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quarta-feira, 11 de abril de 2007

"Mercado Municipal - Não Obrigada!"

"Socialistas fizeram declaração de voto e ausentaram-se da sala"

Vereadores do PS recusaram discutir futuro do Mercado

A tentativa de discussão sobre o futuro do novo Mercado Municipal fracassou ontem em reunião de Câmara da Marinha Grande, depois dos três vereadores do PS terem feito uma declaração de voto e de se ausentarem da sala.
O presidente do Executivo , João Barros Duarte, não gostou da posição dos socialistas e transmitiu aos vereadores com pelouros, que a reunião de Câmara ficaria suspensa e continuou à tarde (18h00), como acabou por acontecer., mas os socialistas informaram o Executivo de que não podiam estar presentes por motivos de ordem profissional.
As divergências entre o Executivo liderado por João Barros Duarte e os vereadores da oposição, prendem-se com o destino a dar ao novo Mercado Municipal, construído há três anos junto ao Centro Comercial ‘Atrium’, mas que nunca funcionou por razões de ordem técnica.
Na declaração de voto, os vereadores do PS acusam o presidente da autarquia de ter adjudicado o estudo, para correcção das anomalias ao espaço apontadas pelo delegado de saúde, a uma empresa sua conhecida.
“Em 12 de Janeiro de 2007, o presidente da Câmara adjudicou a uma empresa por si escolhida, cujos critérios, capacidade e saber para esse efeito concreto nos é totalmente desconhecida, para sabermos agora avaliar da viabilidade da recuperação das instalações do Mercado Municipal e para fazermos uma avaliação económica do imóvel”, alegam os socialistas, criticando o facto da autarquia ter encomendado o estudo, que custou cinco mil euros, e que aponta um investimento de 2,3 milhões de euros no Mercado Municipal para que a infra-estrutura possa funcionar.
Na opinião dos socialistas, o estudo serviu apenas para “corroborar as posições políticas contra a abertura do mercado e não para solucionar as suas insuficiências. É o que se chama o dinheiro público ao serviço das posições político-partidárias”. “Não se trata efectivamente de um estudo, trata-se apenas de meter para o papel a posição política de um partido (PSD) que sempre se manifestou contra a abertura do novo mercado. Acredito até que este seja o tributo a pagar pela CDU ao PSD pela manutenção de coligação no Executivo camarário”, referem os vereadores.


Novo mercado?

O vereador das Obras Públicas do PSD, Artur Oliveira, lamenta a posição dos socialistas por não quererem decidir sobre o futuro do Mercado Municipal, que poderá passar pelo investimento de 2,3 milhões de euros, como aponta o estudo, ou pela construção de um novo edifício noutro local. “Estas são as duas soluções, mas em primeiro lugar é necessário a autarquia decidir, porque herdamos o problema do anterior Executivo”, alega o vereador.
O presidente da autarquia, João Barros Duarte, afirma que o estudo vai ser enviado à Assembleia Municipal - uma vez que a sugestão da elaboração do estudo partiu dos membros que integram o órgão deliberativo -, e só depois é que o Executivo tomará uma decisão
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(notícia retirada do Diário de Leiria)
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Vá lá a gente perceber estas cabecinhas pensadoras. Então a malta manda fazer um estudo para correcção das anomalias (em português corrente leia-se: um orçamento para obras de adaptação) pela módica quantia de 5.000 aerios, o dito estudo diz que as obras custam 2,3 milhões de aerios (milhões? ou andam a jogar muito monopólio ou anteciparam o dia de S. Martinho!...), e como ainda há muito tempo para decidir enviam o estudo à assembleia municipal para coisa nenhuma. E o Sr. Bereador das Obras ainda fica muito indignado porque os beriadores da oposição não querem decidir o futuro do mercado municipal. Ó Sr. Artur, então o Sr. ainda não percebeu que o único que está contra a abertura do novo mercado é V. Exa. e que o que está em causa é uma decisão política que compete aos senhores tomá-la?
Bom, uma coisa parece certa a crer nas palavras do ilustre responsável pelas obras, só há duas soluções, ou se gastam o 2,3 milhões ou se constroi um mercado novo, pelo que o velho só pode ser para fechar. Até porque, se para remodelar o novo são 2,3 milhões, para acondicionar os ratos no velho, upa, upa, nem consigo dizer o número que se me enrola a língua...
E já agora, não seria bom que a cambra disponibilizasse o estudo para consulta pública no seu sítio?

7 comentários:

Anónimo disse...

Excelente post. Realmente faria todo o sentido colocar no sítio da CMMG o "Estudo" em causa e, se não for pedir muito, o currículo profissional do(s) seu(s) autor(es).
Não sendo engenheiro nem arquitecto, calculo, no entanto, que para chegar à bela soma de 2,3 milhões de euros em obras de remodelação, face ao que já existe, serão necessários muitos acabamentos a ouro e diamantes. Mas concerteza que um estudo com qualidade deste terá todas as parcelas desta soma devidamente identificadas, quantificadas e JUSTIFICADAS.
De igual forma, estará concerteza quantificada financeiramente a mencionada alternativa de construção de um novo mercado (possível aquisição de terreno, novas infra-estruturas rodoviárias (e não só) necessárias, construção do edifício em si, quiçá até a localização...
O que já não acredito é que esse estudo técnico sequer mencione a possibilidade de converter o espaço destinado ao novo mercado em salas de cinema.
É que não é preciso ser engenheiro para perceber que os custos de tal ideia peregrina seriam incomparavelmente superiores, quer ao custo de adaptação do espaço para o efectivo funcionamento do mercado, quer ao da construção "de raiz" de novos cinemas noutro espaço (seja este o velho mercado dos ratos ou outro).
Penso que qualquer pessoa com "2 dedos de testa" vê isso (ok, isto exclui o Sr. vereador do PSD, mas vou dar o benefício da dúvida ao Sr. Presidente...).

Anónimo disse...

Hó amigo sem galho, se não acredita, aqui vai textualmente, o que diz o relatório no ponto 4.2 SOLUÇÃO ALTERNATIVA
A solução alternativa proposta consiste em a Entidade,( leia-se Camara) alienar, por concurso público, o edificio,podendo impor que a nova reengenharia do edificio,seja a continuidade do complexo contiguo a Norte.
A cave, julga-se que tem condições para fazer salas de cinema. Blá,Blá,Blá,Blá

Cabecinhas pensadoras... A quem já já teremos ouvido tão brilhante desenrascanso??? Até parece que todo aquele edificio pertence à Câmara e que esta, pode colocar mais um caixote de apartamentos para dar continuidade aos que já lá estão.
E porque não deixar todos aquele espaço, para armazenar tão brilhantes ideias do Sr. Vereador do PSD, mais as poucas, do Sr. Presidente da Câmara???? Cabecinhas Pensadoras!!!!!!

Anónimo disse...

No Alqueva estava lá escrito “construam-me porra”
Aqui podiam lá colocar “abram-me porra”.
Sobre cinema, não há empresa nenhuma interessada em tal escopo, se não vai ser rentável Leiria, quanto mais na Marinha.
Mas o interessante é saber que critérios presidiram à escolha da empresa para efectuar os estudos e que empresas foram a concurso, isso aí é que era muito interessante saber atendendo às desconfianças de vereadores e daí a investigar outras empreitadas e avenças, concursos, seria muito interessante.
Fica aqui o repto para avatarem.
Fui... comprar tabaco.

Anónimo disse...

Se o ridículo matasse, o executivo da Cãmara já tinha perdido a maioria há mais de uma ano.
Esta fuga para a frente, este faz de conta que temos um problema inultrapassável, esta procissão de zombies que se atravessam no nosso caminho e nada fazendo, só estorvam e impedem de fazer, são a demonstração cabal da incompetência de um e da imobilização de outros, face a compromissos e cedências que estúpidamente pensam sustentar uma maioria política contra-natura PCP/PSD.
É inacreditável como se pode "vomitar" a conclusão de um pretenso estudo que custou uns míseros 5000,00€, com a convicção de que estão a falar de coisas sérias.
Como é que se pode dar como alternativa ampliar o actual edifício do Cristal Atrium para o espaço construido do novo mercado, quando se sabe que isso viola a Lei, porque quase todos os comerciantes compraram as suas lojas com a garantia, descrita na propriedade, de que o mercado, grande alavanca de todo o comércio, iria ser instalado?
Como é que se pode pensar que seria rentável, se fosse legalmente possível, deitar abaixo o que existe, para construir apartamentos, cujos preços estão em queda?
Como é que se pode deixar, num estudo, o "bitaite" de que a cave poderia ser aproveitada para salas de cinema, sem ter em conta o enquadramento legal, apertadíssimo, a que estes equipamentos estão sujeitos, desde logo pelas questões de segurança?
Eu não gosto de adivinhar, mas o perfil do autor de tais conclusões, pode bem encaixar num conhecido desenhador que faz projectos e já foi vereador do PSD.
Se não foi ele, foi família, tal é a gravidade do que se vai conhecendo.

Anónimo disse...

Nem vale a pena comentar o relatório de tão ridiculo quanto ridiculo é este executivo cambrário...
Calcem as patunfas e vão prá casa, estas coisas já não são pra vossa idade.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Com tanta e tão assanhada crítica, está aqui está aí outro vírus (ou será video?...) para apagar o blog!
Vão ver...