.
.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Bitaite da Semana


Carlos Logrado disse...

Uma noticia com este impacto será, certamente, motivo suficiente para abanar o largo.
Não conhecendo os bastidores onde se desenvolveram as negociações entre os que aprovaram esta decisão, só a consigo perceber num de três possíveis cenários:
1- Prepara-se uma revolução na TUMG, com a receita a crescer de uma forma exponencial e um novo plano de actividades, de tal forma inovador e criativo, que justificará a existência de 3 Administradores em dedicação exclusiva e a tempo integral, como parece fazer crer o nível remuneratório aprovado.
2- Trata-se de uma medida pedagógica que visa enfatizar os aspectos negativos das empresas municipais, com o objectivo de extinguir a TUMG a curto prazo.
3- Trata-se do primeiro erro grave do PS/PSD e é a primeira brecha no, excelente, plano de comunicação posto em prática pelo PS após tomar posse.
Em qualquer dos casos e não impondo, o regulamento da TUMG, uma Administração remunerada, os Marinhenses merecem um esclarecimento detalhado, por quem aprovou a medida.

Insisto!
Este é um tema excelente para o “largo”, porque, por entre picardias, ofensas caseiras, e contra-informação, é o fórum onde podemos reflectir, também, sobre coisas sérias e importantes para o município. Para além disso, espero que os detentores de cargos autárquicos, sejam frequentadores e possam enriquecer o diálogo.
Não! Não fica tudo como antes, há efectivo agravamento de custo com a remuneração da Administração (o anterior Presidente da Administração era simultaneamente Vereador). Face à insustentabilidade do modelo da TUMG e à reduzida dimensão da sua actividade, não se justifica, nem se compreende, o nível remuneratório aprovado.
O que está em causa, não são as pessoas ou o perfil das mesmas. Sabemos que se tratam de lugares de nomeação politica. O que preocupa é pensar que esta medida, pode fazer carreira.
Dai pensar que os Munícipes merecem um esclarecimento detalhado, por quem aprovou a medida, e que, este, deve servir para iniciar a reflexão sobre o falido modelo da TUMG, de forma a torna-la sustentável.

O respeito pelos Munícipes exige que os autarcas não se esqueçam dos eleitores, imediatamente após as eleições. Isto a propósito do direito à informação, que nos assiste, bem como aos esclarecimentos a que temos direito.
O argumento que as actuais decisões, ou políticas, são a continuidade e suportam-se nas práticas passadas, ou são a manifestação de falta de projecto e incapacidade de melhorar, ou fazem parte de um plano propagandístico com o objectivo de confundir os Munícipes e manter tudo como dantes. Nenhuma das hipóteses serve os interesses do Concelho.
O que os Munícipes esperam, dos eleitos, são políticas e decisões que rompam com o “modus operandi” do passado (que vai muito além do ultimo mandato), baseadas na TRANSPARÊNCIA, no DIÁLOGO e no RIGOR, dotando o Concelho de exemplos de excelência de gestão e administração autárquica.
TRANSPARÊNCIA - É fundamental que os documentos, não reservados, da autarquia estejam disponíveis, de uma forma sistemática, nos sítios do Município para consulta em tempo real. São disso exemplo: Apresentação de contas; orçamentos; orçamentos e contas das empresas municipais; actas das reuniões camarárias; actas das reuniões da Assembleia; actas das reuniões das empresas municipais; etc.
É também fundamental abrir as reuniões camarárias à participação de todos os Munícipes, excluindo, obviamente, aquelas onde esteja agendado o tratamento de assuntos referentes à segurança nacional.
DIALOGO - É fundamental criar um sistema interactivo de comunicação entre os eleitos decisores e os Munícipes, não só para dar voz aos Munícipes, mas sobretudo contribuir para o desenvolvimento de uma verdadeira democracia participativa, em que a participação dos eleitores não se esgote ao mero exercício do direito de votar.
Com os meios tecnológicos ao nosso dispor é, hoje, muito fácil associar ao sítio da Câmara Municipal, uma plataforma informática que cumpra esta função. Nela, os Munícipes, devidamente identificados, poderiam questionar, comentar, sugerir, bem como obter as devidas respostas por parte dos autarcas, com a vantagem, obvia, da comunicação nos 2 sentidos ser do conhecimento de todos. Esta ferramenta contribuiria para optimizar o funcionamento da Assembleia Municipal, tornando-a mais atractiva aos Munícipes, e contribuiria, decididamente, para minimizar os efeitos negativos dos projectos autárquicos fracturantes, como são os, presentes, casos do mercado municipal, piscina municipal, Marinhense/Leclerc, e serão no futuro, próximo, os casos TUMG e QREN. Este último, um verdadeiro elefante branco para o município, onde, para um esforço colossal da autarquia, o retorno, SUSTENTÁVEL, será mínimo, por não assentar num projecto estratégico global, não acautelar as prioridades e não estar dimensionado às verdadeiras necessidades do município.
RIGOR - É fundamental que a acção camarária assente num projecto estratégico global do Município, em que o interesse colectivo sobreponha os interesses partidários, pessoais ou de grupos, e que tenha por objectivo o lançamento de iniciativas sustentáveis, optimizando custos e maximizando receitas, sem menosprezar o serviço ou apoio social a prestar aos Munícipes menos favorecidos.
Obviamente, a constituição das equipas dirigentes para as diferentes iniciativas, é da inteira responsabilidade de quem lidera o executivo e consegue o apoio maioritário dos outros pares. Nas nomeações politicas, para a maioria dos casos, a legislação não impõe perfis curriculares ou outros, aos escolhidos. Percebe-se, por isso, que os escolhidos sejam, quase sempre, da rede relacional de quem escolhe e nem sempre presida à sua escolha o critério da competência, (para o bem ou para o mal são as regras da nossa democracia). No entanto é de elementar bom senso, que a escolha, garantindo a adequabilidade ao cargo, minimize os custos ao município, recaindo, preferencialmente, nos vereadores e funcionários, e que as remunerações estejam em relação directa com a dimensão do trabalho a desempenhar e/ou proveitos gerados.


26 comentários:

Toino Tolo disse...

O Mundo ralha de tudo,
Tenha ou não tenha razão,
Quero contar uma história
Em prova desta asserção.
Partia um velho campónio
Do seu monte ao povoado,
Levava um neto que tinha
No seu burrinho montado:
Encontra uns homens que dizem:
"Olha aquela que tal é!
Montado o rapaz que é forte,
E o velho trôpego a pé."
"Tapemos a boca ao mundo",
O velho disse: "Rapaz,
Desde do burro, qu'eu monto,
E vem caminhando atrás."
Monta-se, mas dizer ouve:
"Que patetice tão rata!
O tamanhão de burrinho,
E o pobre pequeno à pata."
"Eu me apeio", dis prudente
O velho de boa-fé,
"Vá o burro sem carrego,
E vamos ambos a pé."
Apeiam-se, e outros lhe dizem:
"Toleirões, calcando lama!
De que lhes serve o burrinho?
Dormem com ele na cama?"
"Rapaz", diz o bom do velho,
"Se de irmos a pé murmuram,
Ambos no burro montemos,
A ver se inda nos censuram".
Montam, mas ouvem de um lado:
"Apeiem-se, almas de breu,
Querem matar o burrinho?
Aposto que não é seu."
"Vamos ao chão", diz o velho,
"Já não sei qu'ei-de fazer!
O mundo está de tal sorte,
Que se não pode entender.
É mau se monto no burro,
Se o rapaz monta, mau é,
Se ambos montamos, é mau,
E é mau se vamos a pé:
De tudo me têm ralhado,
Agora que mais me resta?
Peguemos no burro às costas,
Façamos inda mais esta."
Pegam no burro: o bom velho
Pelas mãos o ergue do chão,
Pega-lhe o rapaz nas pernas,
E assim caminhando vão.
"Olhem dois loucos varridos!",
Ouvem com grande sussuro,
"Fazendo mundo às avessas,
Tornados burros do burro!"
O velho então pára e exclama:
"Do qu'observo me confundo!
Por mais qu'a gente se mate
Nunca tapa a boca ao mundo.
Rapaz, vamos como dantes,
Sirvam-nos estas lições;
É mais que tolo quem dá
Ao mundo satisfações."

A Verdade Chateia disse...

É TOLO e não é só de nickname.

Ou então quer fazer-nos de tolos ... ou de burros ... sei lá.

Só pode ser alguém com interesses directos na decisão sobre a administração dos TUMG.

Só assim se compreende este bitaite que termina com uma conclusão completamente contrária ao contexto da discussão e ao que se exige numa boa prática politica.
"É mais que tolo quem dá
Ao mundo satisfações."
DESLUMBRANTE!

Versão da Sophia disse...

Um velho, um rapaz e um burro na estrada.
Em fila indiana os três caminhavam.
Passou uma velha e pôs-se a troçar:
-O burro vai leve e sem se cansar!
O velho então pra não ser mais troçado,
Resolve no burro ir ele montado.
Chegou uma moça e pôs-se a dizer:
-Ai, coisa feia! Que triste que é ver!
O velho no burro, enquanto o rapaz,
Pequeno e cansado, a pé vai atrás!
O velho desceu e o filho montou.
Mas logo na estrada alguém gritou:
-Bem se vê que o mundo está transtornado!
O pai vai a pé e o filho montado!
O velho parou, pensou e depois
Em cima do burro montaram os dois.
Assim pela estrada seguiram os três:
Mas ouvem ralhar pela quarta vez:
Um rapaz já grande e um velho casmurro.
São cargas de mais no lombo de um burro!
Então o velhote seu filho fitou
E com tais palavras, sério, falou:
Aprende, rapaz, a não te importar,
Se a boca do mundo de ti murmurar.
Sophia de Mello Breyner Andersen

Acintoso disse...

Poesias à parte, eu tenho de dizer que subscrevo, a cem por cento, o 'Bitaite da Semana'. Vírgula por vírgula, ponto por ponto!
Também não me parece que a TUMG tenha arcaboiço para aguentar tal estrutura de custos e isso não significa que a ideia da criação de transportes públicos na cidade e no concelho, não seja uma iniciativa meritória e a merecer, claro está, continuação e desenvolvimento!
Mas há coisas que têm de ser muito bem ponderadas e esta, que me perdoem os responsáveis, não o parece ter sido...
Oxalá me engane!

Anónimo disse...

Parabéns ao Carlos Logrado pela sua clarividência. Oxalá as explicações que reclama, e as quais eu subscrevo, sejam cabais e precisas.

não me fecundem sff disse...

Infelizmente são!

Anónimo disse...

O mais lamentável é que, da parte dos Xuxas, NEM UMA PALAVRA.

Só a habitual contra-informação .........

Socialista enganado disse...

Foi para esta vergonha que eu votei na mudança ?? Toca a arregaçar as mangas e começar a trabalhar e deixem os tachos para os amigos de lado.

Vento Norte disse...

Declaração de interesses: Votei e apoiei as listas do PS para as autárquicas (nem sempre assim foi); sou amigo do RA, Dr. Rui Pedrosa; para bem do nosso Concelho, espero e confio no sucesso deste executivo.
Dito isto, em nome da tão mal tratada ética republicana, também apoio na sua maioria o “bitaite” do autor Carlos Logrado, pessoa que não conheço.
Na minha leitura, independentemente de outras motivações, o Dr. Álvaro Pereira não cedeu à comodidade e ao disfarce usuais. Como primeiro responsável pelos fracassos e pelos sucessos deste executivo, agiu gerindo como se lhe exige, com coragem e argúcia, mostrando bom pronuncio na condução do seu mandato.
Em vez de, como recorrentemente se tem feito, nomear um qualquer assessor da sua confiança política e pessoal e de na sombra lhe atribuir ou delegar incumbências, chamou o Dr. Rui Pedrosa (que é economista pelo ISEG e não jurista, como já li) e atribuiu-lhe a responsabilidade pelo CA da TUMG. Assim às claras, como sem ofensa dizemos nós, povo, “chamando os bois pelos nomes”. Saberemos sempre a quem deve o Concelho pedir responsabilidades.
Estamos fartos de que as culpas morram solteiras e da desresponsabilização das “figuras pardas” que à sombra, resistem imunes aos malefícios que provocam. Não tem sido assim?
Quem o conhece sabe que o Dr. Rui Teodósio Pedrosa é um homem de causas que saberá estar à altura do cargo e voluntarioso como é, não ficará por aí a sua entrega.
Quanto ao resto, a dar por válida a informação num “bitaite” anterior, os restantes membros já tinham vínculos à Autarquia ou à TUMG e o Fiscal Único, decorre da lei, tem que ser um ROC cuja nomeação está sujeita a uma lista de incompatibilidades legais e do estatuto da Ordem. Os honorários, serão com certeza os legislados para o exercício da função, que se pretende rigorosa e isenta.
Bom trabalho.

não me fecundem sff disse...

Afinal sempre aparece alguém a colocar a posição do PS.
Claro que está tudo legal.
O problema não é esse como "todos" vimos já... Quem quis ver é claro!

folha seca disse...

Não sendo um entendido nestas coisas da gestão autárquica e empresas municipais, demorei algum tempo a tentar perceber o que se estava a passar e o porquê das medidas tomadas em relação à TUMG.

Para já quero saudar o aparecimento (aqui no largo) do Carlos Logrado e a forma clara, diria mesmo clarificadora, como expõe a sua posição, subscrevendo quase por inteiro o seu bitaite.

Não me parece que o que está em causa seja uma questão politico/partidária, mas sim uma medida, que à partida não se conhecendo o que se pretende fazer da Tung para além daquilo que se conhece da sua actividade, nomear uma administração com aquele “peso” é obra e naturalmente à falta de um melhor esclarecimento da autarquia e consequentemente do projecto que se pretende realizar. Não é credível que a nomeação de um tão grande (e caro) concelho de administração seja só para gerir meia de dúzia de veículos de transporte de passageiros, que ainda por cima são alugados.

Urge de facto um esclarecimento da autarquia sob pena de que esta medida leve a desenvolver-se uma onda de especulação que leve a que muitos dos eleitores que com o seu voto quiseram uma mudança, se sintam defraudados

Anónimo disse...

Vento Norte,

quer-me parecer que quando se passa da oposição para a situação se perde alguma consciência crítica, não?

Vento Norte disse...

Anónimo das 15:38
A resposta é mesmo não. Mantenho esperança mas nunca fui alinhado, temos pena! Interpretei o facto mantendo o espírito do voto e espero poder fazê-lo por muito tempo. Acredito que a seu tempo chegarão as legítimas explicações.
Por outro lado, o silêncio, por mais cómodo, tanto pode ser de ouro como oportunista, ou apenas cobarde. É difícil calar quando às propostas de debate civilizado se colam viscosos (*) insultos a pessoas, sabe-se lá com que motivações. Chateia-me. E não é de agora.
(*) Leia-se merdosos.

A. Constâncio disse...

Há já algumas semanas, ou talvez meses, que não participo regularmente neste espaço que se quer de debate.
O tema que Carlos Logrado trouxe à liça, levanta questões muito sérias, na medida em que as decisões tomadas fizeram implodir o capital de esperança que muitos, entre eles eu, depositaram neste executivo.
Não se trata das pessoas, dos nomes, das filiações partidárias.
Nada disso me condiciona o raciocínio e a opinião.
O que me choca é que a decisão tomada, que implica encargos e responsabilidades financeiras consideráveis para a TUMG, directamente, e para a Câmara indirectamente porque é a entidade financiadora, é que tal decisão não parece assentar num novo modelo de funcionamento e gestão da empresa de transportes, o que configura, pelo menos aparentemente, uma irresponsabilidade e falta de rigor na gestão dos dinheiros públicos.
Tal como Carlos Logrado fez, eu também vou assinar por baixo este bitaite, na esperança de que, não se tratando de opiniões anónimas, o executivo venha a explicar em que estratégia se baseou para fazer este tipo de abordagem.
Conheço bem o tema, porque a TUMG foi pensada e estruturada por um reduzido grupo de pessoas que coordenei, por delegação do Presidente Álvaro Órfão, no pressuposto de que, para além de um técnico de reconhecida competência e qualificação técnica adequada e legalmente exigida, deveria ter nos seus órgãos sociais autarcas designados pela Câmara e sem acréscimo de custos para o Município.
Assim foi comigo como Presidente do Conselho de Administração e assim foi com o Dr. Joaquim João Pereira que me sucedeu após o meu pedido de demissão.
Não faz qualquer sentido, que a Tumg, com um técnico contratado a meio tempo e um funcionário municipal em acumulação de funções, tenha um conselho de administração com encargos mensais acumulados superiores a 10.000,00€, para tomar decisões que qualquer autarca, em reuniões semanais de 1 ou duas horas, teria capacidade para tomar.
O Engº. João Pereira, contratado a meio tempo, desde a fundação da TUMG, não é da Marinha Grande, não era conhecido de ninguém da Câmara ou do Concelho e foi recrutado por ter sido recomendado por uma empresa de autocarros de Cernache, através de um funcionário da Câmara.
Ao longo destes anos, este técnico, ex quadro da Rodoviária Nacional, já deu provas da sua aptidão técnica, mas também da sua capacidade de gestão. Não colhe assim o argumento de alguns, que sacam do perfil académico do indigitado líder do CA, não porque lhe falte competência, mas porque não vai acrescentar nada à que já existia na empresa.
Sou amigo do Dr. Rui Pedrosa e reconheço-lhe os méritos. Não é ele que está em causa.
O que se discute são princípios, é ética, é conceito de rigor, é responsabilidade na delapidação de dinheiros públicos.
A vida ensinou-me que para ser bom gestor, muito mais importante que o canudo, é o recurso ao bom senso.
Se existe alguma coisa que não saibamos, que explique o que parece ser inexplicável, então digam-nos e eu serei o primeiro a emendar a mão, o que me deixaria feliz, porque apagaria esta "vil tristeza" em que me sinto mergulhado.

ai ai disse...

Já agora e com a devida vénia transcrevo para aqui um post do Praça Stephens.

Terça-feira, Janeiro 26, 2010

A administração da TUMG, notas breves

O frenesim à volta da constituição do Conselho de Administração da TUMG é, de todo, injustificado, por razões fáceis de explicar.

Até aqui a TUMG não tinha presidente do CA (havia apenas uma caricatura) situação que causou dificuldades e prejuizos ao concelho da Marinha Grande. Decisões erradas, indecisões sobre medidas fundamentais para a qualidade de vida do cidadão e uma total ausência de gestão. Decisões erradas ou indecisões são, portanto, como é bom de ver, custos.

Ao contrário do que se diz aqui, não há agora um novo CA, há apenas um novo presidente já que, sem o crivo e a aprovação da câmara, o CA da TUMG se remunerou a si próprio.

Ora acontece que era necessário um novo presidente do CA, dada a necessidade da empresa ser gerida com eficiência e avançar para a concretização de medidas inscritas no seu objecto social e que têm vindo a ser adiadas. Dizem os estatutos que a TUMG remunera o presidente do CA com um vencimento 85% do salário de um vereador, foi isso que foi feito. Poder-se-à dizer ou argumentar que a caricatura de presidente que antes existia não era remunerado porque era vereador, mas acontece, é bom lembrar, que este executivo tem um vereador, em regime de premanência, a menos que o anterior e, por essa razão, é compreensível que a Câmara supra essa lacuna preenchendo o CA da TUMG. Não é exequível, sob pena de nada se fazer bem, que dois vereadores façam o trabalho de três e ainda acumulem a presidência de uma empresa municipal.

No meu entender o que é preciso são resultados sem, como é óbvio, proceder a gastos exagerados mas a verdade é que, mesmo com um presidente do CA da TUMG remunerado, os custos deste executivo municipal são muito inferiores aos do executivo anterior.

Por fim a escolha da Câmara merece o meu aplauso dado que o Dr Rui Pedrosa é um profissional qualificado, competente e que, por onde passa, deixa uma marca de qualidade. Estou certo que também aqui isso se vai passar.

Um custo que se transformará em proveito.

João Paulo Pedrosa

publicado por Praça Stephens @ 23:25 0 comentários

Toino Tolo disse...

Os comentários do Sr. Constâncio são surpreendentes na sua globalidade. Para além de pertencerem à velha escola marinhense "anti-canudo", revelando todos os complexozinhos inerentes, apresentam um bem elaborado raciocinio de que no mundo empresarial, a dinâmica, o crescimento e a natural evolução das empresas não fazem parte: "uma ou duas horas de um vereador assegurariam a cabal gestão da TUMG", mais ou menos isto! Para quem se vangloriou de ter sido o pai desta empresa, esta frase é interessante, porque encerra, em si mesma, uma filosofia de completa e total estagnação.
Quanto aos lugares comuns subscritos pelo senhor Carlos Logrado, nada contra, simplesmente não passam de lugares comuns, chavões, demagogia simples e barata e consensual como convém. Deve ter sido um "logro" não ter apresentado, também ele, a "sua declaração de interesses vulgo filiação partidária" e/ou simpatia política.
Adiante, porque isto de ter opiniões é sempre salutar, como salutar devem ser as reais motivações que as condicionam.
Não creio, que a nomeação desta administração tenha sido discutida em sede partidária, não é essa a prática no PS, de resto, nunca foi. O Sr. Constâncio sabe muito bem que no PS sempre houve total liberdade de opinião. As pessoas no PS enfrentam-se como sempre se enfrentaram em privado e em público. Deve ter sido também por isso que mudou a sua filiação, Sr. Constâncio, lembra-se? Já quanto ao seu estado de espírito actual, diria "camoniano", pois está "mergulhado em vil tristeza", não posso fazer nada para o alterar, relembro-lhe apenas que as dúvidas de ética que levanta, me fizeram pensar na origem dessa agora tão falada palavra, ética! Deriva da palavra grega ethos que significa caracter. E, quanto a caracter ou falta dele, Sr. Constâncio, não tenho rigorosamente nada a acrescentar, porque cada um vive com o seu, conforme pode e sabe. Nunca tive esse problema, apesar de todos os pesares, que o meu caracter me tem trazido. Estranha palavra esta, caracter, porque em termos eminentemente materias e interesseiros, "Só perde quem tem", por isso tenho perdido tanto na vida. Adiante. (Continua)

Toino Tolo disse...

(cont.)
Quanto aos bitaiteiros revoltados, diria mesmo estupefactos, com esta medida camarária, pergunto: Existe alguma empresa neste país, legalmente constituída com um CA inferior a 3 pessoas? Os estatutos da TUMG têm alguns anos. É exatamente lá que está mencionado o ordenado do Presidente do CA. Alguém alguma vez questionou esses estatutos, elaborados pela pena do Sr. Constâncio que corre o risco de se afogar num ataque de "vil tristeza"? Quanta hipocrisia! Alguém neste Largo ou, diria mesmo, neste Concelho, que muitos gostam de dizer, tecnológicamente, do mais avançado deste país alguma vez questionou a TUMG e as suas despesas correntes desde a data da sua fundação? Alguém questionou porque a "caricatura" do seu ex-Presidente do CA pugnou durante 3 longos anos em público pela extinção da empresa a que presidia e, simplesmente por motivos eleitoras, resolve dar mais uma das suas incontáveis cambalhotas e pôr os autocarros na rua a custo zero, durante os meses da pré-campanha? É legitimo que o problema do estacionamento na Marinha Grande se arraste com estudos e mais estudos durante um mandato eleitoral inteiro, porque depende de decisões da TUMG (Administração) em conjunto com o executivo da qual depende sem que nada tenha acontecido? É legitimo ninguém perguntar se esta empresa pretende expandir as suas linhas para melhor servir a comunidade onde se insere? É legitimno querer impôr uma gestão amadora, simplesmente, para diminuir custos com o pessoal? A TUMG não é uma colectividade, onde a gestão é amadora, porque gratuita. Até nisso escolçheram o alvo errado, meus senhores! A TUMG é uma empresa que se quer eficiente, rentável e dinâmica, penso eu. Estou simplesmente farto dos comentários vindos do Coro das "virgens ofendidas" que se agarram a populismos baratos para manifestar a sua douta e moderna opinião. Nunca dei para esses peditórios. Quanto as presumiveis ofensas pessoais e profissionais apresentadas para tentar denegrir a valia do Administrador nomeado, eu que o conheço como poucos e sempre tive o raro privilégio de com ele privar desde sempre, digo simplesmente: Vão à merda!

A Verdade Chateia disse...

Este comentário bem com a sua conclusão vem na linha do maior autismo e arrogancia politica cujo expoente máximo está expresso nas conclusões tanto do 1ª bitaite deste post como no último.

Eu recordo:

"É mais que tolo quem dá
Ao mundo satisfações."

"Vão à merda!"

O que se esperaria seria uma justificação (sim, os politicos sérios devem dar satisfações)esclarecedora e baseada em factos.

Em resumo, sem por em causa a eventual competencias de gestão das pessoas em causa (que não conheço) o que gostariamos de saber era a fundamentação dos beneficios adicionais que se obterão e de como compensarão os custos adicionais a imputar na estrutura dos TUMG, traduzidos em euros. Com números, se correctos, podemos entendermos

Se as contas forem transparentes no fim do ano saberemos. Nessa altura talvez seja tarde.

ai ai disse...

Conheci o Toino Tolo. De facto era um doente mental a quem se perdoava tudo ou quase. Não tinha a capacidade de escrever muito menos de usar um computador. Agora usar esta personagem como pseudónimo para terminar um bitaite com o "vão à merda"´Não é de tolo. É de alguem com uma doença muito mais complicada: "Sectarismo" do pior que por aqui se tem visto.

Loira disse...

C´horror ! Malcriadões! Vão-se embora que isto é um blog decente e muito bem frequentado.

Anónimo disse...

De facto este "Toino Tolo" não é nada tolo... Deve ter é aprendido com o Alberto João...à falta de argumentos, Zás "vai à m...."

E ainda pelo seu texto e capacidade de redacção tem estilo de ser um desses intelectuais com grande "militância partidária" até que lhe arrangem um taxito. Muito mal está o PS com defensores deste calibre, digo eu, que até voto neste partido.

Será que não se pode questionar uma decisão ( mesmo que até esteja certa) "Mas que raio de Democracia é esta?" Francamente! Deixe lá o Toino em paz e faça como aqueles que critica. Assuma a sua identidade! Sim, mas isso é para gente decente, o que não parece ser o caso.

Anónimo disse...

Nem o seu, Caríssimo Anónimo.

Carlos Logrado disse...

O diálogo está de bom nível mas parece que quem pode esclarecer, não quer.
Agora um pouco de futurologia, apenas como pequeno intervalo, para depois me recentrar no tema. Acalento a esperança que a resposta está a ser preparada e utilizará uma plataforma mais institucional para a difundir. Acredito que as explicações serão dadas amanhã, na edição do Jornal da Marinha Grande, que, com os seus 50 anos de sábia e honorável experiencia, nos habituou a seguir de perto a agenda dos eleitos decisores, sem no entanto, se colocar ao seu serviço ou deixar que o tomem por panfletário das suas políticas. Acredito mesmo que pela relevância do assunto, fará parte do editorial, também ele sempre isento e imparcial.
Mas, voltando ao tema. Quando decidi intervir, não me moveram instintos de vulgar “voyeur”, de ver expostos na praça pública segredos pessoais dos intervenientes, directos ou indirectos, nem de fazer regabofe com a complexa arte de gerir interesses e pagar favores, da nobre arte de “bem governar”. Confesso que não me agrada nada ver assim tratados assuntos sérios e me constrange intensamente, apenas imaginar, que posso ser injusto por tratar levianamente temas onde estão envolvidas PESSOAS. Contudo também penso que não vale a pena gastar parte do nosso precioso tempo, se, pedidos de esclarecimento, ou críticas, não forem secundados por acções sérias de análise, conclusões e sugestões de alternativas mais eficazes. Isto é, sem perder de vista que o mais importante é, colectivamente, encontrarmos o caminho para a efectiva intervenção pública, construtiva, para o bem do Município e deste modo, implementar a verdadeira democracia participativa, a minha intervenção foi pensada como uma sinfonia em 3 tempos:
1- Pedir explicações (Já feito);
2- Analisar as explicações e dados fornecidos, expondo, de seguida, as conclusões e ilações a retirar, sem ser injusto para nenhum dos intervenientes (Aguardo explicações e informações);
3- Sugerir alterações ou correcções que contribuam para o melhoramento do sistema, podendo chegar ao ponto, se absolutamente necessário, de sugerir e pressionar para que seja considerada nula, e sem efeito, a deliberação tomada na ultima reunião camarária. Se este cenário se realizar apresentarei proposta/oferta intencionalmente PROVOCADORA, mas genuinamente real e séria aos eleitos decisores. Esta, eventual, proposta/oferta será feita através deste blogue e reforçada, presencialmente, na próxima reunião de câmara, 4 de Fevereiro de 2010, em que os doutos decisores eleitos tenham a delicadeza e magnânima boa vontade de deixar assistir ao secreto evento, os “reles” Munícipes, que, não tendo outras coisas mais importantes a fazer, se dispõem a, passivamente, assistir a verdadeiras lições de sapiência. (Espero não ser necessário porque acredito que os nobres propósitos e projecto onde assentou a decisão camarária, serão de tal forma vantajosos para o bem dos Munícipes, que, não só os elogiarei como sugerirei o aumento do nível remuneratório da Administração, de forma a ser proporcional aos benefícios que deles advirão para os Munícipes).
Ironia a parte - é só mesmo para dar alegria ao debate de ideias - para além dos esclarecimentos solicitados, julgo que, à semelhança do que fez Armando Constâncio, seria muito útil termos no largo, informações de outros conhecedores profundos, com responsabilidades no projecto TUMG. Por exemplo: Alberto Cascalho (Responsável pelo actual modelo do serviço dos transportes públicos); Artur de Oliveira (Administrador e responsável pela implementação, avaliação e optimização dos primeiros 6 meses do actual modelo do serviço dos transportes públicos); João Pereira (Administrador permanente e especialista rodoviário); Francisco Roldão (Administrador permanente e funcionário camarário); Rui Pedrosa (Novo Presidente do CA e encarregado de implementar o novo, extraordinário e lucrativo, plano de acção da TUMG.

C disse...

João Paulo Pedrosa, que me lembre, até votou contra o modelo de serviço dos transportes públicos, defendido e implementado por Alberto Cascalho e Artur de Oliveira. O seu bitaite, embora louvável, não expressa a sua orientação no ultimo elenco camarário, de que fez parte, nem se focaliza no novo modelo projectado, que é o que esta por esclarecer. De resto, entendo que o seu bitaite é feito nessa qualidade, e na de empenhado Munícipe, porquanto, julgo que, a actual actividade, o retirou do grupo que desenhou o novo, extraordinário e lucrativo, plano de acção da TUMG.
Já agora, só para corrigir um pequeno apontamento de contra-informação. Não! Os estatutos da TUMG não dizem que “…remunera o presidente do CA com um vencimento 85% do salário de um vereador...”, dizem que “… a remuneração do presidente do CA TEM COMO LIMITE o vencimento dos vereadores em regime de permanência da Câmara Municipal …”, significa que, em limite, pode não ter remuneração.
Se não existir novo, extraordinário e lucrativo, plano de acção da TUMG e analisarmos, apenas, na óptica da projectada eficácia da acção do novo Administrador, relembro que apenas para custear os salários da Administração, é necessário que a TUMG transporte 200.000 passageiros no ano de 2010.
Não Vos parece que são necessários muitos passageiros, para tornar este modelo sustentável e socialmente valido?
Não Vos parece que o modelo do serviço social, associado, não garante a descriminação positiva dos mais desfavorecidos?
Não Vos parece que o modelo de financiamento viola o que está definido por lei, que exige à Câmara a cobrança do serviço, por um preço, pelo menos igual ao seu custo?

Carlos Logrado disse...

Por engano coloquei C, mas sou eu, Carlos Logrado

anónimo disse...

Mais do que disse Carlos Logrado. JPP, enquanto autarca e na fase de implementação da TUMG, nunca acreditou nem apoiou o projecto, provávelmente devido à paternidade que lhe era atribuida e classificava a empresa, de forma irónica e jocosa, de "CONSTÂNCIO AIRLINES".
Folgo agora por saber que é um entusiasta do projecto, ainda que ninguém saiba de que raio de projecto se trata.