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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Revista de Imprensa

"Vitroiberica suspende laboração quatro meses após início"

Quatro meses depois de ter iniciado a laboração, o administrador alertou os 42 trabalhadores de que a Vitroiberica vai ter que encerrar. O Sindicato Vidreiro prepara-se para fazer uma exposição do caso ao governador civil de Leiria.

"Não conseguimos perceber o que se está a passar. Há quatro meses, esta empresa (Vitroiberica) iniciou a actividade com boas perspectivas e agora anuncia que vai fechar", explicou Virgílio Silva, do Sindicato Vidreiro. O responsável reuniu, ontem de manhã, com os 42 trabalhadores, tentando definir as opções de cada um deles. "A maioria irá apresentar os papéis para o Fundo de Desemprego", esclareceu.

A empresa sucedeu à antiga cristaleira Marividros, funcionando nas instalações que aquela ocupava, na Zona Industrial da Marinha Grande. A maior parte dos operários (37 pessoas) transitaram da extinta fábrica de vidros. E, assegurou o sindicalista, "mantêm com esta empresa os vínculos que tinham porque a nova administração assumiu o passivo que havia" quando adquiriu a Marividros.

Foi com surpresa e muita apreensão que, na passada semana, os operários começaram a preparar o forno para ser desligado. Anteontem, foi cortado o fornecimento de gás e electricidade.

"Ninguém imaginava que uma coisa destas ia acontecer", contou Ricarda Monteiro, uma das trabalhadoras, garantindo que, nos últimos meses, "sempre houve encomendas". Todas as sextas-feiras, precisou, "saíam camiões com a produção. Às vezes, chegavam a sair dois e três, carregados de encomendas".

A exemplo de outros trabalhadores, Ricarda Monteiro olha com grande preocupação para o futuro, até porque, conta, tem um filho de três anos. "O administrador (Marco Martinho) disse-nos que talvez em Setembro conseguisse reactivar a empresa e pô-la a funcionar de novo", sublinhou.

O JN tentou, durante o dia de ontem, obter esclarecimentos junto do empresário, que se mostrou incontactável.

Esta tarde, alguns dos trabalhadores e dirigentes do Sindicato Vidreiro vão deslocar-se ao Governo Civil de Leiria, esperando ser recebidos pelo governador, a quem vão apresentar uma exposição sobre o caso.

"É no mínimo estranho que uma empresa encerre quatro meses depois de iniciar a actividade", considera o sindicalista, Virgílio Silva, explicando que, quando anunciou a sua decisão, o administrador não esclareceu quais as razões que levavam ao encerramento.

"Muitos dos trabalhadores têm mais de 50 anos e, com a crise que o sector atravessa, o futuro adivinha-se muito complicado", frisou.


(surripiado do JN)

20 comentários:

Anónimo disse...

Estranho? Mas ainda ninguém viu que tudo isto faz parte de jogadas em que umas empresas compram outras, lavam dinheiro, delapidam património e depois as voltam a vender? Foi o caso da Marividros, Canividro...

Abram os olhos...

Anónimo disse...

Penso que o assunto é demasiado sério para serem levantadas questões, ideias ou conjucturas de Falsidades, Corrupção e Jogo Sujo.
Pois anteiormente, foram feitas as maiores considerações positivas peloreactivar uma unidade fabril, e agora, perante a realidade do seu encerramento, tudo de mau é acusado!
Passa-se de Bestial a Besta num piscar de olhos!

Vamos ser sérios e honestos, ninguem se propoe e dá a cara de projectos que não serjam da sua convicção vencedores. Por isso elacções a tirar existem, mas naõ as que se fazem.
Mais, se o respeito existe pelos trabalhadores, já que pelos os investidores não é nenhum, entõa não coloquem os trablahadores no papel de inocentes que participaram em jogadas!

E assim, vai a nossa terra, e assim vai o nosso país......
Dizendo mal, apontado culpas fáceis , sem entender os reais motivos e as reais situações

Anónimo disse...

Pois, é que a coberto dum pseudónimo ou do anonimato, que dá no mesmo, é fácil insultar e espalhar calunias, nem que seja como terapia para a dor de corno e para os recalcamentos dos impotentes

Anónimo disse...

Caros anónimos:

Façamos juntos duas pequenas perguntas:
- Se existiam encomendas, a empresa fechou porque os clientes não pagavam?
- É ou não verdade que as pessoas que dão a cara por estas empresas têm relação com outros proprietários de unidades fabris, tornando-se assim "testas de ferro" destes?

O facto de terem reactivado uma empresa e absorver os antigos trabalhadores é algo de louvável sim. Mas o que dizer quando isso é feito com propósitos a curto prazo?

Enquanto houve hipótese de os industriais deste sector se modernizarem e expandir com ajuda de subsídios e dinheiro quase que à descrição através da marca MGlass, o que lhes interessou foi, como diz o povo, meter ao bolso. Quando a Vitrocristal caiu por falta de bases sólidas, uma vez que quase nenhum associado fez o que lhe competia, afundou o barco que os poderia manter à tona de água nestes tempos mais difíceis...

Preocupa-me muito mais o que vai acontecer ao trabalhadores do que estas considerações que se fazem acerca de quem apenas constata, ao fim de vários anos de repetição, que há pessoas que não são sérias no mercado.

Anónimo disse...

Era bom é que o Sr. Eng.º Marco Martinho, e o Sr. Julio Garcia dessem a cara e se apresentassem nas instalações para no mínimo tratarem da papelada dos funcionários para o desemprego.

Anónimo disse...

Pois, e que os trabalhadores também fossem montar tendas para a frente da Câmara e reivindicar à Câmara soluções, até porque está lá o vereador ex-sindicalista e agora nem pio tem. Afinal como é? Isto é só para estar ao serviço do PCP? Vamos lá a mostar que estão do lado dos trabalhadores e os trabalhadores já são horas de abrirem os olhos.

Anónimo disse...

Não tenho procuração e sei que não se responde a uma pergunta com nova interregação.
Ainda assim, gostava de fazer algumas perguntas ao Wolverine, já que os seus bitaites fazem transparecer conhecimento.

1ª Será que haveria mesmo continuidade de encomendas? 2ª Será que o(s) cliente(s)? pagavam, de facto? 3ª. Será que os custos de produção/distribuição obtidos não anunciavam uma castáfrofe ainda maior?
Por último, mas talvez mais importante, será legítimo pensar-se que um jovem marinhense decida empenhar, não sei o quê, mas pelo menos a sua honorabilidade, e faça o papel de "testa de ferro" dando a cara para reabrir uma empresa e encerrando-a, sem honra nem glória, quatro mêses depois?

Anónimo disse...

Mais um bitaite para ajudar à festa...Quando a Marividros fechou o respectivo património destinava-se exclusivamente ao pagamento dos créditos aos trabalhadores e não chegava! Os restantes credores, banca incluída, não receberiam um tostão! E havia hipotecas a favor de bancos...A solução encontrada de "trespassar" a Marividros a favor da Vitroiberica teve como objectivo evitar a formação de créditos de indemnização a favor dos trabalhadores. Perguntem-me agora se os trabalhadores não poderiam ser pagos pela venda do património da Vitroiberica, objecto do tal "trespasse"? Poderia, não fosse o facto de, aquando do "trespasse", o património ter sido colocado em nome de um banco! Adivinhem qual...

Anónimo disse...

Já agora outro bitaite...Uma vez que o terreno da Vitroibeirca está inserido na zona industrial cujo regulamento municipal prevê a reversão do terreno a favor do municipio em caso de falência da empresa, investiguem por que razão não irá o Municipio da Marinha Grande exercer o tal direito de reversão...

Anónimo disse...

Não foi através dos votos do IAPMEI, Segurança Social e Caixa Geral de Depósitos que foi aprovada a solução de vender a Marividros?...O que têm estas instituições (todas, por sinal, "propriedade" do Estado) a dizer? Que garantias foram dadas que o novo promotor não iria pelo mesmo caminho do antecessor?

Anónimo disse...

Tantas perguntas e tão poucas respostas...

Por acaso até gostava de ver qual a posição que a Câmara tem neste assunto. Se não fosse o PCP no poder, a manifestação seria logo aqui na Marinha. Mas, uma vez que assim não é, o PCP lá manda os dirigentes do Sindicato levar o barulho para outro lado: de preferência onde estiver alguém PS (porque PS = Governo = entidade que só existe para roubar e atacar os trabalhadores).

Quanto ao bitaite do anónimo das 7:07 :
Neste país o que não falta por aí é gente sem escrúpulos e vergonha na cara. Atente-se no exemplo de um certo ex-dirigente de futebol condenado à prisão que ainda se dá ao luxo de dizer que se o quiserem, que o vão buscar... Se se goza assim com a cara da Justiça, o que não se fará então bem debaixo do nariz dos trabalhadores? Mais um, menos um, ninguem se vai lembrar dele (do jovem empresário) daqui por um anito...

Anónimo disse...

Queria deixar só umas pequenas interrogações.
Porquê que esse jovem empresário, que é o único com poderes sobre a empresa Vitroiberica em Portugal, ainda não apresentou a insolvencia?
E também porquê que apresentou papéis para despedimento colectivo aos trabalhadores?

Anónimo disse...

Gaita, só vejo interrogações?
Isto é (mau) sinal de que o caso está embrenhado em nevoeiro muito denso! Não haverá um meio de o soprar para bem longe?
Pobre indústria vidreira o que te fizeram!!

Anónimo disse...

Queria deixar aqui um extrato da entrevista desse grande senhor Marco Martinho ao Região de Leiria de 29 Fevereiro "diz já haver encomendas para os próximos cinco meses". Agora é só fazer as contas, visto que a empresa durou somente 4.

Anónimo disse...

Isto está mesmo turvo!
E o pior é que não se vislumbra uma maneira de tornara as coisas mais nítidas!
Porque será que o famoso e sempre pressuroso Sindicato Vidreiro não vem para a rua com uma convocatória de bandeiras pretas e cortes de estradas?
Será que 'caiu na real' e compreendeu, finalmente, que também lhe cabe uma boa fatia na deplorável situação a que chegou a indústria que deu vida à Marinha Grande e que foi a sua razão de ser durante muitos anos? (Séculos, para ser mais concreto?).

Já agora quem é que sabe dizer-nos que fábricas de vidro manual nos restam hoje? Tristeza!

Anónimo disse...

Pena que em Portugal os srs. Procuradores da República não ocupem parte do respectivo tempo na leitura de blogg´s...há aqui muita matéria criminal para ser apurada, acreditem...

Anónimo disse...

Aqui vai mais uma...
Marco Martinho numa entrevista ao Jornal da Marinha Grande disse "Estou de corpo e alma neste projecto”
Ora bem deve ser de "alma" porque o "corpo" não tém aparecido por lá.

Anónimo disse...

A proposito do sindicato vidreiro, alguem me pode explicar que num periodo em que cada vez há menos sindicalizados fruto de varias circunstancias, entre elas o crescente numero de desempregados. O sindicato esteja a aumentar o seu quadro de pessoal e sendo necessario porque não empregar alguem ligado à industria vidreira que esteja no desemprego? Ou será que o curriculum do mais recente funcionário do sindicato não seja igualado por mais ninguem?

Anónimo disse...

Meus senhores, não desviem a atenção para outras histórias que, sendo importantes, são paralelas à "trama" Vitroiberica! Sindicatos há muitos e no futuro se verão as consequências das suas "opções estratégicas"...Queiram focar a vossa atenção nos contornos do negócio Marividros / Vitroiberica e no comportamento das entidades que a patrocionaram...

Anónimo disse...

É impressão minha ou parece haver muita "porcaria" no meio disto tudo?