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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Revista de Imprensa

"Barros Duarte não apoia candidatura comunista"


O presidente da Câmara da Marinha Grande (PCP) com mandato suspenso, João Barros Duarte, não vai apoiar a candidatura comunista às eleições para os órgãos autárquicos, que decorrem no próximo ano.
Barros Duarte, que foi afastado pela Comissão Política Concelhia comunista, em Outubro de 2007, considera que “não há verdade no jogo político na Marinha Grande”. “O que me fizeram no ano passado prova que a vontade da população é secundária. Fui eleito por muitos e deposto por poucos”, lembra.
O ex-autarca adianta mesmo que não vai apoiar qualquer candidatura aos órgãos autárquicos no município marinhense, negando que alguma vez tenha manifestado apoio ao candidato do PSD, António Santos, como chegou a ser veiculado entre os social-democratas. “Não vou dar o meu apoio, quando não acredito”, remata o ainda militante do PCP.


(surripiado do Região de Leiria)

9 comentários:

Anónimo disse...

"Fui eleito por muitos e deposto por poucos"
Esta sinceramente não percebi. Então mas não foi ele que suspendeu o mandato? Que eu saiba não foi deposto. E se assim é, este mês tem a oportunidade de voltar e mostrar que é um homenzinho com eles no fundo da barriga, não é só espernear e dizer que uns quantos é que são maus!
O que não vale a disciplina ao partido...

Anónimo disse...

Mas não foi JBD que disse à 2 meses que o Presidente em exercício, Alberto Cascalho, era um bom candidato?
Será que o homem ainda pensa poder candidatar-se?

Anónimo disse...

Só se ele estiver completamente passado da cuca!

Anónimo disse...

Esqueçam estas diversões. JBD está morto e enterrado. Quem cavou a sepultura foi ele e quem lhe fez o funeral foram os dirigentes do PCP ao mais alto nível. Logo, não há memória de que qualquer cadáver políticos do PCP tenha sobrevivido e voltado do mundo dos mortos. Ponto final!.
Vale a pena voltar à questão do mercado e quero aqui fazer uma abordagem deste assunto, passando um pouco ao lado do folclore que anima a nossa necessidade de criticar e maldizer.
Ao falarmos do mercado, não podemos descontextualizar os fundamentos que terão estado na tomada de decisão de construir um edifício de raíz e perto do Centro Tradicional.
Essa discussão fez-se em termos públicos e no programa eleitoral do PS, nas eleições que lhe deram uma folgada maioria absoluta no ano de 1997. Está lá o compromisso de construir um novo mercado e a opção pela sua localização. De forma massiva, os marinhenses sufragaram esse programa e confiaram, nas urnas, essa responsabilidade ao PS.
Já antes, o terreno com 6.000 m/2 da ex-Abrigada havia sido comprado
a 30,00€ o metro e a Assembleia Municipal, chamada a autorizar essa aquisição de património, fê-lo por unanimidade e elogiou a Câmara por ter feito um bom negócio.
Os problemas que na altura se levantaram, tinham a ver com dúvidas quanto à localização, tendo em conta que o muro da Cerca ainda existia e a única área de estacionamento existente era o chamado Parque da Mobil.
Na verdade, estes são os factos, mas falta tentar perceber porque se tomaram as decisões, o que é que motivou as opções tomadas, mesmo aquelas que determinaram o modelo de financiamento.
É aqui que devemos focar a discussão destes temas. Quem tem a responsabilidade de Governar uma Autarquia, tem que ser capaz de se rodear de uma equipa capaz de prever e planear e ao mesmo tempo, socorrer-se de técnicos e de estudos credíveis em que se alicercem as decisões a tomar.
Tem que ser definido um modelo de cidade e de desenvolvimento económico.
A Marinha Grande esperava há mais de 30 anos (desde 1967) que se criasse o Museu do Vidro. Todos prometiam, desde o 25 de Abril, a construção de um novo mercado e a CDU até o apontou para as Vergieiras acompanhado pelo edifício da Câmara, Piscinas, etc. Em todos os programas eleitorais se prometia uma Biblioteca nova e a CDU chegou a quase fechar o negócio com o dono da Quinta das Nespereiras e pagou um projecto de uma biblioteca naquele espaço, paredes meias com uma vergonhosa urbanização de betão armado. Nenhuma destas opções obedecia a uma ideia de cidade. Tudo era casuísticos, sem nexo, sem nenhum fio condutor.
Ora, a partir de 1997, foi possível pôr no terreno um GTL, Gabinete Tècnico Local, dirigido por um conceituado arquitecto de Coimbra e mobilizar uma numerosa equipa de jovens técnicos, multidisciplinar, que estudou todos os problemas da cidade, especialmente os do Centro Tradicional.
Conseguiu-se fazer aprovar uma candidatura ao Urbecom e os comerciantes passaram a dispor de uma janela de oportunidade que não aproveitaram.
A partir daqui, as grandes opções passaram a ficar mais nítidas, os grandes objectivos mais definidos e a estratégia para a cidade surgiu de forma transparente.
1 - REFORÇAR A CENTRALIDADE
A construção do novo mercado deveria ser tão próxima quanto possível do Centro Tradicional, logo a ex-Abrigada encaixava neste desiderato.
2 - ADQUIRIR E RECUPERAR O PATRIMÓNIO STEPHENS.
Encastrado no Centro, assumindo o eixo do desenvolvimento urbano da cidade, o Património Stephens degradava-se dia após dia.
A Câmara conseguiu recuperá-lo e isso deu origem à construção e instalação do museu do Vidro, bem como à construção e instalação da nova Biblioteca Municipal.
O espólio documental do Concelho apodrecia nos sotãos do velho mercado inundado de excrementos de rato, roído pela excessiva humidade e danificado pela nossa incompetência colectiva.
Construiu-se um Arquivo Municipal e integrou-se no espaço Stephens.
Faltava resolver a questão do mercado e do velho Teatro.
Para Mercados não havia qualquer espécie de financiamento, nem comunitário, nem nacional.
Restava o recurso à parceria público/privada, previsto na lei e a Câmara começou a desenvolver acções tendentes à procura de eventuais interessados.
O modelo de mercado obedecia a conceitos modernos e deveria ser complementado por uma superfície comercial anexa, criando-se sinergias para que as actividades comerciais a instalar pudessem ter sucesso.
Sabemos todos que o modelo de mercado, tal como o conhecemos, tem tendência a desaparecer. A simples observação dos clientes normais e habituais do mercado leva-nos a concluir que são pessoas da geração de 40 a 60.
Quem nasceu e cresceu depois de Abril de 74, já encontrou nos grandes centros comerciais a atracção que não reconhece no mercado tradicional.
Tenho quase certo, para mim, que os mercados irão desaparecer dentro de uma ou duas décadas. Também por isso a opção pelo Mercado na ex-Abrigada fazia todo o sentido, na medida em que, após o processo de definhamento que se adivinha, a reconversão para Centro Comercial na forma de expansão do existente, me parecia óbvia.
Entretanto surge o Programa Polis, construido com base nos estudos e ideias de cidade já realizados e as perspectivas de concretização de grandes projectos de requalificação urbana e ambiental tornam-se exequíveis.
Comprou-se a Cerca e projectaram-se grandes Zonas verdes. Construiram-se mais de 700 lugares de estacionamento a ligar a zona da Abrigada ao Centro. Fizeram-se os projectos para o Centro Multi-Modal de Transportes, parque de estacionamento devidamente organizado no velho parque da Mobil, estação rodoviária, praça de táxis e paragem de autocarros de uma empresa municipal a criar (TUMG). Tudo a menos de 200 metros do novo mercado.
Centralizando transportes, jardins, museus, bibliotecas, estacionamentos e dinamizando o velho mercado com actividades de restauração, serviços e lazer, com duas salas de cinema, estavam criadas condições para irmos dando uma mão ao comércio do Centro.
O que de facto aconteceu é uma lástima.
Não há a mínima dúvida de que a opção de criar um mercado provisório/definitivo na zona desportiva está ferida de ilegalidade grave e comparar aquilo com tendas de circo só se for por analogia com palhaços.
Outra solução não vai restar do que levantar o acampamento e montar o arraial noutro lado, parecendo-me uma boa ideia fazê-lo na Praça Stephens, tanto mais que já serviu para as sardinhadas de protesto no tempo em que havia dificuldades nas fábricas de vidro, coisa que agora, óbviamente, não acontece.
Peço desculpa por ser tão longo.

Anónimo disse...

Então não é que este anónimo teve o condão de nos avivar a memória? (a mim, inclusivé!).
Penso que a nossa 'Folha de Alface' faria muito bem se publicasse nas suas páginas este comentário-lembrança.
Seria um bom serviço público à Marinha Grande.

Anónimo disse...

Sou tentado a dar razão ao Pirolito Apreensivo. Era bom que nós, marinhenses, meditássemos sobre aquilo que o anónimo aqui nos lembrou. Todos esquecemos com facilidade estas coisas, mas se sobre elas reflectirmos um pouco, chegaremos à conclusão de que, apesar de nem tudo serem rosas nos anteriores executivos, pelo menos e pelo que lemos no comentário, havia para a nossa terra uma ideia articulada sobre o seu desenvolvimento e perspectivas de futuro. Assim ainda ficam mais evidentes as clamorosas lacunas que o actual executivo apresenta.

Já quanto à sugestão apresentada pelo anónimo quando diz: “…parecendo-me uma boa ideia fazê-lo na Praça Stephens, tanto mais que já serviu para as sardinhadas de protesto no tempo em que havia dificuldades nas fábricas de vidro, coisa que agora, óbviamente, não acontece.” - reconheço que o faz de forma irónica, uma vez que se das fábricas de vidro já não aparecem protestos é porque, simplesmente, já as não há!

E se o tal dito e decantado 'mercado' tem avultadas culpas no cartório, o sindicato vidreiro e o PCP também não estão de 'mãos lavadas' no assunto.

As coisas andam todas ligadas. Isto não é tristemente curioso?!

Anónimo disse...

ta bem ta

Anónimo disse...

Relativamente ao apoio ao Dr. António Santos devia faze-lo e, inclusivamente devia aconselhar os seus amigos, e sei que tem muitos, a votar nesta pessoa. É uma pessoa democratica, inteligente. honesta, e ao que sei dele trabalha desde muito novo. Subiu a pulso. Penso que fazia um bom trabalho na Camara. Vai ser uma mais valia muito importante para a mudança da Marinha grande.

Anónimo disse...

Ele apoia-o ... tem é vergonha de o dizer .....