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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A blogosfera e o execício da Democracia

Há mais de 20 anos, numa sessão (não me lembro a que propósito) no Sport Operário Marinhense, ouvi um ilustre Marinhense dizer mais ou menos isto: “dentro de meia dúzia de anos, quem não souber utilizar um computador, torna-se num autentico analfabeto”. Não foi a primeira vez que uma opinião deste Marinhense me marcou. Desde muito jovem ( para aí desde 1969) que o ouço com muita atenção e ainda hoje, leio com avidez tudo a que dele tenho acesso, nomeadamente a sua regular participação em diversos órgãos de informação regional e nacional.

Nessa altura em que a ideia de que a informática ia ter a curto prazo uma importância crucial nas nossas vidas, não era possível imaginar que para além de tudo o que se conhece e em que todos os dias somos surpreendidos com o aparecimento de novos equipamentos e programas só imagináveis nesses tempos pelos argumentistas de ficção cientifica.
O que também não se imaginava era o aparecimento da blogosfera e a importância que a mesma assumiu na discussão colectiva que diariamente se trava através deste veículo que se move a uma velocidade impressionante. Goste-se ou não. Utilize-se para o bem e para o mal, a verdade é que ela está aí e é uma realidade incontornável.

No nosso caso e sem menosprezo para os outros blogues existentes pelas nossas bandas, onde reconheço alguns que fazem um trabalho meritório, creio não exagerar ao dizer que o Largo das Calhandreiras tem tido um papel, que levou a que algumas dezenas de Marinhenses, regularmente participem num debate permanente sobre assuntos que interessam à nossa terra e também ao nosso País.
Atente-se num dos temas quentes do momento e veja-se as dezenas de opiniões expressas, a favor ou contra, umas fundamentadas, outras não tanto. Umas expostas com elevação e educação, outras não tanto. Mas a verdade é que o assunto tratado, que não passaria dos órgãos Municipais, algumas noticias e um ou outro artigo de opinião no Jornal local, pouco mais se falaria no assunto.

Foi assim no passado onde se discutiram “as barracadas do anterior executivo” e está a ser assim com aquilo que “parece” ser uma das primeiras medidas do novel executivo. Pensarse-à? Que o largo das calhandreiras está sempre “do contra”? Creio que não é nada disso. Aliás é visível que por aqui passam diversas sensibilidade políticas e isso é claro, nos textos que os dinamizadores , opinadores e bitateiros regularmente aqui publicam.

Por ultimo pode-se questionar. Com que direito este conjunto de pessoas em geral cobertos pelo anonimato (salvo honrosas excepções), têm o direito de se meter naquilo para que não são chamados?

Eu sou daqueles que pensa que o exercício da Democracia e já agora “da Cidadania” não se esgota na urna de voto e o direito de intervir sobre o nosso bem colectivo e aquilo que nos diz respeito. Por isso devemos usar (e abusar) dos meios postos à nossa disposição.

1 comentário:

não me fecundem sff disse...

Sim Sr.!