Regista-se uma vez mais (com espanto!), que um dos interlocutores privilegiados desta câmara seja a insuspeita ANMP e que um partido dito de esquerda e que se arroga de arauto da defesa dos trabalhadores, não ausculte, por exemplo, a DECO, decalcando na integra as directrizes da sua associação de classe, para justificar o injustificável. Talvez por contaminação do camarada de coligação o PCP se esteja a transformar num partido neo-liberal, que privilegia a receita e detrimento da lei. Quem diria!
2. mas se a questão é a aplicação de uma taxa prevista na lei, fazendo repercutir na factura do consumidor os custos relativos à construção, conservação e manutenção do sistema de distribuição de água, o que se retira das palavras do Sr. Presidente é que nem ele parece saber quais são esses custos ao responder que: “A ideia que temos é de que, no concelho da Marinha Grande, a água tem um preço que está muito abaixo da média nacional e até mesmo da nossa região.”
O Sr. Presidente da câmara para aplicar uma taxa que tem de ter correspondência com os custos efectivamente suportados (é isso que diz a lei) não pode ter uma “ideia” sobre a comparação de preços entre municípios, não lhe basta dizer que a nossa água até é mais barata que a água aqui do vizinho do lado, o Sr. Presidente tem é de ter certezas sobre aquilo que custa manter o sistema em bom e regular funcionamento. Até porque a comparação de preços é falaciosa, uma vez que os municípios podem ter custos diferentes para disponibilizar o mesmo serviço. Mas será que o Sr. Presidente sabe efectivamente quanto é que isso custa? Não cremos. Em contrapartida, para criticar a nova lei, revela que o facto da facturação ter passado de bi-mensal a mensal (com a consequente antecipação de receita, que preferiu ignorar) custa à câmara mais 100.000 euros - só esperamos é que estes cálculos não tenham sido feitos pelos mesmo peritos que estimaram as “obras de adaptação” do “nado-morto” (mercado do Atrium).
3. contudo, o Sr. Presidente tem uma certeza: “nenhum munícipe passou a pagar mais um cêntimo que fosse pelo facto de não ter havido essa alteração”.
Pois é Sr. Presidente, só se esqueceu de um pequeno pormenor, é que quando alguém tem de pagar por algo que não deve, tudo o que paga é a mais, nem que seja o tal cêntimo a que se refere.
Para terminar, e até porque as respostas do Sr. Presidente não suscitaram no espirito crítico do entrevistador qualquer questão adicional sobre esta matéria, gostaríamos de deixar uma pergunta que pensamos de resposta fácil, uma vez que se trata de um dado fundamental a quem gere uma rede de tratamento e distribuição de água:
qual a percentagem de água que se “perde” no sistema, entre o total de água tratada e pronta para consumo e a água efectivamente consumida e facturada ao consumidor final?
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
EXCLUSIVO LARGO DAS CALHANDREIRAS
E não percam esta noite a partir das 23 horas, no Largo das Calhandreiras, o evento “Todos Contra Uns e Uns Contra Todos”, a luta feroz pelo cinturão de campeão, a luta feroz entre os que perderam a confiança política e os que lha tiraram. João das Barbas versus PêCê e Artur Autocolante versus PêPêDê, os maus contra os bons e os bons contra os maus, um espectáculo com cenas arrepiantes, tudo em directo a partir do Municipal Arena Assembly, onde se vai jogar o título municipal de campeão da CM, a Coligação Maravilha. Vai ser um evento fabuloso, não percam! Fiquem com um cheirinho do que se vai passar (não se preocupem que apesar de parecer verdade é tudo a bricar, como na vida real);
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Revista de Imprensa (quentinha)
“O PCP aburguesou-se muito na Marinha Grande”
Sente-se tratado como uma “embalagem descartável” pelo PCP e diz que foi afastado por se recusar a fazer favores a alguns dirigentes locais. Responde às críticas do PS de falta de obra com o facto de ter dado prioridade à organização da autarquia e condena a postura eleitoralista do principal partido da oposição.
Quando há cerca de um ano suspendeu o seu mandato deixou em aberto a possibilidade de regressar à Câmara da Marinha Grande. Mantém a mesma posição?
Quando pedi a suspensão admiti uma evolução da situação que me proporcionasse retomar a actividade. Pareceu-me contranatura dois ou três camaradas proporem a minha saída. Sem a confiança política do meu partido não havia condições para funcionar. Pedi a suspensão na perspectiva de que as condições pudessem ser alteradas.
E essas condições alteraram-se?
Não. Em alguns casos até era natural que se tivessem esclarecido.
Como estão as suas relações com o partido?
Praticamente não existem. O partido retirou-me a confiança política e eu não reagi. Tenho estado quieto e calado.
Sente-se desapontado?
Desapontado qualquer pessoa fica quando é militante de um partido há 45 anos, cumpriu com dedicação todas as regras partidárias, e chegam dois ou três indivíduos e utilizam-no como uma embalagem descartável.
Quem é que na realidade o afastou?
Foram os principais dirigentes locais do partido.
Sob que justificação?
A questão do terreno do Marinhense é a mais forte. Queriam-me forçar a aprovar aquilo. Sou uma pessoa coerente, ética e respeito a confiança das pessoas. O grosso do meu eleitorado não se sentiria bem se cedesse numa coisa dessas quando sempre disse que não era justo. Uns tinham necessidade de retirar os avales que tinham na Direcção do Marinhense. Outros faziam uns favores uns aos outros. Favorzinhos que não se devia fazer no PCP. Deixei margem para criar condições para passar, mas sem a minha assinatura. Mas eles não quiseram. A partir daí criaram-se outras situações idênticas.
Se estivesse inscrito na Marinha Grande, votaria no partido?
Quando decidir votar não o faço contra o partido. Posso reconhecer que não é o candidato melhor e abster-me.
E faria campanha pelo PCP na Marinha Grande?
A manter-se a situação, sem qualquer evolução ao nível dos responsáveis locais, não.
Foi acusado, muitas vezes, pelo PS de não ter realizado obra. Como vê estas críticas?
A câmara estava muito desorganizada em termos de estrutura, pessoal, funcionalidade e tesouraria. Quando o partido que está no poder esbanja com um conceito eleitoralista e aproveita até ao máximo todas as possibilidades que tem de fazer investimentos, uns legais e outros menos legais, isso desorganiza uma câmara. Quando cheguei lá a primeira coisa que fiz foi organizar as coisas. Isso levou tempo. Algumas obras que estão a ser agora iniciadas foram planeadas no meu tempo. Vencendo muitas dificuldades. Quando as coisas estavam todas preparadas, foi quando se deu esta situação.
Faltou-lhe tempo para concretizar obras?
Tem sido uma das pechas do meus mandatos não estar mais de um mandato seguido. Um mandato é praticamente para pormos a câmara ao nosso jeito para podermos governar. A CDU não pode contar com os benefícios dos sacos azuis que outros partidos têm contado para auxiliar os seus autarcas. As receitas que as câmaras têm deviam ser para fazermos obras no nosso mandato.
A avaliação dos funcionários da autarquia conotados com o PS gerou alguma polémica. Se tivesse feito essa avaliação, conseguia reconhecer o mérito das pessoas independentemente da cor partidária?
O meu passado, a esse respeito, responde por mim. Sempre tive muito cuidado e respeito com essas coisas, porque durante o fascismo fui muitas vezes discriminado. Muitas vezes contrariei algumas correntes dentro do meu partido, que diziam que devia meter na câmara mais gente da minha cor. Sempre disse que se devem escolher os que mostrarem melhores condições de acesso. Sigo os princípios do partido. O PCP aburguesou-se muito na Marinha Grande. Há algumas correntes burguesas que não têm
nada a ver com o partido. O princípio do partido é haver justiça, não favoritismos. Mas é evidente que em igualdade de circunstâncias opto por indivíduos do meu partido.
(surripiado do Jornal de Leiria)
EDITAL
Em abono da verdade:
ainda estamos a digerir a doce e melodiosa entrevista ao Sr. Presidente em exercício e boquiabertos com a subtileza, ironia e contundência do último escrito do poeta Guerrilha “El Presidente”, no periódico do Sr. Director encartado, pérolas de cultura!
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Passatempo das Calhandreiras
Uma vez que o bacalhau está entregue, aqui vai para um garrafão de azeite extra-virgem de 154 octanas (directamente do lavrador, que o compra em Espanha e o vende no mercado da feira dos porcos, como alguns por malícia lhe chamam). Não, pensando melhor um garrafão é pouco, cinco garrafões e dois quilos de pêra rocha que esta não é para qualquer um. Cá vai alho:
“Não se tolera que um vereador que faz de fiel da balança, vote algumas vezes com a maioria o que também acontecia quando eram poder, o qual, com sentido de responsabilidade, compromete o seu voto com os superiores interesses do concelho e se alheia das tricas partidárias.”
Querem uma dica? Já dei.
Caso ninguém acerte já sabem, vai para o fundo de apoio ao alargamento da Zona Industrial.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Passatempo das Calhandreiras
Vá lá pessoal, esta é fácil, um bacalhau graúdo para quem acertar no autor desta magnífica prosa:
“O Mercado da Resinagem é fechado pela ASAE, após uma campanha ignóbil, com o mote de que o mercado não tem condições e que existem no mesmo ratos e outros animais semelhantes. Nos 12 anos em que foram Câmara Municipal estes animais por certo não existiam lá. Nasceram a partir do dia em que perderam as eleições.”
Querem uma ajudinha? As Produções Fictícias já lhe fizeram uma proposta para guionista.
E já sabem, se ninguém responder correctamente o bacalhau reverte para o tal fundo de apoio ao alargamento da Zona Industrial.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
O Bursaphelenchus Xylophilus
…
Bastou que o mercado na Wall Street cedesse, para que o mercado na Feira dos Porcos vacilasse, fazendo jus ao dichote popularucho – até a barraca abana! - coisas da globalização. Mas se lá foi a ganância pelo argém que acendeu o rastilho, cá foi a ganância pela legalidade, das leis, essas estranhas e curiosas linhas que delimitam a acção e o modo, umas vezes mais esticadinhas e niveladas que um prumo, outras vezes mais flácidas e serpenteantes que uma jibóia perguiçosa, tudo dependendo do olho director do sicrano ou do beltrano que as mire, de vesgo soslaio ou com modos de mirante conhecedor. É conforme.
A verdade é que, após uns quantos meses a estagiar em cascos de carvalho francês nas bafientas sub-caves dos paços (ainda se está para perceber porquê…), foi servido a contra-gosto à oposição, um parecer de violação dos pormenores da zona de implante do barracame, com rótulo de agarranado e com indicação de proveniência - comissão de região demarcada de origem duvidosa. “Cá está!” exclamou a oposição, finalmente o elemento que faltava para completar o puzzle da infracção e fazer soltar o gás. Logo a madre de Calcultá encabeçou a rebelião e brandindo o documento-prova diante dos prestimosos servidores da comunicação de massas, sequiosos de sangue quentinho para uma cabidela avinagrada, reclamou em tom de cantilena pueril: “violaram, violaram, violaram! Bem-feita, bem-feita, bem-feita!”. Mas espera que não se ficaram sem resposta! Logo um arcediago sabido e um cacifeiro ofendido (este na dupla qualidade de vendedeiro e de utenteiro), a duas vozes, afinadinhos, saltaram em defesa da honra, devolvendo a cantilena monocórdica sob a forma de argumentação barata e bacoca: “vocês é que violaram, vocês é que violaram! Queixinhas, queixinhas, queixinhas!”.
Psschiuu!!! Então meninos? Compostura! Tino, porra! Mas por acaso vocês acham que nós estamos interessados em saber quem violou mais vezes a lei? Vocês acham que nós acreditamos nas vossas intenções quando nos dizem aquilo que vos convém em cada momento? Vocês acham que somos parvos, ou quê? Nós estamos interessados é que as leis se cumpram, e em primeiro lugar pelos que nos devem o exemplo. Nós estamos interessados é que subam, não o tom, mas o nível da discussão. Nós estamos interessados é que tenham e-s-t-r-a-t-é-g-i-a! Nós estamos interessados é que tenham i-d-e-i-a-s e as c-o-n-c-r-e-t-i-z-e-m, que sejam c-o-e-r-e-n-t-e-s! Será que é pedir muito? Vá lá meninos, tento na língua, olhem para o exemplo dos vossos colegas aí à direita, caladinhos, sossegadinhos, bem comportados, com umas asinhas brancas e uma auréola beatífica. E porquê? Porque fazem sempre os deveres e portam-se sempre bem. ENTENDIDO?
…
Cidadãos de Santa Maria da Marinha, a quem o ministro marquês um dia dispôs que se chamasse, para nossa honra e glória, Marinha Grande, anuncio-vos o óbvio: o bursaphelenchus xylophilus há muito que tomou conta dos pinheiros da nossa cidade, em particular daqueles em quem fomos confiando, seguros das suas fundas raízes, tronco firme, sombra generosa e seiva abundante. Afinal, estão murchos.
Há duas estratégias possíveis para combater este flagelo do nemátodo do pinheiro. A primeira estratégia, a que está em curso, resulta do estado de letargo geral e aponta para uma sépsia generalizada das diversas espécies de pinheiros, no pressuposto de que quando já não houver mais cuníferas para infectar o nemátodo se erradica a si próprio. É uma estratégia destrutiva e causadora de incalculáveis prejuízos.
A segunda estratégia, a mais difícil, resulta da vontande inconformista e de não resignação, apontando no sentido dum combate feroz e ingente ao longicórnio do pinheiro, o tal insecto vector que transporta o minúsculo macaréu. Este insecto de ambição desmedida, que pulula e parasita indiferente em torno das nossas florestas, é ele próprio também uma praga que urge fulminar, pois parecendo inofensivo e inócuo é o terrível e abominável hospedeiro que permite a disseminação desta abjecta doença, que mina a saúde e a alma dos nossos pinheiros.
Revista de Imprensa
Os dirigentes regionais do PCP revelaram, ontem de manhã, que, nos últimos cinco anos, os sectores da cerâmica e do vidro empurraram para o desemprego cerca de 20 mil trabalhadores.
Essa preocupação dos dirigentes comunistas foi transmitida ontem de manhã, durante um périplo que fizeram a várias empresas do distrito, nas áreas da cerâmica e vidro, que despediram milhares de trabalhadores.
Uma das empresas visitadas pela comitiva, que encerrou portas em 2005, deixando noo desemprego 48 funcionários, alguns deles com mais de 25 anos de trabalho, foi a Plásticos Lena, na Gândara dos Olivais, Marrazes.
António Marcelino, dirigente sindical, lamenta que a ex-administração da empresa não tenha pago o subsídio de Natal de 2004, o vencimento do mês Janeiro e parte do de Fevereiro de 2005 e as respectivas indemnizações.
“Existiam encomendas e o sector dos plásticos não é daqueles que está em crise, por isso só podemos concluir que houve gestão danosa”, ataca o dirigente sindical, adiantando que a compra das instalações em hasta pública foi feita pelo ex-proprietário.
“Isto é inadmissível que aconteça e os trabalhadores estão sem receber as indemnizações”, acrescenta. Um dos trabalhadores, presente no encontro, adiantou que existem casais ex-trabalhadores que augardam pelo pagamento de 50 mil euros de indemnização.
Para Vitor Fernandes, dirigente comunista, o caso dos Plástico Lena é idêntico ao de outras empresas do distrito, que encerraram portas por alegada “má gestão” e por não conseguirem suportar a crise internacional, na área da cerâmica, como é o caso da Raul da Bernarda, em Alcobaça.
Os cerca de 100 trabalhadores desta cerâmica aguardam pelo processo de reestruturação em curso, tal como revelou recentemente ao Diário de Leiria um dos administradores. “Esperemos que a empresa regresse à laboração, embora estejamos um pouco cépticos em relação ao futuro”, afirma Vitor Fernandes.
Mais apoios às Pequenas
e Médias Empresas
Uma das soluções apontadas por Vítor Fernandes para evitar o encerramento de mais empresas - segundo dados revelados pelos comunistas nos últimos cinco anos encerraram no distrito 300 unidades industriais-, passa pela criação de uma linha de crédito de apoio às Pequenas e Médias Empresas, para que possam reestruturar-se e manter os postos de trabalho.
“Não basta anunciar medidas. É necessário colocá-las em prática porque, caso contrário, o futuro não será nada risonho”, sustenta.
Nos últimos cinco anos das cerca de três centenas de empresas, destacam-se a Secla, A Pastoret, La Faubourg, nas Caldas da Rainha), Damâso (Vieira de Leiria, Os Pereiras e a Louçarte, em Valado dos Frades, a Canividro, Vitroibérica, Mortense e LEPE (Marinha Grande).
(surripiado do Diário de Leiria)
sábado, 11 de outubro de 2008
O Sr. Director tem razão, mas...
Mas (e há sempre um “mas”), senhor director, só há uma coisinha que nos baralha, porque é que o site do JMG mantém desde Fevereiro de 2007 esta sondagem?
“Acha que o Mercado Municipal deve mudar-se para as novas instalações?”
* temos de ser generosos já que o Sr. Director voltou esta semana, e após largos meses de ausência, a enriquecer as páginas do seu jornal com os contributos do nosso modesto blogue. Bem-haja senhor director.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Revista de Imprensa
A análise do estudo de mobilidade e transportes da Marinha Grande e as dificuldades de implementação dos Transportes Urbanos da Marinha Grande (TUMG) , bem como as alterações ao projecto de execução da Variante Nascente – Norte, com início da primeira fase de construção previsto para Abril de 2009, foram os principais temas da reunião de câmara pública do município da Marinha Grande realizada no dia 2 de Outubro.
(…)
O estudo de mobilidade e transportes da Marinha Grande suscitou algumas dúvidas ao executivo, que sugeriu a vinda dos técnicos da TUMG – Transportes Urbanos da Marinha Grande à reunião de câmara para uma apresentação e análise mais alargada do estudo e sua viabilidade.
Alberto Cascalho referiu que é preciso definir a situação e o futuro da TUMG num momento que não poderia ser o “mais oportuno para tomarmos uma decisão” visto que existem vários factores como o excesso de trânsito e a fraca economia das famílias que são razões para ser lançado e para tentar implementar os transportes urbanos da Marinha Grande o mais rápido possível.
O autarca da Marinha Grande considerou também que apesar de a TUMG ter alguns meios, estes não são suficientes para a sua implementação, pelo que será necessário adquirir mais meios. Alberto Cascalho defendeu que é preciso “ter em atenção as questões ambientais que estão cada vez mais presentes e têm de ser levadas em consideração”, pelo que a adquirir viaturas a TUMG terá de adquirir “viaturas amigas do ambiente”.
Artur Oliveira referiu que o estudo aponta para dificuldades financeiras da TUMG que não tem meios para suportar os custos, sendo necessário analisar formas de se superar esta dificuldade, quer através de subsídios ou de aluguer de viaturas. Por sua vez, João Paulo Pedrosa referiu que o estudo deve ser resumido pela TUMG de forma a ser mais perceptível e só depois ser apresentado novamente à autarquia.
Alberto Cascalho referiu ainda que as principais conclusões da reunião são que “devemos avançar o mais rápido possível com o processo” e que se “deve estudar a possibilidade de implementação de dois circuitos”. O executivo decidiu também remeter novamente o estudo para a TUMG para nova apreciação e levantamento de todas as questões prioritárias de modo a ser novamente apresentado na próxima reunião de câmara, se possível.
Relativamente às alterações ao projecto de execução da Variante Nascente – Norte que irá ligar a Embra a Vieira de Leiria, num total de 4,6 Km, e que tem como objectivo reduzir significativamente o tráfego na cidade, o executivo camarário decidiu aprovar por unanimidade as alterações, havendo no entanto por parte de João Paulo Pedrosa algumas dúvidas relativamente aos valores da obra. O executivo camarário é unânime em relação à necessidade de se resolver o problema do trânsito na cidade, principalmente nos meses de verão e considera este como um dos projectos estruturantes mais importantes para o concelho. O início da construção da primeira fase da Variante Nascente – Norte está previsto para Abril de 2009.
(…)
(surripiado do Tinta Fresca)
Nota da Comissão de Moradores: uma vez mais temos de recorrer a fontes vizinhas, já que a fonte cá da aldeia parece ter secado para aquilo que interessa. Isto são factos.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Vamos a Votos?
Mas era giro, não era?
Nota: este poste tem o apoio do Mestre Bambo, especialista em cenários fantasiosos e adivinhação fraudulenta
domingo, 5 de outubro de 2008
VERNISSAGE
Chama-se “Cristalotomia para Amadores e Noções Básicas de Lapidação de Cálices Pasmosos”, tem a chancela do Largo das Calhandreiras e é talvez a mais justa e merecida homenagem que podemos fazer a todos quantos escrevem neste blogue (postadeiros e bitaiteiros). Trata-se de uma iniciativa pioneira e de grande alcance cultural, que resulta na edição e lançamento do primeiro “livro” virtual de que há memória no Concelho.
“Cristalotomia para Amadores e Noções Básicas de Lapidação de Cálices Pasmosos” é um conjunto de vinte croniquetas, da autoria do Relaxoterapeuta, publicadas neste blogue (e algumas também no Jornal da Marinha) ao longo de dois anos, prefaciadas pelo Mestre Afonso Domingues e ordenadas cronologicamente, tendo como fio condutor uma forma diferente de ver e de (d)escrever a nossa Marinha em Grande.
Pese embora esta edição tenha sido feita à revelia da vontade do autor dos textos, ela traduz a nossa forma de enaltecer e perpetuar o seu contributo inestimável e o seu estilo inconfundível os quais, por sua vontade expressa, são património deste blogue.
E assim, sem pompa nem circunstância, sem a presença de vereadores ou de gente ilustre, lançamos a partir do cimo do Edifício Horizonte, o mais alto e inacessível da Marinha Grande, esta brochura impressa na internet e no espírito do nosso soalheiro Largo das Calhandreiras.
Sirvam-se e desfrutem! É grátis, como sempre.
Obrigado a todos.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Revista de Imprensa
O presidente da Câmara da Marinha Grande (PCP) com mandato suspenso, João Barros Duarte, não vai apoiar a candidatura comunista às eleições para os órgãos autárquicos, que decorrem no próximo ano.
Barros Duarte, que foi afastado pela Comissão Política Concelhia comunista, em Outubro de 2007, considera que “não há verdade no jogo político na Marinha Grande”. “O que me fizeram no ano passado prova que a vontade da população é secundária. Fui eleito por muitos e deposto por poucos”, lembra.
O ex-autarca adianta mesmo que não vai apoiar qualquer candidatura aos órgãos autárquicos no município marinhense, negando que alguma vez tenha manifestado apoio ao candidato do PSD, António Santos, como chegou a ser veiculado entre os social-democratas. “Não vou dar o meu apoio, quando não acredito”, remata o ainda militante do PCP.
(surripiado do Região de Leiria)
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
"Então, 6 x 3... ora 6 x 3... é só fazer as contas..."
Se acha que esta posta pode apresentar debilidade argumentativa, falta de estilo ou repetição temática, tente suster a repiração durante dez minutos e leia logo após. Em alternativa pegue numa marreta, destrua o monitor e mande a conta para a comissão de moradores aqui do Largo que a gente paga.
Como a senhora dona ministra da inducação diz que a malta agora já sabe tudo, baseado em factos reais (como nas novelas), proponho que este ano o exame da 4ª classe ainda inclua o seguinte problema de grau elevado, só para testar os putos:
Suponha que derivado à escavação “em abertura de caixa e alargamento da plataforma, pavimentações, execução de passeios, criação de bolsas de estacionamento, remodelação das redes de drenagem de águas residuais, doméstica e pluvial, de abastecimento de água e de iluminação pública, instalação de equipamentos de sinalização vertical e horizontal”, as Ruas Nery Capucho e Bernardino Barros Gomes foram viradas do avesso. Os obreiros (os gajos das obras) assentaram arraias no fim de Agosto (é boa altura porque é o fim das férias e a malta está com mais vontade) e vão por lá ficar 240 dias (números oficiais). Ora como isto apanha o Inverno, espera-se que não chova muito, mas adiante. Sabendo que a Rua Nery Capucho tem aproximadamente 425 metros e a Rua Prof. Alberto Nery Capucho 165 metros (números aproximadamente oficiais), quantos dias seriam precisos para requalificar o Beco das Cidades Germinadas (aproximadamente 1.500 metros), sabendo que os obreiros só trabalham aos dias pares que coincidam com as segundas e quartas, de hora a hora têm de fazer uma pausa para beber uma mini (20 cl) e que a garganta dum obreiro médio tem capacidade para drenar até ao máximo de 820 cl de cerveja por hora.
Na resolução deste complicado problema não se esqueça que:
Primeiros: “Para provocar o menor transtorno possível, a obra é executada de forma faseada.”
Segundos: deverá enunciar o Teorema Obreiro de La Palisse (se não lhe ocorrer, basta copiar que também vale: “A Câmara Municipal, reconhecendo os transtornos causados, apela à melhor compreensão de todos, na certeza que, depois da conclusão desta necessária intervenção, todos irão beneficiar com o resultado final.”)
Se os putos acertarem nesta, prometo que até dou um beijo na senhora dona ministra e que vou beber uma mini com os obreiros. Ai vou, vou!