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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Revista de Imprensa

"Abaixo-assinado contra obras em vale"

Os moradores de S. Pedro de Moel temem que a requalificação do vale junto às suas casas aumente a insegurança no local. O principal ponto de discórdia é um parque infantil. A Câmara garante que a obra avança este mês.

Foi no Verão passado que Maria Helena Medeiros soube que um seu terreno, encostado à casa que tem no vale de S. Pedro de Moel, integrava um projecto de requalificação da zona. Ali iria ser construído um miradouro segundo o projecto que, soube então, estava em exposição no Parque Municipal de Exposições da Marinha Grande.

"Nunca fui ouvida e, na altura, desconhecia que havia um projecto para esta zona", explicou, contando que o terreno é propriedade da família há várias décadas. A integração no projecto iria inviabilizar a possibilidade de expansão da casa se, no futuro, fosse essa a sua intenção.

De acordo com Artur Oliveira, vereador responsável pelo pelouro das Obras na Câmara Municipal da Marinha Grande, quando foi feita essa exposição a intervenção "já tinha sido submetida a concurso público" e a obra até "já estava adjudicada".

É que a requalificação daquele vale foi um dos primeiros projectos a passar-lhe pelas mãos, desde que iniciou o mandato. A convicção que tinha é que "todos os moradores já conheciam a intenção" da autarquia, de requalificar o espaço e "torná-lo aprazível".

Outros moradores da zona, contou Maria Helena Medeiros, só na mesma altura se aperceberam da existência do projecto. E, em Setembro do ano passado, elaboraram um abaixo-assinado, com cerca de sete dezenas de assinaturas, reclamando da situação. Seguiram-se duas reuniões, a segunda já este ano, juntando dezenas de moradores e técnicos da autarquia.

O ponto de discórdia foi a construção de um parque infantil que, sustentam os moradores, contribuirá para aumentar a insegurança da zona. "Tememos que, durante a noite, essa zona venha a ser espaço de conflito", contou Maria Helena Medeiros.

Artur Oliveira está convencido do contrário, acreditando que a infra-estrutura poderá ser alternativa para as crianças quando o clima não permitir uma ida à praia. De noite, explicou o vereador, "toda a zona será dotada de iluminação, de forma a não atrair situações problemáticas".

A intervenção no vale será dividida em três fases. A primeira, na parte mais baixa e próxima das casas, deverá arrancar ainda este mês. Representa um investimento de cerca de 200 mil euros, que serão financiados pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) em 70%. A candidatura já foi aprovada.

A zona terá arvoredo e zonas de passeio, rodeadas pelo ribeiro que ali corre.


(surripiado do JN)

1 comentário:

Anónimo disse...

"(...)Artur Oliveira está convencido do contrário, acreditando que a infra-estrutura poderá ser alternativa para as crianças quando o clima não permitir uma ida à praia. De noite, explicou o vereador, "toda a zona será dotada de iluminação, de forma a não atrair situações problemáticas".(...)"

Deve ser como a iluminação que existe entre o Bliss e os campos de futebol no parque da cidade que permite que se vá para lá fumar umas "cenas maradas" à vista de todos (incluindo crianças)... Os candeeiros estão lá sim, mas desligados (provavelmente para dar um ambiente mais romântico ao acto). E vigilância policial? Será semelhante (ou antes, nula)?

Agora que escrevo isto, acabou de se me fazer "luz" sobre esta questão: Se calhar, o dinheiro que se poupou na iluminação do parque da cidade foi para a construção do "Everest" mesmo à saída da Rotunda do Vidreiro...

Três vivas ao nosso Vereador-que-é-o-primeiro-a-chegar-e-o-último-a-sair!