.
.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Revista de Imprensa

Comunistas abstêm-se na votação da descida do IRS, na Marinha Grande

CDU considera descida de IRS demagógica

Saul Fragata, líder da bancada da CDU, acusou o PS de praticar uma política de “Robin dos Bosques ao contrário”, na última reunião de Assembleia Municipal, uma vez que a descida de 1% das receitas do município provenientes do IRS, é como “tirar dos pobres para dar aos ricos”.
Os deputados da CDU abstiveram-se na votação e justificaram que não “chumbaram” a medida para não serem “acusados de estarem contra a redução de impostos”. Luís Guerra Marques, da CDU, salientou ainda que a proposta é “demagógica”, pois os principais beneficiários são “quem tem mais rendimentos”.
A taxa da derrama, que se manteve em 1.5% para as empresas que registem no ano anterior um volume de negócios superior a 150 mil euros e de 0.75% para as restantes, foi aprovada com 14 abstenções. Pedro André, líder da bancada do PSD, recordou que este é um imposto onde a “câmara pode interferir” e, na sua opinião, “tinha mais lógica apoiar as empresas do que os cidadãos, tendo em conta a redução do IRS”.
No que se refere ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que também não sofreu alterações, tendo sido fixado em 0.70% para os prédios urbanos e 0.35% para os imóveis não avaliados, José Rodrigues, do Bloco de Esquerda, pediu o agravamento da taxa para os prédios devolutos. O deputado sugeriu à autarquia que faça o levantamento dos imóveis degradados.
Álvaro Pereira, presidente da câmara, revelou que já foi efectuado um estudo ao estado dos prédios no centro histórico, salientando que o próprio edifício da autarquia é um dos piores.



(surripiado do Jornal de Leiria)




8 comentários:

não me fecundem sff disse...

Por aqui se pode ver a lógica reinante na Assembleia Municipal...BLA,BLA,BLA...
Era bom o povo apreciar o desenvolvimento de uma sessão, podia ser que nas próximas eleições...

Apartidário disse...

Estou confuso e não percebo qual o alcance duma medida destas. Também não vi qualquer explicação lógica.
É claro e não deixa qualquer margem para dúvidas que vai favorecer os municipes de mais altos rendimentos.
Penso que o que precisamos é de uma politica de apoio social aos mais desfavorecidos e de incentivo e apoio ás IPSS e outras instituições de solidariedade.

Claramente, a Câmara vai abdicar de uma receita que não tem qualquer efeito multiplicador no bem estar dos municipes.

Anónimo disse...

Pelo que me toca quero agradecer à Câmara do PS,pois no próximo mês de julho,quando receber o reembolso do IRS,em vez de receber 2 mil e 500 euros,vou arrecadar cerca de 2 mil e 700 euros,mais 200 euros do que seria normal.Eu não fico nada chateado,mas manda a verdade é que quem me vai dar mais cerca de 200 euros é câmara,o mesmo é dizer os contribuintes,tal como eu que pagam impostos.
Mas o chato da questão é que cerca de 26606 titulares que fazem a declaração de IRS,vão arrecadar em média cerca de 50 centimos.Enquanto os restantes titulares de médios e altos rendimentos (cerca de 342) vão arrecadar em média 272 euros,sendo que 221 titulares receberão 200 euros,33 titulares receberão 289 euros e 88 titulares receberão cerca de 452 euros.Esta é a verdade nua e crua desta proposta,com critérios de justiça social à moda do PS.Então não era melhor agarrarem nesta receita que vão dar às familias de maiores rendimentos e distribuirem o bolo em apoios sociais a familias carenciadas.È só fachada e demagógia para vir enganar os encautos,que infelizmente todos os dias são vítimas destas politicas neoliberais de rosto socialista.

não me fecundem sff disse...

Para isso era bom que na lei do PS, do governo note-se, houve-se uma hipótese de colocar escalões até aos 5%, de forma a tornar mais equitativa esta redução de IRS. Nem sequer existe forma de vedar quem ganha uma "pipa" de massa...esses vão beneficiar do mesmo 1%...isto até dói.
Enfim, sem mais comentários, é mau de mais para ser verdade e não é só por causa da CMMG.
Foi neste PS para governo que votaram, não foi?

A Verdade Chateia disse...

É interessante que a oposição não tenha chumbado esta medida completamente incompreensivel.

Também incompreensiveis são argumentos do PC. Quando são oposição estão sempre na linha da frente para aumentar a despesa. Para reduzir os impostos, mesmo de quem tem maiores rendimentos, está provado que também. Mas onde raio é que querem ir buscar o dinheiro para a despesa?

E o PSD porque é que se absteve?

E o BE?

Que raio, se todos acham que é injusto (e eu concordo) porque é que não votaram contra?
Será que é assim que estão a defender os interesses dos municipes?

Não percebo nada disto.

Deixem-se de merdas disse...

Estão todos loucos!

O abismo está cada vez mais perto com esta gente (de todos os partidos) irresponsável, incompetente e incapaz de assumir os interesses do municipio.

A oposição tem medo de votar contra tal estupidez?
Têm medo de ser acusados de forças de bloqueio? Então deixem andar que vamos pagar caro.

Vento Norte disse...

Dar dói e chorar faz ranho!
(dito popular regional)
A proposta terá saído em nome da coerência, mas caberia à Assembleia Municipal corrigir a mão, justificando. Os tempos que correm bem que justificariam a atitude e é supostamente para isso que lá estão os eleitos, para pensar e agir em nome dos eleitores e não para ornamento, ou de suporte aos que apenas gostam de se ouvir em retóricas rendilhadas e inconsequentes.
Porém, nada impede os beneficiados pela medida que se critica, e também os outros a quem a regra não fere tanto, de repor a moralidade, ofertando o valor da poupança forçada do imposto, às instituições de auxílio social que tanto minguam, ou converte-la em apoio directo. Peço desculpa pelo abuso da sugestão, até porque certamente já estaria agendada e só o pudor e a modéstia é que impedem a divulgação.

Anónimo disse...

O Vento Norte não vive neste mundo.

Penso que a culpa ainda vai ser das pessoas que têm maiores rendimentos. Aliás, alguns até têm grandes culpas, os politicos que propuseram e os que não inviabilizaram). Esses são muito poucos e devidamente identificados.