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quinta-feira, 26 de abril de 2007

25 de Abril - O Discurso

Discurso do Presidente da Câmara, Sr. João Barros Duarte, na noite das comemorações da Revolução de 25 de Abril de 1974, na Praça Stephens.



Amigos

Camaradas

Nesta data festiva, comemorativa da Revolução dos Cravos, que devolveu ao povo Português a liberdade e a cidadania democrática, em meu nome próprio e em nome da Câmara Municipal, desta tribuna, vos dirijo uma saudação Amiga e Fraterna.
Aos Militares de Abril, autores dessa preciosa herança que doaram ao Povo Português, aqui os recordamos com saudade e reconhecimento pela sua coragem e empenhamento democrático, que os determinou ao derrube da ditadura Salazarista, que nos oprimia, inspirada nos regimes de Mussolini e Hitler e, na altura apoiada pelo Governo da vizinha Espanha, dirigido pelo ditador fascista Francisco Franco.
Franco que na última Grande Guerra se havia aliado, e disso beneficiou para chegar ao Poder, aos Governos Fascistas beligerantes da Alemanha e da Itália.
A herança democrática da Revolução dos Cravos que os militares de Abril legaram ao País e ao Povo, trouxe-nos mudanças muito significativas e substanciais, que alteraram profundamente para melhor a qualidade de vida de todos os Portugueses.
Passou a haver Liberdade, direito de opinião e de reunião, sem risco de se ser preso e torturado pela polícia política como até então.
Passou a haver uma mais justa distribuição da riqueza produzida no país, que melhorou os ordenados dos trabalhadores alargou-se e democratizou-se no país, o direito ao ensino e à educação.
Melhorou-se e alargou-se significativamente a assistência social aos Portugueses, com aumento do número de beneficiados e do valor das miseráveis pensões de reforma.
Melhorou-se e alargou-se a assistência à saúde, com melhores cuidados médicos a custos acessíveis a todas as camadas da população a que até então muitos trabalhadores não tinham acesso.
Iniciou-se em todos os Concelhos do país, o alargamento das redes públicas de distribuição de água ao domicílio e de esgotos domésticos, que até então beneficiavam apenas reduzidas camadas da população.
A Revolução Militar e Social do 25 de Abril, foi o acontecimento mais importante na história de Portugal do século passado.
Acabou com a guerra colonial que ceifou milhares de jovens, estropiou outros milhares e destroçou centenas de famílias.
Cumpre-nos, em defesa de um futuro melhor, evocar neste dia a Revolução dos Cravos, como o marco que trouxe mais qualidade de vida, mais justiça social e mais alegria a mais alargadas camadas da população Portuguesa.
Foi o acontecimento com repercussão e admiração mundial, que repôs internacionalmente a credibilidade de Portugal como país livre e democrático.
Evocamos, agradecidos, com respeito e admiração, nesta data, do 33º Aniversário do 25 de Abril, a todos os seus Heróis, Civis e Militares, que tornaram possível o êxito da Revolução que nos retornou a Liberdade.
Aos militares que a concretizaram, desalojando do Poder o Governo despótico e obscurantista que governava, daqui os saudamos.
E aos civis, que com seus sacrifícios, alguns da própria vida, vinham há muitos anos, lutando contra a ditadura policial e belicista, daqui lhes prestamos a nossa homenagem. Esses civis com o seu trabalho revolucionário que desenvolveram ao longo dos quarenta e oito anos de ditadura, e que criaram junto do povo as condições para o êxito dos militares de Abril, na Revolução Social que hoje aqui e sempre comemoramos com regozijo e alegria.
É com sentido cívico e de justiça que nesta data comemorativa e festiva, recordamos com saudade, os momentos felizes que a todos e ao povo Português em geral, proporcionou a vitória dos ideais e da luta desses civis e militares do 25 de Abril.
Passados que estão trinta e três anos, rendemo-nos reconhecidos pela virtuosidade da vossa luta, numa entrega total pela conquista dos valores mais nobres do Homem . A Liberdade, Solidariedade e Fraternidade.

Mas Amigos e Amigas

Dirijo-me agora às camadas mais jovens sobretudo.
Não basta recordarmos e reconhecermos do porquê do 25 de Abril e dos benefícios que ele nos trouxe.
Alerta!
Porque o Regime de Liberdade e Democracia implantado após o 25 de Abril, começou de imediato a ser traído pelas Forças Políticas e Sociais, que com ele perderam algum Poder e Privilégios.
Perderam poder, mas não perderam influência e meios que lhes possibilitou moverem-se nos salões onde se armaram as traições, e definiam os ataques contra a Democracia e os seus defensores.

E meus Amigos,

Aqueles de nós que viveram esses difíceis momentos da periclitante consolidação da transformação, do que muitos pensavam ser apenas um golpe militar, mas que veio a ser uma Revolução Social o 25 de Abril, sabem por experiência própria, de que em política, nenhuma vitória é eterna, e nada se pode dar como conquistado em definitivo.
Hoje como então, temos um Governo de classe, que privilegia os poderosos e os interesses do grande capital que, como os Governos anteriores, vai a pouco e pouco esbulhando o povo que vive do trabalho, dos benefícios que o 25 de Abril deu.
Atente-se na política de propaganda e manipulação que tem ao seu serviço os patrões dos grandes órgãos de Comunicação Social, e até de alguns pequenos.
Como eles vendem gato por lebre.
É assim que, em nome de melhores cuidados de saúde encerram centros de saúde, roubando ao povo a única possibilidade que têm as pessoas de ter acesso a um médico.
Em nome, de falta de médicos, que se fosse real, e razão suficiente só os Governos eram os únicos culpados, pela continuada politica de numerus clausus que têm mantido no ensino superior, contra os interesses do país e das populações.
Nisso escondem que a principal razão e único objectivo da política de encerramento que o Governo está a levar a cabo dos Centros de Saúde, das maternidades e das urgências que deixa a maioria da população sem acesso a cuidados médicos, tem por único e exclusivo objectivo, criar condições para entregar aos interesses de capital privado a exploração do negócio da saúde.
É para favorecerem interesses privados e colocar professores no desemprego, domando e castrando a sua consciência democrática de resistência á implantação rasteira e sub-reptícia do autoritarismo e de programas elitistas, que o medo do desemprego alcança, que este Governo define e propõe como politica o encerramento de escolas por esse país fora.
Não importa que isso desenraíze os alunos das suas aldeias, e os retire do seio das famílias, criando condições para se adulterarem os valores de família e de solidariedade entre gerações.

Não importa, porque os edifícios onde actualmente funcionam as escolas vão ser vendidos contribuindo assim para no imediato ajudarem a tapar o buraco do Orçamento Geral do Estado.
E, nesses edifícios ex . escolas, passarem a funcionar discotecas e bares de alterne e prostituição, que adultera e avilta os valores morais duma sociedade justa.
É preciso criar negócios ao grande capital fabricando desta forma artificiosa, necessidade de construção de novos edifícios para instalação dos anunciados Centros Escolares.

É assim Meus Amigos:

Que este Governo com a capa da democracia, nos vai adormecendo e, impondo aumentos dos bens de primeira necessidade, como do pão, da saúde, dos combustíveis, da água, da luz e dos impostos.
E vai, causticando as classes mais modestas da população, depois de castrar
o poder reivindicativo do povo trabalhador com o desemprego e favorecimento dos salários em atraso, do encerramento de Empresas, que o grande capital, face á condescendência e até colaboração dos políticos que nos governam, vai deslocando seus negócios para outras paragens, onde têm melhores condições de exploração da classe trabalhadora.
E o atrevimento deste Governo dito Socialista mas ao serviço do capital, já chegou ao ponto de reduzir as pensões de reforma e os ordenados e demais regalias, que há anos estavam concedidas e consignadas nos contratos de trabalho, negociadas entre empregados e empregadores.

Foi assim, caros amigos, que se implantou o regime ditatorial que governou e explorou o país durante 48 anos, antes do 25 de Abril.

Meus amigos,

Nesta hora, em que há 33 anos a canção do Zeca Afonso foi a palavra de ordem da Revolução dos Cravos contra a opressão e a exploração de um povo martirizado pelas condições que agora o Governo vem tentar repornos, é hora de dizermos BASTA!
Tomemos consciência dos sinais preocupantes de desigualdades em que os ricos cada vez o estão a ser mais e em menor quantidade, e os pobres cada vez mais pobres, com mais dificuldades, impostas pela terrível política do desemprego e da precariedade.
Os salários dos trabalhadores cada vez são mais baixos e, escândalo dos escândalos, as remunerações dos administradores e outros dirigentes das empresas e instituições nacionais estão muito acima de média europeia.
Chegou-se ao cúmulo de a um ex-administrador da instituição bancária, a única ainda nacionalizada, se conceder uma pensão de reforma superior ao ordenado do Presidente da República pela prestação de, apenas, meses de trabalho.
Isto não são apenas sinais, são factos deveras preocupantes, que nos devem mobilizar para lutarmos contra o retorno ao passado, sem futuro para os nossos filhos.

Camaradas e Amigos,

A miséria e a pobreza nas formas mais deprimentes e odiosas, porque fruto da exploração do homem pelos poderosos detentores do capital, estão aí.
Só no nosso distrito são actualmente 23 mil os desempregados.
Não obstante, o crescimento exponencial do trabalho precário e sem direitos, é assustador.
Os jovens, as mulheres e os demais idosos são sempre os mais atingidos e os que mais sofrem.

Camaradas e Amigos,

É preciso todos tomarmos consciência das dificuldades e sacrifícios que esta política está a impor ao povo e determinarmo-nos e integrarmo-nos na luta por políticas que retomem os ideais de Abril e contra a recuperação das condições de exploração do passado.
Estamos numa terra de fraternidade, cheia de história, de tantas lutas pelas causas da Democracia, da Liberdade e por melhores condições de vida, onde o POVO É QUEM MAIS ORDENA.
Como cidadão e como autarca, convosco reafirmo o compromisso de prosseguir a luta pelo progresso e pela justiça social e pelos direitos e liberdades consagrados na Constituição de Abril de 1976.

Precisamos de Abril sempre renovado que valorize quem trabalha e quem produz. Precisamos de transmitir aos mais novos os valores e os princípios de Abril que nos animaram nos primeiros anos da Revolução dos Cravos.
Viva a LIBERDADE,
Vivam os revolucionários que fizeram a Revolução de Abril, civis e militares,
Vivam os trabalhadores,
Vivam os empresários de espírito de Abril,
Viva Portugal.

Marinha Grande, 24 de Abril de 2007

Discurso proferido pelo sr. Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande nas comemorações do 25 de Abril de 2007


Para ler e digerir...
Já agora, por acaso alguém sabe se o Sr. Bereador Artur aplaudiu o discurso do camarada presidente?

17 comentários:

Anónimo disse...

"E, nesses edifícios ex - escolas, passarem a funcionar discotecas e bares de alterne e prostituição, que adultera e avilta os valores morais duma
sociedade justa."
Diz tudo...

Anónimo disse...

Para além de pouco inteligente este discurso é dum sectarismo atroz. Num português péssimo, é um discurso moralista onde os alvos e os culpados são os do costume. De construtivo nada, de prospectivo nada.
Não fosse a tragédia de ter sido proferido por quem foi e seria para rir tal a quantidade de alarvidades.
Enfim, temos o que o povo quer e o povo é soberano.

Anónimo disse...

para ler tudo bem agora digerir é que já vai ser mais dificil, talvez com uma Água das Pedras, para ajudar. É que comer pão todos os dias farta, sempre pão sempre pão não dá para mudar a ementa.

Anónimo disse...

Sinceramente, gostei muito mais do discurso do Sr. Presidente da Assembleia. Por acaso ninguém o tem disponível?

Anónimo disse...

O Seu João avatou-lhe bem.
só que não foi original, há passagens do seu discurso que são uma cópia do discurso aquando do enterro do Brejnev (experimentem traduzir para russo e pesquisem no google).

Eu se fosse assessor do Seu João, só acrescentava no final

Vivam os trabalhadores,
Vivam os empresários de espírito de Abril,
Viva Portugal.
Camaradas e amigos, alguém sabe onde há tabaco ao preço antigo?

Anónimo disse...

Bem, cá por mim li e reli o texto do inflamado discurso do sr. Presidente.
No que diz respeito a digeri-lo, isso é outro assunto. Não que a matéria seja indigesta, mas sim pelo seu anacronismo, pelo populismo que encerra e pelo que demonstra de indisfarçável desajuste para com a realidade!
Mas, como diria o outro, é o que temos...

Lendo este texto não pude deixar que me viesse à memória o que disse o Presidente da República quando discursou no dia 25 de Abril na sessão oficial comemorativa do evento. Se gostei de algumas das coisas que Cavaco disse nesse discurso, já não estarei tão de acordo com a sugestão que ele fez em que se repensem as comemorações desta celebrada data.
Acho que há coisas que se não devem perder e esta cerimónia tem, pelo menos durante alguns anos mais, toda a razão para existir.

No entanto, ao ler este discurso de nosso Presidente da Câmara, tenho de convir que este tipo de arenga já não colhe (e muito menos colherá junto da juventude à qual JBD se dirigiu de forma muito particular!).
E, nesse aspecto, tenho de estar de acordo com o PR: a juventude cativar-se-á e mobilizar-se-á para a nobre causa do 25 de Abril com uma correcta explicação do que foi o acontecimento, das razões que lhe deram origem e dos benefícios resultantes da nossa (internacionalmente reconhecida) Revolução!...
Não será com palestras repisadas que tal desiderato se conseguirá. Eles, os jovens, não estão nessa.
Assim, mesmo a um Presidente da Câmara, se exige inovação no discurso e, muito mais na acção.
O discurso de JBD é um discurso estafado. Ele pode abordar os problemas que sentimos no nosso dia-a-dia, mas sente-se que todas as palavras proferidas estão ensopadas de retórica estafada que nada traz de novo e em nada contribui para a resolução dos muitos problemas que nos afectam.
Mais, em algumas das passagens desse discurso nota-se um amontoado de palavras que se vê terem sido para ali atiradas sem nelas se pensar duas vezes (ou, se calhar pensadas não duas mas muitas vezes mais...), à boa maneira do mais puro populismo…
Um exemplo? Desde quando é que os impostos podem ser colocados em paralelo com os bens de primeira necessidade? Aumentaram, é certo (e até muito mais do que deviam), mas lá de primeira necessidade é que eles não são. De todo!

E não percebi bem aquela coisa das escolas serem vendidas para bares de alterne (até não duvido que isso possa acontecer!), agora que se diga que isso acontece para depois serem criados Centros Educativos, como se de uma extravagância se tratasse, isso, sinceramente, não percebi…
Será que o Presidente JBD se quis desculpar por não incluir os Centros Educativos na sua Carta Escolar? – (é assim que se chama, não é?).

Bem, seja como for estas discursatas já não fazem realmente sentido.

Nós portugueses, nós marinhenses, do que necessitamos é de obras, de projectos e de planos executáveis e capazes de projectar, para o futuro, o nosso país, a nossa terra.

E quanto mais haveria para dizer!... Mas fico-me por aqui, por agora..

Ah!... Há uma coisa que me falta dizer e que digo bem alto e sem demagogias: 25 de ABRIL, SEMPRE!...

Anónimo disse...

Não resisto a entrar nesta conversa que está a envolver polémica á volta do discurso do Presidente.
Entre uma olhadela á panela da sopa e o ecran do computador, li a opinião da São Pedrocas a qual gosto sempre de ler e aqui vou postar o meu sentir de uma mulher simples , sem "partidarite" como Cidadã.
Então estavam á espera que um autarca da CDU, fizesse um discurso para agradar ao PS?, Claro que nunca agradará ,por esta ou aquela razão, independentemente de estar bem ou mal escrito...porque a Oposição está convencida que ocupará o poder dizendo mal do adversário...
Em minha opinião um erro...porque o cidadão comum, o que pensa e sente as dificuldades de trabalho, de transportes, de cada vez ter menos ordenado disponivel, não quer saber de palavras e de criticas sistemáticas, porque ninguem agrada a todos ...quer antes ver obras, quer ver um sorriso do Presidente e dos autarcas, e não gosta que lhe virem a cara para o lado com ares pedantes.
Pode ter havido na realidade alguns exageros da parte de comparações utilizadas, mas, falo por mim e penso que a maioria dos marinhenses não quer saber disso para nada ...
Meus amigos que discordam, acreditem que se entretanto não se organizarem continuâo a ser oposição...porque o Zé Povinho da Marinha Grande não perdoa o facto de terem deixado degradar o Teatro Stephens e de terem conduzido tão mal o caso do mercado...
Quem vos avisa vosso amiga é...
E já agora a vida autarquica não é uma brincadeira é coisa séria...e esta terra está a regredir.
Ai a sopa....

Até outro dia

Anónimo disse...

Boa noite, no meu caso está a ser, veremos se digo o mesmo amanhã, ah! grande Boavista.
Depois do boa noite, o cumprimento, vou avatar;
São Pedrocas e são Rosas, presumo que a vossa graça é conceição,
Então Donas conceições, excelente avatar,
Mas e pergunto eu, e escusam de responder, este discurso foi proferido nos Paços do Concelho, e qual teria sido a reacção do Dr. João Paulo, O Grande? eu penso que ele é Dr, senão for peço desculpa a ele (estão-me aqui a dizer que é Dr, não há qualquer problema com a licenciatura pois não fez 4 cadeiras num dia e não enviou o teste por faxe e a data do diploma é de um dia útil) mas qual teria sido a reacção do O Grande, cá para mim disse ao Seu João:
"Porra, o Seu joão, avata muito bem"
Fui, estou a pensar em deixar de fumar, conhecem alguma mezinha para deixar de fumar?

Anónimo disse...

Mezinha para deixar de fumar? Sei lá! Hoje, por sinal, até ouvi na TSF um bom programa sobre o assunto.
Olhe Avatar, recorra aos TA - Tabagistas Anónimos.
Realmente deixar de fumar, hoje em dia, traz muitas vantagens a começar por fugir à impiedosa marginalização que parece começar a abater-se sobre os que fumam. Depois essa coisa já custa os olhos da cara (e, quem sabem, outros olhos...) além de ficarmos por dentro pretos que nem chamiços.
Vá lá bom Avatar, avate uma grande ideia - mande o tabaco às cinco letras...

Anónimo disse...

Se o Seu joão pode avatar o que avatou, penso eu que também posso avatar o que vou avatar:

Tenho que deixar de fumar, vocês imaginam que pareceu-me que o (a)pirolito avatou para mim...
como é possível se (embora depois de Brejnev) ela já se finou?

Foi um dos sabores mais intensos uma mistura fresca, engarrafada manualmente, de água, açúcar cristal, essência de limão, ácido cítrico e gás carbónico.
Era o tão apetecido e desejado refresco, fazendo as delícias da miudagem.
Aí estava a garrafinha mágica, de vidro grosso, contendo o tal berlinde (tão procurado pela gente miúda) com a função de rolha estanque, vedando a saída da mistura gasosa, enquanto um dedo firme e hirto a tentava desflorar.

O som seco e húmido, provocado pela força da pressão sobre o berlinde, acompanhado de uma pequena “fumaça”, devido à presença do gás carbónico, dava início ao ritual da conquista da tão procurada bolinha de vidro.

Sim senhor, agora ando a ler comentários de uma gasosa, :

Bom avatar, fui... à farmácia do Dr. Álvaro, (eu julgo que ele é Dr., se não for peço desde já desculpa) ver se há algo que substitua o tabaco.

Anónimo disse...

Ah! o Avatar lembra-se do pirolito!!
Fresquinho, era uma maravilha! Qual Coca qual coisa...
Gasoso, docinho e com um vago sabor a limão!...
Pois o pirolito era muito nosso Avatar.

Quanto ao comentário (e à recomendação) era mesmo para si, sendo que se o seu 'fumo' não for mais que um bem urdido 'bluff' a coisa pode servir para outro(a) qualquer... para o seu João não que, ao que sei, ele não fuma. Mas desconfio bem que não será por isso que deixa de ter os interiores pretinhos de todo!... Ou serão vermelhos? Bem, para o caso tanto faz...

Anónimo disse...

Voltando ao discurso,
Não se trata de agradar a todos, trata-se de sentido de Estado...

Talvez esteja errado e de facto o que os marinhenses preferem é um presidente que lhes sorria pela frente e lhes diga que vai resolver o problema do buraco e do caixote do lixo...

É isto o futuro da Marinha Grande? Tapar buracos e pintar ruas? E o desenvolvimento económico da nossa cidade? E a cultura? E a educação? E a acção social? E o desporto?

Vamos ver se os marinhenses preferem as falsas simpatias e as palmadinhas nas costas ou se apercebem que no final deste mandato esta cidade se atrasou em relação às outras 4 anos, porque estiveram entretidos a tapar buracos e a pintar ruas…

Ps. Para a São Rosas "...porque o cidadão comum, o que pensa e sente as dificuldades de trabalho, de transportes...” é com a extinção da TUMG que se resolve os problemas dos transportes e do estacionamento?

“…porque o Zé Povinho da Marinha Grande não perdoa o facto de terem deixado degradar o Teatro Stephens e de terem conduzido tão mal o caso do mercado...”
Onde esta a solução da actual câmara para o Teatro Stephens? Será que vai ser a mesma solução que encontraram para o novo mercado, vender o edifício a quem pagar mais?

Anónimo disse...

É tudo mau de mais. Está na altura de mudar as coisas. Nas próximas eleições o meu voto não vai nem para a CDU nem para o PS. Chegou o momento de experimentar uma das alternativas. Em 2009 vou votar BE ou PSD.

Anónimo disse...

Ó Seu Pirolito,
Eu entendi que estava a referir-se ao meu avatar, e não, o Seu João não fuma e nem tem idade para iniciar é que no outro dia viu-se atrapalhado e por isso não se pode meter nisso.

Já o seu Vice-presidente fuma demasiado, encontrei-o há dias, perguntou-me onde havia tabaco a preço antigo, mandei-o ir à Barosa.

Mas estou eu aqui a fumar e a pensar, “empresários com espírito de Abril”, serão os empresários que são contra a guerra colonial? Mas essa já terminou, tanto que há a canção: “Mariquinhas, leva-me contigo para Angola…”

Fui, não vá a gerência deste pasquim mandar-me embora.

O Seu João farta-se de escrever, pensa que escreveu algo de jeito e pimba... cá estamos nós a avatar e a glosar ao mesmo tempo, não se faz, já estou arrependido de ter avatado, isto é gozar com o trabalho do homem.

Anónimo disse...

Minha querida São Rosas, gostei de ler o seu comentário.

Ao ler o seu conteúdo, com o qual estou genericamente de acordo, venho clarificar um pouco o que eu afirmei acerca do discurso do Sr. Presidente JBD.
Tal como a minha amiga também não sofro de ‘partidarite’ e, por isso, jamais estaria à espera que o senhor Presidente da Câmara fizesse um discurso de Abril para agradar ao PS ou a outra qualquer força política com excepção da sua, dele, claro está. Jamais.
O que eu queria é que o Presidente da Edilidade fizesse um discurso de regozijo pela data que se comemorava (e outra coisa nunca seria de esperar!), mas que esse discurso fosse também uma oportunidade para dizer aos marinhenses o que a sua Câmara pretende fazer para acautelar o nosso futuro colectivo!
Um discurso no qual dissesse aos jovens, que uma das grandes vantagens desse acontecimento histórico que foi o 25 de Abril, serviu para lhes dar a liberdade de pensarem e de agirem sem sentirem sobre as suas cabeças a espada de uma ditadura opressora e opressiva.
Mas esse discurso deveria conter também uma palavra de esperança e informações sobre o que a Câmara pensa fazer para, a nível do nosso concelho,
lhes ir proporcionando melhores meios e uma vida melhor...
Enfim eu esperava do nosso Presidente um discurso que não se limitasse, quase em exclusivo, a virar as culpas para o governo (que, sem dúvida, terá algumas, mas não todas, do meu ponto de vista...).
Não é ao governo que cabem as culpas do (aparente) desgoverno que graça por cá, por exemplo. Ou também será que cabem?

Concordo consigo minha (desconhecida) amiga quando diz que ao cidadão comum o que lhe interessa são as dificuldades que sente no seu dia-a-dia -quando vai ao supermercado, quando lhe faltam transportes, quando lhe sobra cada vez mais mês ao fim do minguadíssimo ordenado...
Mas sabe que é exactamente nestas situações que os discursos populistas encontram terreno mais fértil para fazerem sementeira? Claro que sabe.
Então, sendo assim, não acha que discursos que não visem o mero aproveitamento político, deveriam ter uma estrutura bem diferente daquela com que o Presidente nos presenteou?
Sabe São Rosas, este tipo de discurso pode colher frutos a curto termo, mas, a longo prazo, aqueles que por eles se deixarem levar (e, sobretudo se tiverem dois palmos de testa), não deixarão de perceber que, afinal lhes venderam ‘gato por lebre’...

Falou de Presidentes (eu diria mais, deveríamos falar de políticos) que saibam ter um sorriso (franco, diria eu) para com os seus munícipes e com eles saberem dialogar e ouvir as suas críticas e preocupações.
Já em tempos tive a oportunidade de dizer, aqui neste Fórum, que uma das razões (quiçá a maior) por que o PS perdeu as eleições de há dois anos, teve como base uma muito mal disfarçada arrogância e uma quase completa falta de capacidade para o diálogo.

Mas uma coisa é a simpatia e a abertura para ouvir as pessoas, outra, bem diferente, é desenvolver uma acção governativa exclusivamente colada aos interesses de clientelas ou de elites!
Não. As Câmaras têm de ter a (difícil) capacidade de conciliar os interesses
dos munícipes sem nunca perderem as perspectivas de projectos com capacidade de projectar o futuro dos seus concelhos...

Claro, São Rosas, os marinhenses não podem perdoar que tenham deixado degradar equipamentos tal como o Teatro Stephens que referiu, nem podem esquecer todas as trapalhadas que envolveram a construção do novo Mercado. Mas ainda menos compreenderão (com excepção dos que tudo querem compreender...), as novas trapalhadas que têm decorrido desde que este executivo tomou posse, no que respeita ao abre não abre daquele espaço!.
Sobre este lamentável assunto não posso deixar de lembrar aos comerciantes do velho mercado que se socorreram de todas as pressões para impedirem que o Mercado Novo fosse aberto, que também lhes deverem ser assacadas culpas e responsabilidades.
Este foi um exercício de exclusiva protecção dos seus interesses particulares (como o faria qualquer outra corporação) sem lhes interessar, minimamente, o interesse colectivo. Isto é igualmente inadmissível para mim...

Diz que a vida autárquica é uma coisa séria!... Eu SÉRIA demais para que seja levada da forma como alguns a levam. Mesmo na nossa terra. Atente-se na leviandade de algumas das decisões de alguns dos nossos ‘decisores’...

Oxalá a sua sopinha não tenha ficado esturricada...

Anónimo disse...

Já agora e atalho de foice, será que se o mercado novo( ainda fechado e por vossa culpa), irá depois abrir como casa de ALTERNE E DE PROSTITUIÇÃO -- como é a sua visão. Olhe que se calhar rendia mais, veja bem e faça as contas, pergunte aí ao seu economista.
E já agora por falar em economista, digo Presidente da Assembleia Municipal, ó Sr. Presidente não consegue dar umas liçoezitas de boa pronunciação e de falação ao seu pupilo. Com diabo quem vai assistir ás vossas Assembleias e quando se ouve o ilustre presidente da Assembleia a falar,VÊ-SE GREGO PARA PERCEBER O QUE DIZ,isto é parece que está sempre com a boca cheia de fava, a assintência não percebe patavina do que ele diz.Ajude-o......

Anónimo disse...

Porque será que o discurso do JBD vem logo a seguir à figura sinistra de Salazar?
Coincidência?
Podiam ter escolhido Staline.
Não faz mal, ia dar ao mesmo!