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sábado, 31 de março de 2007

Os Alvos LZS 5000




"Os mísseis passaram ao lado de todos os alvos. Falhou o exercício militar com mísseis terra-ar de curto alcance, realizado ontem na Marinha Grande. Nenhum dos oito alvos foi destruído. Não se trata de fraca pontaria, mas da longevidade dos alvos utilizados."




(informação ultra-secreta: dois dos alvos utilizados)


"De acordo com a Agência Lusa, o exercício Relâmpago 07, para testar com fogo real o sistema de míssil antiaéreo Chaparral, não cumpriu os objectivos iniciais e os militares responsabilizaram os alvos, cuja data de validade expirava este ano. "Falhou o espectáculo mas valeu o treino", afirmou o coronel Vieira Borges, comandante do Regimento de Artilharia Antiaéreo 1, que endereçou as responsabilidades dos erros para os alvos LZS 5000. O exercício envolveu 180 militares.

No total, foram apenas lançados quatro mísseis - um dos quais detonou no areal enquanto os outros seguiram para o mar -, já que, nas outras situações, os artilheiros não conseguiram fixar os alvos para disparar os projécteis. Eram "alvos que tinham alguns anos e com data de validade até este ano", e os mísseis não os conseguiram fixar, explicou Vieira Borges."

(outra informação ultra-secreta: Vieira Borges é nome de código deste comandate xuxa)

sexta-feira, 30 de março de 2007

A Entrevista (DeFundo)

(entrevista retirada do Diário de Leiria)
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Segunda-feira, 26 de Março 2007


"Estamos a pagar grandes amortizações de empréstimos e de juros"
Um ano e meio depois das últimas Eleições Autárquicas, o presidente da Câmara da Marinha Grande, João Barros Duarte, faz um balanço negativo do mandato, reflexo da faltade verbas. O edil refere que os problemas financeiros têm entravado o desenvolvimento do concelho e poderão hipotecar compromissos assumidos durante a campanha eleitoral
Diário de Leiria (DL) - A Marinha Grande é um concelho onde se pode viver bem?
João Barros Duarte (JBD) - É um concelho com boas condições, cujos responsáveis pela sua administração se preocupam com o bem-estar dos munícipes.Por outro lado, tem uma situação geográfica maravilhosa, com 25 quilómetros de praia, está a meio do caminho entre Lisboa e o Porto e com boas acessibilidades. Tem uma situação económica que está a passar uma fase menos boa, mas é um concelho que reúne todas as condições para as pessoas se sentirem satisfeitas.
DL - Como encontrou a autarquia em termos financeiros?
JBD - (risos). As contas da autarquia tinham, e ainda têm, um elevado nível de endividamento a longo prazo. Isto quer dizer que muitas das receitas que deveriam ser colocadas à disposição deste Executivo para executar o plano de actividade, está comprometido devido à dívida acumulada pelos meus antecessores. Estamos a pagar grandes amortizações de empréstimos e de juros, que contribuíram para o endividamento máximo da autarquia. Por outro lado, encontrei alguns endividamentos que não estão relevados nas contas da autarquia, com o é o caso do valor da aquisição de um bairro social, chumbada pelo Tribunal de Contas, mas que num acordo de cavalheiros entre o anterior executivo e o Instituto Nacional da Habitação (INH), seria pago quando o endividamento baixasse. Estão a surgir outros, como é o caso da anterior empresa que faz a recolha do lixo, contratada pelo anterior executivo, em que apresentou uma dívida de alguns milhares de euros que não está relevada nas contas da autarquia, que eles reclamam. Além de outras questões, relacionadas, por exemplo, com o Parque da Cerca. Adjudicaram a obra a uma empresa, e uma das concorrentes que perdeu reclamou. O anterior Executivo não atendeu a reclamação, o assunto foi para tribunal, que lhes deu razão, e agora estão a exigir-nos uma indemnização avultada pelos prejuízos causados pela situação. Estamos também a negociar um acordo.
DL - A falta de verbas poderá hipotecar a concretização de promessas eleitorais? Como vai solucionar o problema?
JBD - Não tenho dúvidas absolutamente nenhumas. É evidente que tínhamos um programa para executar, anunciamos algumas obras, mas que face à situação financeira em que encontrámos a Câmara, não as podemos executar. Vamos tentar solucionar o problema de duas formas: Por um lado, não fazendo as obras previstas, e, por outro, estamos a fazer tudo para não perdermos verbas do Quadro de Referência e Estratégia Nacional (QREN). É aqui que estamos a apostar, com a elaboração de projectos para executarmos as obras que consideramos necessárias para o concelho.
DL - E que obras são essas?
JBD - A construção de duas variantes, um complexo de piscinas e um gimnodesportivo. Não temos infra-estruturas que satisfaçam a procura, essencialmente nas camadas jovens e menos jovens, ao nível da natação. Nos anteriores executivos presididos por mim, passou-se o contrário. Eram pessoas de outros concelhos que vinham à piscina da Marinha Grande, que agora não tem condições.
DL - Aceita a crítica de que a autarquia não investe por estar descapitalizada?
JBD - Isso é mais do que conhecido. Basta olhar para os documentos dos orçamentos e planos de actividade. Estamos a acabar o relatório do ano anterior, onde, efectivamente, vai ser mais evidente esta situação. O desenvolvimento da Marinha Grande já está um pouco hipotecado. O endividamento, a longo prazo, por terem sido investidos largos milhares de euros em obras de luxo, que não eram aquelas e que, do nosso ponto de vista, seriam as ideais para o concelho. Antes de tudo, a prioridade passaria pela construção de vias circulares à cidade, porque não estando feitas, comprometem o desenvolvimento económico do concelho.
DL - Ainda relacionado com a vertente económica. Para quando o alargamento da Zona Industrial?
JBD - Andamos a pressionar as entidades competentes para que o alargamento se faça. Do meu ponto de vista, o Governo está a demorar a tomar a decisão. A este respeito, o Governo exigiu à Câmara que comprasse um terreno para permutar, com vista ao alargamento da Zona Industrial, e a Câmara investiu 300 mil contos no terreno, os quais não estão a ser utilizados.
DL - A Marinha Grande está a perder muitas empresas. Qual tem sido o papel do município para evitar o encerramento das unidades fabris?
JBD - Estamos em negociações com o IAPMEI e pedimos intervenções junto do ministro da Economia. Andamos há muito tempo a pedir audiências, mas o senhor ministro nunca nos deu ouvidos. As soluções na área da cristalaria passam pela redução do preço dos combustíveis, que é um factor que agrava a produção e coloca os empresários em desvantagem em relação aos de outros países, designadamente França, Espanha e Itália. Nestas negociações estão a ser analisadas as situações de algumas empresas, entre as quais a Dâmaso, na Vieira de Leiria.
“PS criou um lobby”
DL - O aterro sanitário da Valorlis, o problema da Ponte das Tercenas e a erosão das arribas em S. Pedro de Moel, têm sido os dossiês mais complicados desde que assumiu a presidência da edilidade?
JBD - Todos são difíceis, mas o mais complicado é o da Simlis. Sobre o da Valorlis, entendemos que ali não é o local ideal para a instalação de um aterro sanitário, visto que está a cinco quilómetros do centro da Marinha Grande, daí defender a saída. Se na altura que foi assinado o protocolo fosse presidente de Câmara, nunca teria aceite a instalação do aterro ali. Até porque já havia uma lixeira que vinha a desenvolver-se há anos e que estávamos a tentar extingui-la. Quando fui presidente da AMAE, tínhamos acordado que o aterro não iria para ali, mas para um local entre as cidades de Leiria e Ourém. Não podemos fazer nada porque somos apenas um voto. Quando numa Assembleia Geral da Valorlis fui confrontado com o problema, tentei encostar-me à posição da Câmara de Leiria, que na altura pareceu-me a que melhor defendia o concelho da Marinha Grande. A Câmara de Leiria fez uma proposta de aceitar, em princípio, a manutenção do aterro, desde que houvesse uma compensação para as povoações que estavam a ser mais prejudicadas. Posteriormente não houve consenso, e o PS criou um 'lobby' ao reivindicar a saída dali. A verdade é que há uma incoerência, porque o maior responsável pela instalação do aterro naquele local foi o PS. Deixaram determinados negócios encravados, e vêm agora exigir aos outros a reparação do mal que fizeram. De qualquer forma, temos de nos sujeitar à manutenção do aterro ali, porque não temos força eleitoral dentro da Valorlis.A herança do processo da Simlis é mais complicada. O anterior Executivo avançou para uma integração da empresa, quando na altura éramos o concelho que tinha uma cobertura maior de saneamento básico e a melhor apetrechada em termos de equipamento.Tínhamos construídas algumas Etar, que correspondiam a quase a 70 por cento da cobertura e resolução dos problemas do concelho nesta área. O Executivo anterior entregou de borla todos os equipamentos, pelo menos é esta a interpretação da Simlis, e, alguns desses equipamentos, como é o caso da Etar da Vieira de Leiria, está a servir para o tratamento de esgotos de outros concelhos. Pagamos pela passagem de uma conduta que instalaram em Vieira de Leiria e depois recebemos pelo tratamento a um custo mais baixo. É um negócio da china para alguém e desastroso para a população da Marinha Grande. Estamos numa fase de negociações para tentarmos solucionar o problema. Se se cumprir o que o senhor ministro diz, que as câmaras em termos individuais vão ter as mesmas oportunidades de aceder aos fundos comunitários que as restantes empresas, a resolução dos nossos problemas vai ter um caminho, se for em sentido contrário, por imposição da legislação e do Poder Central e do encravanço que nos deixou o anterior executivo camarário, vamos ter que adoptar outras soluções.Em relação à Ponte das Tercenas, a infra-estrutura é propriedade do Poder Central, e, como é óbvio, a competência da manutenção e execução das obras necessárias cabe ao INAG. Temos vindo a reclamar a construção de uma nova ponte. O INAG diz que não tem verbas e quer, à força, que sejam as câmaras a fazê-lo, mas também não têm dinheiro. A situação é muito grave, porque coloca diariamente em risco a vida das pessoas. Estamos fartos de reclamar para a reposição dos sinais que foram vandalizados, mas nada foi feito.O problema das arribas é também muito grave, e é tão grave que nem sequer as pessoas que circulam por ali, se apercebem do risco em que incorrem. Há duas semanas o director do INAG telefonou-me, sorrateiramente, a dizer que o instituto está disponível para deixar fazer as obras. Disse-lhe que as obras são muito exigentes em termos técnicos, e nós não temos engenharia nem dinheiro.
Pessoal excedentário
DL - Qual o balanço que faz de ano e meio de mandato?
JBD - É um ano e meio em que encontrámos alguns problemas e um tipo de dificuldades que não esperávamos. Desmantelaram os serviços da câmara para adjudicarem as obras a empresas com o relacionamento próximo de alguns autarcas e encheram a câmara de alguns técnicos que não têm utilidade. Temos necessidade de técnicos em algumas áreas para podermos desenvolver trabalho, mas, em contrapartida, temos a mais noutras áreas e que estão a comprometer o desenvolvimento do nosso trabalho. Por outro lado, o anterior Executivo deixou-nos problemas com fornecedores e com empreiteiros. Tem sido um mandato atribulado, que tem exigido muito trabalho e negociações complicadas. A estrutura da câmara não estava a funcionar, era um quadro de pessoal cheio de vícios, com uma cultura do deixa andar e de irresponsabilidade, ou seja, ninguém é responsável por nada. Pessoas recrutadas à imagem de determinada filosofia de irresponsabilidade, e que a lei em vigor não nos permite adaptar as situações às exigências da nossa gestão.
DL - Espera um resto de mandato mais calmo?
JBD - Penso que sim. Espero que o trabalho que temos desenvolvido dê os seus frutos, mas os resultados só começam a aparecer ao fim de três ou quatro anos. Quando fui presidente de Câmara, coloquei as finanças em dia e o quadro de pessoal a funcionar. O anterior executivo só conseguiu fazer coisas em 12 anos, porque não existiam dívidas, as coisas estavam afinadas e havia dinheiro. A Câmara viveu, nos últimos anos, à custa dos sacrifícios feitos durante os mandatos que liderei o executivo.
DL - Deduzo das suas palavras que poderá recandidatar-se nas Eleições Autárquicas de 2009?
JBD - Ainda não pensei nas próximas eleições, mas, em princípio, o que está programado e combinado não é ser candidato. As pessoas entenderam que a minha experiência ainda podia ser útil e senti-me orgulhoso por isso. Neste mandato, a minha grande preocupação é fazer coisas que não desmereçam a confiança nem dos camaradas que me convidaram nem da população que me elegeu.


Mário Pinto

quinta-feira, 29 de março de 2007

Que Maravilha - II


O FLC continua a apresentar "As (outras) 7 Maravilhas da Marinha em Grande" e hoje é a vez da estação dos CTT (Correios Todo o Terreno) - e há lá de tudo como na farmácia!
Situada mesmo ao lado da primeira maravilha (as magníficas instalações da RN), esta explendorosa estação apresenta-se igualmente bem localizada, com bons acessos, estacionamento a perder de vista e um passeio privado para estacionamento de acesso à salinha dos apartados. Que maravilha! Inclui ainda um expedidor de "tiquês" topo de gama, dois magníficos bancos vermelhos de metal para acomodar os clientes em espera, um portão mesmo à medida do camião que leva e traz a correspondência (mas que para lá entrar faz suar as estopinhas ao motorista e irrita os restantes condutores que tentam circular naquela rua), e um magnífico lote de simpáticas funcionárias que se desfazem em mesuras para nos atenderem. É um gosto lá ir, há quem chegue a passar por lá o dia inteiro em ameno convívio enquanto (des)espera, calma e ordeiramente, a sua vez de comprar um simples selinho. Nos dia de "levantar a reforma" a estação acolhe com simpatia os idosos que ali se deslocam e proporciona-lhes boas condições de conforto, comodidade e acessibilidade. À hora de almoço é que a porca torce o rabo, até enerva, os funcionários são tantos que quase se atropelam atrás do balcão, despechando sem demora os clientes havendo quem se queixe de nem ter tempo para o convívio. Que maravilha!
Uma nota final para a nossa cambra que, sempre atenta e preocupada em resolver os problemas dos munícipes em geral e dos trabalhadores em particular, publicita no seu sítio a seguinte nota de imprensa:

2006-12-12
Assessoria de Imprensa da CMMG
Câmara dirige protesto aos CTT

A Câmara Municipal da Marinha Grande prepara um ofício de protesto, para ser dirigido aos CTT, contra a desclassificação das estações de Correios. A acção vem na sequência de um alerta remetido à Autarquia pela Secção Regional de Leiria do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) e de outras fontes credíveis, que apontam para essa medida.
No documento, o SNTCT expõe as suas preocupações, com a intenção da alteração da figura jurídica dos CTT no concelho da Marinha Grande. “Em algumas localidades onde existem Estações de Correios abertas há muitas décadas, tendo sido sempre uma mais-valia para o desenvolvimento sócio-económico das mesmas, vêem agora as suas mais-valias institucionais desaparecer”.
O Sindicato refere que é intenção daquela empresa, “ceder a exploração da actual Estação de Correios a um actual trabalhador dos CTT em regime de avença, a outro(s) empresário(s) em nome individual, à Junta de Freguesia ou mesmo a um particular, assegurando a abertura da Estação dos Correios desclassificando-a para Postos de Correios”.
É lembrado que os CTT deixam assim de gerir e controlar o negócio, “pois a antiga Estação de Correios deixará de fazer parte do Contrato da Concessão do Serviço Postal Universal”.
A desclassificação da Estação dos Correios preocupa o Sindicato, “que irá trazer prejuízo evidente na deterioração da qualidade na eficiência e na forma como o serviço vinha sendo prestado, colocando em causa a confidencialidade e sigilo do Serviço Postal”.
Outro motivo de preocupação manifestado à Autarquia é a transferência de local de trabalho de funcionários do atendimento.
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Assim estamos mais descansados. Que maravilha!

quinta-feira, 22 de março de 2007

O Bugalhão do Alandroal

Vicente Bugalho era raposa velha. Astuto, sabido, teimoso, matreiro, surdo de quando em vez, taralhoco q.b., educado no trato, petisqueiro e bom prato. Quando lhe perguntavam de alhos, respondia bolotas, que de bugalhos já lhe chegava o nome pelo qual respondia a família. E quanto aos alhos, não é que não tivesse resposta de despicadeira, mas preferia enrolar e encanar a perna à rã. Às tantas a pergunta estava esquecida e a resposta que mais lhe convinha, dada. Finório!
A princípio todos julgavam que não dizia coisa com coisa, mas a arte de rodear o tema que aprendera com o avô paterno, Geraldo Bugalho “O Regedor”, começou a levantar suspeitas quando perceberam que por detrás da manha havia patranha. Sabido!
A família, “os Bugalhos”, apesar de o respeitarem e de se absterem de qualquer apostilado público, em privado lá iam dizendo que Bugalhão, como habilidosamente o tratavam, estava a ficar cada vez mais casmurro, migalho e com falta de vistas. Mas se alguém concordava, logo tocavam a reunir e não hesitavam em pegar no cajado pelo abuna. Pois, mas a questão é que todos achavam que Vicente devia fazer partilhas e descansar sossegado pelo resto dos dias em sombra de sobro, olhando a perder de vista a planície entrecortada por suaves montes. O segundo dos seus nove filhos, Bertolino Bugalho de seu nome, de quando em vez lá tocava no assunto “o mê pai devia era descansar e deixar de se maçar com tanta canseira” ao que o patriarca, sempre acompanhado pelo canito, fiel rafeiro que o acompanhava para todo o lado, respondia em voz forte “do mê monte nã saio!”. O canito abanava o rabo em sinal de concordância e lá corria a apanhar uma côdea que Bugalhão lhe atirava, cumprindo o seu papel de companhia. Bertolino insistia “mas mê pai, qualquer dia partimos todos e o monte fica cá, temos de acautelar p’rós netos. Olhe que o futuro não espera…”. “Deixá-lo” dizia Vicente “já com mê avô foi assim, com mê pai tambêm e cómigo tambêm vai ser! Até ver quem manda aqui sou eu!”.

Os anos iam passando, as forças iam sumindo e o monte lá continuava quieto, às ordens de Vicente Bugalho e do seu canito, à espera que o tempo se encarregasse de fazer as partilhas do que sobrasse.


Esta história, sem moral, contava-a minha bisavó, Laurinda Bugalho Carloto.

Ração de Combate




terça-feira, 20 de março de 2007

Aviso à População da Vieira



O alarme foi dado pela D. Benta Pinguinhas que ao beber um copo de água partiu a placa. A confirmação veio do SAP onde um morador da Vieira deu entrada com hematomas na cabeça na sequência de um duche.

A ajunta da Vieira, preocupada com a saúde da população e discrente na cambra recomenda: "antes de beber água passe-lhe com um ímano!"
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Entretanto o bereador Doutor João Barbas Pedrosa, sempre a arranjar problemas, diz que em sua (na dele) casa, vai p'ra 15 dias que a água "tem estado praticamente castanha". Ó homem, tire os óculos escuros e deixe a cambra resolver o caso, irra!... Se calhar se estivesse praticamente vermelha glorioso já não se importava, não é? Mantenha lá a calma que ainda se vai a ver e o ferro é do seu tempo...
E já agora, quem é a Cassandra? É da Vieira?





Nós por cá...



Do nosso leitor devidamente identificado Sr. José Boavida Narciso (BI 75875821), morador na zona da Escola EB Nery Capucho, chega-nos esta pérola da toponímia marinhense: a antiga Rua 5 (Embra) deu lugar ao Beco das Cidades Germinadas (perpendicular à Rua Vila Real de Santo António).
Depois das "casas germinadas" a Marinha em Grande volta a ser pioneira e dá honras de nome de beco às "Cidades Germinadas". Enfim, parece que a Carta da Educação deveria ter ído muito mais longe...
Vá lá senhor autarca responsável pelo pelouro, a malta sabe que não lê blogues rascas mas, não custa nada corrigir o erro, aproveite uma noite de nevoeiro e substitua a placa. Vá lá...

sábado, 17 de março de 2007

Allbergaria - Experiências que matam

- Ó João, viste aquela ideia do Allgarve?
- É pá, sabes que eu não leio blogues nem pasquins, isso é coisa do demónio!
- Não pá, Allgarve é a nova marca do Algarve, para chamar os camones. Turismo pá, o futuro. Olha, sabes do que é que eu m'alembrei, sabes?
- Ó Artur, vai com calma que a verba é curta...
- Não te preocupes. Olha, basta mudar os nomes e oferecer turismo de qualidade. Por exemplo, Albergaria passa a Allbergaria e os camones podem visitar por mais dez anos as modernas instalações da FudorLis, incluindo a nova central de Com Bostagem.
- Bem visto Arthur...
- Mas há mais John. Pinkassinos fica perto.
- Mas em Picassinos não há nenhuma atracção!?
- É pá também não posso pensar em tudo. Olha, outra boa é Sir Peter de Moel e damos-lhes com o Olho, the Eye , tudo arranjadinho. Ou então Vyeira, temos é de falar com os porqueiros dos Milagres para porem fraldas nos suínos.
- Ó Arthur, tu és uma cabeça!

quarta-feira, 14 de março de 2007

Coisas Sérias - A Carta Educativa

Ser um cidadão (e munícipe) consciente implica direitos e deveres. Quanto aos direitos, por regra, são exercidos. Já quanto aos deveres, bom... como dizia um destes dias a São Pedrocas, e passo a citar "Enfim, poderíamos estar para aqui a fazer uma listagem infindável das coisas que condicionam o nosso desenvolvimento, mas acho que todos as conhecemos suficientemente e, sobretudo, teremos a noção que um dos nossos maiores ‘deficits’ se encontra na enorme carência de cultura cívica de que, desde há muito, enfermamos...".
Conhecer os nossos direitos e deveres é por si só um desses deveres, a par da obrigação de nos mantermos informados sobre questões fundamentais, nomeadamente, sobre aquelas que são estratégicas.
Como é do conhecimento público, na última assembleia municipal foi aprovada a Carta Educativa do Concelho com os votos favoráveis da CDU e PSD e com as (politicamente correctas) abstenções do PS e do BE. Vale a pena "perder algum tempo" com este assunto.
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O que é a Carta Educativa?
Quais os objectivos da Carta Educativa?
A quem compete a elaboração da Carta Educativa?
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O que é a Carta Educativa?
A Carta Educativa é actualmente entendida como um instrumento de planeamento, como uma metodologia de intervenção no planeamento e ordenamento da Rede Educativa inserida no contexto mais abrangente do ordenamento territorial, a qual tem como meta atingir a melhoria da educação, do ensino, da formação e da cultura num dado território, ou seja, ser parte integrante do seu desenvolvimento social.
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Quais os objectivos da Carta Educativa?
A Carta Educativa visa a racionalização e redimensionamento do parque de recursos físicos existentes e o cumprimento dos grandes objectivos da Lei de Bases do Sistema Educativo e dos normativos daí emanados, nomeadamente:- prever uma resposta adequada às necessidades de redimensionamento da rede educativa colocadas pela evolução da política educativa e pelas oscilações da procura da educação, rentabilizando o parque escolar existente;- caminhar no sentido de um esbatimento das disparidades inter e intra-regionais, promovendo a igualdade do acesso ao ensino numa perspectiva de adequação da rede educativa às características regionais e locais, assegurando a coerência dos princípios normativos no todo nacional.
A Carta Educativa deverá ser um instrumento fundamental de planeamento que permita aos responsáveis desenvolver uma actuação estratégica no sentido de:
- orientar a expansão do sistema educativo num determinado território em função do desenvolvimento económico e sociocultural;
- tomar decisões relativamente à construção de novos empreendimentos, ao encerramento de escolas e à reconversão e adaptação do parque optimizando a funcionalidade da rede existente e a respectiva expansão;
- definir prioridades;
- optimizar a utilização dos recursos consagrados à educação;
- evitar rupturas e inadequações da rede educativa à dinâmica social e ao desenvolvimento urbanístico.
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A quem compete a elaboração da Carta Educativa?
“A elaboração da carta educativa é da competência da câmara municipal, sendo aprovada pela assembleia municipal respectiva, após discussão e parecer do conselho municipal de educação” (Artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 7/2003, de 15 de Janeiro). Integrando o Plano Director Municipal, a carta está sujeita a ratificação governamental, mediante parecer prévio vinculativo do Ministério da Educação, entidade com a qual as câmaras municipais devem articular estreitamente as suas intervenções, por forma a garantir o cumprimento dos princípios, objectivos e parâmetros técnicos estatuídos.
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E para quem tiver tempo (e vontade) para levar isto mais a sério, ver também:
Modelo de Carta Educativa - ANMP (sugerimos a leitura atenta da pág. 43)
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A nossa estimada cambra, imbuída do espirito do "choque tecnológico" disponibiliza no seu site a dita Carta Educativa ora aprovada, pelo que vale a pena determo-nos na sua leitura atenta e perceber qual a filosofia subjacente (aqui).
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Notas Finais (com o apoio do Prof. Martelo):
- ao contrário de outros municípios, a discussão pública desta matéria foi uma miragem;
- a oposição envergonhou-se e "não deu luta", para além de não ter apresentado alternativas concretas;
- os comentários à Carta aprovada ficam à vossa inteira disposição;
- este é um "poste" deslocado e sem qualquer expressão, porque divulgado num blogue duvidoso, de piada fácil e mal frequentado (mas é certamente um dos que teve mais piada...); o seu papel (in)formativo cabia em primeiro lugar à cambra, aos partidos, aos orgãos de comunicação social.

terça-feira, 6 de março de 2007

Que Maravilha - I



Como o prometido é devido, o FLC orgulha-se de apresentar "As (outras) 7 Maravilhas da Marinha em Grande".
Hoje apresentamos as magníficas instalações da RN, conhecido ex-libris da cidade vidreira. Boa localização, boas áreas, condições de conforto acima da média, pessoal simpático e acolhedor, "banco corrido" exterior, climatizado e panorâmico, estacionamento na via pública em faixa própria, semáforo privativo, a dois passos da estação dos Correios, a três do Mini-Preço e a sete da Resisto Cibil, equipado com "bancos para reformados", uma autêntica jóia da coroa. Algumas mentes retorcidas e mal intencionadas já aventaram a hipótese da sua deslocalização situação que se traduziria num inqualificável atentado a esta maravilha, com consequências sociais e até económicas inimagináveis. Ainda bem que ideia nunca foi avante, livra!...

Referendo IVB - Os Resultados

"O povo é quem mais ordena!"

Foi sob este lema que o FLC levou por diante um referendo vinculativo no qual pôs à consideração dos (e)leitores a dificil decisão sobre a Interrupção Voluntária (deste) Blogue.


Terminada a consulta popular, aqui ficam os resultados:



Principais Conclusões:

- uma esmagadora maioria dos votantes exigiu a continuidade;

- uma minoria vai ter que continuar a gramar com o FLC;

- a maioria dos eleitores esteve-se a marimbar para o referendo;

- (extrapolando) partindo da abstenção registada conclui-se que este blogue não tem praticamente qualquer expressão junto dos eleitores, por isso:

amigos e inimigos, companheiros e camaradas, barbudos e escanhuados, forças vivas e mortas, vermelhos/laranjas e rosas, presidentes e bereadores, cambra e ajuntas, nada temam que ninguém nos liga peva.

Só continuamos sem perceber muito bem aquele senhor que responde a tudo menos ao que lhe perguntam - se o homem não lê blogues porque que é que anda sempre a falar do que neles se diz? Hum? Se calhar um destes dias vamos ter de entrevistar a Alexandra Solnado, pode ser que se trate de poderes sobrenaturais...