.
.
.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Circo Político
Nem nas minhas piores expectativas, há dois anos atrás, poderia pensar que a Marinha Grande chegaria a este lamentável espectáculo político.
Comecemos pelo princípio. Em Portugal não temos uma verdadeira classe Política. Temos sim um grupo de pseudo-ilustrados, bem-nascidos e formados nas escolas partidárias que se vão digladiando pelo exercício do poder como instrumento de fácil e rápido acesso à glória pessoal (que para uns será o mero exercício do poder, para outros os juros acumulados dos euros roubados aos contribuintes). Por isso, dizia e bem o Dr. Mário Soares que o aconteceu recentemente no interior do Partido Social Democrata era uma desgraça para a Democracia. Porque o que aconteceu na luta pelo poder no interior do Partido Social Democrata não é mais do que o reflexo, à escala nacional, do que acontece em todos os Partidos, em todos os sectores da vida política concelhia, distrital e nacional. Este facto por si só justifica o que todos sabemos: a Marinha Grande padece desde sempre da ausência de uma verdadeira alternativa política no exercício do governo autárquico. Entre os executivos comunistas e socialistas, tem-se assistido apenas a sempre mais do mesmo, e com os mesmos.
Há em seguida na classe partidária nacional, com consequências inegáveis na vida quotidiana das autarquias (concelhos e freguesias), uma enorme falta de respeito pelos Cidadãos, pelo Povo que dizem ser soberano. Quando põem e dispõem, manipulam e instrumentalizam o próprio Voto popular para apenas servirem os seus interesses próprios. Se é verdade que em qualquer eleição (com excepção da Presidencial) se vota em Partidos e não nas pessoas, não é menos verdade que é essa é apenas uma teoria que na prática não tem correspondência. Em eleições Autárquicas, nestas mais que nas Legislativas, o Rosto do candidato é crucial para o bom/mau resultado eleitoral do Partido. Como compreender assim que, à posteriori, eleito o Candidato, o mesmo seja compelido a renunciar ao seu mandato por ‘instrução’ superior do Partido (algo que é mesmo inconstitucional)? Não é este facto, por si só, um claro desrespeito pela vontade popular?
Os acontecimentos recentes da política marinhense são apenas mais uma diversão neste circo que é a política à boa maneira portuguesa.
Em 2005 o Partido Comunista Português ganhou, bem ou mal não interessa agora, as eleições autárquicas. Esse facto só foi possível, todos o sabemos, quer pela situação desastrosa em que o Partido à altura no poder (Partido Socialista) se deixou enredar internamente, quer, e significativamente, pelo Rosto que liderou o projecto comunista: João Barros Duarte. O Comité Central do PCP sabia que, se alguma hipótese havia de ganhar estas eleições, este era o único homem capaz de o concretizar. Por isso, e apesar da sua idade, ele regressou. E ganhou. Ganhou as eleições para exercer um mandato de 4 anos que lhe foi confiado pelo Voto do Povo, não por uma decisão do Comité Central do PCP. Sendo que só quem dá pode retirar o que antes deu, só o Povo pode alterar, em novas eleições, a decisão de 2005. Qualquer outro discurso, por mais bem fundamentado que esteja em termos políticos ou de Direito Constitucional, irá sempre esbarrar com o senso comum.
O que esconde então esta intromissão do Comité Central do PCP na vida política da Marinha Grande? Primeiro, mais que esconder, revela que a escolha de João Barros Duarte para encabeçar a Lista de 2005 não foi inocente. Ao Partido permitiu-lhe aspirar, e efectivamente, (re)conquistar a Autarquia e ao próprio a possibilidade de regressar ao exercício do Poder e ter assim a oportunidade de fazer pagar caro aos seus ‘inimigos’ (dentro e fora do Partido) a humilhação de há doze anos. Revela ainda que, desde sempre, foi intenção do PCP provocar esta saída ‘airosa’ de João Barros Duarte a meio do mandato, preparando assim a sua sucessão nas próximas eleições autárquicas de 2009. Assim se revela que desde um início o PCP iludiu o eleitorado, para não dizer que mentiram descaradamente. A teimosia de João Barros Duarte em não ‘acatar’ a instrução superior do Comité Central, revela que este suposto acordo pré-eleitoral não estava assim tão certo quanto isso… ou então João Barros Duarte, algures no decurso destes dois anos, sentiu-se traído pelo seu próprio Partido, pelos seus próprios Camaradas, e faz-lhes agora ‘pagar caro’, à sua maneira, a sua traição. João Barros Duarte será, em futuras campanhas eleitorais, o bode expiatório do PCP local que, apesar das palavras elogiosas, mas nitidamente de circunstância, não se inibirá de fazer cair sobre o Autarca renegado a responsabilidade política dos erros da gestão camarária… prometendo ao mesmo tempo que com o novo líder, um novo PCP surgirá (não é inocente a referência à idade de João Barros Duarte como justificação para a alternância)!
Mas, este decadente espectáculo da nossa Democracia (?) só é possível porque há outros actores que o encobrem e justificam. Assim como a desgraça da Democracia está (no pensamento do Dr. Mário Soares) numa Oposição enfraquecida pelas suas próprias querelas internas, a desgraça da Marinha Grande está de igual modo numa Oposição que saiu enfraquecida pelo mesmo tipo de ‘guerrilha’ interna e pelo seu adormecimento face à catastrófica gestão autárquica do actual executivo.
Todos os Partidos da Oposição local sofrem todos deste mal, mas é sem dúvida ao Partido Socialista que cabe sacar a maior quota de responsabilidade. A responsabilidade de não ter sabido corresponder à confiança que os Marinhenses depositaram em si durante 12 anos. A responsabilidade de ter permitido que os lobbies políticos e económicos, as questiúnculas entre ‘famílias’ dentro do próprio Partido, dominasse e condicionasse a acção do seu executivo camarário. A responsabilidade de não se ter unido e empenhado decididamente em torno de uma candidatura viável em 2005 e, por isso, de ter perdido o seu lugar de governo. A responsabilidade de, actualmente, como Oposição viver apenas na gestão da denúncia das fraquezas do adversário, em vez de mostrar aos Marinhenses que se prepara e tem gente com credibilidade a preparar-se para assumir os destinos da Autarquia em eleições próximas.
Neste momento há diversos cenários plausíveis.
O primeiro é, sem dúvida, a permanência do actual Executivo, eleito em 2005. João Barros Duarte não tem de obrigatoriamente aceitar a indicação superior do Partido. Tem toda a legitimidade, a que lhe é conferida pelo Voto popular, para continuar, bem ou mal, à frente dos destinos da Autarquia.
Um segundo cenário, mais que provável, é a bem ‘encenada’ renúncia ao Mandato por parte de João Barros Duarte, sendo então substituído pelo Vice-Presidente, entretanto já indiciado para o lugar pelo Partido. Uma remodelação ‘cosmética’, sabendo-se que a política de gestão autárquica não sofreria grande alteração. E espera-se, sofridamente, pelas eleições de 2009.
Eleições antecipadas na Marinha Grande, o terceiro cenário possível, se bem que seja o legitimamente expectável, a confirmar-se o afastamento de João Barros Duarte, será ao mesmo tempo a desgraça maior da Autarquia. Porque facilmente iríamos assistir a um regresso ao passado recente: O Partido Socialista voltaria ao Executivo, mas dada a pressa em formar governo, iria socorrer-se dos mesmos de sempre. Seria mais do mesmo! Não haveria a oportunidade para uma verdadeira ‘revolução’ no interior do próprio Partido, dando lugar e voz àqueles, militantes ou independentes, que são verdadeiramente uma mais-valia, não apenas às pretensões do Partido, ou dos ‘donos’ locais do Partido, mas muito mais às necessidades reais da Autarquia.
Porque acredito que está na hora de alguém dar uma verdadeira lição às estruturas de liderança dos Partidos Políticos, espero que João Barros Duarte se mantenha no Executivo camarário até 2009. Mas, porque sei que isso não irá acontecer, então que venha Alberto Cascalho e prossiga a missão.
Os próximos dois anos são por isso decisivos para a Marinha Grande. É a oportunidade de os Cidadãos Marinhenses se unirem em torno de um Projecto que tenha verdadeiramente em conta as reais preocupações e necessidades da População. Tal poderá passar por um projecto partidário, sendo neste caso ao Partido Socialista que em primeiro lugar cabe essa responsabilidade, mas não se deve descartar a possibilidade de um Movimento de Cidadãos se unir e construir um Projecto alternativo: uma Candidatura Independente. E não falta neste Concelho o Rosto de alguém que possa liderar e unir uma maioria dos Marinhenses num projecto sério e credível.
Um aviso final à navegação (aos Internautas… comentadores de bancada como eu!): não basta escrever comunicados ou críticas, por melhor e mais realistas que sejam, mas sempre anónimas para se poder dizer que se contribui para a dignificação da Política, para a verdadeira mudança do estado de coisas na Autarquia. Numa hora como esta, é importante saber dar também a cara, assinar por baixo o que se escreve, e na hora H estar lá… presente, de corpo e alma, com a voz e o voto! Nenhum Movimento, partidário ou independente, tem viabilidade se não tiver este apoio declarado e explícito de todos os que são uma mais-valia de credibilidade ao próprio projecto.
Pela Marinha Grande. Pelos Marinhenses. Pela Democracia. Por todos nós.
Nélson José Nunes Araújo
Cidadão
Comecemos pelo princípio. Em Portugal não temos uma verdadeira classe Política. Temos sim um grupo de pseudo-ilustrados, bem-nascidos e formados nas escolas partidárias que se vão digladiando pelo exercício do poder como instrumento de fácil e rápido acesso à glória pessoal (que para uns será o mero exercício do poder, para outros os juros acumulados dos euros roubados aos contribuintes). Por isso, dizia e bem o Dr. Mário Soares que o aconteceu recentemente no interior do Partido Social Democrata era uma desgraça para a Democracia. Porque o que aconteceu na luta pelo poder no interior do Partido Social Democrata não é mais do que o reflexo, à escala nacional, do que acontece em todos os Partidos, em todos os sectores da vida política concelhia, distrital e nacional. Este facto por si só justifica o que todos sabemos: a Marinha Grande padece desde sempre da ausência de uma verdadeira alternativa política no exercício do governo autárquico. Entre os executivos comunistas e socialistas, tem-se assistido apenas a sempre mais do mesmo, e com os mesmos.
Há em seguida na classe partidária nacional, com consequências inegáveis na vida quotidiana das autarquias (concelhos e freguesias), uma enorme falta de respeito pelos Cidadãos, pelo Povo que dizem ser soberano. Quando põem e dispõem, manipulam e instrumentalizam o próprio Voto popular para apenas servirem os seus interesses próprios. Se é verdade que em qualquer eleição (com excepção da Presidencial) se vota em Partidos e não nas pessoas, não é menos verdade que é essa é apenas uma teoria que na prática não tem correspondência. Em eleições Autárquicas, nestas mais que nas Legislativas, o Rosto do candidato é crucial para o bom/mau resultado eleitoral do Partido. Como compreender assim que, à posteriori, eleito o Candidato, o mesmo seja compelido a renunciar ao seu mandato por ‘instrução’ superior do Partido (algo que é mesmo inconstitucional)? Não é este facto, por si só, um claro desrespeito pela vontade popular?
Os acontecimentos recentes da política marinhense são apenas mais uma diversão neste circo que é a política à boa maneira portuguesa.
Em 2005 o Partido Comunista Português ganhou, bem ou mal não interessa agora, as eleições autárquicas. Esse facto só foi possível, todos o sabemos, quer pela situação desastrosa em que o Partido à altura no poder (Partido Socialista) se deixou enredar internamente, quer, e significativamente, pelo Rosto que liderou o projecto comunista: João Barros Duarte. O Comité Central do PCP sabia que, se alguma hipótese havia de ganhar estas eleições, este era o único homem capaz de o concretizar. Por isso, e apesar da sua idade, ele regressou. E ganhou. Ganhou as eleições para exercer um mandato de 4 anos que lhe foi confiado pelo Voto do Povo, não por uma decisão do Comité Central do PCP. Sendo que só quem dá pode retirar o que antes deu, só o Povo pode alterar, em novas eleições, a decisão de 2005. Qualquer outro discurso, por mais bem fundamentado que esteja em termos políticos ou de Direito Constitucional, irá sempre esbarrar com o senso comum.
O que esconde então esta intromissão do Comité Central do PCP na vida política da Marinha Grande? Primeiro, mais que esconder, revela que a escolha de João Barros Duarte para encabeçar a Lista de 2005 não foi inocente. Ao Partido permitiu-lhe aspirar, e efectivamente, (re)conquistar a Autarquia e ao próprio a possibilidade de regressar ao exercício do Poder e ter assim a oportunidade de fazer pagar caro aos seus ‘inimigos’ (dentro e fora do Partido) a humilhação de há doze anos. Revela ainda que, desde sempre, foi intenção do PCP provocar esta saída ‘airosa’ de João Barros Duarte a meio do mandato, preparando assim a sua sucessão nas próximas eleições autárquicas de 2009. Assim se revela que desde um início o PCP iludiu o eleitorado, para não dizer que mentiram descaradamente. A teimosia de João Barros Duarte em não ‘acatar’ a instrução superior do Comité Central, revela que este suposto acordo pré-eleitoral não estava assim tão certo quanto isso… ou então João Barros Duarte, algures no decurso destes dois anos, sentiu-se traído pelo seu próprio Partido, pelos seus próprios Camaradas, e faz-lhes agora ‘pagar caro’, à sua maneira, a sua traição. João Barros Duarte será, em futuras campanhas eleitorais, o bode expiatório do PCP local que, apesar das palavras elogiosas, mas nitidamente de circunstância, não se inibirá de fazer cair sobre o Autarca renegado a responsabilidade política dos erros da gestão camarária… prometendo ao mesmo tempo que com o novo líder, um novo PCP surgirá (não é inocente a referência à idade de João Barros Duarte como justificação para a alternância)!
Mas, este decadente espectáculo da nossa Democracia (?) só é possível porque há outros actores que o encobrem e justificam. Assim como a desgraça da Democracia está (no pensamento do Dr. Mário Soares) numa Oposição enfraquecida pelas suas próprias querelas internas, a desgraça da Marinha Grande está de igual modo numa Oposição que saiu enfraquecida pelo mesmo tipo de ‘guerrilha’ interna e pelo seu adormecimento face à catastrófica gestão autárquica do actual executivo.
Todos os Partidos da Oposição local sofrem todos deste mal, mas é sem dúvida ao Partido Socialista que cabe sacar a maior quota de responsabilidade. A responsabilidade de não ter sabido corresponder à confiança que os Marinhenses depositaram em si durante 12 anos. A responsabilidade de ter permitido que os lobbies políticos e económicos, as questiúnculas entre ‘famílias’ dentro do próprio Partido, dominasse e condicionasse a acção do seu executivo camarário. A responsabilidade de não se ter unido e empenhado decididamente em torno de uma candidatura viável em 2005 e, por isso, de ter perdido o seu lugar de governo. A responsabilidade de, actualmente, como Oposição viver apenas na gestão da denúncia das fraquezas do adversário, em vez de mostrar aos Marinhenses que se prepara e tem gente com credibilidade a preparar-se para assumir os destinos da Autarquia em eleições próximas.
Neste momento há diversos cenários plausíveis.
O primeiro é, sem dúvida, a permanência do actual Executivo, eleito em 2005. João Barros Duarte não tem de obrigatoriamente aceitar a indicação superior do Partido. Tem toda a legitimidade, a que lhe é conferida pelo Voto popular, para continuar, bem ou mal, à frente dos destinos da Autarquia.
Um segundo cenário, mais que provável, é a bem ‘encenada’ renúncia ao Mandato por parte de João Barros Duarte, sendo então substituído pelo Vice-Presidente, entretanto já indiciado para o lugar pelo Partido. Uma remodelação ‘cosmética’, sabendo-se que a política de gestão autárquica não sofreria grande alteração. E espera-se, sofridamente, pelas eleições de 2009.
Eleições antecipadas na Marinha Grande, o terceiro cenário possível, se bem que seja o legitimamente expectável, a confirmar-se o afastamento de João Barros Duarte, será ao mesmo tempo a desgraça maior da Autarquia. Porque facilmente iríamos assistir a um regresso ao passado recente: O Partido Socialista voltaria ao Executivo, mas dada a pressa em formar governo, iria socorrer-se dos mesmos de sempre. Seria mais do mesmo! Não haveria a oportunidade para uma verdadeira ‘revolução’ no interior do próprio Partido, dando lugar e voz àqueles, militantes ou independentes, que são verdadeiramente uma mais-valia, não apenas às pretensões do Partido, ou dos ‘donos’ locais do Partido, mas muito mais às necessidades reais da Autarquia.
Porque acredito que está na hora de alguém dar uma verdadeira lição às estruturas de liderança dos Partidos Políticos, espero que João Barros Duarte se mantenha no Executivo camarário até 2009. Mas, porque sei que isso não irá acontecer, então que venha Alberto Cascalho e prossiga a missão.
Os próximos dois anos são por isso decisivos para a Marinha Grande. É a oportunidade de os Cidadãos Marinhenses se unirem em torno de um Projecto que tenha verdadeiramente em conta as reais preocupações e necessidades da População. Tal poderá passar por um projecto partidário, sendo neste caso ao Partido Socialista que em primeiro lugar cabe essa responsabilidade, mas não se deve descartar a possibilidade de um Movimento de Cidadãos se unir e construir um Projecto alternativo: uma Candidatura Independente. E não falta neste Concelho o Rosto de alguém que possa liderar e unir uma maioria dos Marinhenses num projecto sério e credível.
Um aviso final à navegação (aos Internautas… comentadores de bancada como eu!): não basta escrever comunicados ou críticas, por melhor e mais realistas que sejam, mas sempre anónimas para se poder dizer que se contribui para a dignificação da Política, para a verdadeira mudança do estado de coisas na Autarquia. Numa hora como esta, é importante saber dar também a cara, assinar por baixo o que se escreve, e na hora H estar lá… presente, de corpo e alma, com a voz e o voto! Nenhum Movimento, partidário ou independente, tem viabilidade se não tiver este apoio declarado e explícito de todos os que são uma mais-valia de credibilidade ao próprio projecto.
Pela Marinha Grande. Pelos Marinhenses. Pela Democracia. Por todos nós.
Nélson José Nunes Araújo
Cidadão
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
14 comentários:
É uma opinião clara e lucida dos acontecimentos na Marinha Grande nos ultimos anos. Aliás nem outra coisa era esperada do Padre Nelson, pois tem sido sempre esta a sua postura.
Duma forma menos elaborada e com nomes, já tinha manifestado as minhas ideias, que na generalidade coincidem com este post.
O resumo é simples: a incompetência demonstrada pelos partidos para gerirem os destinos do municipio (incluindo a escolha das pessoas) tem sido tal, que, ou arrepiam caminho e procuram melhores soluções (internas ou externas) ou então, e tal como diz o Padre Nelson terá de aparecer "um Movimento de Cidadãos se unir e construir um Projecto alternativo: uma Candidatura Independente".
Aqui tenho algumas duvidas:
1. a marinha Grande está preparada para ser dirigida por independentes?
2. como irão encarar os partidos esta lista?
3. haverá na sociedade apartidaria gente capaz que esteja disponivel ?
No contexto do post, e apesar de ser um blog, parece-me ter sentido pedir para que por amor de Deus, façam uma discussão elevada, a bem da nossa cidade.
Mas quem é este Sr.Cura que de vez em quando vem criticar tudo e todos menos o Seu Partido Socialista. Que me recorde nunca vi este Jovem participar, lutar, empenhar-se em causas sociais, politicas, desportivas ou outras para se julgar Rei e Senhor da Verdade. Que eu sabia somente os bispos e cardeais podem proferir retória fora do constexto religioso.
Será que o Sr. Bispo de Leiria-Fátima sabe destas parvoices ou então sabe e concorda.
Será que este Jovem já verificou que erro cometeu e quer agora mudar de ramo. Tal Presidente do Municipio? Mas não independente, porque isso seria um erro de palmatória. A democracia cresceu com os Partidos. Que cresceu de forma errada, a culpa é dos homens!!!
Olha este anónimo a querer dizer que o Cura (ou ex), lá por o ser, não tem direito à opinião!
O homem pensa assim e di-lo. Pois o senhor anónimo, se pensa o contrário, que o diga também...
A democracia é isso mesmo e da troca de ideias (sem ruídos nem manipulações - que é o que mais se vê por aí!!) poderá resultar algo de proveitoso para o bem comum.
Ou será que o senhor anónimo é adepto do monolitismo de pensamento, tenha ele a versão que tiver?
Ter tem, mas não deve, da forma como o faz. Há regras para tudo e ele sabe que está a pisar o risco.
Gostava de o ver debater questões da Sua religião e a Instituição de representa.
Por exemplo o dinheiro gasto na nova Basilica de Fátima, 60 milhões de euros, será? Para quê?
Quantas casas e quantas bocas podiam ser alimentadas com este dinheiro?
Isto é que o Cura devia contestar ou será que apenas respeita os Seus?
Calma aí, senhor anónimo...
O senhor está a misturar alhos com bugalhos!
Eu também estou em total desacordo com essas grandezas parolas da igreja, mas isso é outra história que nada tem a ver com a discussão em curso!...
Agora que o homem lá por ser padre não perde os seus direitos de cidadão, lá isso não perde!
Não acha?
Esclarecimento à navegação:
1) Liberdade de Expressão é um Direito garantido não apenas pela Constituição da Republica Portuguesa, como também pela Carta dos Direitos Universais do Homem ( e em nenhum dos dois documentos se diz que alguém, em função do seu lugar na sociedade está privado desse Direito).
2) Ser Padre é já por si só uma causa social. Para além de toda a critica que possa ser feita à Igreja, por obras como a Igreja da Santíssima Trindade (Fátima), a verdade é também que a Igreja é a primeira Instituição a estar no 'terreno', na luta pela Dignidade e pela Defesa dos mais desfavorecidos. Em seis anos de Padre fiz muito mais trabalho social que qualquer ilustrado de qualquer Partido Político...
3) Só quem leu o meu post com pre-conceitos pode afirmar que ele é um manifesto anti-comunista e pró-socialista. As criticas estão lá. Para todos. E mais... até defendo o governo comunista para os próximos dois anos! (Mas é só mesmo para estes dois anos!!).
4) Nunca escondi as minhas afinidades com o Partido Socialista. Não sou dos que se esconde por detrás de um nick-name... ou um simples: anónimo. Quem me quer criticar a primeira coisa que deve fazer é dar a cara, como eu! Para além disso, as minhas afinidades não significam obediência cega, como acontece em certos Partidos onde não existe Liberdade de Expressão e de Pensamento. E já agora... não sou (ainda!) militante do PS.
5) É falso que só aos Bispos (e ao Papa) seja permitido falar fora do contexto religioso. Quem faz tal afirmação denota uma clara falta de cultura geral e de ignorância religiosa (sobre a Vida da Igreja). Sobre o que não se sabe o melhor é estar calado. Sobre se o meu Bispo sabe ou não (nada me leva a crer que não saiba) é problema dele. Garanto que nunca fui chamado por isso, a não ser quando em 2005, houve uma «queixa» oficial de alguém do PCP contra mim junto do Bispo. Talvez eu me vá queixar ao Jerónimo também...
6) Por último... apesar de ser Padre, na verdade não exerço neste momento o Ministério... o que já dei a entender pelo meu actual nick-name (ExCura). Este facto dá-me uma liberdade maior para poder participar mais activamente na vida social e política do meu país e da minha Cidade. Candidatar-me? Porque não? Fazer parte de uma Lista? Porque não? Sou Português. Nasci na Marinha Grande. Nunca faltei a um Acto eleitoral. Tenho Cultura Geral e Formação Académica. É verdade que não ando por aí em Manifestações de cartaz na mão, nem vou a Jantares de Homenagem e muito menos faço parte das famílias de Bem do Concelho... mas... se o Jerónimo chegou lá... porque não eu?
7) Só é cego quem não quer ver... o que mais se lamenta em toda esta situação é que o PCP criou a confusão e em vez de assumirem o facto, preferem fazer de conta que ele não existe atacando de forma desonesta todos quantos denunciam a situação. Sejam honestos ao menos por um dia!
Nélson Araújo
Estou convencido que é o próprio ex-cura que escreve os bitaites contra si próprio para se autoflagelar. O homem não resiste a uma boa refrega e como já ninguém lhe dá troco...
Estou convencido que é o próprio ex-cura que escreve os bitaites contra si próprio para se autoflagelar. O homem não resiste a uma boa refrega e como já ninguém lhe dá troco...
"Por último... apesar de ser Padre, na verdade não exerço neste momento o Ministério... o que já dei a entender pelo meu actual nick-name (ExCura). Este facto dá-me uma liberdade maior para poder participar mais activamente na vida social e política do meu país e da minha Cidade. Candidatar-me? Porque não? Fazer parte de uma Lista? Porque não? Sou Português. Nasci na Marinha Grande. Nunca faltei a um Acto eleitoral. Tenho Cultura Geral e Formação Académica. É verdade que não ando por aí em Manifestações de cartaz na mão, nem vou a Jantares de Homenagem e muito menos faço parte das famílias de Bem do Concelho... mas... se o Jerónimo chegou lá... porque não eu?"
Perceberam? É natural, se o homem é padre e não exerce precisa de outro sustento.
Ex-Cura: sugiro que deixe o telemóvel para eventuais contactos de possiveis interessados nos seus serviços.
Eu disse que não exercia o ministério mas não disse que estava no desemprego...
Vamos brindar à caridadeziiinha
muita canaastra e boa comidiinha.
por isso é que os pobres têm de existir.. senão como vem o ganha pão e outros "ãos"?
protegei os ricos e tereis os pobres à vossa mercê.
palavra do Director Financeiro.
Sabem que mais? a converseta está a começar a meter-me nojo.
O padre Nelson ainda não fez mais que expressar as suas opiniões e da forma mais clara.
Por outro lado vejo que quem ataca, fá-lo de forma torpe e mistura e distorce as coisas.
Eu não sou o padre Nelson, nem seu defensor nem de tal ele necessita. Ele já demonstrou bem que sabe defender-se com argumentação clara e veemente e fá-lo com sentido de cidadania.
Já de quem ataca... que me desculpem mas não posso dizer o mesmo.
Vá lá, elevem a converseira para patamares de dignidade que sejam sinónimo de que quem aqui argumenta sabe defrontar os opositores com elevação e sentido crítico e construtivo.
Seria bom que assim fosse para bem deste 'fórum' e para a vida cívica desta terra.
"Vamos brincar à caridadezinha
Festa, canasta e boa comidinha"
(excerto do refrão de uma cantiga de José Barata Moura)
Caro anónimo
Citar "de memória" só resulta quando se tem...
GRANDE CACA ESTA CONVERSA!
Saudações leirienses
Enviar um comentário