Um biataite do Vinagrete Doce a respeito da
grande entrevista (ou será entrevista grande?) do "Presidente de Quase Todos os Marinhenses", ou seja, dos marinhenses que o convidaram a candidatar-se e que dos que votaram nele, e que merece chamada de 1ª página em forma de "poste":
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vinagrete doce disse
Isto não foi uma entrevista de "fundo". Isto foi uma entrevista que bateu no "FUNDO".
Um autarca com o perfil e a experiência de JBD, deveria ter a honestidade intelectual para dizer:
1 - As Câmaras só podem contrair empréstimos para obras de INVESTIMENTO. Isto é, o dinheiro adiantado pelos bancos é utilizado para antecipar obras, que sem esses empréstimos, obrigariam os munícipes a esperar por elas muitos anos.
Dito isto, JBD deveria ter identificado, claramente, que obras faraónicas ou elefantes brancos foram construidos pela Câmara anterior, com votos contra da CDU e dele próprio, que era vereador da oposição.
Para lhe avivar a memória, vou só citar algumas que representam uma grande fatia do total do endividamento, sendo que as mais importantes foram para adquirir património, a saber:
1 - Aquisição de um terreno de pinhal para permutar com o Estado a área suficiente para ampliar a Zona Industrial, vital para o desenvolvimento económico, por 1.700.000,00 €, cerca de 20 vezes menos do que o Estado avaliou o pinhal do Casal da Lebre e que exigia que a Câmara pagasse.
2 - Aquisição ao Estado do terreno da Cerca Stephens, ao abandono desde há décadas, para o transformar num parque público. Os 65 hectares custaram 1.300.000,00 € e o seu valor real não tem preço.
3 - Remodelação do Palácio Stephens e construção do Museu do Vidro, que o Estado Novo prometia desde 1969 e a CDU inscrevia em todos os seus planos de actividade desde que dominou a autarquia durante 15 anos.
4 - Remodelação do edifício central da FEIS e construção e instalação da BIBLIOTECA MUNICIPAL, outra obra emblemática que a CDU prometia desde 1980.
5 - Construção do Arquivo Municipal, no espaço da Feis, para guardar a memória histórica dos marinhenses, que os ratos comiam no sótão do velho mercado municipal, perante a criminosa indiferença dos autarcas que só se preocupavam em inspecionar a conta bancária.
6 - Aquisição e remodelação da Casa do Vidreiro e do Palácio Barosa, para instalar o Museu Joaquim Correia, impedidndo que o espólio deste ilustre marinhense fosse parar a Leiria.
7 - Remodelação do Parque Municipal de Exposições que a CDU deixou ao abandono durante anos, (enquanto a Expolação se consolidava) criando condições para a realização de grandes eventos, com qualidade e dignidade.
8 - Construção de Pré-Primárias na Comeira, nas Trutas, na Fonte Santa, no Pilado e noutros locais, ao mesmo tempo que todas as Escolas do Primeiro Ciclo foram restauradas e criados espaços exteriores com grande qualidade.
9 - Construção da Piscina Coberta aquecida de Vieira de Leiria.10 - Construção do Pavilhão Gimno Desportivo Nery Capucho.
11 - Aquisição e recuperação do teatro Actor Álvaro e construção de uma moderna sala de cinema.
12 - Construção da Estrada Atlântica com pista de ciclistas, estrada para o Pilado, estrada do Pero Neto, estrada da Pedra Fonte Santa, a estrada Picassinos Albergaria, estrada Marinha Grande/Vieira de Leiria, acessibilidades à Ordem, a Picassinos, etc, etc.
13 - Concretização do Programa Polis, no valor superior a 7.000.000,00 €, 30% dos quais tiveram que ser financiados pela autarquia.
14 - Construção de mais de 50 fogos de habitação social, na forma de moradias unifamiliares, coisa que a CDU nunca fez, nos 15 anos em que dominou a Câmara.
Não é preciso ser-se economista ou revisor oficial de contas, ou mesmo inspector bancário, para se perceber que a Câmara está mais rica, porque nas suas contas tem inscrito, como património, um valor 5o vezes superior ao seu passivo de médio longo prazo.
Já é tempo de JBD assumir a realização de um debate aberto e democrático, onde se possa discutir o conceito do endividamento e do bom ou mau investimento, deixando de se esconder por detrás da pouca informação da população, para disfarçar a sua falta de competência para assumir os desafios dos tempos modernos.
Só mais um comentário para tentar interpretar o seu pensamento quanto aos chamados bloqueis de gestão por ter poucos pedreiros e carpinteiros e excesso de técnicos.
Qualquer cidadão normal, com dois dedos de testa, percebe que num Concelho Industrial como o nosso, a gestão do Poder Local não pode estar focada na prestação de serviços operativos, com legiões de cantoneiros, pedreiros, asfaltadores, carpinteiros, condutores de máquinas, etc.Basta fazer contas, coisa que JBD reclama fazer melhor que ninguém.
O horário dos funcionários é de 35 horas por semana. Pegam às 8H00 no estaleiro, picam o ponto e ficam à espera de transporte para se seslocarem para a obra. Chegam à dita cerca de meia hora depois das 8. Tirar ferramenta, começa, não começa, por volta das 9H00, dão a primeira marretada. Às 10H00 param para a bucha. Cerca das 11H35 param para arrumar a ferramenta e esperar o condutor e a viatura que os deve trazer ao estaleiro a tempo de formar fila antes das 12H00 para poderem marcar o ponto.Tudo recomeça no período da tarde, com a agravante de que o tempo é mais curto. Às quintas feiras saem às 16H00 e às sextas não trabalham de tarde. Contas feitas, o tempo real de trabalho, que deveria ser de 35H00 semanais, é, na verdade e por excesso de 20.
Nestas condições, como é que alguém, com a responsabilidade de um JBD, pode afirmar que é a falta desta estrutura que o impede de fazer obra?Como é que se pode dizer, num ambiente de trabalho em que a macro gestão se faz com a integração da mais avançada tecnologia, que se tem técnicos a mais e que isso bloqueia a Câmara?
Pensava eu, que os novos desafios que se colocam às Câmaras exigiam recursos altamente qualificados. Estava eu convencido que a grande tarefa dos responsáveis políticos deveria ser o planeamento estratégico da cidade, o controlo de execução, a fiscalização de obras contratadas, a capatação de investimento, a definição de uma política de educação, a implementação de um modelo de intervenção cultural, a adopção de políticas de formação dos funcionários.
Pelos vistos, interpretando o que li, JBD acha que não. Ele precisa é de cantoneiros para levantar as tampas de esgotos, para desentupir sargetas, para tapar buracos, para....para...??Já nem seque comento as insinuações de que se previlegiou a sub-contratação de serviços em empresas especializadas, porque elas seriam "próximas" de alguns autarcas. Estas insinuações são próprias de um homem já desequilibrado, com o seu carácter feito em farrapos e intelectualmente desonesto.Só mais uma nota. Concordo com ele quando diz que os dossiers Valorliz e simlis foram mal conduzidos.
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1 de Abril de 2007 5:32:00 PDT