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sábado, 13 de fevereiro de 2010
Meter o nariz
Partindo do princípio, que os partidos políticos têm uma vida própria que só aos seus membros diz respeito, porque que é que cada vez mais, há comentaristas e opinadores a meter o nariz onde não são chamados.
Primeiro: Conhecendo-se (aproximadamente) o numero de membros no conjunto de partidos políticos existentes no nosso País e sabendo ainda que no seio deles há os filiados pura e simplesmente e os que têm alguma militância, facilmente chegamos à conclusão que o numero de intervenientes na vida interna de cada um deles, corresponde a uma ínfima parte do universo de eleitores e se tivermos ainda em conta que a “militância” aumenta ou diminui consoante cada um dos partidos está mais perto ou longe do poder, a nível nacional ou local, chegaremos à conclusão que a muitos de nós, que ainda vota, está reservado o papel de esperar pelo dia das eleições, para aí e só aí, podermos dizer qualquer coisa através da cruzinha que pomos à frente de um dos partidos que na altura nos parece ser o que melhor corresponde à nossa opção.
A partir daí resta-nos ficar calados e ficar à espera que o nosso gesto seja correspondido e o partido em que votámos mereça a confiança que lhe demos, dado que ao não sermos filiados nesse partido, nunca mais ninguém nos vai perguntar nada e mesmo aos filiados que não estejam muito “perto” dos aparelhos partidários, também.
Naturalmente que os meus olhos e ouvidos, neste momento estão virados para o partido que está no poder e o problema passa por aí. Obvio que sou um dos eleitores que votou PS (sem grande entusiasmo) como aqui tive oportunidade de escrever, mas perante as opções na altura postas, não vi qualquer outra opção a não ser aquela que tomei.
Perante as queixas, lógico que não é difícil ouvir aquela velha expressão: “Votaste neles, agora aguenta-os”.
É evidente que quando votamos estamos a dar o nosso voto ao partido respectivo e naturalmente à liderança do momento. Mas também o fazemos pela convicção de que os lideres passam e os partidos, a sua história e o seus princípios, ficam. Acreditamos que se os lideres falharem há no universo desse partido gente que é capaz de pegar nos cactos e recompor o partido de forma a não defraudar o capital que lhe foi dado pelo eleitorado que nesse partido confiou.
No caso do partido que actualmente está no poder, é claro que em cada minuto que passa e não se vislumbre alternativa ao actual estado de coisas, a desconfiança aumenta e quanto mais tempo passar mais eleitores como eu, questionam o seu sentido de voto.
Resta-me perguntar onde estão e o que fazem os homens do PS que não se revendo nesta liderança e não tendo nada a ver com as "embrulhadas"e "negociatas" que em cada dia que passa são mais evidentes, têm o dever moral de pôr ordem na casa e retirar as maçãs podres antes que contaminem todo o pomar e o mesmo se torne irremediavelmente perdido.
Se o não fizerem (muito rapidamente) arriscam-se a ser considerados, fruta da mesma arvore, não tendo eu duvidas que muitos deles são socialistas por convicção e independentemente do lugar que eventualmente ocupem , não têm nada a ver com o estado de coisas que por mais desculpas que se inventem, são demasiado evidentes para que não sejam reais,
Primeiro: Conhecendo-se (aproximadamente) o numero de membros no conjunto de partidos políticos existentes no nosso País e sabendo ainda que no seio deles há os filiados pura e simplesmente e os que têm alguma militância, facilmente chegamos à conclusão que o numero de intervenientes na vida interna de cada um deles, corresponde a uma ínfima parte do universo de eleitores e se tivermos ainda em conta que a “militância” aumenta ou diminui consoante cada um dos partidos está mais perto ou longe do poder, a nível nacional ou local, chegaremos à conclusão que a muitos de nós, que ainda vota, está reservado o papel de esperar pelo dia das eleições, para aí e só aí, podermos dizer qualquer coisa através da cruzinha que pomos à frente de um dos partidos que na altura nos parece ser o que melhor corresponde à nossa opção.
A partir daí resta-nos ficar calados e ficar à espera que o nosso gesto seja correspondido e o partido em que votámos mereça a confiança que lhe demos, dado que ao não sermos filiados nesse partido, nunca mais ninguém nos vai perguntar nada e mesmo aos filiados que não estejam muito “perto” dos aparelhos partidários, também.
Naturalmente que os meus olhos e ouvidos, neste momento estão virados para o partido que está no poder e o problema passa por aí. Obvio que sou um dos eleitores que votou PS (sem grande entusiasmo) como aqui tive oportunidade de escrever, mas perante as opções na altura postas, não vi qualquer outra opção a não ser aquela que tomei.
Perante as queixas, lógico que não é difícil ouvir aquela velha expressão: “Votaste neles, agora aguenta-os”.
É evidente que quando votamos estamos a dar o nosso voto ao partido respectivo e naturalmente à liderança do momento. Mas também o fazemos pela convicção de que os lideres passam e os partidos, a sua história e o seus princípios, ficam. Acreditamos que se os lideres falharem há no universo desse partido gente que é capaz de pegar nos cactos e recompor o partido de forma a não defraudar o capital que lhe foi dado pelo eleitorado que nesse partido confiou.
No caso do partido que actualmente está no poder, é claro que em cada minuto que passa e não se vislumbre alternativa ao actual estado de coisas, a desconfiança aumenta e quanto mais tempo passar mais eleitores como eu, questionam o seu sentido de voto.
Resta-me perguntar onde estão e o que fazem os homens do PS que não se revendo nesta liderança e não tendo nada a ver com as "embrulhadas"e "negociatas" que em cada dia que passa são mais evidentes, têm o dever moral de pôr ordem na casa e retirar as maçãs podres antes que contaminem todo o pomar e o mesmo se torne irremediavelmente perdido.
Se o não fizerem (muito rapidamente) arriscam-se a ser considerados, fruta da mesma arvore, não tendo eu duvidas que muitos deles são socialistas por convicção e independentemente do lugar que eventualmente ocupem , não têm nada a ver com o estado de coisas que por mais desculpas que se inventem, são demasiado evidentes para que não sejam reais,
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4 comentários:
Conconrdo no essencial com o que diz o Folha Seca. Mas porque nos partidos, tal como na vida, há gente decente e gente que não presta, tomo a liberdade de transcrever o post da Dr. Ana Gomes no blog Causa Nossa.
"Boys will be... bóis
[Publicado por AG]
Eu não sei quem é esse tal Rui Pedro Soares, o boy sem cv que aos 32 anos foi alçado a administrador-executivo da PT pelo Estado, a ganhar escandalosamente mais num ano do que o meu marido ganhou em toda a vida, ao longo de 40 anos como servidor do Estado nos mais altos escalões.
Socialista encartado, dizem. Será, nunca dei por ele, que eu saiba nunca sequer me cruzei com ele.
Fraquinho no descernimento é, de certeza. Porque se não quis encalacrar os socialistas, foi exactamente isso que logrou ao accionar uma providência cautelar para impedir a saída do jornal SOL com mais escutas das suas ruminações telefónicas, justamente numa semana em que os socialistas procuraram desmentir quem clamava contra a falta de liberdade da imprensa.
E se investiu para abafar o jornal, a criatura tambem não percebeu que, ao contrário, projectava ainda mais longe a radiação solar.
Com bóis destes, para que servem ao PS os boys?"
Torna-se evidente que dentro do PS tem de haver debate interno e não apenas o seguidismo que tem existido ao (por enquanto) líder.
Mas esta realidade não nos pode fazer esquecer que neste momento se verifica um dos mais ferozes ataques à justiça e à sua credibilidade. E quanto a isso ninguém poderá ficar calado sob pena de pormos em causa a própria democracia.
Caro Folha Seca,
Partilho da sua opinião, compreendo o seu embaraço e digo-lhe que apesar de ser apartidário (não é só o "nickname", não significa que não exerça o meu direito de voto em todos os actos eleitorais .
Infelizmente, só consigo votar no mal menor.
O Sócrates era um mal menor do que o Santana Lopes.
A Manuela Ferreira Leite, seria um mal menor do que Sócrates.
A Alegre seria muito mau em relação ao Cavaco Silva.
O António Santos ou o Alberto Cascalho seriam um mal menor que o Dr. Álvaro (não só por ele mas, sobretudo, pelo poder e influencia da presidente da Concelhia do PS)
O Telmo Ferraz seria melhor presidente da AM do que o Guerra Marques.
Etc., etc.
Evito as doutrinas e os dogmas e suporto-me na informação que vou recolhendo, interpretando e, obviamente, a partir daí sigo os meus sentimentos e as minhas intuições.
A nossa história de 35 anos de democracia mostra-nos que em qualquer que seja o partido a luta para a defesa dos interesses pessoais está acima do partido e que os interesses do partido são colocados sistematicamente acima dos interesses nacionais. Isto é um facto.
Estranho é que se esteja a ir tão longe e como se diz estejamos a "chegar à Madeira".
Mais concretamente, esta tentativa de controlo do governo em relação à comunicação social parece muito próxima daquilo que já acontece de forma na Madeira e na Venezuela.
Aquilo que aqui leio transcrito acima, com toda a gente desculpar-se com males menores e ou, a falta de discernimento que os supostos militantes, poderiam e deveriam ou não fazer em relação aos partidos que advogam.
Não vale a pena, queixarem-se... A única forma é actuar, dar a cara e fazer e dizer nos locais próprios o que vai na alma de cada um... Doa a quem doer.
Aqui, escrever aqui, é um paliativo que serve unicamente para aliviar as consciências de quem se sente ou sentiu enganado.
Caro Amigo,
Não sou de ficar acomodado. Sou proactivo e o meu contributo é dado através de comportamentos e atitudes exemplares na minha vida familiar, profissional, associativa e social.
As minhas actividades obrigam-me a um contacto frequente com pessoas de diferentes áreas politicas que exercem cargos públicos e, quando oportuno, não deixo de falar sobre aquilo que vai na alma. Salvo raríssimas excepções (felizmente existem!), verifico que estas pessoas estão muito afastadas da realidade e das verdadeiras necessidades da sociedade e dos cidadãos.
Repugna-me a forma a forma agressiva (no mau sentido do termo), pouco séria (estou a ser meigo) e pouco rigorosa que usam nas referencias a outros partidos e às personalidades que os representam.
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