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sábado, 16 de junho de 2007
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DECLARAÇÃO DE INTERESSES
. Nós não quisemos ser cúmplices da indiferença universal. E aqui começamos, serenamente, sem injustiças e sem cólera, a apontar dia por dia o que poderíamos chamar – o progresso da decadência. Devíamos fazê-lo com a indignação dramática de panfletários? Com a serenidade experimental de críticos? Com a jovialidade fina de humoristas?
. As Farpas (Maio de 1871)
Localizado no coração da Marinha Grande, o largo que actualmente apresenta o topónimo de Largo Ilídio de Carvalho (antigo Largo do Magalhães ou Largo da Fonte), ficou conhecido pelo Largo das Calhandreiras em virtude de ser local e ponto de encontro para uma das mais apreciadas, saudáveis e seculares tradições do povo desta terra – a calhandrice.
. Durante 5 anos cumpriu-se esta genuína tradição!
15 comentários:
Praça Miguel Stephens....
Pois tá claro este iluminado executivo da cambra teria mesmo de mudar de endereço...o outro era uma pesada herança do executivo anterior.
E assim lá vamos nós entregues a esta gente..ATÉ QUANDO?
Engana-se este anónimo.
Esta subtil mudança não tem por finalidade limpar o rasto do executivo anterior. Antes fosse. Fazendo a análise da coisa, releva-se daqui uma preocupante influência do poder absoluto que um tal Miguel (que foi rei desta mui mal amada Pátria!), quis que por cá se exercesse e que muitos, ainda hoje, gostariam de exercer(!...), quiçá começando pelos actuais inquilinos da descaracterizadíssima Praça que outrora teve o orgulhoso nome de um certo Guilherme Stephens - o fundador deste burgo.
Então o João Barbas não tem o descaramento de convidar o Sr. Presidente do Municipio do Tarrafal a visitar à fábrica Ricardo Gallo, quando ele apadrinhou a retirada do busto do Sr,Vitor Gallo do local onde foi colocado inicialmente e igualmente mudou o nome à Av. Vitor Gallo.Onde nós chegámos.Ganhe vergonha, demita-se.
A Marinha Grande precisa de crescer e não de mingar.
Palavras para quê??
O bitaite anterior já diz tudo.
D'acordo
Mai nada
Só uma perguntita (importante), mas que se impõe por uma questão de honestidade e de rigor histórico: O anónimo das 14:07, tem a certeza de que foi o JBD que mandou retirar o busto de Victor Gallo e alterou o nome à Avenida? A mim parece-me que não foi... Essa foi uma das grandes obras do PC e de uma outra certa esquerda por alturas do PREC, mas, ou eu estou muito enganado, ou tal não foi 'feito' do actual presidente da cambra... 'o seu a seu dono'.
Clarifique o assunto quem tiver uma cabeça menos gasosa que a minha!
Segundo consta terá sido alguém que é hoje PS, antes PCP... a "trabalhar" por terras de Lisboa...
Segundo consta... terá sido ele o mentor, segundo consta...
E as peripécias para encontrar o busto e voltar a colocá-lo, alguém sabe?
Se eu sei... ehehehe, tenho mais que fazer... ehehehe do que estar aqui a avatar e ainda para mais o meu grande amigo engenheiro nem se lembra de mim ao contrário de um anónimo noutro blog, obrigado anónimo, tenho andado mal de saúde, diz o meu médico que vou morrer cedo, lá para as 6, 7 da manhã...
E já agora o que faz o homem do Tarrafal por estas bandas? Tem cá familia ou veio comprar vidro da Marinha Grande?
Eu sei, mas também não digo, estou naqueles dias de nada dizer...
Fui... para nunca mais voltar, querem ver que os xuxalistas querem-me puxar as orelhas? já não bastavam os camaradas (tenho que me benzer 3 vezes) que me querem chegar a roupa ao pelo...
Ó Sr. Pirolito, eu digo que ele apadrinhou.
Caríssimo Avatar,
Desejos de sinceras melhoras e... acho melhor ir atrasando o relógio, para ver se consegue que as 6 ou 7 da manhã cheguem mais tarde, caramba!!
À sua saúde cá vai um fresquinho Pirolito e... vá avantando meu caro, que o seu avatar tem imensa graça mesmo envolto no fumo do tabaco barosense (ou será baroseiro?).
Engenheiro, homem de cultura,
um poeta que estava a morrer... adiantou o relógio uns minutos e assim viveu um pouco mais...
Sabe a doença, por vezes é bem-vinda, leva-nos a uma caminha, dão-nos comidinha à boca e permite-nos ler em vez de andar a blogar ou a fumar...
Cortazar... quando tiver um tempinho... leia meu caro... ele era camarada (mais uma vez me benzo e peço desculpa ao Senhor, ele que converteu a Russia e eu aqui rodeado deles e não é que me dão também comixeira? fui ao álvaro da farmácia receitou micospor, afinal não resultou e foi na Guardiano que viram que era alergia aos camaradas, estou feito, tenho que ir definitivamente viver para o souto da carpalhosa...)
O busto do Vitor Gallo foi arrancado por uma brigada cujo comissário político era o General Carreira aposentado e comandante opracional o ex-pc e actual xuxa Osvaldo castrado
Foi o Osvaldo, um dos mais radicais de sempre, hoje comendador e acho que da liberdade.
É caso para rir.
Reflexão sobre o comentário de 19 de Julho do Zé do Forno a Potes.
Afirma o Zé que “o busto de Victor Gallo foi arrancado por uma brigada cujo comissário político era o General Carreira aposentado e comandante operacional e ex-pc e o actual xuxa Osvaldo Castrado”.
Quanto a mim este comentário encerra considerável matéria de reflexão.
Se não vejamos: tanto o General Carreira como o Osvaldo Castrado (eu, cá por mim, prefiro o outro apelido que em tempos lhe foi dado – ‘Gasto’...), ambos deixaram, há alguns anos já, de militar nas fileiras do PCP.
As razões só a eles (os próprios e ao próprio PC) compete avaliar.
Pessoalmente não tenho quaisquer dúvidas quanto à acção que ambos desenvolveram durante os conturbadíssimos tempos do PREC e sobre os resultados dessa acção e dos prejuízos que com ela trouxeram à Marinha Grande.
Mas essas são águas passadas que, embora perdoadas(?) não deverão ser esquecidas, para que dos erros então cometidos, possamos tirar as necessárias lições que nos permitam entender o nosso fenómeno colectivo e traçarmos os destinos mais convenientes para a nossa terra.
Aos outros, os que não somos nem filiados nem seguidores da visão pêcêpista das coisas, compete avaliar a forma com estão a ser conduzidos os destinos do concelho marinhense, agora que a Câmara é, de novo, capitaneada por aquele partido.
A obra, ou a falta dela, falam por si...
Mas votemos ao caso do General Carreira e do Osvaldo Castrado.
Desconheço, por completo, o que levou aqueles antigos e ferrenhos militantes políticos a abandonarem o partido. O que vejo é que, por exemplo no caso do General Carreira, o tratamento que lhe deram e o desprezo a que foi votado pelo partido que defendeu até ao ponto de por em risco a sua reputação pessoal, levaram a que, hoje, o pobre homem leve uma vida de enormes carências e apagada existência.
Passei ontem por ele, sentado num muro, talvez a descansar e a apanhar um pouco de sol, e patenteando um ar triste que, sempre que o vejo, me mete dó e faz muita, muita pena!.
Ao ler o comentário feito pelo Zé do Forno a Potes, não pude deixar de verter aqui este comentário que não pretende ser mais do que uma simples reflexão sobre a ligeireza, sempre efémera, de algumas realidades - sobretudo as políticas...
Que cada um faça os seus juízos (de valor ou outros) e tire as conclusões que melhor entender.
A realidade é que ao pobre do General Carreira nem os muitos anos que passou na prisão, como ‘paga’ pelos seus ideais, parece terem-lhe valido na hora da avaliação (ou terá sido ajuste de contas?) por parte do partido em que sempre militou!
Resposta a "Anacrónico".
Conheço "por dentro" a história do Joaquim Carreira, no seu período de clandestinidade como "funcionário" e de prisão.
Hoje vive atormentado pelo pesado fardo que carrega, relacionado com a sua envolvência - involuntária!- na conspurcação da memória de Manuel Domingues, executado pelo PCP em Maio de 1951.
Foi ele, quem, numa tipografia clandestina, imprimiu a acusação contra ele.
As suas motivações contra Victor Gallo prendem-se com o facto de o seu pai ter sido despedido de guarda portão da Ricardo Gallo, por tentar que o pessoal daquela fábrica assinasse uma petição para a libertação do filho, quando este se encontrava preso no Forte de Peniche.
Quanto à forma como é tratado pelos seus ex-correligionários, só quem não conheça a história das purgas entre os comunistas...
Ao dar-se conta da inocência de Manuel Domingues, tentou corrigir a história, cedo demais, e a bomba rebentou-lhe na mão.
Ao Zé do Forno a Potes, por me parecer muito por dentro desta triste história, agradeço a informação prestada, a qual servirá certamente para esclarecimento de muitos marinhenses.
Mas aquilo que nos diz em nada muda os meus sentimentos para com J. Carreira!
Quanto às purgas no PCP e aos
'acidentes' políticos de que está recheada a sua história, basta que tenhamos estado atentos ao longo destes trinta anos, que decorreram desde que o partido saiu da clandestinidade, para nos darmos conta de que aquela rapaziada é tudo menos meninos de coro...
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