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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

MAIS UMA CARTA FORA DO BARALHO


Como diria o grande camarada Jerónimo: “é a vida”.

Largo das Calhandreiras Escabicha os Programas Eleitorais

Dr. Álvaro:

à velocidade com que se tem reproduzido a comunidade de etnia cigana no nosso concelho, não teme que a sua promessa do cheque bebé, no valor de 1.000 euritos, vá provocar um rombo nas contas da câmara?

Largo das Calhandreiras Cascabulha Estatutos

Sr. Artur Oliveira:

O nº 2 do artigo 7º dos estatutos do seu movimento reza assim:
“São membros fundadores Artur Pereira de Oliveira e as pessoas que tenham participado directamente ou através de representante na Assembleia Constituinte que aprovou os Estatutos do MCI.”
Tendo em conta que o seu MCI pretende ser um movimento de âmbito colectivo, não teria sido melhor no nº 2 do artigo 7º ter acrescentado mais dois ou três nomes só para disfarçar? Ou ter indicado a sede do movimento na casa de outra pessoa?

Um por dia - artº 10

Artigo 10.º
Sufrágio universal e partidos políticos
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1. O povo exerce o poder político através do sufrágio universal, igual, directo, secreto e periódico, do referendo e das demais formas previstas na Constituição.

2. Os partidos políticos concorrem para a organização e para a expressão da vontade popular, no respeito pelos princípios da independência nacional, da unidade do Estado e da democracia política.

Largo das Calhandreiras Cascabulha a Apresentação de Candidatos

Ó Sr. Artur:

já li o vosso pograma, e posso dizer-lhe Sr. Artur, que é um pograma muito jeitoso, e não está nada mau não senhor, e nota-se que há ali muito fusível queimado e muita hora de meditação profunda, sim senhor. É evidente que há ali muito trabalhinho do Chanoca, mas isso é normal num movimento que tem intelectual do seu gabarito. Mas ó senhor Artur, eu o pograma agora não me interessa pra nada. O que eu queria mesmo saber é onde é que você mandou fazer o bolo? Atão nã é que o bolo tá espectacular? Tá mesmo lindo pá! Diga lá à gente onde é que mandou fazer aquela pérola da filigrana pasteleira? Hum?
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terça-feira, 29 de setembro de 2009

ÚLTIMA HORA - AFINAL HAVIA FUGA!


Depois da esclarecedora e comovente comunicação ao país do Prof. Silva, o Largo das Calhandreiras, sempre na vanguarda da intoxicação noticiosa, descobriu e chegou à conversa com o técnico que esta tarde esteve reunido com Sua Excelência para tratar das fugas. Chama-se Firmino Carvalho, é encanalizador vai pra mais de trinta e tal anos e confirmou à nossa repórter de investigação, a Mulher Bidón, que efectivamente o PC do presidente (um Magalhães de última geração, oferecido por Zé Sócras) tem um tubo roto por onde verte um bocadinho. Não é de estranhar pois a primeira-dama já se tinha queixado ao marido que a conta da água andava maluca. Firmino garante que a fuga ficou resolvida com um pinguinho de solda e não deixou de comentar que nem uma mini lhe ofereceram – “antes de vir pr’aqui, estive no Largo da Rata a compor um tó-clismo e até uma sander de presunto me deram quando lhes disse que a seguir ía pró Sr. Silva fazer um servicinho” – desabafou o encanalizador mortinho por uma loirinha gelada.

Largo das Calhandreiras Escabicha a Obra Feita

Dr. A. Cascalho:

uma das bandeiras da CDU relativamente a este mandato é a aprovação de fundos do QREN (Parcerias para a Regeneração Urbana) as quais vão permitir a recuperação, entre outros, de parte do centro histórico, num investimento total de 8,8 milhões de euros, financiados em 60% a fundo perdido (cerca de 5 milhões de euros).
Tendo em conta que em Outubro de 2008 a CMMG já tinha apresentado uma candidatura para o mesmo fim (a qual foi chumbada, após uma primeira que teve o mesmo fim), contemplando um investimento total de 9 milhões de euros, financiados em 70% a fundo perdido (cerca de 6 milhões de euros), a pergunta que lhe fazemos é a seguinte: quem é o responsável pela perda de 1 milhão de euros de financiamento para a autarquia marinhense? Ou será que a culpa é do ditado popular que diz que “à terceira [candidatura] é que é de vez”?

Largo das Calhandreiras Escabicha Compromissos Eleitorais

Dr. Alberto:

depois daquele incidente (chamemos-lhe assim) com o camarada JBD, está o camarada em condições de nos assegurar que a equipa da CDU às próximas autárquicas é para ir até ao fim, ou existe a remota possibilidade de substituir alguém que não vote a favor da construção de um nano-mini-micro-super-mega-hipermercado no actual campo do Lisboa e Marinha? Hum?

está tão inchado, mas tão inchado, que até mudou de nome

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Largo das Calhandreiras Escabicha (Qualquer-Coisa)



Porque não temos o mesmo poder argumentativo dos Gato e porque os políticos a nós não ligam peva, lamentamos muito mas não podemos esmiuçar. Infelizmente esmiuçar, não dá, não está ao nosso alcance. Paciência.
Mas como quem não tem gato caça com cão, vai daí a Comissão de Moradores decidiu unir esforços e de hoje até às eleições autárquicas vamos ESCABICHAR qualquer coisa. Fixem bem: ESCABICHAR! A partir de hoje o termo ESCABICHAR vai entrar definitivamente no léxico calhandreiro. Os visados só respondem se quiserem, não obrigamos ninguém, mas lá que vamos ESCABICHAR, lá isso vamos! E se calhar às vezes também vamos CASCABULHAR! Há pois é! CASCABULHAR e quem sabe ESPENICAR! Cuidem-se!

Mera Especulação e Uma Promessa



Por se tratarem de duas realidades diferentes, legislativas e autárquicas não são de todo comparáveis. Porém, num mero exercício académico (que estou convencido os partidos já terão feito), se os números de ontem fossem extrapolados para as autárquicas, daqui a quinze dias obteríamos os seguintes resultados (vereadores por partido):
PS – 3
CDU – 2
BE – 1
PSD – 1
Por outro lado, tendo em conta que o CDS não concorre às autárquicas e que já houve quem num comentário a um post anterior reclamasse os 1.258 votos obtidos por aquele partido nas legislativas de ontem para o PSD, os resultados seriam os seguintes:
PS – 3
CDU – 1
BE – 1
PSD – 2
Embora estes dois cenários sejam mera especulação, eles levantam uma questão que resulta da hipotética (mas mais que provável) pulverização dos sete mandatos em disputa: quais as políticas de alianças das diferentes forças políticas a sufrágio?
Habitualmente avessos a este tipo de explicações, os partidos, de forma calculista, costumam remeter estas questões para depois das eleições. Assim, e uma vez mais, os eleitores votam sem terem na sua posse todos os elementos que lhes permitam uma avaliação consciente da sua decisão, cedendo muitas vezes à pressão dos partidos que os “empurram” deliberadamente para o chamado “voto útil” ou para o “cheque em branco”.
Tendo em conta que todos os votos são úteis e que em democracia têm o mesmo valor, não seria mais transparente que os diferentes partidos assumissem, antes de eleições, as políticas de alianças que estão dispostos a assumir num cenário pós-eleitoral de maioria relativa? Eu que sou muito ingénuo acho que sim, que seria muito mais transparente! E para que as palavras não “morram” de forma inconsequente, enquanto cidadão marinhense com direito a voto, declaro aqui solenemente que não votarei em nenhum partido que não me diga o que pensa fazer na hipótese de um cenário destes acontecer! Está prometido!

Resultados II (Revista de Imprensa)

PSD perde deputado e BE ganha assento na AR por Leiria

O PSD saiu vencedor nas Eleições Legislativas pelo Círculo Eleitoral de Leiria mas perdeu um deputado. O lugar foi para o Bloco de Esquerda (BE), que, pela primeira vez, no distrito, consegue eleger um candidato para a Assembleia da República (AR), neste caso o cabeça de lista Heitor de Sousa.
O BE chegou aos 9,5 por cento (%), o que se traduz numa subida a rondar os 4%.
O deputado perdido pelos sociais-democratas, tendo em conta os resultados de 2005, seria a eleição de Pedro Pimpão, de Pombal e dirigente nacional da Juventude Social Democrata, assegurando o PSD a eleição de Maria Teresa da Silva Morais, Fernando Marques, Paulo Batista Santos e Maria da Conceição Bretts. Em todo o caso, o PSD desce quase 5% dos votos comparativamente com as eleições de há quatro anos, alcançado, ontem, 34,97%.
O PS voltou a ser a segunda força política no distrito, com 30,18, mas baixou mais de 5,5%. Manteve, em todo o caso, quatro deputados, elegendo Luís Amado, José Miguel Medeiros, Odete João e João Paulo Pedrosa.
Por sua vez, o CDS-PP sobe pelo mesmo círculo (mais de 3%), chegando aos 12,63, resultado que permitiu manter o deputado na AR, elegendo Assunção Cristas.
Também a coligação PCP-PEV (CDU) subiu no distrito, no entanto os 5,11% alcançados ontem traduzem-se num crescimento inferior a um por cento.
Nas Eleições Legislativas de 2009 votaram no distrito de Leiria 58,81 dos eleitores inscritos (421.010) - menos cerca de 5% do que em 2005 -, registando-se neste círculo eleitoral 2,81% votos brancos e 1,53% nulos.



(surripiado do Diário de Leiria)

domingo, 27 de setembro de 2009

Resultados I (sujeito a actualização)


Resultados para o concelho de
Marinha Grande

Partido / % Votos / Votos
PS 34.74% 6760
PCP-PEV - 17.85% 3473
BE 16.92% 3293
PPD/PSD 16.6% 3230
CDS-PP 6.46% 1258
PCTP/MRPP 1.54% 299
MMS 0.37% 72
MEP 0.29% 57
MPT-PH 0.29% 57
POUS 0.28% 54
PPM 0.24% 46
PND 0.21% 41
PPV 0.2% 39
PTP 0.2% 38
PNR 0.12% 24



(fonte: Sapo)

Espera

PORTAL DO ELEITOR


(consulte AQUI)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Kama-Sutra

Posição I (falta de aptência)

(JMG – 11/12/08)

À pergunta “Admite voltar a ser o cabeça-de-lista do PS à Câmara da Marinha Grande às próximas eleições autárquicas, ou estará mais virado para uma candidatura para a Assembleia da República nas legislativas de 2009?”, João P. Pedrosa, vereador do PS na CMMG e presidente da Federação Distrital do mesmo partido, respondia assim:

"Eu não tenho grande aptência para a vida parlamentar. Sei que essa é uma condição praticamente exclusiva de um líder federativo, e quem lidera um partido num distrito tem assento nas listas de deputados e é praticamente eleito deputado, mas essa nunca foi a minha grande ambição do ponto de vista da actividade parlamentar."


Posição II (uns meses depois, após o tratamento para a falta de aptência)


(JMG – 17/09/09)

JMG - "O que o motivou a candidatar-se ao parlamento?"

JPP.- “Depois de alguns anos como autarca no concelho e onde me orgulho de ter deixado obra visível na educação, na cultura e no desporto, entendi que também poderia dar um bom contributo ao meu concelho e ao meu distrito na Assembleia da República. Sou o único candidato do concelho da Marinha Grande com possibilidades de ser eleito.”


Conclusão: embora não sinta grande aptência para a função, se for eleito lá terá de fazer o sacrifício, a bem do concelho e do distrito. É bonito. Agora aquela do "sou o único candidato do concelho da Marinha Grande com possibilidades de ser eleito" é que eu não percebi. Será que o Dr. JPP está a fazer figas para o Dr. O. Castro não ser eleito? Ó Dr. Castro, com amigos destes...

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AVISO: POR FAVOR, NÃO TENTEM ISTO EM CASA! PODE CAUSAR DANOS IRREVERSÍVEIS NA COLUNA E NOUTRAS PARTES MOLES DO CORPO!

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QUERES TER VOTO NA MATÉRIA?

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ENTÃO VOTA!
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Revista de Imprensa (II)


Assunto ainda vai ser discutido
Câmara da Marinha Grande propõe adquirir Dâmaso

Marinha Grande vai propor na próxima reunião do executivo a compra da empresa Dâmaso, que se dedicava à produção de vidro de cristalaria, em Vieira de Leiria. O presidente da Câmara, Alberto Cascalho, pretende assim assegurar a criação de novos postos de trabalho no concelho.
O autarca revela que na sexta-feira recebeu um e-mail do administrador da insolvência da Dâmaso a dar conta que uma empresa “fora do concelho” estaria interessada em adquirir a infraestrutura pelo valor de 825 mil euros, sendo que a base de licitação para venda é de um milhão de euros.
“Queremos salvaguardar a actividade da empresa e a criação de postos de trabalho. Só é aceitável que seja uma empresa daqui a adquirir a Dâmarso para que seja uma unidade industrial”, frisa Alberto Cascalho. “Uma vez que a empresa interessada, não irá criar postos de trabalho, porque se trata da transferência de um armazém para a Vieira, não me parece que seja uma proposta que interesse à freguesia e ao concelho, com vista a uma consolidação económica”, acrescenta.
Alberto Cascalho salienta que a intenção da autarquia é integrar a área na expansão industrial e constituir lotes que sejam disponibilizados para a implementação de unidades de produção, “criando postos de trabalho”.

J. FERREIRA CUSTÓDIO
A Câmara da Marinha Grande está em negociações com o Estado para adquirir o edifício onde esteve instalada a empresa J.Ferreira Custódio. O preço estipulado pela Direcção-Geral do Tesouro é de 460 mil euros, mas Alberto Cascalho já ofereceu contrapartidas para que o valor seja reduzido. “Uma delas é pagar a pronto pagamento.”
O projecto da autarquia para o local passa pela construção de habitações, tendo em conta o enquadramento urbanístico e a criação de estacionamento “contribuindo para resolver este problema no centro da cidade”.



(surripiado do Jornal de Leiria)

Revista de Imprensa (I)


Impasse com uma expropriação atrasa trabalhos
Marinha Grande arrisca perder financiamento do Polis


O programa Polis da Marinha Grande corre o risco de perder o financiamento de cerca de 1.3 milhões de euros se não concluir até final do ano a última etapa do projecto.
As obras de reabilitação da segunda fase da ribeira das Bernardas estão quase concluídas. Para o trabalho ficar pronto é necessário expropriar parte do terreno, onde se encontra uma casa no local e cujas negociações entre autarquia e proprietário se têm revelado infrutíferas.
Alberto Cascalho, presidente da Câmara da Marinha Grande, afirma que tem estado em contacto com o advogado do proprietário quase diariamente. “Põe em causa a última tranche do financiamento, que só nos será entregue após a execução final e total do projecto Polis”, revela.
A intervenção da última fase do Polis incidiu na recuperação da ribeira das Bernardas para utilização pública e a criação de uma zona desportiva, no Casal do Malta. Foi também melhorada a ligação rodoviária entre a rotunda junto ao estádio e a PSP.
O autarca explica que o Centro de Monitorização Ambiental era para ter sido construído no Parque da Cerca, no local onde existiam os depósitos da Mortensen. No entanto, um diferendo entre as partes adiou o projecto, que “agora já não faz sentido”, por estarem previstos centros idênticos.

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL NA PRAIA VELHA
“O Centro de Interpretação Ambiental só ainda não foi construído na praia Velha, devido à morosidade burocrática”, revela o presidente da câmara. Alberto Cascalho explica que este projecto está financiado pelo Plano de Ordenamento da Orla Costeira, que também patrocinou a requalificação do Vale de S. Pedro e os courts de ténis.
“A construção do centro avança no início do próximo ano, vai contar com a cooperação de várias associações e terá um funcionamento sazonal.” O Museu Nacional da Floresta também prevê a construção de um Centro de Educação e Interpretação Ambiental.




(surripiado do Jornal de Leiria)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Legislativas

A poucos dias das eleições legislativas, apetece-me escrever qualquer coisa sobre esse importante acontecimento, crucial em qualquer regime democrático.

Numa altura em que em tudo o que é media praticamente não se fala noutro assunto, que não os relacionados com o acto e os variados “casos” da campanha, sinto que cá por fora, não existe essa correspondência. Basta olhar aqui para o nosso largo onde este assunto é quase ignorado.

Já algumas vezes escrevi aqui e ali sobre a importância da representatividade dos nossos eleitos. Sabemos que nas últimas eleições, (Parlamento Europeu) menos de metade dos eleitores votou, o que quanto a mim reduz a legitimidade dos deputados eleitos.

Continuo a pensar que a abstenção não é apenas originada pela caloíce dos eleitores, mas sobretudo pela capacidade de mobilização que o conjunto dos partidos que se candidata ao não apresentar propostas suficientemente mobilizadoras para levar a ressuscitada “maioria silenciosa” às assembleias de voto.

Se eu estivesse à espera desta campanha eleitoral para me esclarecer e definir o meu sentido de voto, também seria um dos que ficava em casa no próximo Domingo, porque apesar dos meios e valores à disposição dos aparelhos partidários, sinto uma tristeza enorme pela má utilização feita dos mesmos. Posso estar enganado, mas parece-me que esta campanha eleitoral em vez de esclarecer, baralha ainda mais.

Sabemos que grande parte dos nossos concidadãos vive em grande incerteza. A nossa sociedade vive momentos de angústia. Mais do que nunca era necessário que aparecesse a tal luz ao fundo do túnel. Sinceramente eu não a vejo. No entanto se não tiver os tais sintomas de gripe (e seguir as instruções da SMS da DGS) vou sair de casa e vou votar e apesar de tudo ainda não é desta que altero o meu sentido de voto de há mais de 20 anos, confessando tristemente que não é com um entusiasmo por aí além.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O ESTRANHO CASO DAS MICRO-ALGAS, VERDES!

É man, já não se pode estar sossegadito de volta dumas ingalesas, c’um caneco!... Eu a gozar os últimos raios de sol aqui na Praia da Concha, com as girls e mais umas beares, e o télélé que não pára sossegado. Desta vez a culpa foi do Quim das Vacas (nome de código) que me ligou a contar que o Ilmo. MCI Autocolante tinha dito que aquilo lá na cambra era uma balbúrdia. Pois tá claro que é! E como quem conta a verdade não merece castigo (toda a gente tem direito a uns escassos momentos de lucidez), até achei um gesto bonito. Porreiro pá! Mas... e agora pergunto eu: antão e o suave presidente de todo nós e mais a sua fabulosa equipa, não tuge nem muge com a acusação feita pela muleta que usam há quatro primaveras? Só aqui p'ra nós que ninguém nos ouve: eu acho que eles estão caladinhos porque também concordam, aquilo deve ser um granel que ninguém se entende…
Mas como nestas coisas o melhor é mesmo ao vivo e a cores, só para não dizerem que estes tipos das Calhandreiras é só má língua, aqui vai um pequenino episódio da novela, ou como eles dizem “os passos dos paços” na tregédia do cócó vazado na ribeira da Escoura que resultou no sucesso "O estranho caso das micro-algas, verdes". Cá vai disto: e um, e dois, e três - SOLTEM A CASSETE!



Recado: se o sr. director encartado tiver por aí alguma cassete perdida, faça favor de a amandar que a malta solta-a…

Um por dia - artº 9º

Artigo 9.º
Tarefas fundamentais do Estado
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São tarefas fundamentais do Estado:

a) Garantir a independência nacional e criar as condições políticas, económicas, sociais e culturais que a promovam;
b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de direito democrático;
c) Defender a democracia política, assegurar e incentivar a participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas nacionais;
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;
e) Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do território;
f) Assegurar o ensino e a valorização permanente, defender o uso e promover a difusão internacional da língua portuguesa;
g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, tendo em conta, designadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira;
h) Promover a igualdade entre homens e mulheres.

Correio dos Leitores

Verificámos que existe um post sobre este assunto.

Junto enviamos o texto integral da nossa Nota à comunicação social 03/09.

Os melhores cumprimentos

A Comissão de Utentes



Assunto:
Lombas redutoras de velocidade na estrada da Amieira à Marinha Grande

Objectivos da nota:
Informação aos utentes.

Informação:
Foi com agrado que a Comissão de Utentes recebeu a informação do Sr. Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande de que fora aprovada uma proposta de, na via referida, substituir as “passadeiras elevadas” – lombas –, por semáforos controladores de velocidade, como forma de garantir a acalmia de tráfego. Foi também informada da instalação de 2 semáforos no lugar de Amieira.
A Comissão de Utentes agradece ao Sr. Presidente da CMMG – Dr. Alberto Cascalho – pelas decisões atrás referidas, que resultaram, seguramente, do interesse com que tratou este assunto.
Um agradecimento muito especial aos 730 subscritores do abaixo-assinado, à população da Amieira e a outros utentes da via pelo permanente apoio e pela elevação e sentido cívico com que aguardaram os resultados e confiaram no empenho não só dos membros desta Comissão, mas de todas as pessoas que os apoiaram e ajudaram na tomada de decisões. Este último facto foi enaltecido pelo Senhor Presidente da Câmara que considerou que neste processo “foi demonstrado um elevado sentido de cidadania activa”.
Uma referência ainda para todos aqueles que se interessaram pelo assunto e que, de uma forma ou de outra, manifestaram a sua solidariedade para com as pretensões dos utentes, nomeadamente os membros da Assembleia Municipal da Marinha Grande que apresentaram o assunto durante as reuniões deste Órgão, e a Comunicação Social local e regional que divulgou tanto as Notas de Imprensa emitidas por esta Comissão, como as queixas de alguns dos utentes.
Esta Comissão de Utentes, a extinguir a partir da data da concretização das suas pretensões, em nome da população da Amieira manifesta ainda o desejo de que, tão breve quanto possível, a segurança daquela via seja reforçada através da colocação noutros locais, de sistemas similares, que garantam a segurança dos utentes.
Resta apenas enaltecer o facto de este exemplo ser claramente demonstrador que, embora exigindo grande perseverança, é possível às populações defenderem, dentro da lei, os seus legítimos interesses de forma firme e com lealdade, junto dos Órgãos do poder local.

Dia Europeu Sem Carros

Depois da insistência e persistência do Largo das Calhandreiras, é com agrado que constatamos a adesão da CMMG ao “Dia Europeu Sem Carros”. Finalmente!
Esta é mais uma prova de que vale a pena insistir na mudança de mentalidades, pelo que nos congratulamos por termos contribuído para tal. Este é para nós, o melhor reconhecimento de quase quatro anos a pregar ao peixinhos. Infelizmente não lêem blogues, mas sabem o que neles se escreve, o que já não é nada mau.


(mais informações no sítio da CMMG)


Cortes e alterações ao trânsito

No dia 22 de Setembro, das 08h00 às 20h00, verificar-se-ão alterações ao trânsito, para as quais o Município apela à atenção dos automobilistas.

Corte permanente do trânsito:
- Rua do Montepio;
- Rua Joaquim Carvalho de Oliveira / Rua Pereira Crespo.

Corte de trânsito no eixo abaixo indicado, com circulação automóvel condicionada a transportes públicos, táxis e veículos prioritários nas ruas:
- Av. 18 Janeiro 1934 / Rua Bernardino José Gomes / Rua dos Bombeiros
Voluntários

Corte definitivo do trânsito automóvel na:
- Av. Infante D. Henrique.


PROGRAMA DIA EUROPEU SEM CARROS

“Melhoremos o Ambiente na Cidade”

22 de Setembro de 2009 – Terça-feira


08h00
Corte de Trânsito

09h30 Praça Guilherme Stephens
Abertura Oficial do Dia Europeu Sem Carros na Marinha Grande

10h00 Praça Guilherme Stephens
Fun & Cycle até final da manhã

11h00 Parque da Cerca
Aula de Cycling - Fisicoloucura

13h00 Parque da Cerca
Paragem Fun & Cicle

14h30 Praça Guilherme Stephens
Fun & Cicle até final do dia

16h00 Praça Guilherme Stephens
Enjoy Segways

17h30 Parque da Cerca
Subidas de Balão de Ar Quente - actividade sujeita à existência de condições
meteorológicas no próprio dia.

18h00 Parque da Cerca
Demonstração de Capoeira – Grupo Muzenza

18h30 Praça Guilherme Stephens
Actuação da Orquestra Juvenil da Marinha Grande

20h00
Reabertura ao trânsito


ESPAÇOS DE ACTIVIDADES PERMANENTES

Espaço Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 36 Parque da Cerca
Exposição de Carrinhos de Rolamentos

Espaço Bicimax Parque da Cerca
Exposição de bicicletas normais e eléctricas para experimentação

Espaço Bioeste Parque da Cerca
Exposição de divulgação de alternativas de combustíveis

Espaço Honda Parque da cerca
Exposição de “Veículos Verdes” – Híbridos

Outras actividades Praça Guilherme Stephens/Parque da Cerca
Acção de divulgação do projecto Eco-condução
Animação de Rua pela Escola Profissional e Artística da Marinha Grande
Carrinho de Gelados da Iceberg
Distribuição de Material Promocional da Semana da Mobilidade - Dia Europeu
Sem carros - Agência Portuguesa do Ambiente

Transportes Urbanos Gratuitos – patrocínio da TUMG

O Dia Europeu Sem Carros tem o patrocínio de:
Modelo
TUMG.


(fonte: sítio da CMMG)

domingo, 20 de setembro de 2009

Um por dia - artº 8º

Artigo 8.º
Direito internacional
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1. As normas e os princípios de direito internacional geral ou comum fazem parte integrante do direito português.
2. As normas constantes de convenções internacionais regularmente ratificadas ou aprovadas vigoram na ordem interna após a sua publicação oficial e enquanto vincularem internacionalmente o Estado Português.
3. As normas emanadas dos órgãos competentes das organizações internacionais de que Portugal seja parte vigoram directamente na ordem interna, desde que tal se encontre estabelecido nos respectivos tratados constitutivos.
4. As disposições dos tratados que regem a União Europeia e as normas emanadas das suas instituições, no exercício das respectivas competências, são aplicáveis na ordem interna, nos termos definidos pelo direito da União, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado de direito democrático.
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Kama-Sutra

Posição I (para as legislativas)

(Jornal de Leiria – 02/07/09)

À pergunta “Maioria relativa permitirá governar?”, Luís G. Marques, Presidente da Assembleia Municipal da Marinha Grande, respondia assim:

"Pode governar. As democracias não se fizeram para haver maiorias absolutas. A democracia não é mais do que um compromisso entre as forças, que fazem negociação permanente. Há todas as condições para que uma maioria não absoluta possa fazer acordos pontuais. É até uma forma mais democrática de governar.”


Posição II (para as autárquicas)

(JMG – 17/09/09)

“Na Ocasião, o candidato à Assembleia Municipal da Marinha Grande, Luís Guerra Marques, mostrou-se «esperançado na vitória e com maioria absoluta», o que será possível tendo em conta «a equipa forte, dinâmica, credível, e capaz que apresentamos ao eleitorado».”


Conclusão: maiorias absolutas, NÃO! Com excepção da Coreia do Norte, de Cuba e da Marinha Grande…


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AVISO: POR FAVOR, NÃO TENTEM ISTO EM CASA! PODE CAUSAR DANOS IRREVERSÍVEIS NA COLUNA E NOUTRAS PARTES MOLES DO CORPO!
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Coisas da vida real

Lombas na Amieira substituídas por semáforos de velocidade

Acabo de ler esta notícia no diário de Leiria, não deixando de estar de acordo, até que só por um triz não fui uma das vítimas de um acidente, naquele local.

Sob pena de dizer alguma enormidade, parece-me que a existência de este tipo de lombas, a que anedoticamente alguns chamam “policias deitados” é uma aberração que pegou moda não só por cá mas diria quase a nível Nacional. Não sei qual a diferença de custo entre aqueles empedrados e alcatroados barrigudos e a instalação de semáforos de velocidade, tendo em conta que hoje é perfeitamente possível pô-los a funcionar através da energia solar, parecendo-me que o maior custo seria a sua alimentação através de energia tradicional, especialmente a sua instalação. Desconheço se é possível através, de energias alternativas, torna-los 100% autónomos.

Já que a pressão popular neste caso funcionou e o actual executivo teve que ceder porque não levar a mesma solução a outros lugares começando por aquela enormidade na Av. Vítor Galo?

No entanto parece-me que a existência do semáforo só por si não resolve tudo se o civismo dos condutores não subir de nível. Por razões profissionais e pessoais, circulo com alguma regularidade pela estrada Garcia Pilado, onde estão instalados diversos desses equipamentos e não raro me acontece ao circular à velocidade legal, para manter o verde aceso, ser ultrapassado, passando o transgressor com o vermelho aceso, obrigando-me a mim a parar, quando circulo dentro dos limites. Não sou apologista de que se meta um agente de autoridade em cada semáforo, mas creio ser possível equipar alguns com um registo fotográfico para que o seu papel se torne efectivamente eficaz.

Os semáforos só por si não evitam os acidentes se não houver civismo e naturalmente alguma fiscalização e repressão aos infractores.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Um por dia - artº 7º

Artigo 7.º
Relações internacionais
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1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade.

2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.

3. Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão.

4. Portugal mantém laços privilegiados de amizade e cooperação com os países de língua portuguesa.

5. Portugal empenha-se no reforço da identidade europeia e no fortalecimento da acção dos Estados europeus a favor da democracia, da paz, do progresso económico e da justiça nas relações entre os povos.

6. Portugal pode, em condições de reciprocidade, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado de direito democrático e pelo princípio da subsidiariedade e tendo em vista a realização da coesão económica, social e territorial, de um espaço de liberdade, segurança e justiça e a definição e execução de uma política externa, de segurança e de defesa comuns, convencionar o exercício, em comum, em cooperação ou pelas instituições da União, dos poderes necessários à construção e aprofundamento da união europeia.

7. Portugal pode, tendo em vista a realização de uma justiça internacional que promova o respeito pelos direitos da pessoa humana e dos povos, aceitar a jurisdição do Tribunal Penal Internacional, nas condições de complementaridade e demais termos estabelecidos no Estatuto de Roma.

Revista de Imprensa

Município vidreiro em ‘força’ na cimeira da indústria europeia de plásticos e moldes

É já na próxima semana, mais precisamente na quinta e sexta-feira, que o município da Marinha Grande se fará representar no Clusterplast/ European Tooling Fórum, iniciativa considerada como a cimeira de excelência da indústria europeia de plásticos, moldes e ferramentas especiais.
A representação portuguesa no certame será assegurada pelo 'cluster' constituído pelo Centimfe, Cefamol, OPEN, IST - Instituto Superior Técnico e pelo município da Marinha Grande. Participam ainda 'clusters' oriundos da Áustria, Espanha, França, Itália, República Checa.
O projecto 'Clusterplast', explica o município da Marinha Grande, é financiado pela Comissão Europeia e pretende, sobretudo, "apoiar e a tornar mais competitivas as regiões europeias com forte presença da indústria de plásticos e moldes para plásticos".
Naquele âmbito, a autarquia marinhense diz estar certa que o projecto 'Clusterplast' "dará lugar a um novo modelo de cooperação entre regiões europeias assim como entre as empresas, centros de investigação e de pesquisa e dará um forte impulso à promoção de um desenvolvimento económico sustentável e da competitividade destas regiões". Refira-se que o 'Clusterplast' é um projecto da União Europeia, que tem como principal objectivo a promoção de sinergias entre os 'clusters' Europeus da Indústria de Moldes e Plásticos, através da definição de um plano de acção conjunto, que alavanque complementaridades, melhores práticas e oportunidades de colaboração, face a criação de bases para a sustentabilidade, emprego e competitividade dos sectores preconizados.


(surripiado do Diário de Leiria)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dica da Semana




Porque o grau de desenvolvimento civilizacional duma cidade também se mede pelo seu ordenamento e pela sua limpeza, porque não fazer da Marinha Grande uma “Cidade Livre de Cartazes”? Se somos pioneiros em tantos domínios, não o poderíamos ser neste?

Porque pensamos que este é um compromisso que vale a pena, sugerimos um “pacto de regime” entre todas as forças vivas da cidade, salvaguardando sempre que tal compromisso nunca se poderá traduzir numa limitação das liberdades cívicas e políticas de expressão, para o que devem ser criadas condições tendo em vista o respeito por esse princípio, nomeadamente através da criação de espaços específicos, devidamente ordenados e regulamentados, para a afixação de propaganda.

Por uma “Cidade Livre de Cartazes” junta-te a nós!

Quer encontrar o norte?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um por dia - artº 6º

Artigo 6.º
Estado unitário
.

1. O Estado é unitário e respeita na sua organização e funcionamento o regime autonómico insular e os princípios da subsidiariedade, da autonomia das autarquias locais e da descentralização democrática da administração pública.

2. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira constituem regiões autónomas dotadas de estatutos político-administrativos e de órgãos de governo próprio.

sábado, 12 de setembro de 2009

Mudando de assunto

Correndo o risco de entrar em campos, pouco habituais neste fórum, atrevo-me a trazer para aqui um tema que considero oportuno e duma forma enviesada (embora a ele não me vá referir)tenha a ver com as questões tratadas sobre a industria vidreira e a sua decadência.

Recordo o tempo em que quando me dirigia a uma drogaria ou loja de ferragens para comprar um parafuso ou chave de fendas, ser posto perante a pergunta, quer Nacional ou importado? Em geral preferia logo o importado. Comprar o importado era sinónimo de estar a comprar o melhor, pois como muitos de nós interiozei que comprar o vindo de fora era sempre melhor, independente do preço.

Esta realidade levou muitos pequenos e médios fabricantes a perceber que só com um grande esforço, na melhoria da qualidade dos produtos que produzia, se poderia quebrar esta tendência absurda de os Portugueses preferirem o “importado” ao Nacional independentemente da sua origem. Lembro ainda que, quando jovem e queria comprar umas calças de ganga parecidas com as usadas pelos meus heróis dos filmes de cow boys tinha que escrever para um determinado endereço, que secretamente me foi fornecido, dando a altura e largura da cintura aos pés e meter o valor respectivo em notas, claro, no sobrescrito e lá recebia as tais calças que depois de umas banhocas com elas vestidas e uma sarrafadas com areia na praia das Pedras Negras, lá ficavam parecidas com as vestidas pelos meus heróis dos filmes do teatro Stephens e nas televisões do Zé Folia; Quim Matos, ou sede da Ordem, porque a oferta em termos de media, era nessa altura muito escassa.

Toda esta conversa porque sinto que a nossa"necessidade" de comprar muito e barato nos leva a cair permanentemente em barretes, o que me tem acontecido com alguma frequência, sendo a vergonha tanta que nem me atrevo a reclamar. Ele é o restaurante que anuncia o prato do dia a 4.5€ e ou fico cheio de fome ou vou a correr para a casa de banho mais próxima com uma diarreia inesperada e sem “justificação”. Ele é o candeeiro que vem sem lâmpada e entre o apertar e desapertar o parafuso, a rosca foi-se e a solução passa por a segurar com um arame. Ele é o conjunto de chaves de luneta compradas a um preço espectacular, mas que depois de uns tempos a enfeitar a prateleira de ferramentas lá da garagem, que mostro com orgulho às visitas, mas quando é usada pela primeira vez, me deixa com metade na mão e a outra na porca que não cheguei a desapertar. Ele é as febras, mais as costeletas e lentriscas anunciadas num folheto promocional que comprei para um churrasco com os amigos e sem perceber bem esses convidados nunca mais aceitaram os meus convites. Ele é o detergente de marca branca e a metade do preço que enfiei na máquina de lavar e a roupa saiu esquisita e a carecer de nova lavagem e lá foram os 50% poupados. Enfim só falo naquilo que a mim me aconteceu e recentemente, porque quando sou enganado (e já o fui tantas vezes)faço um esforço para esquecer (para não me sentir o vacão da história do Relaxoterapeuta).

Passando à nossa realidade. É conhecido o esforço que muitas das nossas empresas, fizeram para modernizar,inovar e criar produtos de qualidade comparáveis ao que de melhor se fazia lá fora. Sabendo até que em diversos sectores ultrapassámos esse patamar.

Outra questão prende-se com o comportamento das nossas autoridades no que respeita à fiscalização. Se montamos uma qualquer actividade num “vão de escada” sem licenciamento e sem inscrição nas entidades oficias respectivas, safamos-nos vendendo sem facturar (acho que a expressão usada, é “ao negro”) e aí ninguém nos chateia. Se fizermos tudo como manda a lei, é uma carga de trabalhos. São finanças; é o ministério do trabalho e do ambinte mais o da economia; é a delegação de saúde; é a protecção civil e os bombeiros, para não citar a famigerada ASAE, que vem verificar se não faltam uns azulejos nos WC do pessoal e se existem autocolantes suficientes a proibir fumar; a proibir comer; a proibir beber e mais uma porrada de coisas que seria fastidioso enumerar. Ou seja neste País o problema é ter uma morada fiscal. “Se não a tiver,safamos-nos”.

Sobre questões alimentares deixo aqui uma nota: Sabemos que as empresas que produzem alimentos e têm a sua actividade em território nacional, desde a padaria ao produtor de carnes, passando pelo produtor de frutas, são fiscalizados e reprimidos ferozmente (esta expressão é apenas coincidência, com a outra do animal feroz) no entanto se dermos uma volta pelos hiper; super, minis mercados e até algumas mercearias, verificamos a existência de uma panóplia de produtos alimentares à venda de origens tão diversas e se perguntamos quem fiscaliza a sua salubridade e condição alimentar, dificilmente encontramos alguém que nos dê uma resposta concreta. Entretanto, vimos ouvimos e lemos, noticias sobre o fecho compulsivo de umas centenas de padarias; pastelarias; talhos e peixarias; unidades produtoras de alimentos dos vários ramos e até fábricas de rações para animais,como aconteceu recentemente na nossa região.

Perante o que disse, perguntar me-ão? Estou contra que as normas de higiene e segurança alimentar sejam rigorosamente aplicadas? Claro que não! O que sou contra é que só os alimentos produzidos em Portugal sejam rigorosamente fiscalizados. E os outros? Das proveniências mais diversas e por vezes suspeitas? Quem fiscaliza?

Entretanto lá vamos enchendo os carrinhos de compras, com produtos baratos que nos enfiam através de promoções cupões e outras coisas acabadas em ões e vamos assistindo ao cada vez maior número de desempregados, até que um dia quando menos o esperamos a mesma sorte nos bate à porta, mas se tivermos sorte, talvez consigamos arranjar um empregozito(das centenas prometidos) no novo empreendimento comercial a construir nos terrenos do campo da Portela, ou então um subsidiozito do fundo de desemprego, que complementaremos com umas horitas extras, numa qualquer actividade exercida por aí num "vão de escada".

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Correio dos Leitores


(...)

Sou mãe de duas crianças (de 5 e 8 anos) e em Abril de 2009, por razões profissionais, tive de vir morar para a Marinha Grande. Não tenho qualquer família na Marinha Grande e vivo sozinha com as minhas filhas pois estou divorciada. O meu ex marido está no estrangeiro o que dificulta ainda mais as coisas.
Quando me mudei para a Marinha Grande senti logo diferenças em ralação ao concelho onde residia (não muito longe daqui), no que diz respeito ao apoio que é dado às famílias com filhos pequenos a frequentar a escola pública, quer no que diz respeito às Actividades Extra Curriculares (AECs - 1º ciclo), quer no que diz respeito na Componente de Apoio à Família (CAF – pré-escolar).
A primeira dificuldade que senti foi a de ter de ir buscar a minha filha mais velha à escola após as AECs, ou seja, às 17,30h. Como o meu horário é até às 18h e como não tenho mais ninguém a quem recorrer, com a compreensão da minha entidade patronal passei a fazer apenas meia hora de almoço para poder sair às 17,30.
No final do ano lectivo, como as aulas do 1º ciclo e as AECs terminaram a 20 de Junho, tive de mandar a minha filha mais velha para casa dos avós, que vivem a cerca de 150 km daqui, até ao início de Agosto. Em relação à mais nova não foi preciso uma vez que a CAF funcionou até final de Julho.
Como a maioria dos pais deste país, tive de tirar férias em Agosto para poder ficar com as miúdas. Só que a verdade é que um mês não chega, pois ao contrário do concelho onde vivia, na Marinha Grande ninguém assegura o regresso das crianças que frequentam a escola pública, a partir do dia 1 de Setembro. Lá ficaram mais uma vez os avós sobrecarregados e as miúdas longe da mãe.
Esta semana tive as reuniões para o início das aulas e fiquei ainda mais surpreendida e indignada pois fiquei a saber que as aulas começam na próxima segunda feira dia 14 (só de manhã), mas as AEC’s e a CAF só começam no dia 22 e os almoços no dia 17 (quinta feira), sendo estas actividades da responsabilidade da Câmara Municipal.
Uma vez que considero esta situação inaceitável, dirigi-me aos serviços camarários para obter explicações, tendo sido informada que não tinham a culpa, porque as coisas se tinham atrasado, uma vez que a pessoa responsável tem estado de baixa e que só a semana passada é que foram escolhidas as empresas que vão assegurar as AEC’s e a CAF deste ano. Nem quis acreditar. Então as coisas ficam paradas porque uma pessoa está doente? Não seria mais lógico que no final do ano lectivo anterior se preparasse o novo ano em vez de chegar a Setembro para decidir tudo? Não obtive resposta.
Porque acho esta situação vergonhosa e porque tenho falado com outras mães com os mesmos problemas, decidi fazer esta chamada de atenção no vosso blog. Esta é uma questão que deveria ter a maior atenção dos nossos políticos e sobre a qual não ouvi uma única palavra. Com tantos bons exemplos em concelhos perto da Marinha Grande, não percebo como é que aqui dão tão pouca importância a um assunto que representa tanto para a qualidade de vida das famílias. Ainda por cima numa cidade tão industrial.
É claro que me podem responder que ponha os meus filhos num ATL ou numa jardim de infância privado, como fazem muitos dos meus vizinhos. Mas eu não quero acreditar que a Câmara Municipal me esteja a empurrar para recorrer ao sector privado, relativamente a um serviço que municípios aqui bem perto prestam com grande qualidade aos seus habitantes.
Agradeço desde já a vossa atenção e se acharem importante publicar este e.mail, agradeço que o façam.


S. M.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Porquê?


As crises da cristalaria não são um fenómeno da última década. Elas atravessaram os tempos, quase desde a sua fundação. Se é verdade que a evolução do sector se fez sempre com grande turbulência, também é verdade que às crises sucediam períodos de recuperação e crescimento, que fizeram da Marinha Grande uma terra conhecida no País e no estrangeiro, assumindo a indústria um papel fundamental no crescimento da nossa terra.
As convulsões pós-25 de Abril são de outra natureza. O derrube da ditadura, que artificialmente protegia alguns sectores industriais e os mantinha à custa de baixos salários, veio acelerar um processo de entrada numa economia mais aberta e mais competitiva, ao mesmo tempo que os movimentos operários, legitimamente, reivindicavam melhores condições salariais.
Estes dois factores conjugados, provocaram efeitos devastadores nos resultados das empresas deste sector de mão de obra intensiva. A Ivima, na década de 70, tinha mais de 1300 operários.
Com a democracia, os sindicatos corporativos deram origem a um movimento sindical forte, onde o PCP tinha, e tem, uma forte influência.
Na verdade, enquanto o PCP foi poder na Autarquia, e isso aconteceu até 1994, os problemas graves e estruturais que existiam no sector, eram mascarados com injecções de dinheiro para pagar "formação", mas que, na prática, servia para pagar salários e evitar convulsões sociais que todos tentavam evitar.
Olhando para trás, vem-nos à memória uma Manuel Pereira Roldão que já tinha passado de um Freitas para um Antero e que, em 1993, acumulava prejuizos, tinha salários em atraso e estava em falência técnica.
O grande problema do sector da cristalaria é que, para competir com as novas economias emergentes (Turquia, Polónia, R. Checa, China, Roménia, etc.), alguém deveria ter pensado num novo modelo de exploração, antes que o actual se estivesse esgotado totalmente.
Ao contrário, aquilo que se assistiu foi a uma agudização das lutas e reivindicações sindicais, muitas delas artificiais, que foram usadas como arma de arremesso contra a Câmara Municipal, entretanto perdida pela CDU.
Numa indústria em que os custos da energia têm um enorme peso na formação do preço, sucederam-se os plenários, as greves, as arruadas, os acampamentos na Praça Stephens, sob qualquer pretexto, acusando-se os autarcas de serem responsáveis pelos problemas, quando eles residiam na ausência de estratégia e no vazio do mínimo esforço de concertação.
Se há coisa de que as empresas não se podem queixar é de falta de apoios do Estado ao longo de muitos anos, atrvessando transversalmente os vários partidos no poder.
Mais do que descobrir culpados, é preciso encontrar soluções para o que resta da cristalaria, sendo certo que a dimensão de outrora e a importância que detinha na criação de emprego se perdeu irremediavelmente.
Só como registo, lembrar que de 2005 até agora, já fecharam a Marividros, a Tosel, a Canividro, a Vitroibérica e outras, sem que o Sindicato tenha sequer esboçado uma manifestação pública, mesmo que fosse no Largo do Luzeirão e também sinalizar que a Atlantis está à beira de declarar falência, sem que o risco de perda de mais 500 postos de trabalho leve o Sindicato a abdicar de marcar greves com novas exigências, em vez de se sentar à mesa, como fazem os grandes Sindicatos Alemães, com disponibilidade para negociar as cedências que se revelarem necessárias para salvar a única empresa que produz cristal, mesmo que fora da Marinha Grande.

Um por dia (artº 5º)

Artigo 5.º
Território
.
1. Portugal abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira.

2. A lei define a extensão e o limite das águas territoriais, a zona económica exclusiva e os direitos de Portugal aos fundos marinhos contíguos.

3. O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras.

OPINIÃO (a minha, claro está)

No dia 28 de Maio de 2008 pelas 15:03, o Director do JMG num bitaite a um texto por mim escrito, a dado passo dizia o seguinte:

...
O que não me parece correcto é que os meus "amigos" utilizem este espaço, sob a capa do anonimato, para denegrir o bom-nome das pessoas.
...

Para quem hoje leu no JMG o texto de “opinião” da autoria de um “autor devidamente identificado”, com o título “O Grão-Mestre da Sopa de Espinha”, poucas dúvidas restam quanto à coerência editorial do Sr. Director e quanto ao uso dessa estranha figura do “autor devidamente identificado”. É que as considerações de natureza pessoal à conduta e à vida privada de alguns dos visados é de tal maneira infeliz, que nem a graçola que antecede o texto serve de desculpa, pois neste caso qualquer semelhança com a realidade não foi pura coincidência. E numa imprensa dita plural e isenta não vale tudo, não é?

estou convencido de que se o Pinho em vez dos corninhos tem chamado mather fucker ao Bernardino, ainda hoje era ministro...

Revista de Imprensa

Vidro artesanal pode estar em vias de extinção

Desde 1996 que, todos os anos, empresas de vidro da Marinha Grande fecham portas. Sindicato mostra-se preocupado com número de trabalhadores que ficaram no desemprego.


Em 13 anos, fecharam no concelho da Marinha Grande 13 empresas vidreiras, deixando mais de um milhar de trabalhadores no desemprego.
Desde 1996, que o sector regista o encerramento de uma empresa por ano, antevendo um cenário pouco animador para uma tradição secular que, ainda hoje, tenta permanecer viva na história da Marinha Grande, perpetuada pelas unidades fabris ali instaladas e pelos espaços museológicos criados.
Foi a partir do encerramento da Roquividros, em 1996, e que deixou 70 trabalhadores no desemprego, que o sector começou a viver tempos de crise. A partir desta altura, todos os anos encerravam uma ou mais empresas, como a famosa Pereria Roldão, que abriu falência em 1998. Dos 250 trabalhadores, 140 transitaram para a Mandata, que acabaria por fechar portas em 2001.
Marcante na história vidreira foi o fecho da J. F. Custódio, em 1998. As duas centenas de trabalhadores passaram para a Jorgen Mortensen que, em 2001, reduziu 100 postos de trabalho. Dois anos mais tarde, despediu 70 pessoas e, em 2005, declarava insolvência.
Outro ano negro no sector vidreiro foi 1999 com o encerramento da IVIMA, onde laboravam 300 pessoas. Na altura, foram criadas duas novas empresas, mas também estas fecharam portas quatro anos depois, ficando no desemprego cerca de 250 trabalhadores.
Os restantes transitaram para a Vista Alegre/Atlantis, que hoje funciona em Casal da Areia, Alcobaça. Seguiu-se o encerramento de outras empresas nos anos seguintes. Segundo os dados do Sindicato de Trabalhadores da Indústria Vidreira, entre 2003 e 2008, fecharam portas nove empresas, que deixaram no desemprego mais de 600 pessoas.
No total, o encerramento das 13 empresas durante mais de uma década deixou sem trabalho mais de 1.300 pessoas.
De acordo com o sindicato, as empresas que fecharam portas tinham, nos anos 80, mais trabalhadores do que no ano de encerramento. No entanto, os salários em atraso levaram à saída de muitas pessoas antes mesmo da fábrica encerrar.
Apesar deste cenário preocupante, outras empresas vidreiras tentam manter a laboração. Actualmente, estão no activo seis fábricas, que empregam mais de 900 pessoas. A unidade fabril que emprega o maior número de trabalhadores (500) é a Vista Alegre/Atlantis, em Alcobaça.
A estas empresas, juntam-se as unidades de embalagem, também de vidro. Actualmente, existem três e empregam mais de 1.100 trabalhadores.


Falta modernização e incentivos ao sector

A "razia" de empresas que fecharam portas nos últimos anos deixa o Sindicato de Trabalhadores da Indústria Vidreira preocupado com o futuro "incerto" do sector.
"Já viveu melhores dias", desabafa Etelvina Rosa, que classifica como "calma" a situação que se vive actualmente no sector.
Em conversa com o Diário de Leiria, aquela sindicalista referiu que o sector vidreiro manual é o mais preocupante. "O das embalagens, felizmente, está de boa saúde", mas "o manual foi o mais prejudicado, porque nunca houve modernização e incentivos aos empresários", disse.
Já este ano, em Abril, os cerca de 50 trabalhadores da Ifavidro não ganharam para o susto quando a empresa marinhense quase declarou 'lay-off '. Segundo Etelvina Rosa, o processo não chegou a avançar, porque os administradores e trabalhadores chegaram a um acordo: não trabalhar à segunda-feira, situação que se manteve até Junho. Neste momento, a empresa está a laborar regularmente.
As empresas que se mantêm abertas actualmente não têm salários em atraso, mas aquela sindicalista disse que "também não têm havido aumentos salariais há dois ou três anos".
Neste momento, uma das empresas que tem preocupado o sindicato é a Vista Alegre/Atlantis, localizada em Alcobaça, que se encontra numa "fase de mútuos acordos com os trabalhadores".
"Não se nota o evoluir das vendas e isso é preocupante", frisou Etelvina Rosa, que gostaria de ver "singrar a única empresa do País que produz cristal".
Inverter a tendência de fecho pode ser possível com apoios do Governo, referiu a sindicalista, que atribui 'culpas' ao preço do gás, essencial para a laboração, defendendo a criação de uma central de distribuição de gás.



(surripiado do Diário de Leiria)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Bimbi? Não Obrigado!

Finada a vacação abundantemente abençoada e aspergida com banhos de mar salgado e de termas sulfurosas e vínicas, frutadas e desfrutadas, voltei à pacatez do Casal da Formiga com mais cinco quilos setecentas e vinte, mas não sem antes ter derivado a Pedreanes, para provisionar três sacos de pinhocas e quatro braçados de caruma, que o Outono vem aí num já. Vieram-me os bofes à boca.
Os primeiros dias foram dolorosos, o ócio e as gorduras acumuladas, fizeram-me arrastar penosamente pela correspondência, pelos pasquins da região e pelos milhares de panfletos promocionais que empanturravam a minha caixa de correio (comprada há um par de anos no Barroca), o que só veio agravar o meu estado pré-comatoso.
O tédio e a moral só subiram com o telefonema da prima Adelaide dos Poços de Água, pedindo-me “encarecidamente” para receber a afilhada, Maria Manuela, com o intuito desta me apresentar uma tal de Bimbi. Confesso que a singularidade do nome e a inesperada oportunidade de conhecer alguém certamente interessante me despertou os sentidos, causando-me, inadvertidamente, um inoportuno... rubor pueril nas faces. Não dei parte de fraco e fiz-me rogado, sem sequer questionar o que teria passado pela cabeça da prima e da afilhada, para se lembrarem de me apresentar a dita. Presumi instintivamente que a fama e o proveito de outros tempos bem mais gloriosos voltara, para honra e complacência da enferrujada adriça - as coisas que passam pela cabeça de um inocêncio sexagenário.
Face à “insistência” da prima Guilhermina, lá anuí sem ponta de contrariedade, é certo, imaginando a amiga de Maria Manuela - pelo nome só podia ser uma bela jovem de traços exóticos, silhueta suave mas vincadamente feminina, cabelos lisos, compridos, pernas longas, mãos delicadas, quem sabe?!...
No dia e hora aprazados lá recebi Maria Manuela, envergando camisa branca por fora das calças, exalando a lavanda, e o ralos cabelos besuntados de gel, penteados para trás à matador. Sentia-me o conquistador de outros tempos, um autêntico Druval no seu melhor estilo.
Maria Manuela, que já não via desde os tempos da Fábrica Escola, estava bojuda, engelhada e faltava-lhe um dente da frente – “nem queiras saber, estava ontem à noite a comer um coirato e caiu-me o pivot” – disse-me ela tentando tapar a falha do dente com o indicador direito, rindo nervosa, crendo que eu acreditava que ela alguma vez na vida tinha posto um pivot. “Que maçada” disse-lhe eu agoniado com a história do coirato e começando a desconfiar do desalinho, da pele descuidadamente oleosa e da ausência de companhia. “Vieste sozinha?” perguntei-lhe eu afiando os caninos. “Vim, pois. Trago aqui a Bimbi para te apresentar” respondeu-me pronta, apontando para o caixote que trazia com alguma dificuldade, debaixo do braço. Esmoreci... Devo ter ficado tão aparvalhado que a oleosa criatura perguntou se me estava a sentir bem. Deu-me vontade de a despachar com um biqueiro no nalgueiro volumoso, mas contive-me a tempo. Afinal a Bimbi que eu, guloso, imaginara de formas voluptuosas e de sotaque açucarado, não passava de uma panela-faz-tudo: “descasca, pesa, rala, corta, bate, mistura, mexe, frita, guisa, coze, pana, esturge...” gritava sem respirar e quase histérica, Maria Manuela.
Zonzo pela desfeita, aguado, comecei a alucinar com a minha ex-empregada (a brasileirinha) que fazia tudo aquilo e muito mais enquanto o diabo esfrega um olho! Não me consegui conter: “E também geme? E arranha? E morde? E ma...”. A última já não a terminei, fui interrompido por uma valente galheta puxada à costa da mão direita, deixando-me marcado na cara o horripilante cachucho de pechisbeque comprado num sorteio da Orivesaria Barosa. Maria Manuela, furibunda e ofendida, tinha desatado num choro compulsivo e num chorrilho de insultos, a mim e à minha mãezinha, que de tão graves nem me atrevo sequer a reproduzir nenhum.
Atordoado e sem reacção, limitei-me a observar de queixo caído a matrafona a enfiar tudo no caixote com brusquidão e a abalar como um furacão porta fora, insistindo nos impropérios contra a minha santa mãezinha. Ao sair ainda olhou para trás por cima do ombro, atirando com desprezo e ódio: “e Bimby escreve-se com y, ó vacão!”. Mortal!...
Senti-me ferido, ultrajado, humilhado, com tanto desplante. Sobretudo porque a bicha nem me deu tempo de reacção. Nem me deu tempo de ser eu a enxotá-la, a urrar-lhe aos ouvidos que estou farto de ser usado, que estou farto de ser enganado, que estou farto de pseudo-simplificações relambórias, de panelas faz-tudo, de gente faz-tudo, de gente telecomandada, guiada, oferecida!... O que eu quero não são panelas faz-tudo, nem carolas, o que eu quero é gente que pense pela sua cabeça, que queime neurónios, que tenha ideias e soluções, que tenha projectos, que seja visionário, que antecipe o futuro e que tenha o gosto e o prazer pela subtileza dos pequenos gestos.
E agora que já desembuchei, vou descascar batatas que se faz tarde para o almoço. A panela faz-tudo que se quilhe!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Democracia Participativa

A propósito do post da comissão de moradores onde anuncia o falecimento “prematuro” da SEGUNDA VAGA por inacção (ou falta de alimentação) apetece-me recordar aqui que um dos bens mais preciosos que a revolução de Abril nos trouxe, foi a possibilidade de participar na construção e aprofundamento da democracia.

É com alguma nostalgia que não posso deixar de comparar os períodos eleitorais que vivemos com os de outros tempos, em que à volta das sedes dos partidos políticos se via um fervilhar de gente ansiosa por dar a sua opinião sobre os candidatos a escolher e os programas a apresentar com base nos inúmeros problemas que havia a resolver.

De facto, hoje tornamo-nos (em grande parte) excelentes “treinadores de bancada” todos temos opinião sobre este ou aquele tema, especialmente sobre aquilo que nos interessa ver resolvido. Tornamo-nos indiferentes ao que ao colectivo diz respeito, somos capazes de fazer um chinfrim dos diabos se os 20 metros da nossa rua têm outros tantos buracos e quando nos brindam com um asfalto novo logo esquecemos que no lugar ao lado continua a haver buracos por tapar, desde que por lá não tenhamos que passar e dar cabo dos amortecedores.

Nas questões Nacionais o panorama não é muito diferente. Se o nossa profissão corre o risco de ficar com alguns privilégios ou direitos adquiridos a menos, logo somos capazes de nos mobilizar e mesmo que nunca na vida tenhamos ido a uma manifestação, até nos deslocamos a centenas de quilómetros para fazer couro e conseguir manter inalterado o nosso estatuto “conseguido com tanto sacrifício” e logo nos esquecemos daqueles que já não defendem os seus interesses profissionais, porque já nem profissão têm.

Enquanto vivemos a olhar para o umbigo, floresce por aí um conjunto de “políticos” cujo único objectivo é fazer carreira (excepções à parte) que apenas têm que dar conta aos chefes e manterem-se nas boas graças dos mesmos, para que “o tacho” com tanto “sacrifício” conquistado não se perca, porque não há que dar contas a mais ninguém.

OBITUÁRIO



Cumpre-nos a dolorosa obrigação de comunicar que o caderno reivindicativo SEGUNDA VAGA faleceu por inanição, o que, de acordo com alguns especialistas na matéria, é motivo de padecimento frequente de algumas sociedades ditas civilizadas em que barafustar é mais fácil do que contribuir.

Enquanto se aguardam por melhores dias, a Comissão de Moradores já mandou comprar 575 pauzinhos de incensos e vai honrar a memória da defunta com pequenas dicas e algumas sugestões à navegação, tudo coisas simples (os grande planos e acções estratégicas ficam, por agora, ao cuidado dos cérebros partidários que preparam afincadamente o futuro).

Ração de Combate


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um por dia (artº 4º)

Artigo 4.º
Cidadania portuguesa


São cidadãos portugueses todos aqueles que como tal sejam considerados pela lei ou por convenção internacional.
.

Arribas em Risco


Revista de Imprensa

Protecção Civil preocupada com perigos das arribas


A protecção civil da Marinha Grande revela que “está atenta” aos perigos que constituem as arribas para os banhistas, e este ano desenvolveu um conjunto de diligências junto das entidades responsáveis para serem tomadas medidas.
Entre o mês de Abril e o início de Setembro, a protecção civil e técnicos da autarquia participaram em reuniões com técnicos da Administração de Região Hidrográfica do Tejo (ARH), efectuaram uma deslocação ao terreno com os técnicos das duas instituições para verificação das situações, e enviaram à ARH Tejo um levantamento das placas de sinalização, por a protecção civil entender que devem ser colocadas ou substituídas nas zonas mais problemáticas.
Outra acção desenvolvida durante o mês de Agosto foi a distribuição de desdobráveis nos hotéis, restaurantes e cafés das praias, como medida de sensibilização junto dos clientes.
No final do mês passado, técnicos da autarquia acompanharam a deslocação de um geólogo, para identificação de locais do areal a sinalizar.
Segundo a protecção civil, a colocação de placas de sinalização de perigo de queda de blocos no areal de S. Pedro de Moel, em conjunto com a Polícia Marítima, realizou-se no dia 2 deste mês.
Recorde-se de que as obras de consolidação das arribas de S. Pedro de Moel, concelho da Marinha Grande, estavam previstas para arrancar este mês, num investimento de cerca de 1,9 milhões de euros, segundo informação do Instituto Nacional da Água.
Trata-se de uma empreitada que deverá decorrer ao longo de 10 meses. Os trabalhos de consolidação das arribas poderão estar concluídos no início da próxima época balnear .
Entre os trabalhos previstos encontram-se o desmantelamento de blocos que poderão estar em queda.
Está igualmente prevista a construção de estruturas de contenção, obras de drenagem, a recuperação vegetal, execução dos passadiços, com vista a evitar a aproximação das pessoas às arribas e obras de alvenaria (construção de estruturas que suportem a base).
De acordo com o presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Alberto Cascalho, a indicação de que dispõe é que os trabalhos “só arrancam no início do próximo ano”...


(surripiado do Diário de Leiria)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Um por dia (artº 3º)

Artigo 3.º
Soberania e legalidade
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1. A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição.

2. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade democrática.

3. A validade das leis e dos demais actos do Estado, das regiões autónomas, do poder local e de quaisquer outras entidades públicas depende da sua conformidade com a Constituição.

Frente a Frente ou Lado a Lado?



Antes das férias, a propósito de um texto de José Gomes André no Delito de Opinião, escrevi um post questionando também, quais seriam afinal as opções políticas do BE. Ao desafio lançado o (agora ausente) Anarcabe não quis abrir o jogo, remetendo os trunfos para melhor oportunidade.
Ontem na SIC, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã tiveram oportunidade de falar das respectivas opções programáticas parecendo (ou talvez não) falar em uníssono. Apesar da insistência de Clara de Sousa, nem por uma vez os dois líderes partidários conseguiram identificar com clareza as diferenças fundamentais entre as respectivas forças políticas, o que os distingue afinal. De forma afectuosa Jerónimo lá foi repetindo que as diferenças resultavam fundamentalmente da história e do percurso político de cada um dos partidos, nota dissonante a que Louçã de forma envergonhada assentiu com acenos de cabeça. Face às evidências (e às convergência) parece-me que só faltou a declaração final de consanguinidade: “Não, não somos gémeos, mas somos irmãos, ele é o mais novo e eu sou o mais velho.” É certo que Louçã é mais “fotogénico e charmoso”, mas os traços são os mesmos, “saem ao pai e atiram à mãe”. Por uma questão de honestidade política e de economia de esforços e de recursos, ficava-lhes bem assumirem de uma vez por todas, que pensam exactamente o mesmo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Revista de Imprensa

Álvaro Pereira, candidato do PS à Câmara da Marinha Grande


“Aquilo que se passou na Marinha, nos últimos quatro anos, foi mau demais”

Álvaro Pereira, 55 anos, não se mostra preocupado com os outros partidos que vão a votos nas autárquicas, pois está confiante na vitória. Acredita que o PS tem a melhor equipa e o melhor programa eleitoral, que contou com a colaboração de militantes e independentes, e diz que com a CDU no poder foi o “marasmo total”

Foi escolhido para ser o candidato do PS à autarquia no final de Abril. Quatro meses depois, continua em silêncio. Está assim tão confiante na vitória, que entende não ser necessário promover qualquer iniciativa no período de pré-campanha?

Começámos a trabalhar em Fevereiro do ano passado. Passaram pela sede do partido centenas de pessoas, a maior parte independentes, que contribuíram para a elaboração do nosso programa. Esta semana será distribuída uma carta a dar conta daquilo que me moveu para aceitar ser o cabeça de lista do PS. As pessoas têm trabalhado muito. Temos ido às colectividades, associações, PSP, GNR, bombeiros e centros de saúde. Só que nunca andámos com a comunicação social atrás.

A intenção dessas visitas era reunir contributos para o vosso programa eleitoral?

Sim, mas também para as pessoas que integram as listas sentirem o pulsar da Marinha Grande, ouvindo pessoas do partido e, principalmente, independentes. Inaugurámos a sede da Marinha no sábado e vamos inaugurar a da Vieira no dia 12. Achamos por bem não fazer muito ruído.

Quais são as principais linhas do seu programa eleitoral?

Vamos lutar por uma Educação ao serviço da comunidade, por medidas sociais e pelo desenvolvimento económico. O PDM tem que ser revisto - já devia ter sido há quatro anos – para permitir o alargamento das zonas industriais. Tudo deverá ser feito para o aumento da resposta nas creches. Vamos ter propostas inovadoras.

Sendo um concelho ideologicamente de esquerda, a autarquia tem sido governada alternadamente pela CDU e pelo PS. O que o leva a acreditar que os eleitores votarão em si, e não em Alberto Cascalho?

A equipa do PS tem provas dadas, é solidária, trabalhadora, competente e honesta. E depois porque aquilo que se passou na Marinha, nos últimos quatro anos, foi mau demais. De maneira nenhuma no PS, acontecerá aquilo que aconteceu na CDU: ser eleita uma pessoa e depois aparecer outra a tirar-lhe o tapete e a assumir as suas funções.

O eleitorado vai penalizar a CDU por ter afastado João Barros Duarte ou vota de cruz na coligação?

O presidente eleito, Barros Duarte, era uma pessoa que era querida pelos comunistas, e não só. Houve transferência de votos directa de outros partidos para a CDU. Foi a maior votação de sempre na CDU. Mas durante estes quatro anos, não apareceu nada feito. Foi o marasmo total. O PCP não ouviu a população. Aliás, é sintomática a saída do gabinete do sr. presidente da câmara do edifício dos Paços do Concelho para o portão da fábrica-escola, a cinco metros do local onde deixa o seu carro.

O BE escolheu Amândio Fernandes como cabeça de lista. Tendo em conta que a Marinha Grande foi o concelho do distrito onde o BE teve melhores resultados nas europeias, teme que haja uma transferência de votos do PS para o BE?

A população quando vir o programa do PS não vai ter grande dificuldade de escolha. O nosso programa corresponde às suas necessidades e anseios. O BE na Marinha poderá ter uma desagradável surpresa.

Este ano, o PSD apostou num candidato mais dinâmico, que tem estado em permanente contacto com o eleitorado. António Santos pode inviabilizar a maioria absoluta do PS ou da CDU?

O que interessa são as equipas. Tirando o cabeça de lista, o PSD apresenta as mesmas pessoas. António Santos foi a meia dúzia de colectividades, com propostas irrealistas. A solução que propôs para os reformados, em relação aos medicamentos, já o Governo a tinha apresentado. Os reformados não pagam medicamentos genéricos. Há muita demagogia e desconhecimento do que é a realidade.
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Artur Pereira de Oliveira concorre como cabeça de lista de um movimento independente. Isso poderá vir a contribuir para dividir o eleitorado que votou no PSD há quatro anos?

Não estamos muito preocupados com isso. Queremos essencialmente aglutinar à nossa volta todas as pessoas que estejam dispostas a contribuir para a Marinha voltar a ser aquilo que foi até há pouco tempo: uma cidade de progresso, onde dava gosto viver, limpa, onde as pessoas viviam democraticamente. Ao PS interessa apresentar um projecto credível, viável e realizável.



(surripiado do Jornal de Leiria)

Um por dia (artº 2º)

Artigo 2.º
Estado de direito democrático

A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.

Ração de Combate


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Um por dia (artº 1º)

A ideia surgiu-me após uma discussão com dois amigos, acerca das questões da cidadania. Conhecer-mos a nossa Constituição não é que seja essencial para sermos bons ou maus cidadãos, mas mal também não nos fazia. Como lê-la de uma penada, a menos que seja por obrigação, não é tarefa fácil, lembrei-me de propor aos meus camaradas da Comissão de Moradores: e que tal se todos os dias publicássemos um artigo da Constituição da República Portuguesa? A ideia foi aceite com alguns bocejos e um voto a favor (o meu), pelo que durante 295 dias fica o desafio da leitura (e de eventuais bitaites).

Artigo 1.º
República Portuguesa

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.


Revista de Imprensa

Utentes querem mais médicos no Centro

A Comissão de Utentes do Centro de Saúde da Marinha Grande pretende que a administração daquela unidade de saúde contrate médicos para analisar os doentes que surjam com sintomas de Gripe A (vírus H1N1) para evitar a sobrecarga no Serviço de Atendimento Permanente (SAP/24 horas)
Em comunicado, a comissão considera importante o combate a um surto de qualquer epidemia, por ser um “um dever do Estado”, mas defende que a unidade de saúde tem de ter um corpo clínico para tratar especificamente os utentes que surjam na unidade de saúde com sintomas de Gripe A.
“É, porém, no nosso entender, na defesa dos serviços que o Centro de Saúde presta à população e, para que esta não fique desguarnecida na assistência que lhe é devida, que o funcionamento regular do SAP não deve ser afectado pela abertura no Centro de Saúde deste novo serviço", refere a comissão de utentes.
Como os médicos são os mesmos que atendem os doentes do Serviço de Apoio à Gripe (SAG), a comissão denuncia que a situação está a “prejudicar fortemente o funcionamento regular do SAP”.
“O SAG deveria funcionar com meios próprios, o que implicaria a existência de pessoal médico autónomo. Mas não. Socorre-se do SAP, retirando deste um médico e um enfermeiro para apoio ao SAG. Esta é uma medida que a população não aceita”, acrescenta a comissão.
No entender da comissão, o serviço do SAG da Marinha Grande presta apoio à população do concelho e de outros limítrofes, o que “provoca uma sobrecarrega dos serviços médicos”. “Chega-se ao cúmulo de, a partir da 17h00, no SAP, não haver nenhum enfermeiro, pois o que normalmente existe é deslocado para o SAG, ficando o SAP com apenas um médico. Só a boa vontade dos nossos clínicos (…) permite ainda que, apesar de poucos meios, se mantenham alguns serviços no SAP”, denuncia a comissão.
Perante esta preocupação, que vai fazer chegar de Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Pinhal Interior II), a comissão propõe, para além de um corpo clínico médico autónomo para o SAG, a manutenção do funcionamento regular e em condições do SAP/urgências 24 horas e a melhoria da organização do funcionamento do Centro de Saúde.
Até ao fecho da edição não foi possível obter uma reacção do ACES do Pinhal Interior II.


(surripiado do Diário de Leiria)


notícia relacionada – “Gripe A: 10 novos Serviços de Atendimento na Região Centro"

terça-feira, 1 de setembro de 2009

SOLTEM A PAREDE



Camaradas do bitaite,

a excelsa Comissão de Moradores do Largo das Calhandreiras, reunida hoje em sessão ordinária devidamente convocada por SMS, num inigualável gesto de despojamento de poder, decidiu dar um grande exemplo de humildade democrática apresentando a sua demissão em bloco, com a consequente marcação de eleições antecipadas.
Conscientes de que o actual momento não se compadece com demissões calculistas e com abandonos cobardes (como naquela história do Titanic em que quando as senhoras e as crianças vão para descer nos salva vidas e vem um fulano e começa a meter-se… uma cena revoltante…), a Comissão de Moradores agora demissionária decidiu que a luta continua e que não capitula diante dos interesses do grande capital, estando por isso solidária com as micro, piquenas e médias empresas, manifestando desde já a sua intenção de se recandidatar!
Informam-se os interessados (oposição) de que as listas concorrentes podem ser entregues até ao próximo sábado, decorrendo a campanha eleitoral na semana que vem com as eleições a serem marcadas para de domingo a oito dias.

Posto isto (que é como quem diz: depois deste banho de democracia), só nos resta pôr mãos à obra e lançar novos desafios aos nossos “concorrentes” (antes que o Titanic afunde). Será que eles vão ao charco? Ou será que têm jogo de cintura para passarem os obstáculos? É o que se vai ver nos próximos dias… E em três, dois, um… todos: SOLTEM A PAREDE!
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