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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Revista de Imprensa

Vidreiros prometem luta por melhores salários


Aumentos entre zero e um por cento na indústria de vidro de embalagem lançaram a indignação entre os trabalhadores, que podem recorrer à greve na luta por melhores salários.

Na Marinha Grande, as actualizações para 2010 são de zero na Barbosa & Almeida, o,5% na Gallovidro e 1% na Santos Barosa. Uma “situação inaceitável” para o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Videira (STIV), que acusa as empresas de acumularem lucros de milhões ao mesmo tempo que usam a crise como desculpa para não partilhar a riqueza criada.

Não há contrato colectivo no sector, mas patrões e sindicatos costumam definir condições válidas para a Gallovidro, a Saint Gobain e a Santos Barosa. Este ano, as negociações terminaram sem acordo. Depois dos plenários que já decorrem nas empresas, a luta dos trabalhadores “pode passar pela greve”, afirma Etelvina Ribeiro, dirigente do STIV.

O vidro de embalagem dá emprego a 1.100 pessoas na Marinha Grande.


(surripiado do Região de Leiria)


20 comentários:

Anónimo disse...

Pois cada um deve lutar pelos seus interesses e quem sabe do convento é quem lá vai dentro. Desde que não tenhamos que contribuir com mais algum para subsidios de desemprego...

Anónimo disse...

Estamos a chegar a uma situação em que à pala da crise,que é evidente e que tem levado`à miséria milhares de trabalhadores,os que mais têm e que acumulam lucros não largam um centavo do farto bolo que todos os dias têm para repartir.Ainda vem sem corar de vergonha o Presidente do Banco de Portugal dizer que entre outras as soluções passam por redizir o salário aos trabalhadores.Reduzir os salários de 400,500 e mesmo de 600 euros por mês,que depois de pagarem os encargos,pouco sobra para alimentação e outros bens de primeira necessidade.Este é um País adiado,em que os ricos são cada vez mais ricos e que a chamada crise lhes enche ainda mais os bolsos.Eu quero ver e não faltará muito quando não houver dinheiro para pagar as reformas,os subsidios de desemprego se este Pais e este povo não acorda.Acordará concerteza e então podem haver explosões sociais de enorme gravidade e um Abril novo,com esperança em que os culpados por esta situação serão julgados.Baixar os braços nunca.Ter direito à indignação e lutar por um Pais diferente é o caminho.Por politicas alternativas e ter a coragem de ir buscar o dinheiro onde ele existe.Ir às grandes fortunas que foram feitas à custa da exploração dos trabalhadores.Devolver ao povo o que é do povo e proclamar uma era nova de esperança,de trabalho,com a força daqueles que não querem um país amordaçado pelos grandes interesses económicos e pelo capitalismo selvagem que esta politica "!socialista" todos os dias nos impõe.

Anónimo disse...

Há sempre um anónimo de direita, que acha que fazer greve é ir para o desemprego. Paragem total nas três empresas, no(s) mesmo(s) dia(s) e a coisa endireitava, garanto.
Organizem-se porra.

Apartidário disse...

Parece-me que o anuncio de greve por parte do sindicato vidreiro não será um bom pronuncio para a indústria de vidros nem para a economia da nossa terra.

É preciso que os sindicatos compreendam que não estamos perante empresas públicas ou que trabalham em situação de monopólio. Os clientes destas empresas não vão compreender esta situação e vão sim procurar outros fornecedores com ambientes sociais mais estáveis.

Era bom alertar os sindicatos para as lições que deveriam ter aprendido com a quase extinta cristalaria. Eles em conjunto com os maus gestores dessas empresas, muitos deles até com as mesmas origens politicas dos sindicalistas, foram os grandes responsáveis pela sua extinção e pela grave situação de pobreza em que ficaram alguns dos trabalhadores.

Caso façam greve as autoridades deveriam controlar a actividade dos ilegais e autênticos atentados à liberdade dos trabalhadores que são os chamados piquetes de greve.

Espero que os trabalhadores compreendam a gravidade da decisão de fazer uma greve nesta altura difícil da economia nacional e não penalizem estas empresas que já provaram ser um grande sustentáculo na distribuição de riqueza na nossa terra e exemplos de boas práticas de gestão.

Anónimo disse...

Enquanto houver gente para enterrar, os coveiros da indústria vidreira vão continuar a mobilizar apregoando palavras de ordem!

Ainda não vi nenhum sindicalista "pegar" numa empresa e recupera-la. Infelizmente cá na terrinha existem algumas ajudaram a fechar.

Os sindicalistas cá da terrinha, deviam era mostrar os seus honorários,rendimentos ou então serem tornados publicos para a malta ficar a saber o que ganham?!

Moral é muito bom, mas... na casa dos outros!

Durante esta crise, manter o posto de trabalho é bom sinal, se vierem mais 2%, já é muito bom!

Pior que não receber aumentos é ter trabalho nas ditas empresas apenas por contrato, estando sujeitos a serem trocados por quem queira receber menos!

Anónimo disse...

Tenho a impressão que alguns dos bitaiteiros anteriores estão muito bem na vida e assim estão acomodados. Se bem entendo, as empresas em causa, apesar da crise, continuam a ter lucros de milhões( informem-se na imprensa). Então não são os trabalhadores que contribuem para esses lucros?. Porque não reivindicarem a sua quota-parte. Por causa dos referidos acomodados é que no nosso país, os ricos estão cada vez mais ricos e todos contentes lá vão dando umas esmolinhas aos pobres. Noutros tempos também os VIDREIROS, lutaram e estas empresas não fecharam, antes pelo contrário, progrediram. Obrigado aos sindicalistas que sacrificaram as suas vidas lutando pelos direitos de todos.

Anónimo disse...

Será que o anónimo das 09:01 pode indicar onde estão publicados os lucros? Ou se não quizer, pode ao menos infomar-nos de quanto foram os lucros daquelas três empresas , por exemplo em 2009? Sempre dava mais credibilidade ao que disse, ou será que não sabe do que fala?

Anónimo das 09:01 disse...

Para responder ao anónimo das 10:31.
A minha colaboração não tem a intenção de criar polémica, por isso informo que não lhe vou responder a mais provocações. De facto desde os jornais regionais, até aos nacionais e até internacionais, ou até consultando sites especializados, abordam o assunto. Não costumo coleccionar os jornais que leio, que são vários, por isso não posso garantir-lhe em qual ou quais eu li o assunto. Pode ser que alguém possa trazer para aqui essa informação e assim dar mais credibilidade à nossa imprensa.

P.S.: Não sou sindicalista, nem vidreiro, mas sou um cidadão que vive do salário e percebe muito bem do que fala.

Vinagrete disse...

Tenho muita pena, mas o anónimo anterior não sabe do que fala.
A economia funciona como um todo. Os mercados são abertos e hoje as vidreiras estão a trabalhar e até admito que a ter lucros, mas nada garante que daqui a dias ou meses, os Turcos, os Polacos, os Eslovenos ou outros da Europa Central, não consigam desviar os actuais clientes das empresas portuguesas.
Por outro lado, para quem observa como as nossas empresas funcionam, verifica-se que investem SEMPRE, modernizam-se e armam-se de ferramentas que lhes permitem continuar a competir no mercado global.É assim que os empresários com visão fazem. Reinvestem os lucros, para garantir mais lucros, mas também a sustentabilidade dos postos de trabalho.
Os sindicatos, a quem reconheço, em termos gerais, um papel fundamental na defesa dos direitos dos trabalhadores, têm assumido, particularmente na Marinha Grande, uma acção pautada pela agenda política do PCP, o que resultou, até hoje, em milhares de postos de trabalho perdidos.
Se quizerem continuar por esse caminho, a Marinha Grande corre o risco de se tornar numa "charneca", como um conhecido empresário vidreiro já falecido, profetizou.
Será bom que arrepiem caminho. A firmeza não é incompatível com o sentido da responsabilidade.

Anónimo disse...

Sentido de responsabilide é estarmos na sociedade e partilharmos os momentos bons e maus.Neste momento os Portugueses e as Portuguesas em geral vivem graves dificuldades económicas resultantes das politicas neoliberais que permitem que alguns empresários encham os bolsos à custa do desemprego,dos fracos salários,da precariedade e dos salários em atraso.Os trabalhadores não são culpados da crise como dá a entender o vinagrete,antes pelo contrário são eles que geram riqueza e que a vêm distribuida por meia duzia de capitalistas sem escrupulos.Com essa teoria,não havia aumentos salariais,e pelo contrário como defende o FMI,os salários teriam de ser reduzidos para aguentar a crise.Obviamente que as empresas t~em de fazer investimentos para serem competitivas,mas no momento actual aquelas que geram lucros têm o dever solidário de poderem distribuir pelos trabalhadores uma parcela ainda que pequena dos ganhos.Está enganado o Vinagrete porque não conhece a história dos Marinhenses que lutando responsavelmente fizeram desta terra um concelho industrial,com industrias de ponta ao melhor nivel que existe no mundo.E não foi preciso andarem com as calças na mão vergados aos interesses dos poderosos.Foi a persistência e a firmeza a todos os niveis que dignificam o povo da Marinha GRANDE.É básico perceber porque razão encerraram as empresas de cristalaria,aqui e em demais paises da Europa.Aliás na Marinha Grande estas empresas mantiveram-se até à pouco tempo com a luta digna dos trabalhadores vidreiros,com o seu Sindicato à frente.Aliás esta é a história de sempre do movimento operário da Marinha Grande,que quer se goste ou não é uma realidade.E foi assim e não ao contrario que hoje temos uma Marinha Grande,que não passa ao lado da crise,mas que se se aguenta e consegue encontrar alternativas.Portanto não venham com as mesmas receitas de sempre,fazendo pagar a quem trabalha a parte leão da crise.

Anónimo disse...

Aos vinagretes e anónimos de dirieta que acham que os trabalhadores e o povo devem ficar impávidos e serenos enquanto ao abrigo da crise uma minoria da população têm lucros aos milhões. Viva a luta dos trabalhadores vidreiros da Marinha Grande, não sou vidreiro mas estou solidário com a vossa luta e obrigado sindicalistas por tantos anos de sacrificios e firmeza em prol dos trablhadores.
Já agora de traidores e vendidos que passaram para o outro lado da barricada não reza a história, ao invés os que sempre lutaram com firmeza, honestidade e coerência pela emancipação da classe operária e pelos direitos dos trabalhadores e do povo, esses vão ser para sempre lembrados e a sua luta continuará pela mão de outros. Vale a pena lutar porque é justa a nossa.

Anónimo disse...

Também eu estou solidário com o anónimo das 19,30h. Viva a luta dos trabalhadores vidreiros. Os vinagretes e anónimos de direita no dia em os trabalhadores receberem apenas um prato de sopa pelo seu trabalho, vão achar que os trabalhadores comem de mais.
Gostava ver quanto ganham os vinagretes do nosso país, porque parece que o estado a que a situação chegou não os incomoda muito, devem ter o papo cheio. Não sabem o que é querer fazer face à vida e não ter como, ter salários em atraso ou simplesmente não o receber. A luta continua!

folha seca disse...

Este post está a trazer uma discussão muito salutar e mais uma vez mostra o importante papel que o largo (duma forma crescente) vai tendo na discussão das questões locais e naturalmente tambem nas nacionais e internacionais.

Galhardete por galhardete desde já vos digo que fui operário vidreiro, mal saí da escola primária, o meu pai tambem foi, mais o meu avõ e pelo menos um bisavô, pelo que me foi sendo transmitido. Digo mais um dos meus bisavôs e respectiva, foram caseiros da familia Gallo, quando a fabrica ainda era uma pequena oficina e o resto era uma quinta agricola por isso o bitateiro das 18:59 não vai ter moral para me dizer que não conheço a história da Marinha Grande. isto para dizer que subscrevo integralmente o bitaite do vinagrete (coincidências) opinador e bitateiro com quem estou muitas vezes de acordo.

Mais, tambem fiz e ajudei a organizar algumas das greves que ao longo da vida por cá e Concelhos limitrofes se foram fazendo e ainda, até fui delegado sindical.

Mas tudo tem o seu tempo. As formas de luta de hoje não podem ser feitas à imagem e semelhança do passado, o que demonstra a falta de capacidade de imaginação de quem dirige hoje os sindicatos e se repetirem receitas já mais que gastas e de mais que duvidosa utilidade para os principais interessados que são os trabalhadores.

Quanto ao bitaite do anónimo referido, gostava de lhe dizer que já que conhece tão bem a história da Marinha Grande, reconheça que quem fez desta terra "um concelho industrial,com industrias de ponta ao melhor nivel que existe no mundo.Foi a persistência e a firmeza a todos os niveis que dignificam o povo da Marinha GRANDE". Foram empresários (não confundir com patrões) que souberam, sim, aproveitar a capacidade tecnica dos nossos operários, mas foi a sua ousadia em ir pelo Mundo fora procurar trabalho, ganhar dinheiro e voltá-lo a investir para termos uma industria, especialmente nos moldes e plásticos capazes de competir com o melhor que se faz lá fora.

Apartidário disse...

Antes de mais esclareço que não tenho qualquer ligação pessoal ou profissional com gestores das vidreiras da Marinha Grande. No entanto, sendo marinhense e gestor de empresas sinto uma grande mágoa pelo facto de uma eventual greve colocar em causa uma das maiores riquezas da nossa terra - as empresas vidreiras de embalagem.

Penso que estes 3 últimos anónimos, tal como os actuais dirigentes do STIV, ainda não compreenderam que a manutenção de empresas fortes e rentáveis é a melhor arma para a defesa dos trabalhadores.
O facto de, apesar de todas as dificuldades de mercado, continuarem a operar de forma sustentável, significa que as administrações provaram a sua capacidade de gestão.

Exceptuando os sectores monopolistas (ex: energia, auto-estradas) e/ou os ligados a negócios menos claros com o Estado (ex: resíduos, sucatas), a grande maioria das empresas tem sido obrigada a baixar os seus preços de venda para continuar do mercado. A inflação negativa em 2009 é a maior evidencia do que acabo de afirmar.

Se o que move os sindicatos fosse a defesa dos trabalhadores não promoveriam qualquer greve.

Em vez disso, tomariam iniciativas que envolvessem a administração das empresas na melhoria de competências dos seus trabalhadores, que promovessem o aumento do seu desempenho e consequentemente da produtividade das empresas.
Seguramente que os benefícios abrangeriam todos os trabalhadores.

Anónimo disse...

Os trabalhadores deixaram durante pelo menos 20 anos adormecer a posição que detinham, acreditaram que eram "companheiros" dos patrões. Fizeram-lhes crer que eram "compaghons de route". Estão agora a sentir na pele o erro de anos de "estabilidade".
Só quem já assistiu a reuniões com associações patronais,nacionais e regionais, pode sentir a sobranceria e arrogância.
Está na hora de novamente recomeçar a lutar pelo direito de trabalhar com o correcto salário, o resto são balelas de quem está bem na vida, ou fora do sector.

Farto de hipócritas disse...

Bom era acabar com os empresários. Basta ver o nivel de vida dos trabalhadores nos países onde eles não existem como, por exemplo, em Cuba.

Aí os trabalhadores estão mesmo bem defendidos. Nem precisam de pensar pois os dirigentes pensam por eles.

Cá na Marinha o Sr. Moiteiro e companhia conseguiram acabar com a Mortensen.
Puseram terra na entrada e roubaram as botijas de gàs dos empilhadores. Foi um crime que ficou impune!

Os trabalhadores que ficaram no desemprego devem estar-lhes muito agradecidos.

Anónimo disse...

Quem acabou primeiro com a fábrica escola foi o Cavaco e ca.. Não comecem a história só onde convém.

Anónimo disse...

Anónimo das 19.30 saúda mais uma vez a luta dos trabalhadores vidreiros.

Por falar em grandes empresários e gestores da nossa praça, se quiserem lembro o projecto MGglass, foram 20.000 milhões que esses ilustres senhores fizeram desaparecer. Ilustres que nunca exigiram o baixamento do preço dos combústiveis, que tem um peso muito superior ao dos salários nos factores de produção, ou o valor do IVA que influencia a nossa competetividade com outros países que o pagam bem menos ou a aberturas de linha de crédito através do banco público que é a CGD com juros especificos para a indústria e assim defendiamos o nosso aparelho produtivo. Porque será? Porque é mais fácil tirar aos mais fracos e isso é cobardia.

Grandes empresários que nem na cana sabem soprar. Sabem é encher o papo à conta de quem trabalha, aliás é por conta desses é que a indústria vidreira é o que é, dos que trabalham e sabem trabalhar o vidro. Sindicalistas como o Sérgio Moiteiro é normal que estejam entalados na garganta de alguns hipócritas,nunca vergaram nem nunca se venderam. A luta continua. E pessoas que ontem foram sindicalistas e hoje estão contra quem luta (traição) lembro que para velhos males velhos remédios e que a luta por melhores condições de vida é sempre justa.

Anónimo disse...

Os sindicalistas cá da terrinha, deviam era mostrar os seus honorários,rendimentos ou então serem tornados publicos para a malta ficar a saber o que ganham?!

Moral é muito bom, mas... na casa dos outros!

Anónimo disse...

Apregoar a moral não é muito o hábito dos sindicalistas, mas lutar por melhores condições de vida, lá isso não há igual. VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES DA INDUSTRIA VIDREIRA!