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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Revista de Imprensa

"Câmara procura terreno para instalar uma dezena de famílias nómadas"

A câmara da Marinha Grande está à procura de um terreno onde pretende criar um parque para instalar famílias nómadas, revelou ontem o presidente da autarquia, Alberto Cascalho.
O autarca explicou que "já foram apresentadas algumas sugestões", mas até ao momento "não existe um espaço disponível".
Por outro lado, Alberto Cascalho adiantou que o município "está também a recolher experiências de outros locais do país", admitindo que "será possível concretizar este projecto, mas não a curto prazo".
"A nossa preocupação passa por darmos passos seguros", esclareceu o presidente da Câmara Municipal, que defendeu a necessidade de o parque nómada "ser partilhado por outras entidades e consensual". "Entendo que tudo o que for feito para assegurar uma integração equilibrada da comunidade cigana será extremamente positivo para a cidade da Marinha Grande", referiu ainda Alberto Cascalho.
A ideia de criar um espaço para famílias nómadas partiu da Junta da Marinha Grande. O seu presidente, Francisco Duarte, explicou que existe "cerca de uma dezena de famílias de etnia cigana na freguesia", contabilizando-se "sessenta pessoas", que se instalaram no centro da Marinha Grande e na Mata da Embra.
"Notamos que estão a chegar mais famílias", adiantou no entanto o responsável, acrescentando que o objectivo do parque "é dar o mínimo de condições" àquelas pessoas.
"Queremos que o parque tenha todas as infra-estruturas necessárias, como água ou electricidade, e onde as equipas pluridisciplinares de reinserção social possam contactar com as pessoas", referiu Francisco Duarte.
Para o responsável, este equipamento ajudará na "reintegração social destas famílias" e poderá contribuir para minorar "alguns problemas que têm ocorrido com a comunidade da Marinha Grande".
"Tem havido situações pontuais, de pequenos delitos", informou o autarca, convicto de que "este tipo de solução permitirá maior compreensão em relação ao modo de vida das pessoas desta etnia".


(surripiado do Diário de Leiria)

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Nota da Comissão de Moradores:
Ó senhor presidente interino, então mas se o assunto não é para resolver a curto prazo e se ainda está em fase de estudo, porquê o anúncio? Só vemos duas hipóteses: ou é propagan... (perdão) ou é um grande desejo do seu executivo ou é um sinal ao mercado imobiliário.

5 comentários:

Anónimo disse...

Mas quem é que tem dúvidas sobre a capacidade de execução deste executivo? Andam para aí uns incrédulos que em tudo vêm 'mosquitos por cordas'! Deus seja louvado...
Então que mal há num anúncio de intenções? Se as não houvesse é que era grave, já que assim jamais sairíamos da cepa torta.
Então não é verdade que a prioridade dada ao saneamento se está a demonstrar um verdadeiro êxito?
Outro exemplo e este muito recente são aquelas obras na avenida Victor Galo. Então não era absolutamente prioritária a construção daquela passadeira elevada?
E não há nem uma palavra para o encerramento do mercado da resinagem e dos projectos a para ali anunciados?
As coisas só não têm andado mais rápido porque os xuxas deixaram a nossa Câmara de pantanas e sem planos para nada e coisa nenhuma...
Por isso acho muito bem que se façam anúncios após anúncios. É para que fiquem anotadas as intenções da rapaziada que até é muito dedicada.
Pode ser lentita, lá isso pode, mas sempre vão anunciando coisas!

Anónimo disse...

Lá saneamentos têm feito à fartazana a começar pelo saneamento do próprio Presidente eleito JBD... o problema é que a "trampa" continua lá e não há ETAR do Norte, da Garcia, da Zona Industrial que consiga tratar tanta porcaria.

Anónimo disse...

Eu voto no Parque das Gaeiras.Não é boa ideia Sr. Francisco?

Anónimo disse...

Ora aqui está um problema sério e os temas com esta importância merecem alguma reflexão.
Considero-me um ser humano sensível. Assumo-me como uma pessoa de esquerda. Abomino os tiques xenófobos e racistas que vão ganhando amplitude neste País de brandos costumes. No entanto, no caso concreto das comunidades ciganas, os modelos de integração e assistência social não podem ser os mesmos que estão parametrizados para a generalidae da população.
Não precisamos de ser especialistas para perceber que estamos perante pessoas que se organizam e vivem sob modelos muito próprios, fieis à sua cultura ancestral e a rituais que seguem de forma coerente.
Tentar assimilar estas famílias e "dissolvê-las" na população geral, tem-se revelado tarefa impossível. São comunidades nómadas. Hoje estão aqui, ámanhã estarão noutro sítio qualquer.
Mesmo quando fingem aceitar as regras e levar os filhos para a escola, isso não passa de uma artimanha para ter direito ao Subsídio de Reinserção, que, em muitas situações é de muitas centenas de euros.
A criação de um espaço para a instalação temporária destas famílias não é ideia nova. A Câmara tem um terreno de quase 30.000 m2, entre as Figueiras e a Garcia, na zona de servidão das linhas da EDP, com bons acessos e com água da rede pública e electricidade, que reune todas as condições para se poder definir uma plataforma semi-elevada para a instalação das tendas com boas condições de drenagem, apoiadas por baterias de chuveiros, tanques de lavar roupa e equipamentos para confeccionar comida.
O problema é que, contactado o "Patriarca" das comunidades na altura aqui instaladas, ele recusou a solução, porque exigiam ficar no Centro da cidade.
Não é tarefa fácil, reconheço, mas algo terá que ser feito, porque o problema dos acampamentos anárquicos destas famílias começa a ganhar uma dimensão considerável, arrastando consigo alguma insegurança e conflitualidade social.
Pelo seu perfil, penso que o Francisco Duarte, se for apoiado pela Câmara, pode dar alguns passos importantes.

Anónimo disse...

Eu não me considero xenófobo, até porque tenho amigos de outras raças e credos a quem respeito e, sobretudo, me respeitam bem como às minhas opiniões.

O que não tolero é a falta de respeito de membros dessas outras raças e credos para com a sociedade onde estão ou se tentam inserir!

Senão vejamos: no caso da Quinta da Fonte assistimos a famílias ciganas que para todos os efeitos são pobres, que vivem em casas de renda social(pagas com o dinheiro dos contribuintes) e cuja renda inferior a cinco euros não pagam. Mas entrando na casa deles, têm consolas de jogos e ecrãs plasma... se isto não é falta de respeito, então o que é? Não estou a dizer que todos os membros de famílias ciganas são assim, mas é uma boa parte. E quem diz ciganos, também diz africanos e outros que tais (portugueses incluídos).

Assim, na minha opinião deve ser disponibilizado esse espaço onde seja possível e não onde as comunidades exigem. Como se costuma dizer, "querem dado e arregaçado".

Quanto à conflitualidade social, essa não é possível de erradicar, uma vez que, neste caso dos ciganos, esse é o modo de estar desta comunidade: a mendicidade com recurso à intimidação das pessoas e o desrespeito pela propriedade alheia são apenas alguns exemplos. Resta-nos apenas tentar manter equilibrados os pratos da balança para que possamos todos coexistir.

"Em Roma, sê Romano". E digo mais: se Romano não puderes ser, mal aos Romanos não deves fazer.