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terça-feira, 20 de março de 2007

Aviso à População da Vieira



O alarme foi dado pela D. Benta Pinguinhas que ao beber um copo de água partiu a placa. A confirmação veio do SAP onde um morador da Vieira deu entrada com hematomas na cabeça na sequência de um duche.

A ajunta da Vieira, preocupada com a saúde da população e discrente na cambra recomenda: "antes de beber água passe-lhe com um ímano!"
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Entretanto o bereador Doutor João Barbas Pedrosa, sempre a arranjar problemas, diz que em sua (na dele) casa, vai p'ra 15 dias que a água "tem estado praticamente castanha". Ó homem, tire os óculos escuros e deixe a cambra resolver o caso, irra!... Se calhar se estivesse praticamente vermelha glorioso já não se importava, não é? Mantenha lá a calma que ainda se vai a ver e o ferro é do seu tempo...
E já agora, quem é a Cassandra? É da Vieira?





2 comentários:

Anónimo disse...

Uma saudação Urbi et Orbi... salvo seja!
Este Zézé Camarinha demonstra com esta 'postura' que, afinal, não tem só atenções para com os 'rabos de saias'...
Fica-lhe bem, isso.
No entanto, eu tenho de vos dizer que compreendo muito bem as preocupações do grande João Barbas Pedrosa. Isto da água das nossas torneiras enfermar, de quando em quando, de ‘ferruginite’ aguda, pode ser resultado de algumas coisas que deveriam ter começado a ser feitas ainda no seu tempo de lídimo representante camarário. Isso não discuto nem, tão pouco, saio em sua defesa. Mas lá que é um problema, lá isso é!

À parte os problemas causados à dona Benta Pinguinhas e aos hematomas na cuca de quem, desprevenidamente, se colocou debaixo do chuveiro, o caso é sério e merece que sobre ele reflictamos um pouco.
De facto, a captação da água que nos chega a casa, seja qual for o ponto do nosso concelho em que nos encontremos, é toda feita com recurso a furos hertzianos. O que, aparentemente, poderá parecer uma vantagem (e, em certa medida é-o), pode demonstrar-se também como tendo alguns inconvenientes e, um deles é a possível alteração das características da água captada. É este o caso.
Como é obvio, eu não vou falar das dinâmicas do subsolo que conduzem as essas alterações (para isso esta vossa amiga não tem paleio suficiente…), mas lá que elas acontecem, lá isso acontecem e, a prova é o que aconteceu na Vieira e também já tem acontecido cá na Marinha.

Parece-me ser elementar pensar que, se não forem tomadas medidas, a situação poderá, a qualquer momento, tornar-se coisa séria.
Mas não se pense que, seja qual for o meio a encontrar para resolver o problema, a sua solução será coisa simples ou barata!
Se não vejamos: as centrais de tratamento para eliminação do ferro, ao que tenho ouvido falar, custam um dinheirinho e tanto. Por outro lado se se pensar em entrarmos em associação com outros municípios (como em tempos falado) para se ir buscar água a uma barragem – por exemplo a de Castelo de Bode -, a coisa também não será nada barata.

Mas como o assunto é MUITO sério, quanto mais tarde se encarar a resolução deste problema (que é sério, não se duvide!), mais riscos corremos de cairmos em grossas dificuldades e quando menos o esperarmos…

Daqui eu pensar que, a avaliação do problema deve, urgentemente, ser ponderada, não podendo ser deixada ao arbítrio de um qualquer vereador que, malgrado os cabelos grisalhos que possa ter, poderá não saber capaz de dar conta do recado…

……..

Quanto à identidade da Cassandra, eu garanto ao Zézé Camarinha que ela não é da Vieira e, embora tenha ‘vivido’ numa terra igualmente à beira mar plantada, a sua memória perde-se nas brumas do tempo helénico!...

Zézé, qualquer boa enciclopédia traz a identidade da dita cuja… mas também lhe posso dizer que ao grande João Barbas Pedrosa não reconheço o pendor de premonitório eternamente ignorado!...

Anónimo disse...

Ora aqui está um bom tema. Abordá-lo só pelas características do precioso líquido, onde se destaca a existência de ferro acima dos valores aceitáveis, é uma opção redutora.
Com ou sem ferro, a verdade é que todos nós, EU INCLUIDO, continuamos a delapidar este recurso de forma irresponsável, comprometendo o futuro e a qualidade de vida dos vindouros.
Por felicidade nossa, dispomos de recursos hídricos abundantes, porque da mata do Urso até à nossa, se localiza um dos maiores lençois de água potável, com boa qualidade, à excepção do elevado teor de ferro detectado em algumas captações, com alguns furos desactivados que poderiam garantir grandes caudais, sem alterar o nível freático, porque o aquífero carrega com facilidade. Apesar de ser necessário um investimento com algum volume financeiro, a desferrização é relativamente simples. Já existe um projecto para uma ETA a construir junto ao depósito dos Picotes, executado por um prestigiado gabinete de engenharia.
Também existe projecto para a duplicação da adutora que transporta a água que consumimos na cidade e em S. Pedro.
A resolução deste problema deveria ser um desígnio e uma prioridade desta Câmara.
É verdade que o Governo, este e os que o precederam, negam o financiamento como forma de obrigar a Câmara a aderir a Sistemas Multimunicipais, cujo destino, mais tarde ou mais cedo, vai ser a privatização.
Não tendo preconceitos quanto à iniciativa privada, sou um acérrimo adversário de qualquer solução que afaste a Autarquia da gestão estratégica deste recurso.
É por isso que acho que este executivo não tem folgo e é incapaz de um golpe de asa para encontrar soluções definitivas. Vai continuar a remendar, a tapar buracos e a responsabilizar os "outros", numa confrangedora manifestação de incapacidade e incompetência.
Até quando?