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segunda-feira, 2 de abril de 2007

Ainda a Entrevista (DeFundo)

Um biataite do Vinagrete Doce a respeito da grande entrevista (ou será entrevista grande?) do "Presidente de Quase Todos os Marinhenses", ou seja, dos marinhenses que o convidaram a candidatar-se e que dos que votaram nele, e que merece chamada de 1ª página em forma de "poste":
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vinagrete doce disse
Isto não foi uma entrevista de "fundo". Isto foi uma entrevista que bateu no "FUNDO".
Um autarca com o perfil e a experiência de JBD, deveria ter a honestidade intelectual para dizer:
1 - As Câmaras só podem contrair empréstimos para obras de INVESTIMENTO. Isto é, o dinheiro adiantado pelos bancos é utilizado para antecipar obras, que sem esses empréstimos, obrigariam os munícipes a esperar por elas muitos anos.
Dito isto, JBD deveria ter identificado, claramente, que obras faraónicas ou elefantes brancos foram construidos pela Câmara anterior, com votos contra da CDU e dele próprio, que era vereador da oposição.
Para lhe avivar a memória, vou só citar algumas que representam uma grande fatia do total do endividamento, sendo que as mais importantes foram para adquirir património, a saber:
1 - Aquisição de um terreno de pinhal para permutar com o Estado a área suficiente para ampliar a Zona Industrial, vital para o desenvolvimento económico, por 1.700.000,00 €, cerca de 20 vezes menos do que o Estado avaliou o pinhal do Casal da Lebre e que exigia que a Câmara pagasse.
2 - Aquisição ao Estado do terreno da Cerca Stephens, ao abandono desde há décadas, para o transformar num parque público. Os 65 hectares custaram 1.300.000,00 € e o seu valor real não tem preço.
3 - Remodelação do Palácio Stephens e construção do Museu do Vidro, que o Estado Novo prometia desde 1969 e a CDU inscrevia em todos os seus planos de actividade desde que dominou a autarquia durante 15 anos.
4 - Remodelação do edifício central da FEIS e construção e instalação da BIBLIOTECA MUNICIPAL, outra obra emblemática que a CDU prometia desde 1980.
5 - Construção do Arquivo Municipal, no espaço da Feis, para guardar a memória histórica dos marinhenses, que os ratos comiam no sótão do velho mercado municipal, perante a criminosa indiferença dos autarcas que só se preocupavam em inspecionar a conta bancária.
6 - Aquisição e remodelação da Casa do Vidreiro e do Palácio Barosa, para instalar o Museu Joaquim Correia, impedidndo que o espólio deste ilustre marinhense fosse parar a Leiria.
7 - Remodelação do Parque Municipal de Exposições que a CDU deixou ao abandono durante anos, (enquanto a Expolação se consolidava) criando condições para a realização de grandes eventos, com qualidade e dignidade.
8 - Construção de Pré-Primárias na Comeira, nas Trutas, na Fonte Santa, no Pilado e noutros locais, ao mesmo tempo que todas as Escolas do Primeiro Ciclo foram restauradas e criados espaços exteriores com grande qualidade.
9 - Construção da Piscina Coberta aquecida de Vieira de Leiria.10 - Construção do Pavilhão Gimno Desportivo Nery Capucho.
11 - Aquisição e recuperação do teatro Actor Álvaro e construção de uma moderna sala de cinema.
12 - Construção da Estrada Atlântica com pista de ciclistas, estrada para o Pilado, estrada do Pero Neto, estrada da Pedra Fonte Santa, a estrada Picassinos Albergaria, estrada Marinha Grande/Vieira de Leiria, acessibilidades à Ordem, a Picassinos, etc, etc.
13 - Concretização do Programa Polis, no valor superior a 7.000.000,00 €, 30% dos quais tiveram que ser financiados pela autarquia.
14 - Construção de mais de 50 fogos de habitação social, na forma de moradias unifamiliares, coisa que a CDU nunca fez, nos 15 anos em que dominou a Câmara.
Não é preciso ser-se economista ou revisor oficial de contas, ou mesmo inspector bancário, para se perceber que a Câmara está mais rica, porque nas suas contas tem inscrito, como património, um valor 5o vezes superior ao seu passivo de médio longo prazo.
Já é tempo de JBD assumir a realização de um debate aberto e democrático, onde se possa discutir o conceito do endividamento e do bom ou mau investimento, deixando de se esconder por detrás da pouca informação da população, para disfarçar a sua falta de competência para assumir os desafios dos tempos modernos.
Só mais um comentário para tentar interpretar o seu pensamento quanto aos chamados bloqueis de gestão por ter poucos pedreiros e carpinteiros e excesso de técnicos.
Qualquer cidadão normal, com dois dedos de testa, percebe que num Concelho Industrial como o nosso, a gestão do Poder Local não pode estar focada na prestação de serviços operativos, com legiões de cantoneiros, pedreiros, asfaltadores, carpinteiros, condutores de máquinas, etc.Basta fazer contas, coisa que JBD reclama fazer melhor que ninguém.
O horário dos funcionários é de 35 horas por semana. Pegam às 8H00 no estaleiro, picam o ponto e ficam à espera de transporte para se seslocarem para a obra. Chegam à dita cerca de meia hora depois das 8. Tirar ferramenta, começa, não começa, por volta das 9H00, dão a primeira marretada. Às 10H00 param para a bucha. Cerca das 11H35 param para arrumar a ferramenta e esperar o condutor e a viatura que os deve trazer ao estaleiro a tempo de formar fila antes das 12H00 para poderem marcar o ponto.Tudo recomeça no período da tarde, com a agravante de que o tempo é mais curto. Às quintas feiras saem às 16H00 e às sextas não trabalham de tarde. Contas feitas, o tempo real de trabalho, que deveria ser de 35H00 semanais, é, na verdade e por excesso de 20.
Nestas condições, como é que alguém, com a responsabilidade de um JBD, pode afirmar que é a falta desta estrutura que o impede de fazer obra?Como é que se pode dizer, num ambiente de trabalho em que a macro gestão se faz com a integração da mais avançada tecnologia, que se tem técnicos a mais e que isso bloqueia a Câmara?
Pensava eu, que os novos desafios que se colocam às Câmaras exigiam recursos altamente qualificados. Estava eu convencido que a grande tarefa dos responsáveis políticos deveria ser o planeamento estratégico da cidade, o controlo de execução, a fiscalização de obras contratadas, a capatação de investimento, a definição de uma política de educação, a implementação de um modelo de intervenção cultural, a adopção de políticas de formação dos funcionários.
Pelos vistos, interpretando o que li, JBD acha que não. Ele precisa é de cantoneiros para levantar as tampas de esgotos, para desentupir sargetas, para tapar buracos, para....para...??Já nem seque comento as insinuações de que se previlegiou a sub-contratação de serviços em empresas especializadas, porque elas seriam "próximas" de alguns autarcas. Estas insinuações são próprias de um homem já desequilibrado, com o seu carácter feito em farrapos e intelectualmente desonesto.Só mais uma nota. Concordo com ele quando diz que os dossiers Valorliz e simlis foram mal conduzidos.
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1 de Abril de 2007 5:32:00 PDT

7 comentários:

Anónimo disse...

Isto vai para aqui um arraial!...

Quer a propósito da entrevista concedida pelo presidente da Câmara a um jornal de Leiria (que li aqui no ‘blog’), quer pelo comentário, a propósito, feito por Vinagrete Doce, comentário em boa hora trazido para a primeira página do FLC, resolvi ‘bitaitar’ o que me vai na alma.

E para que não me perca no raciocínio, pois estas coisas têm, por vezes, o condão de nos confundir, irei tentar ser o mais clara e sistemática possível.
Assim:

1 – Saberá alguém dizer-me por que razão o presidente JBD dá uma entrevista desta importância a um jornal de Leiria, sendo, ainda por cima um dos jornais leirienses menos lidos na nossa cidade?
Não seria de toda a conveniência para a própria Câmara dar a conhecer aos seus munícipes o que vai na alma do seu presidente, usando, para isso o jornal da terra?
O dito jornal da terra poderá não ser um primor, mas é o que temos e é aquele que, sem dúvida, chega às mãos de mais marinhenses!...

2 – Todos sabemos do clima nublado que se vive entre o Jornal de TóZé e a direcção camarária, e que o senhor presidente ou os seus vereadores dão as suas entrevistas a quem muito bem entendem, mas, que diabo!!!…

3 – Nesta longa entrevista o presidente JBD continua o rosário de lamentações acerca da situação financeira da Câmara, fazendo ressaltar, até à exaustão, que se não faz obra é porque não lhe deixaram meios. Mas, aqui, parece-me lícito fazer uma pergunta: então JBD quando estabeleceu o seu programa eleitoral não pensou que, depois de ‘tanta obra de fachada’ feita (segundo as suas próprias e reiteradas palavras) pelo executivo socialista, era de todo previsível que os cofres da Câmara não estivessem propriamente cheios? Ou será que JBD não conseguiu resistir à tentação de entrar, à semelhança do comum dos políticos, no jogo da promessa fácil, na perspectiva de vir a desalojar os eternos rivais (e diabolizados) xuxas do lugar que, durante 12 infindáveis anos(!), ocuparam (como crime de lesa PC) na praça Stephens?

Parece-me, pois, que há aqui qualquer coisa que não bate certo!...

4 – E depois vem o comentário do Vinagrete Doce que (a propósito, destaco eu), me parece ser um ‘bitaitante’ muitíssimo bem informado!...
A gente lê um, lê outro, relê, puxa pelo bestunto, faz um esforço (de gigante!...) para não ficar confundida e tem de chegar à conclusão que há alguém que nos vendeu gato por lebre!...

E neste ping-pong sem fim, quem se vai tramando é a nossa cidade e o nosso concelho que estão a assistir a uma preocupante falta de estratégia e de rumo…

5 – Já agora e aproveitando as palavras do Vinagrete Doce, não seria salutar um amplo e descomplexado debate sobre esta importante temática? Todos ficaríamos mais esclarecidos. Digo eu…

6 – Fiquei feliz (e preocupada também) por ver que o Vinagrete Doce concorda com JBD sobre os dossiers Valorlis e Simlis.
De facto, a mim cheira-me que estes dois dossiers contêm matérias menos bem cheirosas e, se calhar, menos zeladoras dos interesse marinhense. Mas, afinal, haverá alguém que saiba explicar aos marinhenses, claramente e sem palha, o conteúdo desses dossiers?... Fica aqui o desafio!

E para terminar, que o paleio já vai longo, tenho de dizer que concordo, em absoluto, que o que diz o Vinagrete Doce sobre o horário de trabalho dos funcionários camarários (alguns, claro está!)… Eu própria já assisti a estas ‘cenas’ umas quantas boas vezes…

Anónimo disse...

então parece que há novidades sobre o mercado e ninguém conta à gente?

Anónimo disse...

Qual mercado?
O dos ratos e das moscas?

Anónimo disse...

O dos ratos e das moscas? Qual deles?! Ambos estão na mesma situação!...

Novidades? Querem lá ver que o Autocolante arranjou mais uma das suas brilhantíssimas soluções!

Anónimo disse...

Parece que sim. O Sr.Vereador AAC que sabe de tudo um pouco, ou seja, nada de nada,chegou á brilhante conclusão: Vende-se, quem dá mais.Em alternativa, monta-se mais uma caixote de apartamentos em cima do que já lá está, e para diversão noturna dos moradores, depois muitos mais, vai de fazer salas de cinema na cave como já dizia em capamnha eleitoral. Os actuais moradores e logistas, o objecto para que foi construido o edificio, a lei que regulamenta o condomínio, isso não conta. O que conta, são aquelas cabecinhas, uma de branco natural e outra pintada de preto. Aquilo é que vai ser. Ainda os vamos a ver a vender bilhetes de entrada, no filme de inauguração.INSTINTOS FATAIS

Anónimo disse...

Estamos de novo a desenterrar o fantasma (?) dos mercados. Não tenho nada contra, bem pelo contrário, pois até acho salutar uma vez que o assunto está longe de ser resolvido (se é que algum outro assunto já foi resolvido por este executivo) e, por isso, merece toda a discussão que sobre ele se possa fazer.

O meu problema é outro: será que não haja mais ninguém (honra seja feita à São Pedrocas) que queira botar opinião sobre a brilhante entrevista do nosso presidente?

Eu cá por mim acho que ela merece toda a análise e atenção possíveis, quer por parte daqueles que nele votaram, quer por parte dos restantes.
Há, de facto, nessa entrevista, matéria que merece avaliação, sobretudo quando a confrontamos com o contraponto que é o comentário do Vinagrete Doce.

Estou em ficar de acordo com o que diz a São Pedrocas, pois parece-me haver por aqui matéria não esclarecida, dando mesmo a ideia que, na campanha para as eleições camarárias, ou foram ditas coisas só para cativar votos, ou então - o que não é menos chato – que nos foram ‘vendidas’ ideias sem que sobre elas se reflectisse o suficiente, sobretudo tendo em conta que quem se candidata a um órgão autárquico, deve ter em atenção que se propõe governar, responsavelmente, um município que, no caso do nosso se reveste de particularidades muito próprias.
Ou será que, afinal, houve mesmo a intenção de nos venderem ‘gato por lebre’... isso recuso-me a aceitar.

Anónimo disse...

Ainda a campanha eleitoral ia no adro, e já ouvia o actual presidente dizer, que os serviços que terceiros prestavam à Camara iriam todos regressar aos serviços camarários. Bom, coitados dos prestadores de serviços, vão ficar no desemprego. Será?.. se calhar não, o presidente esqueceu-se ou baralhou-se, pois o que vai acabando é com os poucos serviços ( será que ) que a camara ainda presta, como por exemplo. TUMG:
Bom a nível da recolha dos lixcos -- um dos serviços que regressavam à camara, estamos à eapera de ver a nomeação do Sr. vereador de cabelo branco tomar posse como Presidente de tão ilustre cargo. Desde que ao fim do mesito a nota vá para a conta, o lixo que se lixe.