Responsável da ACES aconselha utentes a marcação por telefone
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Venda de senhas para consultas continua no centro de saúde
A venda de senhas para garantir consulta e a dificuldade no acesso aos cuidados primários continua a ser um problema no Centro de Saúde da Marinha Grande. Os utentes reclamam por não conseguirem marcar consultas prévias e afirmam ser “quase impossível” garantir uma urgência.
“Às vezes, por volta das 23 horas já está lá uma senhora a vender senhas. Fica no lugar dos utentes, que só têm de ir ao centro de saúde à hora de abertura”, conta uma doente. Sem utilizar este “sistema”, Maria Pereira explica que sempre que necessita de uma consulta dirige- se ao centro de saúde por volta das 8 horas.
“Quando chego - e nunca houve excepção -, as marcações do dia já estão preenchidas, porque as pessoas já estiveram de madrugada a garantir lugar e porque também existem as marcações dos doentes crónicos e de baixa, que são os únicos a ser imediatamente agendados.”
“Fico a aguardar para falar com a médica e saber se ela me pode atender”, revela ainda Maria Pereira, explicando que a clínica tem de dar autorização para que se possa inscrever. “Só ao final da manhã é que sou atendida.” A utente lamenta que o Centro de Saúde da Marinha Grande não faça “medicina preventiva”. “Para pedir análises é preciso esperar seis horas para ser atendida e nem todas as pessoas estão para isso”, critica ainda.
“As pessoas continuam a vir de madrugada, porque têm medo de não apanhar vez. É um ciclo vicioso”, frisa outro utente. “Como há pessoas que vêm mais cedo, quem vem à hora de abertura do centro de saúde já não tem vez.”. Segundo este utente, as consultas com marcação prévia são agendadas apenas na última quinta-feira de cada mês. O ideal, seria “sair da consulta já com a próxima marcada”.
Isidro Costa, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Litoral II, reconhece o problema da venda de senhas, que diz ser “muito antigo”. Foi afixado à porta informação a avisar que “não é permitida a permanência de utentes junto ao centro de saúde durante a noite e até às 7 horas”. Aliás, “têm surgido problemas de repetição de números pelo que é aconselhável os utentes aguardarem a vez presencialmente”.
“Esta situação está viciada e há pessoas que se aproveitam, o que não é aceitável”, sublinha, realçando, no entanto, que os médicos estão sobrecarregados. “Há ficheiros de 3.200 utentes. As pessoas têm de perceber que os clínicos têm folgas, férias e também adoecem”, diz Isidro Costa, lembrando que a Marinha Grande tem ainda um Serviço de Atendimento Permanente 24 horas a que podem recorrer em casos urgentes.
“Agora com a gripe A, as coisas tendem a complicar-se mais, porque os recursos são limitados”, salienta. O responsável aconselha os utentes a marcarem as consultas por telefone. “Pode demorar a atender, mas é preferível. Se alguém se recusar a marcar consulta por esta via deve apresentar uma queixa”, alerta.
(surripiado do Jornal de Leiria)
Venda de senhas para consultas continua no centro de saúde
A venda de senhas para garantir consulta e a dificuldade no acesso aos cuidados primários continua a ser um problema no Centro de Saúde da Marinha Grande. Os utentes reclamam por não conseguirem marcar consultas prévias e afirmam ser “quase impossível” garantir uma urgência.
“Às vezes, por volta das 23 horas já está lá uma senhora a vender senhas. Fica no lugar dos utentes, que só têm de ir ao centro de saúde à hora de abertura”, conta uma doente. Sem utilizar este “sistema”, Maria Pereira explica que sempre que necessita de uma consulta dirige- se ao centro de saúde por volta das 8 horas.
“Quando chego - e nunca houve excepção -, as marcações do dia já estão preenchidas, porque as pessoas já estiveram de madrugada a garantir lugar e porque também existem as marcações dos doentes crónicos e de baixa, que são os únicos a ser imediatamente agendados.”
“Fico a aguardar para falar com a médica e saber se ela me pode atender”, revela ainda Maria Pereira, explicando que a clínica tem de dar autorização para que se possa inscrever. “Só ao final da manhã é que sou atendida.” A utente lamenta que o Centro de Saúde da Marinha Grande não faça “medicina preventiva”. “Para pedir análises é preciso esperar seis horas para ser atendida e nem todas as pessoas estão para isso”, critica ainda.
“As pessoas continuam a vir de madrugada, porque têm medo de não apanhar vez. É um ciclo vicioso”, frisa outro utente. “Como há pessoas que vêm mais cedo, quem vem à hora de abertura do centro de saúde já não tem vez.”. Segundo este utente, as consultas com marcação prévia são agendadas apenas na última quinta-feira de cada mês. O ideal, seria “sair da consulta já com a próxima marcada”.
Isidro Costa, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Litoral II, reconhece o problema da venda de senhas, que diz ser “muito antigo”. Foi afixado à porta informação a avisar que “não é permitida a permanência de utentes junto ao centro de saúde durante a noite e até às 7 horas”. Aliás, “têm surgido problemas de repetição de números pelo que é aconselhável os utentes aguardarem a vez presencialmente”.
“Esta situação está viciada e há pessoas que se aproveitam, o que não é aceitável”, sublinha, realçando, no entanto, que os médicos estão sobrecarregados. “Há ficheiros de 3.200 utentes. As pessoas têm de perceber que os clínicos têm folgas, férias e também adoecem”, diz Isidro Costa, lembrando que a Marinha Grande tem ainda um Serviço de Atendimento Permanente 24 horas a que podem recorrer em casos urgentes.
“Agora com a gripe A, as coisas tendem a complicar-se mais, porque os recursos são limitados”, salienta. O responsável aconselha os utentes a marcarem as consultas por telefone. “Pode demorar a atender, mas é preferível. Se alguém se recusar a marcar consulta por esta via deve apresentar uma queixa”, alerta.
(surripiado do Jornal de Leiria)
9 comentários:
Pode marcar-se consulta via Internet, só que ainda estão disponíveis unicamente 2 médicos, o que é pena e indesculpável, para a administração do centro de saúde da MG, digo eu...
Então e a comissão de utentes não diz nada?
A comissão de utentes, pelo menos o seu dinamizador tem estado demasiado ocupado nas negociações com o MCI para ver se se perpetuava no lugar de presidente da Assembleia Municipal, mas como saíu furada a tentativa, vamos vê-lo para aí a presidir a uma porrada de coisas para compensar a perda, quem sabe agora que o negócio do E.Leclerc correu bem, até ao marinhense.
A Comissão de Utentes virá sempre,como o provou em defesa de um sistema de Saúde público e universal.Por mais médicos e melhores cuidados de saúde.Pela defesa do SAp 24 horas.O que eu não sei é se a actual maioria na Camara-PS está disposta a fazer frente e dar a cara,Presidente da Camara e P Assembleia Municipal,em defesa destes principios contra o Governo de Socatres.Depois veremos...
Por questões de disponibilidade não tenho visitado o Largo.
Fico triste e chateada porque um post que denuncia uma situação grave, imoral e que afecta a população mais desfavorecida da nossa da nossa terra tenha sido completamente ignorado pelos visitantes do largo.
A origem do problema está na falta de capacidade de gestão (para não dizer incompetência) dos responsáveis do Centro de Saúde que sabem do problema e não tomam as medidas adequadas encobertos pelos politicos da nossa terra. Expliquem-me como é que se marca por telefone.
Existe uma comissão que se intitula de utentes e parece que o seu objectivo passou somente por lutar (e bem) contra o encerramento do SAP. E parece que ficou por aí. Para que é que não denunciou já esta situação?
Recentemente, alguém com 70 anos e com doença crónica que precisou que o médico de família lhe prescrevesse uma receita, por não poder pagar teve de ir às 7 horas da manhã (conseguiu a última vaga) e só foi consultado pelas 14 horas.
O senhor que colocou o 1º bitaite parece que não vive neste mundo deve pensar que as pessoas mais necessitadas dispõe do acesso internet como ele. Seguramente que, quando necessita, tem dinheiro para pagar a um médico particular.
Isto é digno do 3º mundo e os responsáveis políticos da Marinha Grande são todos igualmente responsáveis por inacção ou por omissão.
Estramho ainda que não tenha sido a comunicação social da Marinha Grande a denuciar esta situação e tenha sido o Jornal de Leiria. O que é que o Sr. Tozé e a Dona Daniela estão a fazer? Será que são mais importante a tricas politicas do que denunciar situações destas? Ou será que não temos uma liberdade de imprensa e têm medo de retaliações?
Têm medo (MUITO) de retaliações - toda a gente sabe que os Xuxas são tremendamente vingativos..... e o Tó-Zé ainda está a comemorar a vitória nas Autárquicas.
GANDA ESTRATÉGIA.
Afinal é um problema que toda a gente sabe e ninguém quer resolver.
Porquê?
Ó "minha" sra. se fosse possível toda a gente marcar consulta por via informática, claro que os "info-analfabetos" conseguiam ir ao centro sem ter que ir para a fila às tantas da manhã, era necessário é que todos os médicos tivessem a consulta por marcação informática... daaaaa.
Foi necessária a minha 1ª intervenção para que se lembrassem que havia um post sobre o assunto, ou então é porque não gostam dos meus fecundos propósitos?!
Seja como for, falem, ralhem e arranjem uma solução, porque só bitaites...n'a chega.
Hum... Corrijam-me se estou errado, mas pelo que li,“não é permitida a permanência de utentes junto ao centro de saúde durante a noite e até às 7 horas”...
Sendo assim, eu pergunto: o que está a polícia a fazer?
Aliás, pergunto: onde anda a polícia desta cidade enquanto se passeiam carros a alta velocidade e com escapes de rendimento na avenida principal?
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