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domingo, 7 de fevereiro de 2010

TUMG

Estou feliz pelo movimento que vai no “Largo”.

Esta é a grande vantagem dos meios de comunicação onde há comunicação bidireccional - preciosismos à parte, julgo mesmo tridimensional - em tempo real. O excesso de linguagem, a ofensa, o insulto, a falta de educação (Exemplo: JPP referindo-se ao ex-PCA da TUMG, Artur Oliveira, “…havia apenas uma caricatura.”) e, sobretudo, a contra-informação, são a expressão da terceira dimensão.

Para pessoas mais sensíveis, admito, pode ser difícil de aceitar. Para mim é fácil! Salvo alguns comentários indignos, a maioria, diverte-me! Mas, não é o meu género e não esperem resposta do mesmo nível, não a terão!

Também acho que o Administrador do blogue elimina demasiados comentários. Os que disserem respeito à minha pessoa, peço-lhe para não eliminar!

Já agora, aos Administradores do “Largo”, coloquem sempre marcadores (etiquetas) nas intervenções. È muito mais fácil seguir cada tema!

Sendo um apologista do diálogo, não podia deixar de responder às questões que me têm colocado. As que envolvam outras pessoas não terão resposta. Às não relacionadas com a intervenção pública, poderei responder pessoalmente, basta para isso mandarem-me por e-mail o nome e telefone (forummunicipal@gmail.com).

Aqui vai!

1- As propostas que apresentei ao Presidente da Câmara e Vereadores são “a sério”?

Absolutamente sério!

Já o tinha dito em escrito anterior. Não faço propostas levianas e irresponsáveis. As propostas foram entregues na reunião de Câmara, lidas em voz alta aos vereadores e anexadas à acta da reunião (https://docs.google.com/fileview?id=0B56QZdBPrZftNjlmYWE0ZTAtZmUwYS00MmFlLTkyNmQtYmE4Yzc1ODAxZDdm&hl=pt_PT). Posso começar o trabalho, gratuito, já segunda-feira. Em resumo são 2 propostas: Anulação da nomeação da Administração da TUMG; Oferta dos meus serviços, gratuitamente.

2- Quais são as minhas reais motivações?

Contribuir para o estabelecimento de uma cultura de diálogo e respeito pelos Munícipes, com objectivo de transformar o nosso Concelho num Município de Excelência, colaborando construtivamente com quem, legitima e democraticamente, detém o poder.

3- As minhas iniciativas são isoladas e pontuais?

Não são pontuais nem se iniciaram agora! Penso a Marinha há muitos anos!

Embora de uma forma menos visível, orgulho-me, de um projecto que co-liderei (também este de forma gratuita e que me consumiu centos de horas) e que considero ter sido o exemplo da cultura de diálogo, que defendo. Esse projecto – Modelo para implementação do 1º programa de Enriquecimento Curricular do 1º ciclo no Agrupamento Escolar Nery Capucho -, numa lógica de vantagens múltiplas e cumulativas, previa a participação de colectividades de reconhecida importância. Foi entregue, simbolicamente, na tomada de posse de Barros Duarte. Infelizmente os decisores não o tiveram em conta e substituíram-no por outro, de tão má memória.

Não são pontuais! A partir de agora, na medida do meu tempo disponível, publicarei de uma forma contínua e sistemática, outros escritos que contribuam para a definição de um Plano Estratégico do Município (cuja visão pessoal já a tenho elaborada). Possivelmente, os meus próximos escritos serão: “Plataformas de comunicação (imprensa) no Município”; “Politica de subsidiação - Subsídios versus pagamento pelos serviços prestados à Comunidade”; “Projecto integrado de reabilitação do centro tradicional”.

Aproveito para pedir ao executivo, que não lance as obras de adaptação do “Atrium”, antes de ouvir os Munícipes. Existem outras formas, que para além do encaixe financeiro para o Município, geram menores custos e maior eficácia dos serviços. Estes e outros assuntos importantes, podem e devem ser objecto de diálogo, em reuniões alargadas com os Munícipes, antes da concretização das medidas. Depois da concretização, já só nos restará a triste sina de criticar, sem podermos contribuir construtivamente.

3- As minhas iniciativas enquadram-se nalguma estratégia do grupo "Amar a Marinha"?

As iniciativas são de minha exclusiva e inteira responsabilidade, não são sujeitas a comentário, parecer ou aprovação prévia de ninguém, e apenas a mim vinculam.

Como sabe, fui mentor e principal impulsionador deste grupo informal de reflexão Municipal, pelo que as minhas iniciativas estão em linha com o que defendo nesse ou em qualquer outro grupo.

4- Há algum tabu ou secretismo em torno do grupo "Amar a Marinha"?

Absolutamente não!

"Amar a Marinha" é um grupo informal de reflexão Municipal, que reuniu meia dúzia de vezes. A última das quais a 4 de Agosto, não tendo tido nenhuma actividade depois disso. Participaram nessas reuniões Munícipes, oriundos de todos os quadrantes políticos e partidários, interessados no equilibrado desenvolvimento do Concelho.

Informal como é, pode participar em reuniões ou outras iniciativas (a existirem no futuro), qualquer Munícipe, independentemente das opções partidárias, religiosas ou de outra qualquer natureza. Quem desejar ser convocado, por favor, envie e-mail com o nome e telefone amaramarinha@gmail.com. O acesso ao blogue é possível após participação numa, qualquer, iniciativa.

Pessoalmente, para além deste grupo, pertenço a outros onde, muitas vezes, o tema de conversa é o Concelho.

Para partilhar, com todos, informações e elementos interessantes para o desenvolvimento do Município, criei um sítio, completamente livre e público, que convido a visitarem http://forummunicipal.blogspot.com/.

5- Será positivo o balanço desta exposição pública?

Se conseguir contribuir para a melhoria do Município e para a alteração do “modus operandi” do que tem sido a gestão Municipal, claramente o balanço será positivo!

Estou consciente dos inconvenientes. O menor dos quais, será, eventual represália, que não acredito possível, na aprovação de projectos de loteamento que tenho na CMMG, um dos quais, vergonhosamente, desde 2003.

Mais cómodo seria, gozar dos meus privilégios, confortavelmente no anonimato, e ter tentado “favores” de amigos que ocuparam cargos nos sucessivos executivos camarários. Não concordo com tais procedimentos, recuso-me a tais “favorecimentos”.

6- Move-me a necessidade de protagonismo e/ou ambição de poder?

Absolutamente, não!

Sou mais dado ao recato da meu lar e à harmonia da minha família, do que à exposição pública.

Não tenho ambição de poder, mas também não tenho, nem medo, nem preconceito de o assumir, quando constato que é imperativo faze-lo. Não é claramente o caso! Pretendo contribuir, afincadamente, para o pleno sucesso do actual executivo, independentemente das opções partidárias.

Por mim não há equívocos nem ambiguidades, sou um livre-pensador, convictamente apartidário, não refém de interesses instalados, bato-me pelo tratamento equitativo de todos os Munícipes, com descriminação positiva dos mais necessitados e defendo uma gestão do Município baseado no sólido triangulo, TRANSPARÊNCIA, DIÁLOGO e RIGOR.

20 comentários:

Vinagrete disse...

Para quem acaba de acordar, este texto é uma benção.
Li-o e devorei-o, como quem bebe um "chote". Só de um fôlego!
Felizmente a Marinha quer começar a mexer e há muitos Logrados por aí.
Desafiem os autarcas. Ponham à prova a sua capacidade de análise.
Questionem a sua acção se for caso disso, mas, acima de tudo, façam-no de boa fé, na procura de novos caminhos e de novas soluções, como o está a fazer Carlos Logrado.Esqueçam o "homem". Fixem-se nas ideias e comentem-nas. Todos teremos a ganhar.

Apartidário disse...

Caro Carlos Logrado,

Li e reli o seu texto e parece-me que espelha um grande interesse em contribuir para uma melhor governabilidade da Marinha Grande e consequentemente para uma melhor qualidade de vida dos seus munícipes. Em termos gerais partilho a sua preocupações, embora tenha dúvidas em algumas das ideias que já nos deu a conhecer bem como a forma de dar esse contributo.

Parece-me que a forma como está a orientar a sua intervenção em nada contribuirá para unir, antes pelo contrário, será mais um factor de divisão.

Eu explico:
-Concordemos ou não, todos os órgãos locais foram eleitos democraticamente e, desde que dentro da lei, têm toda a legitimidade para tomar as decisões que acharem mais convenientes, independentemente de estarmos ou não de acordo.

-Seria salutar existir um grupo informal de reflexão com munícipes "oriundos de todos os quadrantes políticos". Como informou que há mais de seis meses que não reúne, podemos concluir que esse grupo está inactivo ou já não existe.

-Por esse facto, podemos deduzir que todas as suas iniciativas, embora legitimas como cidadão, têm um carácter individualista e não podem ser apresentadas como o resultado de uma reflexão colectiva de um grupo de munícipes.

O meu entendimento sobre este assunto é o seguinte:
-Como disse que grupo "reuniu meia dúzia de vezes. A última das quais a 4 de Agosto", em pleno período pré-eleitoral. É estranho que não tenha dado nenhum contributo, obviamente sem interferir na luta partidária, para que o debate eleitoral tivesse a elevação que lhe faltou.

-É estranho que só tenha intervindo na questão da administração da TUMG deixando passar, sem comentar, algumas medidas muito questionáveis já tomadas pelo executivo. Dou só como exemplo a redução da taxa IRS, incompreensível quer do ponto de vista de equidade social quer do ponto de vista de gestão dos recursos financeiros. Existem algumas outras medidas tomadas  consumidoras de muitos recursos, que mereceriam ser questionadas por parecerem ter efeito diverso do pretendido e/ou anunciado.

-Um trabalho de equipa não é compatível com atitudes isoladas de qualquer dos seus membros quando pressupostamente deveria haver um trabalho e uma posição colectiva.

Em conclusão:
-Qualquer grupo de reflexão ou discussão deveria orientar-se por princípios de rigor, de objectividade, de determinação, de transparência e de imparcialidade, tendo como objectivo apoiar e questionar os órgãos legitimamente eleitos e contribuir, nomeadamente, para a identificação de áreas de intervenção, promoção uma prática de justificação objectiva das opções tomadas e para a avaliação impacto das suas decisões.

-Nestas condições estarei disponível para participar e dar o meu contributo num grupo de reflexão independente, verdadeiramente independente (para bom entendedor ...), aberto e transparente em que a discussão dos assuntos seja feita com serenidade e baseada em factos, grande respeito pelas diversas opiniões e sensibilidades e com os seus membros a comprometerem-se a regras de conduta e convivialidade claras e bastante rígidas.

-Também penso que se exigiria aos membros eleitos dos diferentes órgãos autárquicos de todas as forças politicas, a promoção reuniões de trabalho com pessoas independentes (ou não) credíveis e destacadas nas suas actividades profissionais, associativas ou outras. Existem muito boas ideias fora dos partidos.

amândio fernandes disse...

As candidaturas a cargos políticos e com anexas capacidades de decisão sobre o nosso Concelho, existem de 4 em 4 anos, sendo até possível como sabemos, que grupos de cidadãos, se juntem e formalizem uma candidatura autárquica. Ora, segundo penso saber, não foi o caso do autor do texto acima.

É pena, não percebendo porquê. Ou então...torna.se um pouco incompreensível.

Entendo as suas preocupações, que são as da generalidade dos participantes, mas só agora publicamente?

Tornou-se pragmática e actuante a a sua postura neste momento, óptimo!

Só que e perdoe-me a ousadia vem com uns meses de atraso. Mas como mais vale tarde que nunca...continue a bem da Marinha.

A. Constâncio disse...

Sou um dos muitos que participa no Forum Amar a Marinha.
Quando convidado, aderi à ideia porque achava e ainda acho, que estamos a deslizar, num plano inclinado, para o desmoronamento de uma realidade económica, social e tecnológica que atingiu patamares de elevado prestígio no País e no Estrangeiro.
Longe de mim afirmar, ou sequer pensar, que este movimento descendente se deve ao Poder Local.
Mas acho, convictamente, que os nossos eleitos terão que ter um papel determinante na procura de novos caminhos e de novas soluções, sem se colocarem de cócoras perante estratégias partidárias assentes nas contestações permanentes e nas reivindicações vazias de sentido de responsabilidade e de solidariedade. Não colhe, num quadro de mudança global do modelo de desenvolvimento ecnómico, que os nossos autarcas se comportem como meros Presidentes de Junta, espalhando, saneamento, água e candeeiros, pondo de lado a função maior que é assumir-se como um verdadeiro Poder Local, mobilizador de estratégias, parceiro de novos projectos e fortemente reivindicativo junto das entidades oficiais que tutelam os sectores que para nós são vitais.
Foi neste quadro e com uma declaração prévia de que não estou disponível, nesta fase da minha vida, para assumir qualquer outro compromisso que não seja ajudar, com a minha modesta opinião e com algum capital de experiência que acumulei em mais de 15 anos, que aceitei participar num espaço de intervenção cívica, que se disponibilize, junto deste ou doutro executivo, no sentido de acrescentar ideias e criar motivações, para se abrir um espaço de diálogo abrangente.
Devo dizer que o comentário do "Apartidário" começa bem, conclui mal e de forma abusiva, mas acaba melhor, admitindo que também ele, ou ela, está prediposto a a participar na discussão alargada dos problemas do Concelho, sem que isso signifique que ele, ou nós, o façamos como mera operação de marketing político com fins inconfessáveis.
Por mim, estou nessa, e sei que o Carlos Logrado e os outros também, pelo que o "apartidário" será sempre bem vindo.

Observador Atento disse...

Caro A. Constâncio, não duvido um milimetro sequer da sua bondade e do seu voluntarismo. Mas olhe que nem todos hajem ou pensam assim. Um dia destes vai constatar as verdadeiras razões de tão subita vontade de contribuir para "o bem comum" de algum ou alguns individuos que estranhamente agora por aqui aparecem ávidos de protagonismo. Como bem sabe de experiência feita, nem tudo o que parece é. Depois lho direi.

Apartidário disse...

Caro A. Constâncio,

Permita-me que o questione onde considera que conclui mal e de forma abusiva.

Anónimo disse...

De virgens arrependidas a ditadores de trazer por casa tudo aparece nesta terra.

Será que pensavam que podiam fazer na Tumg o que fizeram com o Atrium ?

A. Constâncio disse...

Caro apartidário
Tenho que fazer uma declaração de princípio antes de lhe transmitir a razão porque julguei perceber, no seu texto, a percepção de alguns juizos de valor inquinados.
A declaração é que aprecio a ponderação, o equilíbrio e a forma como expressa os seus pontos de vista. Logo, apesar de ter detectado nas entrelinhas do seu comentário alguma contradição, a última coisa que desejaria é que nos travássemos de razões por tão pouco.
De qualquer forma, porque a franqueza deve ser uma virtude prevalecente, acho que denunciou uma "desconfiança" que a posição do C.L. não deveria suscitar. Questiona a oportunidade e dá como exemplo de falta de coerência o facto de ele só se ter pronunciado quanto à TUMG e não o ter feito quanto ao IRS, medicamentos, manuais escolares e até podemos acrescentar a intenção de fazer crescer a despesa corrente do Município com mais de 50 novos funcionários. Objectivamente, só o C.L. saberá, mas eu acho que as medidas não são comparáveis. Se alguns de nós são capazes de medir os impactos financeiros de medidas avulso, que nem sequer fazem descriminação positiva, a maioria dirá que a Câmara faz muito bem em reduzir impostos, não se dando sequer ao trabalho de verificar quem mais fica a ganhar. Nos livros escolares idem e nos medicamentos aspas.
Problema diferente é o anúncio de uma medida de gestão, com pesado encargo financeiro para a TUMG, que configura, claramente, a criação artificial de um emprego, para uma pessoa que é escolhida pela sua proximidade à família política que lidera a Câmara, sem que se afigure necessário atribuir a função, tanto mais que competência técnica e capacidade de gestão, já estão reunidas no Engº. João Pereira que acompanha a TUMG desde a sua fundação.
Mais uma vez o digo. A pessoa do Dr. Rui Pedrosa não está em causa.
Tenho por ele estima e consideração, mas as condições em que o nomeiam não abona a favor do rigor e da transparência que deverá nortear a gestão desta equipa.
Quanto ao C.L. assumir individualmente as posições que tornou públicas, sem terem sido escrutinadas pelo Mov. Amar a Marinha, devo dizer-lhe que se eu não o pudesse fazer, certamente não seria um dos integrantes do grupo. Condicionar a livre expressão dos meus pensamentos ao escrutíneo de outros, nesta fase da minha vida, é inaceitável. Do centralismo democrático já tive a minha dose.
De qualquer forma, se não existem reservas mentais, insisto para que utilize os canais de comunicação postos à sua disposição, para colaborar, colectivamente, num movimento de opinião que quer intervir, pela positiva, no desbravar de novos rumos nesta caminhada que deveremos fazer juntos. ( e isto também serve para o Amândio)

Apartidário disse...

Caro A. Constâncio,

Dos meus princípios só faz parte a partilha de ideias e não o "travar de razões".

Para que fique mais claro o que quis transmitir acrescento o seguinte:

Dentro do quadro legal e usando os direitos que nos assistem, cada um de nós, de forma individual, tem liberdade de tomar as posições que quiser e sobre o quiser. O CL utilizou esse direito.

Só que, do ponto de vista ético e de respeito pelo grupo cuja constituição foi promovida pelo CL, parece-me despropositada e inconveniente a sua tomada de posição individual sobre temas que serviram de base à constituição desse grupo. Enquanto o grupo existir ou o CL a ele estiver ligado deverá ser existir e ser respeitado esse vinculo.

Do meu ponto de vista, este facto configura uma gravíssima falta de respeito por todos os outros elementos do grupo e significa que não tem razão de existir.

Do ponto de vista politico,apesar das boas intenções, a forma e o conteúdo da sua intervenção foram completamente despropositados, inúteis e até descredibilizadores de qualquer futura acção que venha a ser realizada pelo tal grupo de reflexão.

Observador Independente disse...

Do dicionário da lingua portuguesa:
"logro (ô)
s. m.
1. Logração, posse, gozo.
2. Engano, intrujice.
3. Peta ou pirraça de Entrudo.
4. Ant. Lucro, usura.
Pl.: (ô).
lograr - Conjugar
v. tr.
1. Fruir, gozar, desfrutar.
2. Conseguir.
3. Enganar, intrujar.
4. Meter uma peta (a alguém)."

Para quê mais palavras o dicionario não engana, isto não é nenhum logro nem nenhum logrado, só se deixa lograr quem quer e para este peditório já dei.
Passem bem

Memória disse...

Há quanto tempo não visitava o Largo! Quanta novidade!
Fiquei estupefacta... o Rei do Cartão voltou e com a pujança e a fanfarronice de outros tempos.
Quem diria...quem diria...
O meu grande problema é que tenho memória e há coisas que o tempo não apaga,mesmo os 4 anos de travessia no deserto não são o suficiente.

folha seca disse...

Como já disse num outro post, fui um dos participantes no conjunto de conversas que um gupo de cidadãos teve e que de facto, por razões do perído de férias e do momento eleitoral que se avizinhava, não voltou a reunir.

A ideia era a da criação de um grupo de reflexão sobre a Marinha Grande que poderia apresentar propostas colectivas, resultantes dessa mesma reflexão, mas nunca coartar a liberdade individual de cada um dos participantes, quer na emissão opiniões individuais ou até na participação em qualquer partido ou outras estruturas políticas.

Nunca teve este grupo qualquer espírito de "seita" daí que as posições individuais que corajosamente o Eng. Carlos Logrado tem tomado não vinculam mais ninguem, mas neste caso tem o meu incondicional apoio, não me sentindo nada incomodado com o facto de não ter sido "ouvido" porque, não tinha nada que o ser.

marinhense disse...

Depois duma dezena de posts e de mais de 150 bitaites, há praticamente um mês que no FLC só se fala de TUMG. Não tenho tido o tempo necessário para confirmar muito do que aqui se tem dito, mas este fim-de-semana falei com algumas pessoas para cruzar informação e ter uma opinião que seja séria e construtiva.

Vou dividir os meus comentários por dois bitaites: a TUMG e a fulanização.


A TUMG.
As empresas municipais (EM) são criadas pelas autarquias com objectivos específicos. Em todo o pais existem algumas com muito sucesso, e no nosso distrito há uma dúzia incluindo a Simlis e a Valorlis, que são empresas intermunicipais dedicadas ao saneamento e a valorização dos resíduos sólidos. A maioria das EM dedicam-se à requalificação urbana, e a EM mais próxima é a Leirisport que se dedica à gestão das infraestruturas desportivas municipais, lazer e turismo.

A discussão publica agora tida, deveria ter sido feita há muito tempo. Sobretudo deveria ter sido questionado se a Marinha Grande necessita de uma EM para gerir os transportes urbanos (TU), o estacionamento pago (EP) e a gestão de parques de máquinas (GPM).

Sobre o EP e a GPM sempre foram resolvidos numa divisão da Câmara e creio ser unânime a necessidade de TU numa cidade como a nossa. A questão é se para gerir estas valências necessitávamos de criar uma EM. A minha opinião é que não, por uma razão, é que o trabalho para fazer estes serviços poderia ser feito por técnicos camarários, supervisionados por um director de departamento ou até por um vereador. Apenas como comparação veja-se o que fazem os municípios envolventes, como exemplo Leiria que gere todas essas valências numa estrutura interna, chefiada por um vereador (era o Engº Fernando Carvalho e agora é o vereador Lino Pereira) sem custos acrescidos numa EM, que não teria necessário trabalho que justificasse uma pirâmide invertida com 3 administradores remunerados.

No entanto, Leiria criou a Leirisport, EM que gere 17 equipamentos, incluindo pavilhões desportivos, 3 piscinas (Leiria, Caranguejeira e Maceira), o parque de campismo do Pedrógão e ainda o “monstro” do Estádio. Entende-se a necessidade de criar uma unidade autónoma para gerir tal estrutura.

E a TUMG é comparável ? Claro que não, e por isso a dificuldade de constituir esta EM, com avanços e recuos, com pessoas a dizer sim, depois não e no final sim.

Porquê esta postura agora ? Porque nunca fui questionado, e mesmo que fosse os executivos camarários são autistas e colocam-se numa posição tão actual que é confundir os direitos com as obrigações. Ou seja, eles têm direito a fazer EM, mas será que é obrigatório faze-lo ? Voltarei a este conceito mais adiante.

Constituída que foi a TUMG, até ao momento houve o bom senso de deixar 2 administradores executivos, sendo o seu presidente um vereador, que mais não fazia do que a ligação entre a EM e o executivo. Não consta que os administradores não tenham conseguido dar conta do recado.

Com a alteração partidária no executivos da câmara compreende-se que queiram colocar alguém da sua confiança, mas ao não substituírem os outros administradores quer dizer que reconhecem o seu bom trabalho (a Leirisport viu todos os administradores serem substituídos). Então se havia confiança porquê colocar um presidente remunerado ? Será que haverá trabalho que justifique tanta gente ?

Quanto à remuneração voltamos ao tema do direito e da obrigação. Poder-se-á dizer que cumpre os estatutos de pagar 85% dos vereadores, mas também é dito “como limite”, ou seja não poderia ter um vencimento superior, mas poderia ter um vencimento inferior. Então e o que faria tomar a decisão ? Evidentemente que deveria ter a ver com trabalho que irão resolver: salário correspondente à sua produtividade.

Em conclusão, acho que para este tema não deveria haver uma EM. No caso de ser criada, deveria ter despesas em relação aquilo que produz. Os custos deveriam ter a ver essencialmente com os factores produtivos (autocarros, motoristas,…) e não com administrativos.

marinhense disse...

2º bitaite - A FULANIZAÇÃO:

A consequência de tanta discussão envolveu (infelizmente) nomes de pessoas. Vou apenas referir-me aos protagonistas Dr. Rui Pedrosa e ao Eng. Carlos Logrado.

Podemos discutir a TUMG e as decisões camarárias, mas será legitimo discutir o seu presidente nomeado Dr. Rui Pedrosa ? Quem o conhece sabe da sua envolvência na vida vieirense, sobretudo na área social e cultural, em instituições não remuneradas. As suas missões dependiam das decisões das colectividades, sendo que os custos ficaram sempre na responsabilidade da própria instituição.

O Dr. Rui Pedrosa não chegou à TUMG por ter estas razões, mas por ser licenciado em economia. Aqui faz todo o sentido entender a sua vida profissional recente. Já por aqui foram tidas algumas considerações, que seria de todo conveniente esclarecer. Se os problemas da sua vida profissional (saída do banco) colocarem em causa as acções e decisões que irá tomar como presidente da TUMG, então podemos concluir que foi imprudente nomeá-lo e será um presente envenenado.

Quanto ao Engº Carlos Logrado e o seu súbito protagonismo, é de todo conveniente que os cidadãos intervenham cada vez mais na sociedade. No entanto, devemos conhecer as regras. As premissas e os considerandos iniciais eram bons pontos de reflexão, e quiçá a razão estaria do seu lado. No entanto, a proposta apresentada da passada quinta-feira em reunião de Câmara deitou tudo a perder.

O Engº Carlos Logrado não concorda com a decisão democraticamente tomada em reunião de Câmara e achou que a opinião dele é que tinha de prevalecer. São acções de presunção e prepotência que quem o conhece sabe que é uma postura que já tem demonstrado. Dizia há poucos dias um ex-colaborador do jornal Expressões, ter sido ele quem deu o empurrão para o encerramento do jornal. Porquê ? Porque o Sr. Engº chegou um dia ao jornal dizendo que agora ele é que mandava, porque sabia o que estava errado e iria fazer melhor que todos, até o JMG. Deu ordens, fez alterações e passado algum tempo desapareceu. Uma postura tipo elefante na loja da Crisal, movimentou-se, abanou o rabo, balançou a tromba, e quando saiu disse que nada do que estava prestava – pudera ele tinha destruído tudo (Seria para isto que queria ir para administrador da TUMG?).

Ser mentor e impulsionador do “Amar a Marinha” não lhe dá o direito de tomar atitudes de presunção. Apesar de referir que foi por iniciativa própria, não se pode excluir dum grupo a que pertence, e da qual não sabemos se todos partilham a mesma opinião (creio que não). Que credibilidade terá o Engº Logrado ou o seu grupo, quando numa próxima oportunidade aparecerem com novas ideias e propostas ?

Será para achar que a suprema razão está do seu/vosso lado, e que todos os outros estão errados ? Será para imporem a vossa vontade (“à bruta”), mesmo sem saber a opinião do povo. Entendemos agora que a intenção do grupo era ir a votos, por isso reuniram algumas vezes, até que em 4 de Agosto entenderam que já não havia tempo. Porque não foram ? Aí veria se as suas/vossas ideias tinham aceitação na população marinhense.

As opiniões não podem ser impostas, já lá vai o tempo. O Sr. Engº tem de entender que vivemos em democracia, e que os eleitos tomam decisões. Podemos até estar contra, mas temos de contestar nos locais próprios, e se achamos que temos melhor alternativas então teremos de nos apresentar a eleições, e ganha-las.

A Verdade Chateia disse...

A Verdade é que o Carlos Logrado fez um espalhafato brutal e nada resolveu.

Está na linha das nossas forças politicas locais. É mais do mesmo.

É como nos partidos, está tudo à espera que os dirigentes façam. Aliás, é assim que eles gostam.

O homem pensa que sózinho pode mudar o mundo. Pela conversa do Folha Seca os outros até estão à espera que ele o mude.

Anónimo disse...

Ó Folha Seca,

Ca gandas férias. Desde Agosto que não tiveram tempo para reunir?

Vai lá vai ...

Carlos Logrado disse...

Caro(a) “marinhense das 08:59 e das 09:00” (não sei quem é),
Gostei do seu bitaite! Gostei mesmo, não é ironia!
Contém “informação” viciada e obviamente não concordo com tudo, (a seu tempo, darei resposta as suas questões), mas são intervenções deste género que dignificam os bloguers e contribuem para a “cultura do diálogo”.
Mesmo utilizando nickname ou anonimato, (formato com o qual concordo e lhe reconheço utilidade, embora nunca o tenha utilizado e espero nunca utilizar, a menos que perca a lucidez), podemos contribuir para o debate sério dos assuntos Municipais.
O verdadeiramente difícil, é a criação de uma PLATAFORMA DE COMUNICAÇÃO simples e eficaz, que permita, a todos, expressar livremente a sua opinião, sem perder o “colorido” da ironia e humor, ou seja, sem o”cinzentismo” e formalismo dos “carreiristas” e “aparelhistas”. Pelo que tenho observado, ultimamente, no “Largo” – aumento de participações racionais e de qualidade em desfavor das primárias, dogmáticas e preconceituosas – estou muito confiante que o possamos (todos os Munícipes) fazer.
O seu contributo é imprescindível!

conclusivo disse...

Porra já chega !!! Acabamos de ler a confissão de que o CL concorda com o que disse o marinhense, portanto está assumido o que lá se disse, e por isso não batam mais.

Quanto ao movimento que idealizou tambem ficaram esclarecidas as intenções, e quanto a isso, paz à sua alma.

Anónimo disse...

É impressão minha ou o Sr. Engº Logrado ficou-se?

Carlos Logrado disse...

Ná!
Então acha que sou homem para deixar a coisa a meio?!
Não senhor!
Aguardo resposta do Executivo. Como seguramente não vão aceitar as minhas propostas, nem vão dar nenhum esclarecimento, proximamente passarei para outra fase deste mesmo assunto: Monitorização da gestão da TUMG e apresentação de propostas para o melhoramento da mesma.
Com o propósito de contribuir para o estabelecimento de uma “Cultura de Dialogo” e numa melhor “Democracia Participativa”, para além da TUMG, como já tinha anunciado, estou a preparar uma nova iniciativa, a lançar nos próximos dias. A iniciativa prevê uma participação de relevo do Executivo, pelo que, lhe será apresentada em primeira mão. Só após a apresentarei ao “Largo”.
Se isto não acontecer, é porque, também, fui SILENCIADO (parece que agora é assim, e o Povo fica-se!).
Até breve!