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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Canta, Calhandra!

3 comentários:

Vinagrete disse...

Aceito o desafio e vou continuar a "cantar" com a liberdade e o sentido de responsabilidade de que não abdico.
Tenho, e creio que todos nós, acompanhado a tragédia na Madeira.
Já fui a esta Ilha, quer em trabalho, quer em férias, umas três vezes e o local de referência que repetidamente visitei, foi o Mercado no Funchal.
Localizado no Centro da cidade, rodeado por uma rede viária com um perfil muito estreito, quase sempre congestionado, este mercado funciona num edifício com mais de um piso e com desnivelamentos acentuados, em áreas distintas do mesmo piso.
Não tem escadas rolantes, nem elevadores para os utentes e para cargas e descargas, mas é um polo de criação de riqueza muito importante e constitui um local obrigatório de visita para nacionais e estrangeiros.
Nenhum daqueles vendedores aceitaria a ideia de trocar o esforço de montar, desmontar e transportar mercadorias à mão, por um outro qualquer edifício, em zona aberta, num só piso e com estacionamento disponível.
Serão doidos estes comerciantes? Serão loucos os do Mercado do Bulhão no Porto, ou da Ribeira em Lisboa?
Não. Não são.
Eles sabem que os mercados tradicionais só podem competir com as grandes superfícies, se forem capazes de se distinguir pelo tipicismo dos seus agentes, pelo atendimento personalizado e pela localização no Centro da cidade.
É assim nos que já mencionei, como é assim em todos os que já visitei em muitas cidades europeis e em quase todas as cidades do nosso país.
Porque procuro olhar a realidade de espírito aberto, não espreito pelo funil, encostando a boca do dito aos olhos e focando o objectivo pelo bico estreito da nossa patética visão político-ideológica.
Por tudo isto, acho que valeria a pena tentar, ao menos tentar, pôr o Mercado a funcionar no edifício para ele concebido, enquadrado numa estratégia de criação e manutenção de condições de atractibilidade ao Centro, por forma a evitar a sua morte lenta, mas inexorável.
Junte-se a isto o mercado do levante na zona poente da Cerca e o Leclerc e teremos um vastíssimo leque de motivações para nos deslocarmos para junto dos nossos comerciantes, dos nossos mais bonitos jardins, da Biblioteca, dos Museus, etc.
Pronto, qual "calhandra", já traduzi em prosa o meu direito a ter opinião, mesmo sabendo que muitos estarão a calibrar a mira da pressão de ar, ou a afinar a fisga donde pretendem lançar a pedrada certeira.

DC disse...

"ele a dar-lhe e a burra a fugir-lhe".

Será que não basta de teimosia? Os vários milhões que ali enterrou (!?!?!) para criar aquele elefante branco (denominação do PS) não seriam suficientes para dar a mão à palmatoria e assumir duma vez por todas que errou.

Como se auto-intitula de visionário, porque não procura encontrar uma solução para o Atrium, e outro distinta para o mercado da Marinha ?

Felizmente que o PS arrepiou caminho a tempo, caso contrário neste momento estariam de novo na oposição.

ai ai disse...

Que importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a Razão mesmo vencida,
não deixa de ser Razão

António Aleixo