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sábado, 2 de outubro de 2010

Nem o Pai morre, nem a gente Almoça...

Prrocurei um titulo que me parecesse acertado para este post. Até porque há sempre uma expressão popular para sintetizar muito dos sentimentos que em determinados momentos nos apoquentam. Ou seja, um momento daqueles em que sentimos que “não se ata nem desata”
Sem querer culpabilizar quem quer que seja pela situação a que chegámos e em que a nossa credibilidade é posta em causa e consequentemente deixámos de ser considerados pessoas de bem, capaz de solver os nossos compromissos, perante os nossos credores. Na verdade alguém tem que “pagar as favas”. Ou seja, há sempre alguém que recolhe os loiros quando a coisa corre bem, mas quando corre mal, também tem que assumir isso.
Num final de semana, cujo saldo no mínimo se pode considerar conturbado, há uma conclusão que se pode tirar, a nossa credibilidade perante o chamado mercado (financeiro) internacional anda pelas horas da morte. Sabemos que para o acalmar e numa tentativa derradeira para diminuir a pressão temos que alinhavar (à pressa) medidas para acalmar o dito.

E o resto? Será que vamos arriscar tudo para convencer os tais mercados?
Não sería mais importante convencer o nosso próprio mercado interno?
Será que as medidas tomadas (para "Inglês" ver) não terão um efeito, ainda mais nefasto na nossa economia, cuja recuperação se tornará mais complicada?
Assim à laia de conclusão. Porque é que não chamamos os bôis pelos nomes ( não se trata de Boys)
Alguém acredita que quem “dirige” o nosso País ainda tem alguma credibilidade, quer fora quer dentro? Para mim não se trata do partido que está no poder (porque eu ainda acredito que é o melhor) mas de quem o dirige. Não estou a aproveitar o mau momento. Já penso assim há muito e naturalmente já o manifestei.

Mais do que pôr o mercado financeiro (internacional) a acreditar em Portugal, há que pôr os Portugueses a acreditar no seu próprio País, pois sem isso não há remédio que nos salve, nem matemática que nos valha.

8 comentários:

Unknown disse...

Bem, não há muito a comentar e ficamos assim

Nem atam nem desatam - empatam

Rogério G.V. Pereira disse...

Folha Seca,
Acabei de comentar, num outro post, que se tivesse a certeza de que este apertão resolveria o problema e daria mais do que se está a impôr. Daria os aneis e... os dedos. Mas reflectindo muito, concluo que nada se irá resolver. A pressão externa não tem rosto e é identificada de diferentes maneiras "O mercado financeiro", as operadoras/agências de rating e outras. Elas comandam a pressão e as DEMOCRACIAS baixam a bola, sem qualquer LIBERDADE para tomar decisões. A dívida (pública+privada) resulta de a economia viver de um consumo cada vez mais elevado, por abundancia de dinheiros de Bruxelas, de produtos que gradualmente, muito lentamente, foram passando da produção nacional para as importações. A divida foi crescendo à velocidade com que o aparelho produtivo (agricultura, pescas, industria transformadora) foi caindo. As actuais medidas são para pagar dívidas não para impedir que elas continuem a ocorrer. É o continuar dum circulo vicioso que não resulve nada e que do qual muitos se aproveitam...

Boa reflexão é aquela que provoca outra. A sua foi boa, espero que a minha o tenha sido também...

Quase anónimo disse...

O problema é que o funeral já vai a caminho, e o almoço arrefeceu de tanto esperar…
Talvez fosse esse mesmo o nosso grande problema: deixámos que o pai morresse (ou quase…), enquanto outros, em tempo oportuno, fizeram manobras de reanimação adequadas!
O que assistimos nos últimos dias foram verdadeiras tentativas de reanimação do quase cadáver que é Portugal…
Vamos esperar que o partido que está no poder (que, reconheço também, ainda é o melhor), consiga, a exemplo de outros momentos da nossa história recente, levar este barco a bom porto…

Flor de Jasmim disse...

Pois... já não há vendedores de Banha de Cobra (embora eles abundem por aí)que "curem" as nossas maleitas. Há que cair na real...

folha seca disse...

Caro Luis Coelho
Isso! "Empatam" mas se cada um de nós fizer qualquer coisinha, podemos obrigá-los a desempatar...
Abraço

folha seca disse...

Caro Rogério

De facto a uma reflexão segue-se sempre outra.
Eu creio que reflectindo podemos chegar a algumas conclusões.
Uma delas está naquele video do Saramago que o meu caro nos deu a conhecer(falsa democracia). Está lá tudo...
Mas se de facto cometemos o pecado de nos limitarmos a escolher de quatro em quatro anos os "governos" esse pecado só será mortal se quantinuarmos à espera. No que me diz respeito vou "chatear" à vou..vou.
Abraço

folha seca disse...

Caro Quase anónimo.

Creio que estamos de acordo.
O problema não está no Partido que democráticamente detém as rédeas do poder. Eu inclino-me para a ideia de que a responsabilidade é de quem detém as rédeas do poder dentro do Partido que democráticamente detém o poder.
Cumprimentos

folha seca disse...

Flor de jasmim

Isso é de facto o que mais vemos. Apenas fomos tão enganados que já não nos vendem a "banha" com tanta facilidade. (penso eu).
Cumprimentos