Lembro-me perfeitamente de que quando tínhamos uma daquelas aflições e precisávamos de uns dinheiros para fazer face a uma qualquer aflição, lá íamos falar com o Manuel do Banco e sem grandes explicações, sem garantias materiais, lá nos aceitava um livrança e se a aflição fosse muito grande, até levantávamos a massa de imediato antes da respectiva livrança estar creditada na nossa conta.
Claro que não era assim com toda a gente. Acontecia com quem, mesmo sem património oferecia a necessária credibilidade. Os “artistas” que sempre os ouve não obtinham estes créditos com a mesma facilidade.
Hoje, quando o principal problema que a toda a hora nos entra pelos olhos e ouvidos dentro, é o da nossa credibilidade perante “os mercados financeiros” e nos querem convencer que a aprovação do famigerado orçamento para 2011 restituirá essa credibilidade. Põe-se a questão? Terá o nosso País capacidade de recuperar a sua credibilidade perante o Estrangeiro, quando a nível interno a credibilidade do Primeiro-ministro e de parte do Governo, está pelas horas da morte?
Perdoem-me os meus amigos Socialistas que tudo fazem para segurar José Sócrates na “cadeira”, mas manter esta situação, leva a que cada vez mais, se oiçam vozes a questionar o regime democrático. E não se trata só dos saudosistas de outros tempos. Muita gente que nem sequer aí viveu, está a pôr em causa este regime.
Há para aí já demasiada gente a clamar contra os políticos na sua generalidade, quando sabemos que há políticos sérios e honestos mas que estão demasiado calados ou colados ao poder para dizerem o que pensam e sabe-se, por aqui e ali que há quem pense diferente. Que esperam?
Não tenho dúvidas que José Sócrates está a arrastar o PS para uma situação , em que só por um qualquer “milagre” não o tornará no coveiro do Partido que outros ergueram.
Espero que o clamor que se vai ouvindo por aí reivindicando uma solução contra a democracia não passe, porque a liberdade é um dos maiores bens de que desfrutamos. Eu sei que a Liberdade não enche barriga! É por isso que a devemos usar, defendendo-a mas exigindo que o caminho que nos apontam como inevitável, possa ser invertido e se caminhe para a resolução dos graves problemas existentes no nosso País e não para o seu agravamento.
1 comentário:
Folha Seca
Quer queira, quer não queira
só há uma maneira
Ou muda o paradigma
ou muda a barriga...
Por mim que mude o paradigma. A Democracia não se discute?
Quem diz que não há soluções nem quer sobre isso as necessárias discussões...
Abraço
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