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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Revista de Imprensa


Linhas urbanas não se rentabilizaram

TUMG perde utilizadores todos os meses

O número de utentes dos Transportes Urbanos da Marinha Grande (TUMG) tem vindo a diminuir ao longo dos meses. O facto das duas linhas existentes não cobrirem a periferia do concelho foi uma das razões levantada na última reunião de Assembleia Municipal.
De acordo com o Relatório e Contas da TUMG, apresentado na última reunião de Assembleia Municipal, no último trimestre de 2009, registou um decréscimo de 54% no número de passageiros na Linha Verde e de 46% na Linha Azul.
Luís Guerra Marques, deputado da CDU, frisou a necessidade de “alargar a circulação aos lugares de Pilado, Garcia, Pêro Neto para fazer chegar os transportes urbanos à periferia”, bem como proporcionar um horário que vá ao encontro das necessidades dos cidadãos. Isto porque, como justificou, são algumas das queixas que tem ouvido da população.
Esta situação é também preocupante para o deputado do PSD, Pedro André. “Se a empresa tem resultado negativo vão ter de dar corda aos sapatos para a tornar viável Não é com o aumento dos preços que vão rentabilizar, até porque têm vindo a perder utentes.”
A câmara foi obrigada a cobrir um prejuízo no valor de 72.622 euros à empresa, referente à exploração das duas linhas urbanas, lançadas em Julho. O pagamento está previsto no contrato-programa, que visa cobrir o diferencial entre o preço social da tarifa e o seu preço real.
Por decisão da autarquia, os dois primeiros meses de exploração dos serviços foram gratuitos para a população, tendo a câmara suportado o valor total da receita mensal prevista no estudo de mobilidade.
Ao fim de seis meses de funcionamento das duas linhas da TUMG, a receita real está aquém dos valores previstos em cerca de -6.55%. Segundo o documento, o montante de 136.134 euros de receita peca por defeito, uma vez que na receita apurada estão incluídos os dois meses gratuitos para os utentes, mas indemnizados na totalidade pela câmara.
A realização orçamental ficou aquém do previsto no Plano de Actividades para 2009, por não ter sido possível à empresa executar totalmente os projectos anunciados, nomeadamente a exploração do estacionamento condicionado e o atraso ocorrido no início do serviço de transporte urbano de passageiros, previsto para Abril e só ocorrido em Julho.


(surripiado do Jornal de Leiria)

3 comentários:

Anónimo disse...

Seria interessante termos acesso ao Plano de Desenvolvimento Estratégico da TUMG e conhecer as seus objectivos e orientações estratégicas.

Estou seguro que a nova administração já o elaborou.

A partir daqui poderemos saber a real situação da empresa e a sua conformidade com os objectivos traçados.

Anónimo disse...

Evidentemente que os transportes urbanos são deficitários.Toda a gente o sabia porque todas as experiências feitas no País assim o dizem.Mas este não é o problema.
A TUMG é um empresa que tem um conjunto de valências que é necessário implementar com o objectivo de rentabilizar a sua gestão.E portanto os senhores administradores que até são bem pagos para gerir a empresa têm de encontrar formas de equilibrar as contas.
Não me consta que tenham,nomeadamente o Presidente,apresentado um plano de actividades,onde conste o alargamento dos circuitos aos lugares mais distantes assim como a exploração do estacionamento público.Ou melhor planos existem,mas como não existem objectivos de gestão e a Camara não controla nada e só injecta dinheiro dos contribuintes,nada é cumprido e a empresa acumula prejuizos por má gestão.
Os prejuizos da gestão normal da empresa,conjuntamente com os altos vencimentos do Conselho de Administração,dão-nos uma empresa falida a curto prazo,e a certeza de que alguém (Camara)virá impôr o fim dos transportes urbanos porque afinal não são rentáveis.

Apartidário disse...

Isto parece tudo uma grande trapalhada. Tudo muito pouco transparente, como parece que convém.

Vamos por partes:
1-Quanto é que a Camara previu no orçamento para a TUMG?
Este será o custo do serviço público a pagar pelos contribuites.

2-Depois deste subsidio à exploração qual foi o resultado?
Se positivo está a ter lucro. Se negativo vamos ter de pagar mais do que o previsto pelo serviço público.

3-E os novos gestores?
Seria interessante saber a visão, os eixos estratégicos de desenvolvimento e os objectivos para o período do seu mandato.

4-E o principal accionista está satisfeito com a equipa de gestão?
Apresentou um plano e está cumpri-lo ou está a navegar à vista?