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sábado, 5 de maio de 2007

Bitaite Opinion

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Porque há projectos que merecem ser conhecidos e discutidos sem reservas a partir da aquisição desses conhecimentos, permitam-me que aqui deixe uma síntese dos objectivos que presidiram à decisão de criar a TUMG e uma resumida explanação das diversas fases porque passou e deveria continuar a passar o processo, se não fosse interrompido da forma que foi e com base em argumentação pouco rigorosa, meias verdades e recurso despudorado a inverdades, profusamente divulgadas em alguma comunicação social. Do conhecimento que tenho, pelo que acompanhei assistindo às Assembleias Municipais em que o projecto foi apresentado e discutido, podemos explicar a TUMG assim:
- Porquê uma Empresa Municipal de Transportes?
1 - Para desenvolver, gradualmente, uma rede urbana de transportes públicos municipais, capazes de aproximar os lugares da Marinha do centro da cidade e das áreas de concentração industrial, assegurando o funcionamento da rede de transportes escolares, com alguns Mini-Bus adaptados a deficientes.
2 - Gestão das áreas de estacionamento condicionado em todo o Concelho, procurando disciplinar a utilização abusiva dos escassos lugares de estacionamento na zona central, ocupados durante todo o dia por funcionários e comerciantes, impedindo a população que procura as lojas e os serviços, a partir de estacionamentos disponíveis.
3 - Gestão do parque de máquinas e viaturas da Câmara.
Perante um parque de muitas dezenas de máquinas e equipamentos de transporte sem planos de manutenção, com oficinas paralisadas porque o principal mecânico era dirigente sindical a tempo inteiro (pago pela Câmara) quase sempre ausente, com dezenas de funcionários a trabalhar 35 horas semanais e sem possibilidade legal de lhes pagar as horas extraordinárias que ultrapassassem o limite previsto na lei, após se realizar uma auditoria feita por um técnico independente, que foi um alto quadro da Rodoviária Nacional então aposentado e com base na ausência de um centro de custos por viatura, optou a Câmara por criar uma empresa, que deveria ter UM director técnico remunerado, com formação académica na área da engenharia dos transportes reconhecida pela Direcção Geral dos Transportes e comprovada experiência de gestão, para gerir, rentabilizar e reestruturar o parque de máquinas e viaturas, fazendo o seu aluguer à Câmara.
4 - Estava em cima da mesa a possibilidade de a TUMG (empresa da Câmara) poder vir a estruturar-se por forma a reunir condições para vir a prestar o serviço de transporte e recolha de lixo, hoje feito por uma empresa privada.
Eram estes os objectivos da TUMG e a proposta de criação da empresa e os seus estatutos, previam a existência de um conselho de administração NÃO REMUNERADO, o que desde início afastou o argumento de que se destinava a criar mais uns tachos.
Excluindo o técnico que tinha que ser recrutado no exterior por não existir ninguém nos quadros da Autarquiam com aquelas qualificações, o pessoal da TUMG deveria sair da Câmara, em regime de destacamento, passando a gestão dos recursos humanos a ser feita pelas regras dos contratos de trabalho privados, com muito maior flexibilidade e mais responsabilidade. Aqui começam a sentir-se os efeitos daqueles que já na altura boicotaram o projecto, utilizando o sindicalista mecânico para levantar dúvidas, suscitar suspeições, mas apasar de tudo, o processo já estava na fase final de aprovação na altura das eleições.
Outra dificuldade foi levantada pela interpretação corporativa que a DGT fez da Lei, que impedia a autarquia de alugar camionetas com uma tonelagem superior a 5 TON. porque para isso seria necessário dispor de alvará. Essa dificuldade estava estudada e a solução jurídica encontrada. Essas viaturas retornariam à Câmara pelo valor de balanço e a TUMG celebraria com o seu único acionista (a CMMG) um contrato de prestação de serviços de conservação e manutenção desses camions.
Importa dizer que este projecto teve como suporte um Estudo de Mobilidade Urbana feito pela equipa da Faculdade de Ciências de Coimbra, liderada pelo Prof. Álvaro Seco, que estavam definidos os circuitos urbanos e que se estava a ultimar um último estudo para fundamentar o apoio financeiro da DGT à aquisição de autocarros de passageiros.
Perdemos a oportunidade de poder contribuir para retirar muitos carros das ruas da cidade, a circularem só com uma ou duas pessoas, como aconteceu em Coimbra e em Évora (na altura uma Câmara da CDU), para só citar estas duas, que tiveram sucesso após um início com muitas reservas por parte da população. Fomos e continuamos a ser ultrapassados pelos municípios vizinhos de Leiria, Entroncamento, Torres Novas e muitos outros com muito menor dimensão que o nosso.Orgulhosamente sós. Estupidamente arrogantes e intoleravelmente agressivos.
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4 de Maio de 2007 17:38:00 PDT

6 comentários:

Anónimo disse...

Avatado assim, sou levado a dizer que foi mais uma machadada para vermos o concelho mais desenvolvido e com mais qualidade de vida… estava convicto que a Câmara podia fazê-lo.
Eu julgo que esta decisão tem cariz ideológico, tudo no Estado… verificando quem avatou pela extinção, o que lamento.
E mais, não foram essas as promessas, nomeadamente aos trabalhadores mas promessas são levadas por incompetências e muros ideológicos.
Bom avatar, fui…

Anónimo disse...

Ainda bem que se desfez mais um elefante azul do PS.
Foi criada sem nenhum estudo de suporte de funcionamento nem financiamento, e sim, serviu apenas para encher mais os bolsos dos primeiros administradores antes da nova lei que limita os vencimentos de cargo públicos.
Também aqui o João Paulo Pedrosa é MENTIROSO!
Como no mercado, como na educação, como nas variantes, como na zona industrial, como o tudo o que lhe sai da boca...

Anónimo disse...

Um grande ahhh! -de espanto- p'ra este anónimo.
Estou espantado com a continuação deste palavreado.
Então ó seu anónimo, o sr. acha que só o facto de chamar "mentiroso" ao homem dá resposta a todos os malabarismos que este 'executivo' vai fazendo?
Cá por mim não chega. São precisos factos, provas de que tudo estava assim tão errado... provas, senhores, provas e não linguajar comicieiro!

Anónimo disse...

Para o anónimo das 16h46.
A coberto do aninimato pode dizer as barbaridades que quizer, que isso não altera a verdade.
Os primeiros administradores não receberam um cêntimo da TUMG, nem mesmo sob a forma de senhas de presença. Pelo contrário, foi a nova lei que obrigou à remuneração dessas funções e no caso da TUMG, isso fez com que o autarca designado administrador da empresa, tivesse que prescindir de metade do seu vencimento na Câmara, sendo que a soma dos dois nunca foi superior ao ordenado de vereador.
Assim, sr. Anónimo, pode vomitar o ódio que quizer, mas isso não altera a verdade.

Anónimo disse...

Cumprimento desde já o Sr. Industrial de refrigerantes, Eng. Pirolito, cumprimento extensível a todos.

Foi aqui avatado que o Seu Dr. João Paulo, O Grande, é mentiroso e o Seu Engenheiro pede provas.

Infelizmente, tenho uma prova que passo a avatar:
Há dias o Seu Dr. João Paulo encontrou-me na rua e, “ÓH! Eng. Avatar, venha daí tomar um café”, fui… a páginas tantas começa o Seu O Grande a dizer, “o Benfica tem um excelente treinador, uma excelente equipa e um excelente departamento médico”.

Para quem tinha vindo de Souto da Carpalhosa assistir ao jogo entre o Souto e as Colmeias, onde o Souto estava a perder por 0-1, o treinador mete dois avançados e tira dois defesas centrais, a equipa dá o litro e no final perguntei ao massagista do Souto se sabia quais eram os sintomas de uma lesão num tendão e no menisco e o gajo começa:”página tal e nota de rodapé da Enciclopédia de Medicina tal…”

Agora digam-me lá, uma pessoa que diz o que disse do Benfica é ou não um mentiroso, acrescento, um grande mentiroso…
Fui… à Barosa.

Anónimo disse...

Pois meu caro Avatar, tenho de dar a mão à palmatória. O homem é mesmo um mentiroso invertebrado!
Mas por favor não me trate por eng. pois eu nem a primária acabei!...