.
.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

TUMG

Como se previa, aos Munícipes disseram, nada!

Conclui-se pois, que não está pensado nenhum plano, inovador e criativo, que revolucione a TUMG, de forma a justificar o nível remuneratório aprovada para a Administração.

Não estando em causa, os nomes dos membros da Administração, carácter, honestidade, currículo e capacidade profissional, muito menos a legitimidade da escolha, podemos também concluir, que a medida aprovada rivaliza com o que de “melhor” faz Alberto João Jardim.

Assim, quero partilhar com a comunidade do “Largo” o documento que tenciono entregar, hoje às 17:30, na reunião de Câmara (a única mensal aberta aos Munícipes). Digo, tenciono, porque não me aceitaram a marcação para intervir ou entregar o documento, porque, pasme-se, as marcações têm de ser feitas com 1 semana de antecedência.

PROPOSTA PARA A TUMG

Confesso que estou, sempre, de pé atrás, no que diz respeito a empresas municipais (EM). Salvaguardando honrosas excepções – de que não me lembro, agora, nenhuma - a análise do histórico, demonstra que têm, essencialmente, servido para furar o tecto de endividamento das autarquias, servir clientelas partidárias e pagar principescamente a quem pouco faz para o merecer. A vantagem da flexibilidade é largamente ultrapassada pelo inconveniente do despesismo e pouco rigor de gestão, que desvirtuam, quase sempre, os propósitos para os quais são criadas.

Com os dados conhecidos, a análise à TUMG remete-nos para as seguintes conclusões:

1- Os genuínos e louváveis objectivos que lhe deram origem, nunca foram atingidos, porque o processo de criação não reuniu consenso alargado das forças partidárias do eixo da governabilidade do Município;

2- Os estatutos são excessivamente permeáveis à manipulação da EM, de forma a poder servir objectivos, meramente, eleitorais, por parte das forças partidárias que detenham a governação do Município;

3- Os estatutos não são garante da sustentabilidade da EM, nem do princípio da descriminação positiva da subsidiação, apenas, dos desfavorecidos;

3- O processo de implementação das 3 valências para as quais foi criada, gestão do parque de máquinas (GPM), estacionamento pago (EP) e transportes urbanos (TU), foi sempre ziguezagueante, provocando descontinuidades graves nos objectivos e gestão;

4- Apenas os benefícios dos TU reúnem o consenso alargado dos Munícipes, sendo certo, que o seu modelo é insustentável pelos elevados custos e baixas receitas, sendo questionável a vantagem de estarem integrados num EM, em vez de pertencerem directamente à CM;

5- O EP, gerador de maiores custos que receitas, (analisem-se exemplos de aglomerados urbanos, de igual dimensão da MG, onde foram implementados) é claramente um erro, sendo o oposto do que é necessário para revitalizar o centro tradicional da Marinha Grande, entendendo-se apenas numa lógica punidora e não como vantagem competitiva dos pequenos meios face às grandes cidades;

6- A TUMG, no seu modelo actual, é um projecto insustentável, sendo um voraz sorvedor de dinheiros do Município.

Tomando por verdade o que atrás foi dito, impõem-se um processo de reengenharia da TUMG, onde tudo possa ser posto em causa, inclusivamente a sua existência, de forma a encontrar solução sustentável para, pelo menos, os transportes urbanos.

Este processo, tecnicamente rigoroso, deve reunir o consenso alargado das forças políticas do Município e dos Munícipes, ser feito por uma Administração da TUMG impermeável a pressões e interesses partidários, assentar numa cultura de diálogo, e realizar-se num tempo útil de, no máximo, 3 meses.

Por achar imoral a exagerada remuneração da Administração, face á dimensão da TUMG e das tarefas a realizar, e por considerar que não está garantida a independência e equidistância da Administração face ao processo de reengenharia, que defendo, proponho que seja considerada nula, e sem efeito, a deliberação tomada na última reunião camarária e que seja nomeada nova Administração.

Certo que o meu currículo, formação, carácter e honestidade está ao mesmo nível dos actuais Administradores, e no caso de não se encontrarem pessoas com melhor perfil e competência, voluntario-me, a título completamente gracioso (SEM REMUNERAÇÃO E AJUDAS DE CUSTO), para fazer parte de uma Administração com os propósitos atrás referidos.

8 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns ao Dr. Logrado. A Marinha precisa de pessoas assim à frente dos interesses dos marinhenses. E quando digo marinhenses , não me refiro só aos que cá nasceram, mas também aos que adoptaram a Marinha Grande como a sua terra e que infelizmente se constata que a defendem melhor do que alguns naturais.

P.S. Para que não se criem dúvidas, informo que sei quem é o Dr. Logrado, mas não tenho qualquer relação pessoal ou profissional com ele.

marinhense disse...

Este problema devia ter sido equacionado quando da decisão da constituição da TUMG, e provavelmente a razão de ter levado tanto tempo a pôr em pratica.

Não entendo porque não houve iluminados que tivessem estas atitudes há uns meses atrás quando os autocarros da TUMG (próprios ou alugados) começaram a passar nas nossas ruas.

Será que os estudos feitos previamente não anunciavam o que iria acontecer ?

Por ultimo e apenas por reflexão reparem quem anda dentro dos TUMGs e vejam se é socialmente util ou não.

Anónimo disse...

Parabéns ao Dr Carlos Logrado pelo voluntarismo.

Mas a meu ver, isso servirá mais para a Capela da Albergaria e para a Caritas.

Acresce que desse voluntarismo já tivemos muito ArturOliveirismo.

Entretanto, parece sensato algum profissionalismo. E, meus caros, os prifissionais têm de ser pagos, aliás como qualquer outro.

Ah, é caro?

Depende de quem trabalha: para uns é caro e para outros é pouco - depende da produtividade.

Mas há uma verdade nisto tudo:

1. sim, os estatutos da TUMG limitam os vencimentos e sim, estes vencimentos estão dentro (abaixo) dos limites

2. sim , estes vencimentos já eram pagos exactamente nestes valores, só que até daqui de forma encapotada, isto é, a camara deliberou em 2005 que os administradores não eram remunerados, mas depois a própria Empresa contratava os administradores enquanto funcionários. Era uma espécie de auto contratação, certo?

3. É este o voluntarismo que o Dr Carlos Logrado pretende devolver à TUMG?

Não, Obrigado!

Parabéns sinceros à Capela e à Caritas se puderem contar consigo, porque se lhe reconhece empenho e compromisso.

Mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, se me faço entender.

A TUMG precisa de mais que isso. Esperamos que o novo CA o seja!

Se não fôr, então terão razão! Mas só
aí e nunca antes! Digo eu.

Anónimo disse...

Naturalmente que para haver um Conselho de Administração capaz tem de haver profissionalismo e não se vai lá só com boas vontades.Agora efectivamente para gerir a TUMG e mesmo tendo dela uma visão mais abrangente e um plano para implementar de curto,médio e longo prazo,não era necessário nomear um Presidente do Conselho de Administração~com os encargos que este envolve,visto que a experiência demonstra que um vereador,mesmo que não sendo do PS,era suficiente para gerir com eficácia a TUMG,como vêm sendo prática.E uma vez que a Camara Municipal não apresentou nenhum plano estratégico para a empresa e não se consta que o tenha pedido à Administração,menos se justifica ainda esta despesa que segundo um jornal regional,a verba auferida pelos administradores é 92 por cento das transferências da Camara para a empresa.Então como é que isto pode ser ?Que sustentabilidade financeira tem a empresa para para pagar à administração 92 mil euros por ano.onde vão gerar receitas para o equilibrio financeiro.Como vão fazer relativamente aos autocarros velhos da TUMG que os utilizadores pagam como fossem novos e confortáveis,e não poucas vezes ficam na estrada com todos os incomodos que isso acarreta.Sejamos claros esta decisão é politica e é um fato à medida do cliente,como é a nomeação do ROC que substituiu um outro que a empresa tinha.Os tentáculos do polvo ai estão,com o objectivo da satisfação clientelar do PS,que de um momento para o outro deixou de ter preocupações com o despesismo e com medidas avulsas vai aumentando as despesas do Municipio comprometendo o investimento e as obras prioritárias e fundamentais para o desenvolvimento do concelho.

Anónimo disse...

Li num Jornal de Leiria que lá para os lados do PS,a nomeação do Conselho de Administração não foi pacifica e que a defesa em blogues da medida por deputados do PS não caiu bem.Porque razão o nosso jornal da Marinha pouco diz acerca do assunto,quando até à pouco tempo fazia crónicas e mais crónicas a debitar sobre o que a Camara devia fazer e não fazer e agora está calado.Não se passa nada e já não tem uma visão critica.Mudam-se os tempos,mudam-se as vontades...

Anónimo disse...

Pois é... será voluntarismo do Sr.Carlos Logrado ou será um investimento para condicionar algo ou alguém?

Anónimo disse...

Estranho, estranho é esse voluntário pedante, nunca mais ter aparecido nesta merda de blogue.

Dicionário disse...

Logrado provem de logro. Então vejam só o que sobre isso diz o dicionário da lingua mãe:

logro (ô)
s. m.
1. Logração, posse, gozo.
2. Engano, intrujice.
3. Peta ou pirraça de Entrudo.
4. Ant. Lucro, usura.
Pl.: (ô).

lograr - Conjugar
v. tr.
1. Fruir, gozar, desfrutar.
2. Conseguir.
3. Enganar, intrujar.
4. Meter uma peta (a alguém).

PARA QUÊ MAIS COMENTÁRIOS...ESTÁ TUDO NO DICIONÁRIO E ESTE NÃO ENGANA.
Isto não é nenhum logro por isso só se deixa lograr por um qualquer logrado quem quer.